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Brincadeiras seguras

Quem nunca ouviu a história de uma criança que foi parar no hospital por ter engolido a
peça de um jogo de montar ou por ter se cortado com a aresta de um brinquedo? Confira
como mais de uma centena de testes está mudando esse quadro e quais cuidados devem
ser tomados na hora da compra.
Segurança é fundamental em qualquer circunstância. Mas quando se trata de brinquedos,
especialmente para bebês entre 0 e 18 meses, o assunto é ainda mais delicado. Obrigatória
desde 1992, a Certificação de Conformidade nos brinquedos comercializados no Brasil tem
feito com que os fabricantes nacionais pouco a pouco se conscientizem da importância de
cumprir as normas técnicas. Para o consumidor, isso é identificado através do selo do
INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Segundo Osvaldo Kinochita, gerente do laboratório de brinquedos da L.A. Falcão Bauer,


credenciado pelo INMETRO para realizar os testes, poucos brinquedos não são aprovados na
bateria de ensaios.

E teste é o que não falta: são quase cem para cada brinquedo, que verificam desde a
toxidade até a resistência a choques, quedas, torções e muito mais. Afinal, crianças adoram
jogar carrinhos no chão, morder bichinhos de plásticos e desmontar bonecas.

Embora o relatório seja válido por 2 anos, há uma manutenção anual para averiguar se
houve alguma alteração no brinquedo, o que, na prática, equivale a uma nova bateria de
testes. "Quando o fabricante tem alguma dúvida a respeito de um item, faz um pré-teste.
Hoje, ele procura fazer tudo em conformidade com as normas vigentes", afirma Kinochita.

Padrão internacional

Pode causar surpresa, mas em alguns itens, o Brasil é mais exigente do que os Estados
Unidos e
Europa. As normas americanas e européias possuem um nível de exigência menor para os
brinquedos de vinil e os sonoros. Quando o brinquedo é estrangeiro, para que ocorra a
certificação - sem a qual não se obtém a Licença de Importação - é necessária a
apresentação de um relatório de ensaio do país de origem ou de amostras para a realização
de testes.

Esse relatório é elaborado por um laboratório no Exterior reconhecido pelo INMETRO,


demonstrando que o brinquedo está de acordo com a norma americana ou européia. Esse é
um procedimento corriqueiro.

Mas se o brinquedo for de vinil ou emitir sons, o relatório estrangeiro não basta. Ele deverá
ser submetido a teste adicionais no Brasil antes de receber a Certificação.

E não é só. Caso haja uma amostra do brinquedo, a embalagem também é analisada. Ela
deve estar de acordo com o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor, segundo o qual
as embalagens devem ser nacionalizadas, com todas as instruções em português e o
fornecedor ou responsável pelo produto claramente identificado.

Os brinquedos que cruzam ilegalmente a fronteira, encontrados no mercado informal,


normalmente não possuem o selo do INMETRO. Quando há uma denúncia, o comerciante
recebe a chamada

Autuação Cautelar, que lhe dá um determinado tempo para tomar as providências


necessárias para obter a Certificação.
Papais e mamães, atenção!

Vocês já conhece o processo de "selagem" de um brinquedo antes de chegar às mãos do seu


filho, o que garante a sua segurança. Mesmo assim, nunca é demais saber quais são as
recomendações e proibições quanto a cada tipo de brinquedo, dos aquáticos aos sonoros,
dos mordedores aos móbiles e às bonecas de pano. Confira:
Um dos campeões de bilheteria, os bichinhos de pelúcia devem Ter o enchimento não-
granulado e isento de impurezas. Fibra sintética ou fibra de algodão são os melhores, pois
mesmo que o bichinho descosture ou rasgue e a criança coma o recheio, não há maiores
consequências. De qualquer forma, as costuras devem ser firmes o suficiente para não
abrirem à toa. É importante também que o brinquedo não solte pêlos e que os olhos, o nariz
e a boca estejam muito bem travados. O objetivo é evitar que tais peças, muito pequenas,
porem na boca da criança. Se o bichinho emitir algum som, o compartimento das pilhas
deve Ter uma trava segura. Outra possibilidade é que ele só possa ser aberto por um adulto
com o auxilio de um acessório. O perigo, neste caso, reside na possibilidade de que a
criança coloque a pilha na boca, pois ela contém elementos altamente tóxicos.

