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Aborto
 TAMINE AZIZ  5 DE SETEMBRO DE 2017  COMENTE!  DIREITO PENAL III

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Arts.124 a 128 , CP
“O Código Penal de 1940, tipifica três figuras de aborto: aborto provocado (art.124), aborto sofrido (art.125), e
aborto consentido (art.126). Na primeira hipótese a própria mulher assume a responsabilidade pelo
abortamento; na segunda, repudia a interrupção do ciclo natural da gravidez, ou seja, o aborto ocorre sem o
seu consentimento, e, finalmente, na terceira, embora a gestante não o provoque, consente que terceiro realize
o aborto”
Aborto: interrupção da gravidez com a morte do produto da concepção (ovo, embrião ou feto)

Espécies

Natural / Espontâneo

Ocorre sem nenhuma interferência externa. O próprio corpo da mulher expulsa o ovo, embrião ou feto
Atípico

Acidental / Culposo

Provocado por fator externo acidental, sem intenção


Ex: acidente de trânsito, queda, esbarrão na barriga etc
Como não há previsão de modalidade culposa de aborto, não é crime

Criminoso (Arts.124, 125 e 126)

 Auto-aborto e aborto consentido


Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:  Pena – detenção,
de um a três anos.

“O artigo 24 tipifica duas condutas por meio das quais a própria gestante pode interromper sua gravidez,
causando a morte do feto: com a primeira, ela mesmo provoca o abortamento; com a segunda, consente que
terceiro lho provoque“
Crime de mão própria , ou seja, somente a gestante pode realizar
Só vale para a gestante
“A conduta típica, com efeito, no auto-aborto, consiste em provocar o aborto em si mesma, isto é, interromper a
sua própria gestação; mas a gestante pode praticar o mesmo crime com outra conduta, qual seja, a de consentir
que outrem lhe provoque o aborto”

Aborto sofrido


Art. 125 – Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

        Pena – reclusão, de três a dez anos.

Terceiro age sem consentimento da gestante e, por isso, possui uma pena mais severa
Aborto consensual


Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante:

        Pena – reclusão, de um a quatro anos.

“Constitui exceção à teoria monística adotada pelo nosso Código. Quem provocar aborto com o
consentimento da gestante não será coautor do crime capitulado no art.124, a despeito do preceito do art.29
do CP, mas responderá pelo delito previsto no art.126″
Parágrafo único : Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é
alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência
Existem algumas situações em que o consentimento dado pela gestante não pode ser considerado válido e,
por isso, será aplicada a pena do art.125 , que é mais severa justamente devido a gravidade de praticar um
aborto sem a anuência da gestante. É igualmente grave, praticá-lo com um consentimento não válido.
Portanto, será aplicada a pena do art. 125 se o consentimento vier de :
Menor de 14 anos
Doente mental
Fraude, grave ameaça ou violência

Aumento de pena


Art. 127 – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal
de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas      causas, lhe sobrevém a morte.

Lesão corporal grave: + 1/3


Morte da mãe: x 2
Obs: O legislador equivocou-se ao denominar o art.127 de “forma qualificada”, uma vez que não se trata de
uma qualificadora, e sim de uma majorante. As qualificadoras definem uma nova pena, um novo mínimo e
um novo máximo, o que, ,evidentemente não é o que ocorre no referido artigo. Portanto, apesar da infeliz
denominação utilizada pelo legislador, o art.127 trata de uma forma majorada do aborto, trazendo uma causa
de aumento de pena, uma majorante.

Aborto legal ou permitido


Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:

        Aborto necessário


        I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

        Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

        II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou,


quando incapaz, de seu representante legal.

Necessário ou terapêutico
Perigo de vida da gestante + inexistência de outro meio para salvá-la
Quando o perigo de vida for iminente, na falta de médico, outra pessoa poderá realizar a intervenção,
fundamentada nos arts. 23,I e 24“.
Quando uma pessoa que não for médica praticar o aborto necessário, não responderá pelo crime, mas não
com fundamento nessa específica excludente especial aos médicos, mas sim alegando estado de
necessidade

Humanitário / sentimental / ético


Gravidez resultante de estupro + prévio consentimento da gestante, ou , sendo incapaz, de seu
representante legal
Nesse caso, por não se configurar estado de necessidade, uma pessoa que não é médica, se fizer aborto
humanitário, responderá pelo crime

Jurisprudência :
Apesar de não estar na lei, a jurisprudência, inclui no rol de situações em que o aborto é permitido, o aborto
de feto anencéfalo

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