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EXERCÍCIOS CAP

LLIIG
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RUUTTU
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EMMA
ADDE
EIIR
RAA
6
66..11 E
Exxeerrccíícciiooss rreessoollvviiddooss
Exercício 6.1 : Projetar a emenda entre as peças de
madeira indicadas nas figuras, usando parafusos
como meio ligante.
1- Madeira : Garapa Roraima. Tk Tk
2- Dimensões em centímetros. 15

3- Critério da NBR-7190. Elevação Seção


7,5
4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ;
TGk = 12 kN (permanente) ;
TQk = 15 kN (vento de sobrepressão).
Solução :
a) montagem da emenda :
será feita uma tentativa adotando-se 15
duas peças laterais (cobre-juntas,
também denominadas “mata-juntas”, na 2,5 2,5
7,5
obra) de 2,5 X 15 cm2 .
O dimensionamento destas peças pode ser feito como já realizado no exercício 4.1.

b) combinação das ações :


Td = 1,4. (12 + 0,75. 15) = 32,6 kN.

c) propriedades mecânicas da Garapa Roraima :


fc0m = 78,4 MPa = 7,84 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0m = 0,7. 7,84 = 5,48 kN/cm2 ;
fc 0 k 5,48
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,20 kN / cm2 .
γc 1,4

d) escolha do diâmetro do parafuso :

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Uma sugestão razoável, que costuma trazer bons resultados finais, é tomar o diâmetro
do parafuso situado entre 1/6 e 1/5 da espessura da peça mais grossa.
1 1
Sendo assim : . 7,5 ≤ d ≤ . 7,5 ; 1,25 ≤ d ≤ 1,50 ; ou seja : d = 1/2” ou 5/8”;
6 5
Adotaremos d = 5/8” (1,6 cm), esperando uma maior capacidade do pino, em relação a d
= 1/2”.

e) resistência do parafuso na ligação :


Como todas as peças envolvidas na ligação têm esforço paralelo às fibras, basta
verificar as peças laterais, onde t = 2,5 cm (mais delgada).
t = t1 = t3 = 2,5 cm ;
t 2,5
β= = = 1,56 : este diâmetro não pode ser usado, pois t < 2d !
d 1,6
re-escolhendo o diâmetro, tomamos d = 1/2“ (1,27 cm) ;
t 2,5
β= = ~ 2,0 verifica ! ;
d 1,27
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 2,20 kN/cm2 ;
f yd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 3,93 ;
fed 2,20

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 2,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 2,20 = 2,75 kN ;
β 2
RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 2,75 = 5,50 kN .

f) número de parafusos necessários :


Td 32,6
n= = = 5,9 ~ 6 φ ; total na ligação (emenda) = 12 φ
R Vd2 5,5

g) disposição dos parafusos :


g.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,27 = 8,9 ~ 10 cm (multiplos de 2,5 cm) ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,27 = 7,7 ~ 10 cm ;
BD = bordo descarregado = 4 .d = não há BD nesta ligação.
g.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5 . 1,27 = 1,9 ~ 2,5 cm ;
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EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3 . 1,27 = 3,9 ~ 5 cm

h) croquis :
20
130mm

10 10 10 1/2"

2,5

5
2,5

12 parafusos φ = ½” – 6 cada ligação

Exercício 6.2 : Projetar a ligação entre as peças de


madeira indicadas nas figuras, usando parafusos Tk
Tk
como meio ligante.
1- Madeira : Dicotiledônea C-40.
15
2- Dimensões em centímetros. 25
3- Critério da NBR-7190. 25
4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; Elevação
3,75 10 3,75
TGk = 6 kN (permanente) ; Seção
TQk = 6 kN (sobrecarga).
Solução :
O dimensionamento das peças de madeira pode ser feito como já realizado no cap. 4.
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (6 + 6) = 16,8 kN.

b) propriedades mecânicas da dicotiledônea C-40 :


fc0k = 40 MPa = 4 kN/cm2 ;
fc 0k 4
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,60 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do diâmetro do parafuso :


sendo “e” a espessura da peça mais grossa envolvida na ligação :
1 1 1 1
. e ≤ d ≤ . e ; .10 ≤ d ≤ .10 ; 1,6 ≤ d ≤ 2,0 ;
6 5 6 5
ou seja : d = 5/8” ou 3/4”;
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Adotaremos d = 3/4” (1,9 cm), esperando uma maior capacidade do pino.
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 3,75 cm .

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 3,75 cm ;
α = 00 ;
t 3,75
β= = ~2
d 1,9
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 1,60 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,61 ;
fed 1,60

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,60 = 4,5 kN ;
β 2
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 4,5 = 9,0 kN .
d.2) peça central :
t2 10
t= = = 5,0 cm ;
2 2
α = 90 0 ;
t 5,0
β= = = 2,63 ;
d 1,9
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,60 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,41 , para d = 1,9 cm ;
fe90d = 0,25. 1,60. 1,41 = 0,56 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,8 ;
fed 0,56

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 5,0 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,56 = 2,13 kN ;
β 2,63

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RVd2 = 2. RVd1 = 2. 2,13 = 4,25 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 4,25 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 16,8
n= = = 3,9 ~ 4 φ .
R Vd2 4,25

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,9 = 13,3 ~ 15 cm ;
4.d = 4. 1,9 = 7,60 ~ 8 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,9 = 11,4 ~ 12 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,9 = 2,9 ~ 5 cm
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 1,9 = 2,9 ~ 3,75 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,9 = 5,79 ~ 7,5 cm

20
180mm
g) croquis :
3/4"
4 parafusos φ = 3/4”

8 4d

12 6d

5 1,5d
7d
10

Elevação
Seção
3,75 7,5 3,75

Observações :
Em ligações entre peças não paralelas entre si, as distâncias exigidas para diâmetros
adotados muito grandes, quase sempre são excessivas. Estas são , sem dúvida, as maiores
dificuldades encontradas no projeto de estruturas de madeira.
É mais conveniente, tendo-se escolha, optar em tais ligações por diâmetros não tão
altos, e que apesar de oferecerem uma capacidade menor, podem adaptar-se melhor às
dimensões das peças de madeira.
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Percebe-se com clareza que, no projeto de estruturas de madeira treliçadas, as
dimensões finais das peças de madeira quase sempre obedecem às necessidades construtivas
das ligações, ao invés de satisfazer aos esforços a elas aplicados.
Isto pode ser constatado na verificação à tração do montante vertical tracionado desta ligação.

Exercício 6.3 : Projetar a ligação proposta no exercício 6.2, usando parafusos com d = 5/8”.
1- Madeira : Dicotiledônea C-40. Tk Tk
2- Dimensões em centímetros.
3- Critério da NBR-7190. 15 Seção
25
4- Esforços atuantes :
25
Tk = TGk + TQk ;
TGk = 6 kN (permanente) ; Elevação
3,75 10 3,75
TQk = 6 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (6 + 6) = 16,8 kN.

b) propriedades mecânicas da dicotiledônea C-40 :


fc0k = 40 MPa = 4 kN/cm2 ;
fc 0k 4
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,60 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do diâmetro do parafuso :


Adotaremos d = 5/8” (1,6 cm) .
Verifica-se a condição t ≥ 2d , qual seja : t = 3,75 > 2.1,6 = 3,2 .