Os chamados brinquedo educativos, como blocos de montar, não estão livres do controle
de seguranças até os 3 anos, a maior preocupação é quanto ao tamanho das peças.
Nenhum componente pode ser menor do que o chamado "cilindro reto truncado", um objeto
que simula a garanta de uma criança nessa faixa etária. O diâmetro não pode ser inferior a
31,75 mm e o comprimento, 25,4mm do lado menor e 57,15 mm do maior.Também são
realizados ensaios mecânicos para verificar a resistência à tração, torção, mordida,
impacto,etc. O essencial é que o brinquedo não se desfaça nem solte lascas ou produza
arestas que possam ferir. O terceiro ponto é a toxicologia: elementos como chumbo, cromo
e mercúrio são tóxico e seus teores não podem ultrapassar o máximo previsto pela norma.
Quando o assunto são mordedores ou massageadores de gengiva, se forem à base de
PVC (vinil), há um teste especifico que mede o teor de D.E.P.H.; um plastificante utilizado
amolecer o PVC. Essa concentração jamais pode ultrapassar os 3%, pois se trata de uma
substância cancerígena. Além disso, o mordedor é submetido aos demais testes rotineiros
de toxicologia.
Para crianças pequenas, os brinquedos devem ser à prova de torções, mordidas e quedas.
Nos míbiles, a preocupação especial fica por conta do cordão que o amarra no berço. Seu
comprimento não deve ser superior a 30 centímetros para que o bebê não se amarre no
mesmo. Embora não obrigatório, é aconselhável que a fabricante instrua os pais a retirarem
o móbile do berço quando a criança completar 5 meses. A partir dessa idade, o bebê começa
a ensaiar posturas mais eretas, podendo alcançar o móbile.
Quando aos brinquedos sonoros, é medida a emissão de som, que deve estar dentro de
padrões aceitáveis. Isso significa o limite de 85 decibéis para ruídos constantes (que duram
mais de um segundo) e 100 decibéis para ruídos instantâneos. Brinquedos com som acima
desses índices são reprovados.
Brinquedo infláveis, como bexigas, são submetidos testes de toxicologia e de abuso
mecânico previsível com crianças por perto., como bexigas, são submetidos testes de
toxicologia e de abuso mecânico previsível com crianças por perto., como bexigas, são
submetidos testes de toxicologia e de abuso mecânico previsível com crianças por perto.
Quando aos brinquedos aquáticos - aqueles que suportam 1,5 quilo sem afundar -, se
forem de vinil, necessitam passar pelo ensaio de D.E.H.P.
Os famosos (eaparentemente inocentes) patinhos de plástico que passeiam pela banheira
enquanto o bebê toma banho merecem muita atenção.Eles passam por rigorosos testes
quanto à toxicologia, pois são muito convidativos para serem colocados na boca. Por isso,é
preciso Ter certeza de que não soltam nenhuma substância tóxica na boca do pequeno.
Livros de pano também são analisados de acordo com o item analisados. Se forem grandes
a a ponto de a crianças se deitar sobre os mesmos, é necessário que o tecido seja
permeável, poroso o suficiente para a criança respirar mesmo se fechando sobre ele.
também são analisados de acordo com o item analisados. Se forem grandes a a ponto de a
crianças se deitar sobre os mesmos, é necessário que o tecido seja permeável, poroso o
suficiente para a criança respirar mesmo se fechando sobre ele. também são analisados de
acordo com o item analisados. Se forem grandes a a ponto de a crianças se deitar sobre os
mesmos, é necessário que o tecido seja permeável, poroso o suficiente para a criança
respirar mesmo se fechando sobre ele.
Um tremendo perigo para os pequenos: peças que se quebram e produzem lascas ou
arestas. Elas podem cortar as mãozinhas do seu filho.
Autilização de fantoches deve sempre ser acompanhada por um adulto. Por exemplo, os
fantoches de dedo são peças pequenas facilmente engolidas. Se for o caso de fantoches de
tecidos, o mesmo para ser suficientemente poroso para evitar asfixia caso seja engolido.
Bonecas de pano e outros brinquedos recheados, além de serguirem as mesmas normas
dos bichinhos de pelúcia, ainda devem ser examinados quanto à sua inflamabilidade. Isso
porque fios de lã em cabelos de bonecas, por exemplo, são altamente inflamáveis. O
fabricante evita problemas utilizando um antichama atóxico. e outros brinquedos recheados,
além de serguirem as mesmas normas dos bichinhos de pelúcia, ainda devem ser
examinados quanto à sua inflamabilidade. Isso porque fios de lã em cabelos de bonecas, por
exemplo, são altamente inflamáveis. O fabricante evita problemas utilizando um antichama
atóxico. e outros brinquedos recheados, além de serguirem as mesmas normas dos
bichinhos de pelúcia, ainda devem ser examinados quanto à sua inflamabilidade. Isso
porque fios de lã em cabelos de bonecas, por exemplo, são altamente inflamáveis. O
fabricante evita problemas utilizando um antichama atóxico.

Quanto aos materiais com que são confeccionados os brinquedos, além dos de PVC, os de
madeira passam por um teste especial, para averiguar a presença do pentaclorofenol, um
fungicida extremamente tóxico. Se for de plástico rígido, o objetivo é detectar a presença de
metais pesados de acordo com a cor do material. Quer dizer: se um brinquedo possui várias
partes de cores diversas, são realizados tantos testes quanto sejam as cores. A presença de
metais pesados também é verificada em papéis, instrumentos gráficos (lápis, crayon, giz) e
PVC.

Em massas de modelar, há ensaios biológicos para checar uma eventual toxidade. Por fim,
na maquilagem para bonecas, pesquisa-se a sensibilização da mucosa oral, a irritabilidade e
a eventual presença de metais pesados. A tinta que recobre qualquer brinquedo deve ser
totalmente atóxica.
Quanto às formas, há duas reconhecidamente perigosas e proibidas: as arestas cortantes
e as pontas agudas.

Os três princípios da segurança


Antes de assinar o cheque e levar para casa um lindo urso de pelúcia ou o móbile
superoriginal, papais e mamães preocupados com a segurança de seus pequenos devem
atentar para os seguintes itens:

1. Exija o selo de certificação de segurança do INMETRO.


2. Verifique a faixa etária para a qual o brinquedo se destina.
3. Leia cuidadosamente todas as instruções de uso contidas na embalagem,
especialmente as advertências.

Textos redigidos para orientação familiar.®

Dr. Juarez R. Furtado Jr.


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