DESENHO DE MÁQUINAS 1

AULA 01

Prof. Dr. Rodrigo Villaca Santos

 EMENTA:

 Introdução aos Processos de Fabricação

 Processos de Fabricação Mecânica

 Acabamento da Superfície Usinada

Disciplina: Desenho de Máquinas 1 / Prof. Dr. Rodrigo Villaca Santos

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Introdução:

 Compreender como o processo de fabricação influencia na qualidade final e no

preço do produto;

 Avaliar as aplicações dos diferentes processos de fabricação e as possíveis

variáveis de cada processo (projeto x custo x produtividade x mão de obra x
cliente);

 Compreender os limitantes na relação material x processos de fabricação

(“transformação”: zona termicamente afetada, rugosidade, resistência a corrosão).

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
O que vem a ser um “Processo de Manufatura”?

 Tecnologia em que um valor é adicionado ao material quando este passa pelo

processo de transformação geométrica, física e/ou química;

 Processo de conversão da matéria prima em um produto;

 Relação:

Custo material + Custo fabricação < Valor do produto final

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
O que vem a ser um “Processo de Manufatura”?

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
O que um bom processo de “Manufatura” deve considerar?

 Taxa de produção (matéria prima fluindo através da linha de produção:

unidades/h; unidades/dia; unidades/ano) – produto continuo ou discreto?;

 Tempo (tempo destinado ao recebimento da matéria prima, tempo de produção do

bem x tempo de produção de cada subcomponente – Ex: carro, parafuso, navio);

 Custo (matéria prima, mão de obra, ferramenta, equipamentos, transporte,

impostos, outros – Ex: torno mecânico x CNC, aço carbono x aço inox, outros);

 Qualidade (nível de desvio aceito em relação ao projetado – Ex: tolerância,

rugosidade).

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Relação Microestrutura x Fabricação:

Desempenho do PRODUTO dependerá:

 Solicitação em serviço (tração, fadiga, fluência, corrosão, abrasão, temperatura);
 Propriedade do material (alongamento, resistência à fadiga, resistência à fluência,
resistência à corrosão ou desgaste, densidade, condutividade, possibilidade de
reciclagem, tenacidade, outros).

Propriedade do MATERIAL dependerá:

 Microestrutura (tamanho e forma do grão, fases, precipitados, outros);
 Composição química (elemento químico e seu percentual na liga);
 Processo de fabricação (fundição, conformação, usinagem, soldagem, outros).

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Como se escolhe um Processo de Fabricação?

 Aspectos de projeto (como funcionará, geometria, carregamento, deformação, meio

de operação, outros);
 Quais as descrições dos processos (fundamentos – conhecer como funciona);
 Quais os materiais possíveis de aplicação no produto (ferrosos, não ferrosos,
outros);
 Possíveis variações do processo (grau de automação, temperatura de trabalho, tipo
de corrente, outros);
 Considerações econômicas (taxa de deposição, número mínimo de peças “ano”,
mão de obra - HH, HM, outros);
 Quais as aplicações típicas do produto (petroquímica, alimentos, automobilística,
naval, outros);
 Aspectos de qualidade (acabamento, defeitos, limpeza, outros).

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO MECÂNICA

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO MECÂNICA:

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Usinagem – Cavacos:

 Processos de usinagem envolvem operações de corte que permitem remover

excessos de material bruto com auxílio de uma ferramenta até que este resulte em
uma peça pronta. Nestas operações de corte são geradas aparas que se costumam
chamar de cavacos;

 Cavacos: são porções de material, de forma irregular, removidas da peça como

resultado da ação de uma ferramenta de corte.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Classificação quanto ao Processo de Remoção de Material:

 Processos convencionais: as operações de corte empregam energia mecânica na

remoção do material, principalmente por cisalhamento, no contato físico da
ferramenta com a peça;

 Processos não-convencionais: as operações se utilizam de outros tipos de energia

de usinagem (ex: termelétrica), não geram marcas-padrão na superfície da peça e a
taxa volumétrica de remoção de material é muito menor que a dos processo
convencionais.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Torneamento;
 Fresamento;
 Furação;
 Retificação;
 Mandrilamento;
 Brunimento;
 Serramento;
 Roscamento;
 Aplainamento;
 Alargamento ou brochamento;
 Outros processos.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Torneamento: a ferramenta executa movimento de translação, enquanto a peça gira
em torno de seu próprio eixo.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Torneamento: a ferramenta executa movimento de translação, enquanto a peça gira
em torno de seu próprio eixo.