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 3,75 cm ;
α = 00 ;
t 3,75
β= = = 2,34
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 1,60 kN/cm2 ;

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fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,61 ;
fed 1,60

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,60 = 3,85 kN ;
β 2,34
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 3,85 = 7,70 kN .
d.2) peça central :
t2 10
t= = = 5,0 cm ;
2 2
α = 90 0 ;
t 5,0
β= = = 3,13 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,60 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25. fc0d . αE ;
αE = 1,52 , para d = 1,6 cm ;
Notar que diâmetros menores acentuam o efeito de compressão localizada, melhorando
a eficiência proporcional do pino. αE passou de 1,41 para 1,52 .
fe90d = 0,25. 1,60. 1,52 = 0,61 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,47 ;
fed 0,61

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 5,0 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,61= 1,95 kN ;
β 3,13
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,95 = 3,90 kN .
Aqui pode-se quantificar a maior eficiência proporcional da adoção do diâmetro menor :
aumentando o diâmetro do parafuso de 5/8“ para 3/4" (+ 18,75 %), ganha-se apenas um
acréscimo de 9% na resistência unitária.
d.3) resistência efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 3,90 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 16,8
n= = = 4,3 ~ 5 φ .
R Vd2 3,90

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f) disposição dos parafusos :
f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,6 = 11,2 ~ 12,5 cm ;
4.d = 4. 1,6 = 6,4 ~ 7,5 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,6 = 9,6 ~ 10 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,6 =2,4 adotado: 7,5 cm (sobrou espaço)
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 1,6 = 2,4 ~ 2,5 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,6 = 4,8 ~ 5 cm .

g) croquis :
20
180mm

5/8"
2a. solução

Elevação Seção

7,5
7,5
5
10 10
5
7,5 7,5
5 5

2,5 5 5 2,5 2,5 5 5 2,5


5 parafusos φ = 5/8”

Observações :
Como resultado das especulações sobre a conveniência da adoção de um diâmetro
menor, constata-se que a troca de 4 φ 3/4" por 5 φ 5/8" resultou em uma ligação mais
compacta (a parte das peças verticais que sobressaem à linha inferior da estrutura é
menor). Resta estabelecer se o custo dos 5 φ 5/8" é menor do que 4 φ 3/4".

Exercício 6.4 : Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas figuras, usando
parafusos como meio ligante.
1- Madeira : Pinho do Paraná.
2- Dimensões em centímetros.
3- Critério da NBR-7190.
4- Esforços atuantes :

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Tk = TGk + TQk ;
TGk = 10 kN (permanente) ; 15 5 15 5

TQk = 10 kN (sobrecarga).
20
0
60
Elevação Seção

Tk
Solução :
Tk
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (10 + 10) = 28 kN.

b) propriedades mecânicas do Pinho do Paraná :


fc0m = 40,9 MPa = 4,09 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7. 4,09 = 2,86 kN/cm2 ;
fc 0k 2,86
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,14 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do diâmetro do parafuso :


sendo “e” a espessura da peça mais grossa envolvida na ligação :
1 1 1 1
. e ≤ d ≤ . e ; .15 ≤ d ≤ .15 ; 2,5 ≤ d ≤ 3,0 ;
6 5 6 5
Adotaremos d = 5/8” (1,6 cm), já que os diâmetros recomendados são muito grossos.
Já se constatou nos exemplos anteriores que diâmetros grossos exigem distâncias muito
grandes entre pinos, e aos bordos das peças.
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 5 cm .

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 5 cm ;
α = 00 ;
t 5
β= = = 3,13
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 1,14 kN/cm2 ;

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,47 ;
fed 1,14

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β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 52
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,14 = 3,64 kN ;
β 3,13
RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 3,64 = 7,3 kN .
d.2) peça central :
t 2 15
t= t= = = 7,5 cm ;
2 2
α = 600 ;
t 7,5
β= = = 4,69 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,14 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,52 , para d = 1,6 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,14 . 1,52 = 0,43 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d fe,0,d . fe,90,d
fe αd = 2 2
= fe,60,d = ;
fe,0,d . sen α + fe,90,d . cos α fe,0,d . sen 60 + fe,90,d . cos 2 60
2

1,14 . 0,43
f e,60,d = 2 2
= 0,51 kN / cm 2 ;
1,14 . sen 60 + 0,43 . cos 60

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 8,17 ;
fed 0,51

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 7,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,51= 2,45 kN ;
β 4,69
RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 2,45 = 4,90 kN .
d.3) resistência efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 4,90 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 28
n= = = 5,7 ~ 6 φ .
R Vd2 4,90

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,6 = 11,2 ~ 12 cm ;
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4.d = 4. 1,6 = 6,4 ~ 7,5 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,6 = 9,6 ~ 10 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,6 = 2,4 ~ 2,5 cm
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 1,6 = 2,4 ~ 2,5 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,6 = 4,8 ~ 5 cm

20
g) croquis : 250mm
6 parafusos φ = 5/8” 5/8"

7d 7,5
2,5 1,5d
6d 10

7,5 4d

2,5
2,5 5
5

Elevação Seção

Exercício 6.5 – (4oTE-2005) Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas figuras,
solicitada à compressão, usando parafusos (d = 5/8”= 1,6cm) como meio ligante :
1- E.L.U.=Combinação normal. Ck
5
2- Critério da NBR-7190/1997.
3- Dimensões em centímetros. 9
9
16,5
4- Madeira ANGELIM PEDRA, 2a. categoria : 6,5 6,5

fc,0,m = 59,8 MPa.


o
120
5- Esforços atuantes :
Seção
Ck = Cgk + Cqk , Cgk = 10 kN (permanente),
Elevação
Cqk = 4 kN ;(vento de sobrepressão).
Solução :
a) combinação das ações :
Cd = 1,4 . (10 + 0,75 . 4) = 18,2 kN.

b) propriedades mecânicas de ANGELIM PEDRA :


fc0m = 59,8 MPa = 5,98 kN/cm2 ;
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fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7 . 5,98 = 4,19 kN/cm2 ;
fc 0k 4,19
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,67 kN / cm 2 .
γc 1,4

c) resistência do parafuso na ligação :


a escolha do diâmetro do parafuso já foi estabelecida no enunciado : d = 5/8”.
c.1) verificação da condição da NBR-7190 :
t (menor t ) ≥ 2d , ou seja : t = 4,5 > 2 . 1,6 = 3,2 .
c.2) peças laterais :
t = t1= 6,5 cm ; α = 60 0 ;
feod = fc0d = 1,67 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25. fc0d . αE ; αE =1,52 para d = 5/8”
fe90d = 0,25. 1,67. 1,52 = 0,64 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d
feαd = ;
fe,0,d . sen2 α + fe,90,d . cos 2 α

1,67 . 0,64
fe,60,d = 2 2
= 0,75 kN / cm2 ;
1,67 . sen 60 + 0,64 . cos 60
t 6,5
β= = = 4,06 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,73 ;
fed 0,75

∴ β < βlim embutimento da madeira :

t2 6,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,75 = 3,13 kN .
β 4,06
c.3) peça central :
t2 9
t= = = 4,5 cm ; α = 00 ;
2 2
t 4,5
β= = = 2,8 ;
d 1,6
fyd = 21,8 kN / cm2 ;

fe0d = fc0d = 1,67 kN/cm2 ;


f yd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,52 ;
fed 1,67

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β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 4,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,67 = 4,81 kN .
β 2,81
c.4) resistência efetiva do pino :
prevalece o menor : RVd1 = 3,13 kN ∴ RVd2 = 2. RVd1 = 2. 3,13 = 6,26 kN .

d) número de parafusos necessários :


C d 18,2
n= = = 2,9 ~ 3 φ .
R Vd2 6,26

e) disposição dos parafusos :


e.1) direção paralela à carga :
BC = 4.d = 4. 1,6 = 6,4 ;
BD = 4.d = 4. 1,6 = 6,4 ;
1,5.d = 1,5. 1,6 = 2,4 .
e.2) direção normal à carga :
BE = 1,5 . d = 1,5. 1,6 = 2,4 ;
EP = 3.d = 3. 1,6 = 4,8 .

f) croquis :
3,25
6,5 2,5 5
5
3,25

3 parafusos φ = 5/8”

