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• Enrique Pichón-Riviére, psiquiatra e psicanalista argentino, década de 40 – elabora a Teoria dos Grupos

Operativos

• Grupo = conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, unidas com o objetivo de realizar uma tarefa
comum. Essas pessoas interagem em uma rede de papeis, estabelecendo vínculos entre si.

O homem é um sujeito social, e é nos grupos aos quais pertence que desenvolve seus processos de
aprendizagem e comunicação

• Todos os grupos, nessa perspectiva, têm uma tarefa que deve ser desempenhada pelos membros:
No nível consciente (aquilo que o grupo deve fazer, a tarefa concreta, objetiva)
No nível inconsciente (as reações emocionais e a dinâmica psíquica do grupo, a tarefa subjetiva,
percebida e sentida por cada membro)
• O grupo operativo se fundamenta em três princípios:

1) Dinâmico – permite a interação e a comunicação, fomenta o pensamento e a criatividade


2) Reflexivo – o momento em que os membros percebem e compreendem os fatores que prejudicam ou
comprometem a tarefa
3) Democrático – os membros definem e organizam a realização da tarefa por meio das próprias ações e
pensamentos, de forma autônoma

• O grupo operativo formula seus próprios objetivos em relação à tarefa, e define como devem ser
trabalhadas as resistências às mudanças necessárias para concretização dos objetivos
• Desse processo emergem inseguranças, medos, ansiedades, que podem dificultar a realização da tarefa
• As reações psíquicas de um membro afetam os demais membros, formando uma rede de identificações
e influências mútuas
• ECRO - Esquema conceitual, referencial e operativo: o processo de realização da tarefa é dinâmico, e se
dá em permanente desestruturação e reestruturação dos esquemas existentes, formando uma espiral
dialética crescente
• O grupo não segue um processo linear, previsível.
• Os membros do grupo apresentam padrões de ambivalência, regressão e dispersão (cada membro tem
um ritmo próprio), decorrentes das transferências que ocorrem entre os mesmos
• Por isso o grupo tem que se reorganizar e se recriar permanentemente rumo à realização de sua tarefa
• Nesse processo dialético, há perdas e ganhos
• Afiliação e pertença = grau de identificação com a tarefa e entre os membros, sentimento de fazer
parte do todo grupal
• Cooperação = ajuda mútua por meio da adoção de diferentes papeis e funções
• Comunicação = formas de expressão das ideias, pensamentos, sentimentos. Pode levar a divergências e
conflitos
• Tele = disposição positiva e negativa dos membros em fazer parte da tarefa e de se vincularem entre si –
“rede” de transferências
• Aprendizagem = resulta da comunicação entre os membros e da tele, e da capacidade do grupo de criar
estratégias e alternativas para a realização da tarefa
• Pertinência = capacidade de produzir, de focar nos objetivos e de concretizar a tarefa
Assim, o coordenador ou facilitador do grupo operativo ajuda os membros a definirem os objetivos e meios
para realizar a tarefa proposta, e analisa em conjunto com os membros os processos conscientes e
inconscientes que facilitam ou dificultam o processo grupal

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