“vídeo”
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Fresamento: a ferramenta de corte possui vários gumes e executa movimento de
giro, enquanto é pressionada contra a peça.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Fresamento: a ferramenta de corte possui vários gumes e executa movimento de
giro, enquanto é pressionada contra a peça.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Furação: uma ferramenta (broca) de dois gumes executa uma cavidade cilíndrica
na peça.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Retificação: remoção de material da peça por ação de grãos abrasivos. Ferramenta
gira em torno de seu próprio eixo além de poder executar movimento de translação.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Mandrilamento: a ferramenta gira e a peça ou a ferramenta se desloca
simultaneamente segundo uma trajetória determinada.

“vídeo”
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Brunimento: usinagem por abrasão, empregado no acabamento de furos cilíndricos
de revolução. A ferramenta ou a peça gira e se desloca axialmente.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Serramento: seccionamento ou recorte com auxílio de ferramentas multicortantes
de pequena espessura. Para tanto, a ferramenta gira, se desloca ou se mantém
parada. O serramento pode ser retilíneo ou circular.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Roscamento: operação de usinagem para obtenção de filetes uniformes em peça
cilíndrica.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Aplainamento: translação da ferramenta enquanto a peça permanece estática, ou
vice-versa.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais com Remoção de Cavaco:

Usinagem Convencional:
 Alargamento ou brochamento: a ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma
trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo da ferramenta.

“vídeo”
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Fundição;
 Soldagem;
 Metalurgia do pó;
 Conformação:
• Laminação, Extrusão, Trefilamento, Forjamento e Estampagem.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Fundição: processo de vazar (despejar) metal líquido em um molde contendo uma

cavidade na geometria desejada para a peça final. Tipos de moldes: cera perdida,
molde de areia, molde metálico, etc.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Soldagem: união de duas ou mais peças, assegurando na junta, a continuidade das

propriedades físicas e químicas.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Metalurgia do Pó: transformar pós metálicos em peças resistentes sem fusão,

apenas com pressão e calor.

“vídeo”
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Conformação - Laminação : processo de conformação de metais onde estes

passam por entre dois rolos giratórios que os comprimem, e têm sua espessura
diminuída e seu comprimento aumentado.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Conformação - Extrusão: o material é forçado através de uma matriz.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Conformação - Trefilamento: o material é tracionado através de uma matriz em

forma de canal convergente (Fieira ou Trefila) aplicada do lado de saída da matriz.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Conformação – Forjamento: compressão sobre um material dúctil, de modo a

assumir o perfil da ferramenta de trabalho.

“vídeo”
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Processos Convencionais sem Remoção de Cavaco:

 Conformação – Estampagem: processo de dobra, corte e embutimento.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Outros processos:

 Processos Não Convencionais com Remoção de Cavaco;

 Tratamentos Superficiais.

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ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE USINADA

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:

 Fatores Superficiais (textura):

O objetivo da usinagem é obter uma superfície técnica que apresente fatores
superficiais (textura) e subsuperficiais (integridade) apropriados, a fim de garantir
segurança, confiabilidade e longa vida ao componente fabricado.

Exemplos:

• Superfícies de componentes deslizantes (eixo e mancal) devem ser lisas para que o
atrito seja o menor possível;

• A exigência de acabamento das superfícies externas (tampa e base do mancal) são

menores.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:
Todas as superfícies de um componente ou peça apresentam irregularidades. E
essas irregularidades compreendem dois grupos:

 Erros macrogeométricos: ondulações, ovalização, retilineidade, planicidade, etc.

 Erros microgeométricos: rugosidade.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:
Os erros macrogeométricos podem ser ocasionados por diversos fatores como:

 Material da peça: usinabilidade, conformação ou dureza;

 Máquina-ferramenta: ferramenta de corte, defeitos nas guias, erros de posicionamento;
 Método: processo de fabricação para obtenção da peça, parâmetros de corte;
 Medição: incerteza de medição, adequação do instrumento ao mensurado;
 Mão de obra: erros de interpretação, falta de treinamento;
 Meio ambiente: variação de temperatura, limpeza do local de trabalho.

Estes erros são verificados por meio de instrumentos convencionais de medição

tais como micrômetros, relógios comparadores, projetores de perfis, etc.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:
Os erros microgeométricos são conhecidos como rugosidade. Essas rugosidades
podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo do rugosímetro.

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:

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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:
Exemplo: camadas superficiais de corpos sólidos.

Camada limite externa (1 e 2): ocorrem as reações químicas (adsorção, oxidação, etc.);
Camada limite interna (3 a 5): ocorrem transformações metalúrgicas e deformações plásticas devido à
ação de corte da ferramenta e variação de temperatura envolvidas durante a usinagem.
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 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:
Acabamento da Superfície Usinada:
Outros parâmetros a serem analisados:

 Influência do material da peça;

 Influência da geometria da ferramenta;
 Influência dos parâmetros de corte;
 Influência do meio lubrificante;
 Influência dos tipos e formas do cavaco;
 Influência do estado da ferramenta.

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