Exercício 6.6 – (EF-2005) Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas figuras,
solicitada à compressão, usando parafusos (d = 1/2”= 1,27 cm) como meio ligante :
1) E.L.U. = Combinação normal.
6,5
2) Critério da NBR-7190/1997. Elevação
3) Dimensões em centímetros. o
130
4 4
4) Madeira DICOTILEDÔNEA C-20, 2a. categoria : 12
fc,0,K = 20,0 MPa. 16 Seção

5) Esforços atuantes :
Ck = Cgk + Cqk , Cgk = 3 kN (permanente), Ck Ck
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Cqk = 7 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Cd = 1,4 . (3 + 7) = 14,0 kN.

b) propriedades mecânicas de DICOTILEDÔNEA C-20:


fcok = 20 MPa = 2,0kN/cm2 ;
fc 0k 2,0
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 0,8 kN / cm2 .
γc 1,4

c) resistência do parafuso na ligação :


a escolha do diâmetro do parafuso já foi estabelecida no enunciado : d = 1/2” (1,27 cm) .
c.1) verificação da condição da NBR-7190 :
t (menor t ) ≥ 2d , ou seja : t = t2/2 = 6,5/2 = 3,25 > 2. 1,27 = 2,54. verifica !
c.2) peças laterais :
t = t1= 4 cm ; α = 50 0 ;
feod = fc0d = 0,8 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25. fc0d . αE ; αE =1,68 p/d=1/2”
fe90d = 0,25. 0,8. 1,68 = 0,34 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d
feαd = ;
fe,0,d . sen2 α + fe,90,d . cos 2 α

0,8 . 0,34
fe,50,d = 2 2
= 0,45 kN / cm2 ;
0,8 . sen 50 + 0,34 . cos 50
t 4
β= = = 3,15 ;
d 1,27
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 8,74 .
fed 0,45

∴ β < βlim embutimento da madeira :

t2 42
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,45 = 0,90 kN .
β 3,15
c.3) peça central :
t 2 6,5
t= = = 3,25 cm ; α = 00 ;
2 2

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t 3,25
β= = = 2,56 ;
d 1,27
fyd = 21,8 kN / cm2 ;

fe0d = fc0d = 0,8 kN/cm2 ;


fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,53 ;
fed 0,8

β < βlim ,

t2 3,25 2
portanto, embutimento da madeira : R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,8 = 1,32 kN .
β 2,56
c.4) resistência efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd1 = 0,91 kN ∴ RVd2 = 2. RVd1 = 2. 0,90 = 1,8 kN .

d) número de parafusos necessários :


C d 14
n= = = 7,8 ~ 8 φ1/ 2" .
R Vd2 1,8

e) disposição dos parafusos : f) croquis :


e.1) direção paralela à carga :
BC = 4.d = 4. 1,27 = 5,1 ;
EP = 6.d = 6. 1,27 = 7,7 ; 8 parafusos φ = 1/2”

BD = 4.d = 4. 1,27 = 5,1 ;


1,5.d = 1,5. 1,27 = 1,9 . 4
e.2) direção normal à carga : 6
2
BE = 1,5 . d = 1,5. 1,27 = 1,9 ;
EP = 3.d = 3. 1,27 = 3,9 . 2 2
3X4cm

Exercício 6.7 : (4o. TE 2006) Projetar a ligação entre


as peças (1) e (2) do nó de uma treliça de madeira
indicado nas figuras, usando parafusos como meio
9,5 1
ligante, segundo o critério da NBR-7190,
19,5

1
considerando ; o
2,5 2
90
1- Diâmetro do parafuso d = ½” (1,27cm). 45
o
2 9,5
2- Dimensões indicadas em centímetros. 3,25 3,25
3- Madeira : EUCALIPTO GRANDIS, ELEVAÇÃO Tk SEÇÃO

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2A. categoria, qualidade estrutural.
4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; TGk = 3 kN (permanente) ; TQk = 3,3 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (3 + 3,3) = 8,82 kN.

b) propriedades mecânicas do EUCALIPTO GRANDIS :


fc0m = 40,3 MPa = 4,03 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7 . 4,03 = 2,82 kN/cm2 ;
fc 0k 2,82
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,13 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do diâmetro do parafuso :


Adotado d = 1/2” (1,27 cm), como estabelecido no enunciado.
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 3,25 cm :
tMIN = 3,25 cm > 2 . 1,27 = 2,54.

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 3,25 cm ;
α = 00 ;
t 3,25
β= = = 2,56
d 1,27
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,13 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,5 ;
fed 1,13

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,25 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,13 = 1,86 kN
β 2,56
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,86 = 3,72 kN .
d.2) peça central :
t 2 9,5
t= = = 4,75 cm ;
2 2

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α = 90 0 ;
t 4,75
β= = = 3,74 ;
d 1,27
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,13 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;

αE = 1,68 , para d = 1,27 cm ;


fe90d = 0,25. 1,13. 1,68 = 0,47 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 8,48 ;
fed 0,47

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 4,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,47 = 1,14 kN ;
β 3,74
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,14 = 2,28 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 2,28 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 8,82
n= = = 3,9 ~ 4 φ .
R Vd2 2,28

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,27 = 8,9 cm ;
4.d = 4. 1,27 = 5,1 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,27 = 7,7 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,27 = 2 cm.
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 1,27 = 2 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,27 = 3,9 cm.

g) croquis :

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6,5
2,5
19,5 8,0
6,5
2,5
4 parafusos φ = 1/2”
4,5
2,5 2,5

Exercício 6.8 (EX.FINAL 2006) : Projetar a ligação entre as peças (1) e (2) do nó de uma
treliça de madeira indicado nas figuras, usando parafusos como meio ligante, segundo o
critério da NBR-7190, considerando ; Tk1
1- Diâmetro do parafuso d = 5/8” (1,6cm). 1
3 19,5 3
2,5
2- Dimensões indicadas em centímetros. 3

24,5
2 2
3- Madeira : AROEIRA DO SERTÃO,
2,5
3 1 3 4,5 9,5 4,5
2A. categoria, qualidade estrutural.
4- Esforços atuantes : Tk2
ELEVAÇÃO SEÇÃO
Tk1 = TGk1 + TQk1 ; Tk2 = TGk2 + TQk2 Tk1

TGk1 = 30 kN ; TGk2 = 18 kN (permanentes) ;


TQk1 = 50 kN ; TQk2 = 35 kN (sobrecargas) .

Tk2
Solução :
a) combinação das ações : E.L.U. : Combinação normal :
Tk,RESULTANTE = Tk1 - Tk2 = (TGk1 – TGk2) + (TQk1 – TQk2) ;
Tk,RESULTANTE = (30 – 18) + (50 – 35) kN ; Tk1 Tk,RES
Tk,RESULTANTE = 12 kN + 15 kN ;
Td = 1,4 . (12 + 18) = 37,8 kN. Tk2

b) propriedades mecânicas da AROEIRA DO SERTÃO :


fc0m = 101,7 MPa = 10,17 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7 . 10,17 = 7,12 kN/cm2 ;
fc 0k 7,12
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,85 kN / cm2 .
γc 1,4
c) parafuso d = 5/8” = 1,6 cm. :
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 4,5 cm :
tMIN = 4,5 cm > 2 . 1,6 = 3,2.

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d) resistência do parafuso na ligação :
d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 4,5 cm ;
α = 00 ;
t 4,5
β= = = 2,81 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 3,46 ;
fed 2,85

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 4,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 2,85 = 8,2 kN ;
β 2,81
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 8,2 = 16,4 kN .
d.2) peça central :
t 2 9,5
t= = = 4,75 cm ;
2 2
α = 90 0 ;
t 4,75
β= = = 2,97 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,52 , para d = 1,6 cm ;
fe90d = 0,25. 2,85. 1,52 = 1,08 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,61 ;
fed 1,08

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 4,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,08 = 3,29 kN ;
β 2,97
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 3,29 = 6,58 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 6,58 kN .

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e) número de parafusos necessários :
Td 37,8
n= = = 5,7 ~ 6 φ .
R Vd2 6,58

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 4.d = 4. 1,6 = 6,4 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,6 = 9,6 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,6 = 2,4 cm
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 1,6 = 2,4 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,6 = 4,8 cm.

g) croquis :
19,5
2,5
7
24,5

10 6 parafusos φ = 5/8”
2,5
2,5
2,5 2,5
2x 7,25

Exercício 6.9 : Projetar a ligação entre o montante e


Seção
o banzo superior (asna) da tesoura composta por φ =15
φ =15
troncos de madeira, indicada nas figuras.
1- Madeira : EUCALIPTO CITRIODORA, φ =10
φ =10
2a. categoria, qualidade estrutural.
2- Critério da NBR-7190. φ =10

3- ELU : Combinação normal. Elevação Tk


4- Dimensões em centímetros. Tk

5- Esforços atuantes : Tk= TGk + TQk;


TGk= 10 kN (permanente);
L
TQk= 15 kN (vento de sobrepressão).
Solução : 3 1
1
A solução usual para este tipo de ligação é o
uso de parafusos e cintas de aço, de pequena 4
2
largura. A figura ao lado mostra esta solução.
2

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O dimensionamento da mesma será executado considerando-se o apoio dos
parafusos na peça 2, e nas cintas de aço.
Deverá ser feita a verificação das tensões de apoio da cinta de aço na peça 1, ao
esmagamento.
Também não deve deixar de ser ressaltado, o cálculo da capacidade dos parafusos, em
contato com as tiras de aço : este cálculo será executado à luz da Norma NBR-8800. Estes
mesmo procedimentos também foram indicados na solução do exercício proposto 6.19.
As tensões de tração geradas na cinta de aço deverão ser verificadas para o esforço de
tração respectivo.

a) combinação das ações :


Td = 1,4. (10 + 0,75*. 15) = 29,8 kN. *redução da ação do vento, que é de curta
duração, para transformar o resultado em efeito de longa duração.

b) propriedades mecânicas do EUCALIPTO CITRIODORA :


fc0m = 62,0 MPa = 6,2 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0m = 0,7. 6,2 = 4,34 kN/cm2 ;
fc 0k 4,34
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,74 kN / cm2 ;
γc 1,4
fc90d = 0,25. fc0d = 0,25. 1,74 = 0,43 kN/cm2 ;
fc,0,d . fc,90,d
fcαd = ;
fc,0,d . sen2 α + fc,90,d . cos 2 α

1,74 . 0,43
fc,60,d = 2 2
= 0,53 kN / cm2 .
1,74 . sen 60 + 0,43 . cos 60

c) escolha do diâmetro do parafuso :


sendo “Φ” o diâmetro da peça a ser ligada (2) :
1 1 1 1
. φ ≤ d ≤ . φ ; .10 ≤ d ≤ .10 ; 1,6 ≤ d ≤ 2,0 ;
6 5 6 5
ou seja : d = 5/8” ou 3/4”;
Adotaremos d = 5/8” (1,6 cm) ;
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o valor de “t” será 5,0 cm.
( t = 5 > 2.d = 2.1,6 = 3,2 cm) .

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) no contato com a chapa de aço (3) :
cálculo de acordo com a NBR-8800 : >> 11,12 kN .
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d.2) no contato com a peça central (2):
t2 10
t= = = 5,0 cm ;
2 2
α = 00 ;
t 5,0
β= = = 3,13 ;
d 1,6
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,74 kN/cm2 ;
f yd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,43 ;
fed 1,74

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 5,0 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,74 = 5,56 kN
β 3,13
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 5,56 = 11,12 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 11,12 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 29,8
n= = = 2,7 ~ 3 φ .
R Vd2 11,12

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 1,6 = 11,2 ~ 12 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,6 = 9,6 ~ 10 cm ;
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 1,6 = 2,4 ~ 5,0 cm.

L=3
σ1d
g) Verificação das tensões de contato na peça 1 :
1
Nd 29,8 1
σ1d = = = 0,99 kN/cm2 >> fc60d = 0,53.
A CONTATO 10. 3
É necessário aumentar a área de contato !
Nd 29,8
σ1d = 0,53 = = ;
A CONTATO 10. L

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29,8
L≥ = 5,6 cm ~6 cm.
10. 0,53

h) croquis :

20
110mm
12
10 5/8"
10
5
6

Exercício 6.10 : (4o. TE 2007) Projetar a ligação Nk Nk


entre as peças de madeira indicadas nas figuras,
o
usando parafusos como meio ligante. 15 45

DADOS : 15

1- Diâmetro do parafuso d = ½” (1,25cm).


ELEVAÇÃO
2- Dimensões indicadas em centímetros. 5 7,5 5
3- Madeira : Dicotiledônea C-60, SEÇÃO

2A. categoria, qualidade estrutural.


4- Critério da NBR-7190.
5- Esforços atuantes :
Nk = NGk + NQk ; NGk = 5 kN (permanente) ; NQk = 25 kN (sobrecarga).
6- Estados limites últimos, combinações normais.
Solução :
a) combinação das ações :
Nd = 1,4. 5 + 1,4. 25 = 42 kN.

b) propriedades mecânicas da dicotiledônea C-60 :


fc0k = 60 MPa = 6,0 kN/cm2 ;
fc 0k 6,0
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,4 kN / cm2 .
γc 1,4

c) verificação da escolha do diâmetro do parafuso :


Adotado d = 1/2” (1,25 cm), como estabelecido no enunciado.
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 3,75 (7,5/2) cm :
tMIN = 3,75 cm > 2. 1,25 = 2,5. verifica!

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d) resistência do parafuso na ligação :
d.1) peça central :
t = t2 /2 = 7,5 / 2 = 3,75 cm ;
α = 00 ;
t 3,75
β= = = 3;
d 1,25
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,4 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 3,77 ;
fed 2,4

β < βlim , portanto, embutimento (esmagamento) da madeira :

t2 3,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 2,4 = 4,5 kN .
β 3,0
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 4,5 = 9,0 kN .
d.2) peças laterais :
t = t1 = t 3 = 5 cm ;

α = 45 0 ;
t 5
β= = = 4,0 ;
d 1,25
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,4 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;

αE = 1,68 , para d = 1,27 cm ;


fe90d = 0,25. 2,4. 1,68 = 1,01 kN/cm2 ;
fc,0,d . fc,90,d
fcαd = ;
fc,0,d . sen2 α + fc,90,d . cos 2 α

2,4 . 1,01
fc,45,d = 2 2
= 1,42 kN / cm2 ;
2,4 . sen 45 + 1,01. cos 45

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,9 ;
fed 1,42

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 52
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,42 = 3,55 kN ;
β 4

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RVd2 = 2. RVd1 = 2. 3,55 = 7,1 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 7,1 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 42
n= = = 5,9 ~ 6 φ .
R Vd2 7,1

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 4.d = 4. 1,25 = 5,0 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 1,25 = 7,5 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 1,25 = 1,9 cm
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5.d = 1,5. 1,25 = 1,9 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,25 = 3,8 cm.

2,5 15
g) croquis :
2,5 55 2,5
15 7,5
5

6 parafusos φ = 1/2” ELEVAÇÃO SEÇÃO

Exercício 6.11 : (EF 2007) Projetar a ligação entre 2,5 7,5 2,5

as peças de madeira indicadas nas figuras, usando 12,5


parafusos como meio ligante. 60
o 10
SEÇÃO
DADOS : ELEVAÇÃO
Nk
1- Diâmetro do parafuso d = 3/8” (0,95cm). Nk
2- Dimensões indicadas em centímetros.
3- Madeira : CANELA, 2A. categoria, qualidade estrutural.
4- Critério da NBR-7190.
5- Esforços atuantes :
Nk = NGk + NQk ; NGk = 2 kN (permanente) ; NQk = 9,5 kN (vento).
6- Estados limites últimos, combinações normais.
Solução :
a) combinação das ações :
Nd = 1,4. 2 + 0,75. 1,4. 9,5 = 12,78 kN.
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b) propriedades mecânicas da CANELA :
fc0m = 48,7 MPa = 4,87 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. 4,87 = 3,41 kN/cm2 ;
fc 0k 3,41
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,36 kN / cm2 .
γc 1,4

c) verificação da escolha do diâmetro do parafuso :


Adotado d = 3/8” (0,95 cm), como estabelecido no enunciado.
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 2,5 cm :
tMIN = 2,5 cm > 2. 0,95 = 1,9 verifica!

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 2,5 cm ;
α = 00 ;
t 2,5
β= = = 2,6 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,36 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,0 ;
fed 1,36

β < βlim , portanto, embutimento (esmagamento) da madeira :

t2 2,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,36 = 1,30 kN ;
β 2,6
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,30 = 2,60 kN .
d.2) peça central :
t 2 7,5
t= = = 3,75 cm ;
2 2
α = 600 ;
t 3,75
β= = = 3,95 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,36 kN/cm2 ;

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fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 , para d = 0,95 cm ;
fe90d = 0,25. 1,36. 1,958 = 0,66 kN/cm2 ;
fc,0,d . fc,90,d
fcαd = ;
fc,0,d . sen2 α + fc,90,d . cos 2 α

1,36 . 0,66
fc,60,d = 2 2
= 0,76 kN / cm 2 ;
1,36 . sen 60 + 0,66 . cos 60

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,68 ;
fed 0,76

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,76 = 1,08 kN ;
β 3,95
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,09 = 2,18 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 2,18 kN .

e) número de parafusos necessários :


Nd 12,78
n= = = 5,9 ~ 6 φ .
R Vd2 2,18

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 4.d = 4. 0,95 = 3,8 ~ 4 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 0,95 = 5,7 ~ 6 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 0,95 = 1,5 cm.
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5.d = 1,5. 1,25 = 1,9 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 1,25 = 3,8 cm.

2,0
g) croquis : 3,0
3,0
2,0
5,0
5,0 6 parafusos φ = 3/8”
2,5
ELEVAÇÃO

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Exercício 6.12 : (4º.TE 2008) Projetar a ligação entre
4 4 4
as peças de madeira indicadas nas figuras, usando 9

parafusos d=3/8” (0,95cm) como meio ligante. 19


Considerar : 60o
1- Critério da NBR-7190/1997.
Ck
2- Dimensões indicadas em cm. Ck
ELEVAÇÃO
3- ELU - Combinação normal. SEÇÃO
a
4- Madeira : ANGELIM FERRO, 2 . categoria, qualidade estrutural.
5- Esforços atuantes :
Ck = CGk + CQk ; CGk = 8 kN (permanente),CQk = 12 kN (sobrecarga).

Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (8 + 12) = 28 kN.

b) propriedades mecânicas do ANGELIM FERRO :


fc0m = 79,5 MPa = 7,95 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7. 7,95 = 5,565 kN/cm2 ;
fc 0k 5,565
fc 0d = k mod . = 0,56 . = 2,226 kN / cm2 .
γc 1,4

c) diâmetro do parafuso :
Indicado d = 3/8” (0,95 cm).
Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 2 cm (peça central).

d) resistências do parafuso na ligação :


d.1) peça central :
t = t2/2 = 4/2 = 2 cm ;
α = 00 ;
t 2
β= = = 2,105
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 2,226 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 3,91 ;
fed 2,226

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β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 22
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. . 2,226 = 1,69 kN ;
β 2,105
RVd2 = 2 . RVd1 = 2. 1,69 = 3,38 kN .
d.2) peças laterais :
t = t1 = t 3 = 4 cm ;

α = 600 ;
t 4
β= = = 4,21;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,226 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 , para d = 0,95 cm ;
fe90d = 0,25. 2,226. 1,95 = 1,085 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d fe,0,d . fe,90,d
f e αd = 2 2
= fe,60,d = ;
fe,0,d . sen α + fe,90,d . cos α fe,0,d . sen 60 + fe,90,d . cos 2 60
2

2,226.1,085
fe,60,d = = 1,244 kN / cm2 ;
2,226. sen 60 + 1,085 . cos 60
2 2

fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,23 ;
fed 1,244

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 42
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. .1,244 = 1,89 kN ;
β 4,21
RVd2 = 2 . RVd1 = 2. 1,89 = 3,78 kN .
d.3) resistência efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 3,38 kN .

e) número de parafusos necessários :


Cd 28
n= = = 8,3 ~ 9 φ .
R Vd2 3,38

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 4.d = 4. 0,95 = 3,8 ~ 4 cm ;

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EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 0,95 = 5,7 ~ 6 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 0,95 = 1,5 ~ 2 cm
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 0,95 = 1,5 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 0,95 = 2,9 ~ 3 cm

44 4
g) croquis : 1,5 3
3
5 1,5
19 6
6
4

9 parafusos φ = 3/8”

ELEVAÇÃO SEÇÃO

Exercício 6.13 : (Exame Final 2008) Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas
nas figuras, usando parafusos ( = 3/8”) como meio ligante.
1- Madeira : AROEIRA DO SERTÃO, 2ª.
Tk
categoria, qualidade estrutural. 10

2- Dimensões em centímetros.
12,5
3- Critério da NBR-7190/1997.
Elevação
4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; TGk = 6 kN (permanente) ; 2,5 Tk
7,5
TQk = 10 kN (sobrecarga). 2,5
5- Estado Limite Último – combinação normal. 12,5 Seção

Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (6 + 10) = 22,4 kN.

b) propriedades mecânicas da AROEIRA do SERTÃO :


fc0m = 101,7 MPa = 10,17 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0k = 0,7. 10,17 kN/cm2 = 7,12 kN/cm2 ;
fc 0k 7,12
fc 0d = k mod . = 0,56 . = 2,85 kN / cm2 .
γc 1,4

c) verificação do diâmetro do parafuso :

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Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 2,5 cm (2,5 > 2.0,95=1,9).

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 2,5 cm ;
α = 00 ;
t 2,5
β= = = 2,63 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 3,46 ;
fed 2,85

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 2,52
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. . 2,85 = 2,71 kN
β 2,63
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 2,71 = 5,42 kN .
d.2) peça central :
t 2 7,5
t= = = 3,75 cm ;
2 2
α = 90 0 ;
t 3,75
β= = = 3,95 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 , para d = 0,95 cm ;
fe90d = 0,25. 2,85. 1,95 = 1,39 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 4,95 ;
fed 1,39

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,752
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. .1,39 = 1,98 kN
β 3,95
RVd2 = 2. RVd1 = 2. 1,98 = 3,96 kN .

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d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd2 = 3,96 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 22,4
n= = = 5,7 ~ 6 φ .
R Vd2 3,96

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7. d = 7. 0,95 = 6,7 ~ 7 cm ;
4. d = 4. 0,95 = 3,8 ~ 4 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6. d = 6. 0,95 = 5,7 ~ 6 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5. d = 1,5. 0,95 = 1,5 ~ 2 cm.
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 0,95 = 1,5 ~ 2 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3. d = 3. 0,95 = 2,9 ~ 3 cm

g) croquis :

5 2,5 6 4
Elevação
1,5d 6d 4d
1,5d 2 25
3 125mm
3
3/8"
1,5d 2
7,5
7d 6 parafusos φ = 3/8”

Seção

Exercício 6.14 : (Nova Avaliação 2008) Projetar a ligação entre Tk Tk


as peças de madeira indicadas nas figuras, usando parafusos (
SEÇÃO
= 3/8”= 0,95cm) como meio ligante. 7,5
1- Madeira : PINUS ELLIOTTII, 2ª. categoria,
12,5
12,5

qualidade estrutural.
2- Dimensões em centímetros. ELEVAÇÃO
2,5

5 5
2,5

3- Critério da NBR-7190/1997. 5
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4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; TGk = 2,5 kN (permanente) ; TQk = 3,0 kN (sobrecarga).
5- Estado Limite Último – combinação normal.
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (2,5 + 3,0) = 7,7 kN.

b) propriedades mecânicas do PINUS ELLIOTTII :


fc0m = 40,4 MPa = 4,04 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0k = 0,7. 4,04 kN/cm2 = 2,83 kN/cm2 ;
fc 0k 2,83
fc 0d = k mod . = 0,56 . = 1,13 kN / cm2 .
γc 1,4

c) verificação do diâmetro do parafuso :


Verifica-se a condição t ≥ 2d , já que o menor valor de “t” será 2,5 cm (2,5> 2.0,95=1,9).

d) resistência do parafuso na ligação :


d.1) peças verticais :
t = t1 ou t3/2 = 2,5 ou 5/2 = 2,5cm ;
α = 00 ;
t 2,5
β= = = 2,63 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fed = fc0d = 1,13 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,49 ;
fed 1,13

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 2,52
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. .1,13 = 1,07 kN
β 2,63
RVd4 = 4. RVd1 = 4. 1,07 = 4,28 kN .
d.2) peças horizontais :
t 2 5,0
t= = = 2,5 cm ;
2 2
α = 90 0 ;

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t 2,5
β= = = 2,63 ;
d 0,95
fyk 24,0
fyd = = = 21,8 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = 1,13 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 , para d = 0,95 cm ;
fe90d = 0,25. 1,13. 1,95 = 0,55 kN/cm2 ;
fyd 21,8
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,87 ;
fed 0,55

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 2,52
R Vd1 = 0,40. . fed = 0,40. .0,55 = 0,53 kN
β 2,63
RVd4 = 4. RVd1 = 4. 0,53 = 2,12 kN .
d.3) capacidade efetiva do pino :
prevalece o menor valor : RVd4 = 2,12 kN .

e) número de parafusos necessários :


Td 7,7
n= = = 3,7 ~ 4 φ .
R Vd2 2,12

f) disposição dos parafusos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7. d = 7. 0,95 = 6,7 ~ 7 cm ;
4. d = 4. 0,95 = 3,8 ~ 4 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6. d = 6. 0,95 = 5,7 ~ 6 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5. d = 1,5. 0,95 = 1,5 ~ 2 cm.
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 0,95 = 1,5 ~ 2 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3. d = 3. 0,95 = 2,9 ~ 3 cm

g) croquis : Elevação 25
2 3,5 2 Seção 200mm

1,5d 3d 1,5d 3/8"


4d
4
6 6d
2,5 1,5d 4 parafusos φ = 3/8”
7d
5

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Exercício 6.15 : Projetar a emenda do exercício 6.1, Tk
Tk 15
entre as peças de madeira indicadas nas figuras,
usando pregos como meio ligante. Elevação
7,5
a. Madeira : Garapa Roraima. Seção

b. Dimensões em centímetros.
c. Critério da NBR-7190.
d. Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; TGk = 12 kN (permanente) ; TQk = 15 kN (vento de sobrepressão).
Solução :
a) montagem da emenda :
repetiremos a montagem do exercício
15
6.1, adotando duas peças laterais de
2,5 X 15 cm2 . 2,5 7,5 2,5

b) combinação das ações :


Td = 1,4 . (12 + 0,75 . 15) = 32,6 kN.

c) propriedades mecânicas da Garapa Roraima :


fc0m = 78,4 MPa = 7,84 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7 . 7,84 = 5,48 kN/cm2 ;
fc 0 k 5,48
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,20 kN / cm2 .
γc 1,4

d) escolha do prego :
d.1) diâmetro do prego :
Uma sugestão razoável, que costuma trazer bons resultados finais, é tomar o
diâmetro do prego situado entre 1/10 e 1/7 da espessura da peça mais delgada.
1 1
Sendo assim : . 25 mm ≤ d ≤ . 25 mm ; 2,5 mm ≤ d ≤ 3,6 mm ;
10 7
Como d ≥ 3,0 mm (NBR-7190), os diâmetros sugeridos são d = 3,0 ou 3,4 mm.
Adotaremos d = 3,4 mm, o mais grosso dos sugeridos, esperando uma maior
capacidade do prego.
d.2) comprimento do prego :
Devemos sempre tentar a escolha de um comprimento do prego suficientemente
longo, para possibilitar o maior número possível de seções de corte.
Neste caso :

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25 + 75 + 12. 3,4 = 141 mm
LMIN,2SC = menor valor 
25 + 75 + 25 = 125 mm

t2
t1 t3 pregos :
t ≥ 5d ou 4d * *
* *se def = d0
d  t1 ,
t
t4 t =  2 ou *
2
 t
 3
≥ 12.d
t4 
t2 t2  = t3
2 2

Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 83 mm, impossibilitando as duas seções de corte.
Desta forma, resta a opção de manter o diâmetro e projetar ligações com apenas
uma seção de corte :
25 + 12. 3,4 = 66 mm
LMIN,1SC = menor valor 
 25 + 75 = 100 mm t1 t2 pregos :
t ≥ 5d ou 4d * *
O prego utilizado portanto, será a bitola
* *se def = d0
(18 X 30) : t
d
t =  1 ou *
d = 3,4 mm
t4 t 2
L = 69mm ≥ 12.d
t4 
 = t2
d.3) análise da interferência dos pregos que
são cravados de faces opostas :
Podemos usar pregos espaçados em 6d,
na direção da carga, e considerar no t4

calculo t = t2 = 7,5 cm, ou colocar os 6d


t4
pregos de topo (desencontrados) e
considerar t = t2/2 = 3,75 cm. Como no
dimensionamento vai prevalecer t = t1 =
t2 t2
2,5 cm, a segunda opção vai possibilitar t2
2 2
uma ligação mais compacta.

d.4) verificação das condições da NBR-7190 :


t = 2,5 (na peça mais de lg ada) ≥ 5. d (ou 4 d) = 5. 0,34 = 1,7 cm . verifica !

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e) resistência do prego na ligação :
Como todas as peças envolvidas na ligação têm esforço paralelo às fibras, basta
verificar as peças laterais, onde t = 2,5 cm (mais delgada).
t = t1 = t3 = 2,5 cm ;
t 2,5
β= = = 7,35 ;
d 0,34
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm 2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,20 kN/cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,22 ;
fed 2,20

β > βlim , portanto, flexão do pino ;

d2 0,34 2
R Vd1 = 0,625 . . fyd = 0,625 . . 54,55 = 0,63 kN .
βlim 6,22

f) número de pregos necessários :


Td 32,6
n= = = 52 , 26 em cada face ;
R Vd1 0,63

Serão colocados 54, por simetria ; total na ligação (emenda) = 108 φ

g) disposição dos pregos :


g.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 0,34 = 2,4 ~ 2,5 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6.d = 6. 0,34 = 2,1 ~ 2,5 cm ;
BD = bordo descarregado = 4.d = não há BD nesta ligação.
g.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5 . 0,34 = 0,6 ~ 1,5 cm ;
EP = entre linhas de pregos = 3.d = 3 . 0,34 = 1,1 ~ 1,5 cm .

h) croquis :
2,5 2,5 2,5 2,5
10 X 1,5 cm
15

108 pregos 18X30, 54 cada face

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Exercício 6.16 : Projetar a emenda entre as peças de madeira indicadas nas figuras, usando
pregos como meio ligante.
1- Madeira : Garapa Roraima.
2- Dimensões em centímetros. Tk
Tk
3- Critério da NBR-7190. 15

4- Esforços atuantes :
Elevação 3x3,75
Tk = TGk + TQk ; Seção
TGk = 12 kN (permanente) ;
TQk = 15 kN (vento de sobrepressão).
Solução :
a) montagem da emenda :
serão colocadas três cobre-juntas : 2 3x3,75
2
peças laterais de 2,5 X 15 cm e 1 peça
central de 3,75 X 15 cm2. 15

2,5 2,5
b) combinação das ações :
Td = 1,4. (12 + 0,75. 15) = 32,6 kN.

c) propriedades mecânicas da Garapa Roraima :


fc0m = 78,4 MPa = 7,84 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7. 7,84 = 5,48 kN/cm2 ;
fc 0 k 5,48
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,20 kN / cm 2 .
γc 1,4

d) escolha do prego :
d.1) diâmetro do prego :
Adotaremos d = 3,4 mm, como já feito no exercício anterior.
d.2) comprimento do prego :
Podemos tentar a escolha de um comprimento de prego suficientemente longo,
para possibilitar ligação com 3 ou 4 seções de corte, mas não haverá
comprimento disponível comercialmente.
Neste caso :
 25 + 37,5 + 12. 3,4 = 104 mm
L MIN,2SC = menor valor 
 25 + 37,5 + 37,5 = 100 mm
Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 83 mm, impossibilitando as duas seções de corte.

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25 + 12. 3,4 = 66 mm
LMIN,1SC = menor valor 
 25 + 75 = 100 mm
d.3) re-escolha do prego :
Escolheremos d = 4,4 mm, que oferece comprimento de 100 mm, mínimo
necessário para possibilitar uma ligação com 2 seções de corte. No caso de 5
peças de madeira envolvidas na ligação, é importante que os pregos trabalhem no
mínimo com duas seções de corte, para evitar que cada ligação tenha que ser
executada em duas etapas.
d.4) comprimento do prego :
 25 + 37,5 + 12. 4,4 = 115 mm d = 4,4 mm
L MIN,2SC = menor valor 
 25 + 37,5 + 37,5 = 100 mm L = 110 mm
O prego utilizado portanto, será a bitola (20 X 48) :
d.5) análise da interferência dos pregos que são cravados de faces opostas :
Usaremos pregos espaçados em 6d, vindos de faces opostas, e consideraremos
no calculo t = t3 = 3,75 cm.

6d

t3

e) resistência do prego na ligação :


Como todas as peças envolvidas na ligação têm esforço paralelo às fibras, basta
verificar as peças laterais, onde t = 2,5 cm (mais delgada).
t = t1 = 2,5 ou t3 = 3,75 ; portanto t = 2,5 cm ,
t = t2/2 = 3,75/2 = 1,875 ;
Como se percebe, nesta ligação, o cálculo será feito em
função de t2/2 = 1,875. Assim, não convém distanciar os
pregos de faces opostas em 6d, mas sim, colocá-los de
topo, o que condensa a ligação em termos de espaço
6d
ocupado, e não altera a resistência do prego. Estas
circunstâncias ocorreram no exercício anterior, também.
t = t2/2 = 3,75/2 = 1,875 ;
t3 t3
t 1,875 2
β= = = 4,26 ; 2
d 0,44

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fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm 2 ;
γs 1,10

fe0d = fc0d = 2,20 kN/cm2 ;


fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,22 ;
fed 2,20

β < β lim , portanto, esmagamento da madeira.

t2 1,875 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 2,20 = 0,73 kN ;
β 4,26
RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 0,73 = 1,46 kN .
Verificação das condições da NBR-7190 :
t = 1,875 (na peça t 2 ) ≥ 5. d (ou 4d) = 5. 0,44 = 2,20 cm ; não verifica !
é necessário especificar d0 = def, e verificar t = 1,875 > 4.d = 4. 0,44 = 1,76 verifica !

f) número de pregos necessários :


Td 32,6
n= = = 22,4 ~ 24 : , 12 em cada face ; total na ligação (emenda) = 48 φ
R Vd1 1,46

g) disposição dos pregos :


g.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 0,44 = 3,1 ~ 5 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6.d = 6. 0,44 = 2,7 ~ 5 cm ;
BD = bordo descarregado = 4.d = não há BD nesta ligação.
g.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 0,44 = 0,7 ~ 2,5 cm ;
EP = entre linhas de pregos = 3. d = 3. 0,44 = 1,4 ~ 2,0 cm .

h) croquis :
5 5 5
2,5
5 X 2,0 cm
15

2,5

48 pregos 20X48 – 24 cada face

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Exercício 6.17 : Projetar a ligação correspondente ao nó de uma tesoura de madeira, indicado
nas figuras, usando pregos como meio ligante.
1- Madeira : Conífera C-25.
4 6,5 4
2- Dimensões em centímetros.
3- Critério da NBR-7190. 9
4- Esforços atuantes : 9
Tk = TGk + TQk ;
Elevação
TGk = 6 kN (permanente) ; Seção
TQk = 5 kN (vento de sobrepressão). Tk Tk
5- Notar que as peças de madeira têm dimensões finais correspondentes ao trabalho de
plainagem em todas as faces.
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (6 + 0,75 . 5) = 13,7 kN.

b) propriedades mecânicas da Conífera C-25 :


fc0k = 25 MPa = 2,5 kN/cm2 ;
fc 0 k 2,5
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,0 kN / cm 2 .
γc 1,4

c) escolha do prego :
c.1) diâmetro do prego :
Sendo “e” = 4 cm, a espessura da peça mais delgada :
1 1
. 4 mm ≤ d ≤ . 4 mm ; 4 mm ≤ d ≤ 5,7 mm ;
10 7
Os diâmetros sugeridos são d = 3,9 , 4,4 ou 4,9 mm.
Escolhendo d = 4,9 mm, temos :
c.2) comprimento do prego :
40 + 65 + 12. 4,9 = 164 mm
L MIN,2SC = menor valor 
40 + 65 + 40 = 145 mm
Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 124 mm, impossibilitando as duas seções de corte.
Temos portanto duas soluções para a ligação :
1a.) ligação com 2 seções de corte :
Adotamos um diâmetro maior, que ofereça um comprimento mínimo de 145
mm, como pode ser a bitola 23 X 66 (d = 5,9 mm ; L = 152 mm).
2a.) ligação com 1 seção de corte, mantendo o diâmetro d = 4,9 mm.
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Esta opção será adotada em uma primeira tentativa, para avaliar o
resultado.
40 + 12. 4,9 = 99 mm d = 4,9 mm
L MIN,1SC = menor valor 
40 + 65 = 105 mm
L = 104 mm
O prego utilizado portanto, será a bitola (21 X 45) :

1a. disposição 2a. disposição


c.3) análise da interferência dos pregos que
serão cravados de faces opostas :
São duas possibilidades de disposição : t4
6d
1a.) dispor os pregos que serão cravados de t4

faces opostas de topo (alinhados), com a


precaução de desencontrá-los, e tomar para o t2
t2
cálculo da resistência t = t2 /2. 2 2 t2

2a.) Podemos usar pregos que serão cravados de faces opostas, espaçados em 6d, na
direção da carga, e considerar no calculo t = t2.
Adotaremos a 2a. disposição :

c.4) verificação das condições da NBR-7190 :


t = 4 cm (na peça mais de lg ada) ≥ 5. d (ou 4d) = 5. 0,49 = 2,5 cm verifica !

d) resistência do prego na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 4 cm ; α = 90o ;
t 4,0
β= = = 8,16
d 0,49
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm 2 ;
γs 1,10

fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;


fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 2,5 para d < 0,62 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,0 . 2,5 = 0,625 kN / cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 11,68 ;
fed 0,625

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira.


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t2 42
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . . 0,625 = 0,49 kN .
β 8,16
d.2) peça central :
t = t2 = 6,5 cm ; α = 0o ;
t 6,5
β= = = 13,3 ;
d 0,49
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 9,23 ;
fed 1,0

β > β lim , portanto, flexão do pino :

d2 0,49 2
R Vd1 = 0,625 . . f yd = 0,625 . . 54,55 = 0,89 kN .
βlim 9,23
Neste ponto, é possível fazer um raciocínio : a opção de desencontrar os
pregos de faces opostas (2a. disposição, adotada nesta tentativa), revelou-se
inócua : a definição de RVd1 dá-se pelo menor valor de calculo (para as peças
laterais). É oportuno rever a escolha para a 1a. disposição, colocando os pregos
que vêm de faces opostas de topo, tomando o cuidado de desencontrá-los.

1a. disposição :
e) resistência do prego na ligação :
e.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 4 cm ; α = 90o ;
t 4,0
β= = = 8,16 ;
d 0,49
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 2,5 para d < 0,62 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,0 . 2,5 = 0,625 kN / cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 11,68 ;
fed 0,625

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira.

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t2 42
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . . 0,625 = 0,49 kN .
β 8,16
e.2) peça central :
t = t2 /2 = 6,5 /2 = 3,25 cm ; α = 0o ;
t 3,25
β= = = 6,63 ;
d 0,49
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 9,23 ;
fed 1,0

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira :

t2 3,25 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . .1,0 = 0,64 kN .
β 6,63
e.3) resistência efetiva do pino :
RVd1 = 0,49 kN .
Como se viu, a 1a. opção de disposição é a melhor; o valor de RVd1
permaneceu igual (= 0,49 kN), e a disposição dos pregos ficará mais compacta,
em termos de distâncias. A opção por defasar os pregos de faces opostas quase
sempre não se mostra conveniente.

f) número de pregos necessários :


Td 13,7
n= = = 28 ~ 30 φ (por simetria na disposição final), 15 em cada face.
R Vd1 0,49

g) disposição dos pregos :


g.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7. d = 7. 0,49 = 3,5 ~ 4 cm ;
= bordo carregado = 4. d = 4. 0,49 = 2,0 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6. d = 6. 0,49 = 3,0 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5. d = 1,5. 0,49 = 0,8 ~ 2,0 cm .
g.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5. d = 1,5. 0,49 = 0,8 ~ 1,5 cm ;
EP = entre linhas de pregos = 3. d = 3. 0,49 = 1,5 cm .

h) croquis :

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9
4x1,5cm
1,5 1,5 30 pregos 21X45 – 15 cada face

4 1

3
9
3

Elevação Seção

Exercício 6.18 : Projetar a ligação correspondente ao exercício 6.17, usando pregos com duas
seções de corte, como meio ligante.
4 6,5 4
1- Madeira : Conífera C-25.
2- Dimensões em centímetros.
3- Critério da NBR-7190. 9

4- Esforços atuantes : 9
Tk = TGk + TQk ;
Elevação
TGk = 6 kN (permanente) ; Seção
Tk
Tk
TQk = 5 kN (vento de sobrepressão).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (6 + 0,75 . 5) = 13,7 kN.

b) propriedades mecânicas da Conífera C-25 :


fc0k = 25 MPa = 2,5 kN/cm2 ;
fc 0 k 2,5
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,0 kN / cm 2 .
γc 1,4

c) escolha do prego :
c.1) diâmetro do prego :
adotemos o prego 23 X 66, conforme sugerido na 1a. solução, item “c”, do
exercício 6.7 : d = 5,9 mm
d = 5,9 mm , L = 152 mm.
L = 152 mm

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c.2) verificação do comprimento do prego :
40 + 65 + 12. 5,9 = 176 mm
L MIN,2SC = menor valor  verifica !
40 + 65 + 40 = 145 mm
c.3) verificação das condições da NBR-7190 :
t = 3,25 cm ≥ 5. d (ou 4d) = 5. 0,59 = 3,0 cm verifica !

d) resistência do prego na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 4 cm ; α = 90o ;
t 4,0
β= = = 6,78 ;
d 0,59
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 2,5 para d < 0,62 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,0 . 2,5 = 0,625 kN / cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 11,68 ;
fed 0,625

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira :

t2 42
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . . 0,625 = 0,59 kN ;
β 6,78
RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 0,59 = 1,18 kN .
d.2) peça central :
t = t2 /2 = 6,5 /2cm = 3,25 cm ; α = 0o ;
t 3,25
β= = = 5,51 ;
d 0,59
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,0 kN/cm2 ;

f yd 54,55
β lim = 1,25 . = 1,25 . = 9,23 ;
fed 1,0

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira :

t2 3,25 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . .1,0 = 0,77 kN ;
β 5,51

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RVd2 = 2 . RVd1 = 2 . 0,77 = 1,54 kN .
d.3) resistência efetiva dos pregos :
prevalece o menor valor : R Vd2 = 1,18 kN .

e) número de pregos necessários :


Td 13,7
n= = = 11,6 ~ 12 φ (todos podem ser cravados na mesma face).
R Vd2 1,18

f) disposição dos pregos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7. d = 7. 0,59 = 4,2 ~ 5 cm ;
= bordo carregado = 4. d = 4. 0,59 = 2,5 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6. d = 6. 0,59 ~ 3,5 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5. d = 1,5. 0,59 = 0,9 ~ 1,0 cm .
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5 . 0,59 = 0,9 ~ 1,0 cm ;
EP = entre linhas de pregos = 3.d = 3 . 0,59 = 1,8 ~ 2,0 cm .
Na montagem da disposição dos pregos, percebe-se que não há espaço
suficiente para acomodar os 12 pregos necessários, com as dimensões das peças
disponíveis. Este fato vem corroborar a afirmativa feita anteriormente, já na
solução do exercício 6.2, que diâmetros mais finos, são mais convenientes sob o
ponto de vista da disposição.
Por outro lado, quanto mais grossos os diâmetros, maiores as resistências
unitárias dos pinos. A conciliação destes dois fatores, tanto nas ligações com
pregos, como também nas ligações com parafusos, é fator determinante para se
alcançar sucesso nas ligações de estruturas de madeira.
Não existem critérios seguros, no início do projeto de ligações, que
apontem as escolhas que levariam a soluções finais otimizadas (usar peças
simples ou duplas de madeira, escolha do diâmetro, ligações pregadas com 1, 2
ou mais seções de corte, etc.). Conclui-se portanto que o processo é de
tentativas. Tantas quantas forem necessárias, como foi feito em alguns dos
exemplos resolvidos e propostos neste capítulo.
De qualquer modo, estes dilemas não são exclusivos das estruturas de
madeira, pelo contrário, abrangem também as estruturas metálicas e de concreto.
Para a solução deste exercício, duas opções podem ser oferecidas :
1a.) aumentar a largura da peça vertical para 14 cm.

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2a.) aumentar a largura das peças horizontais para 14 cm.

Adotaremos a 1a. das duas soluções :

g) croquis : 7 x 2,0cm
Aumentada de 9 para 14 cm !

5 2,5
2,5
9 4

2,5

Seção

Elevação
12 pregos 23X66

Exercício 6.19 : (4oTE-2005) Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas
figuras, solicitada à tração, usando pregos (bitola = 23X66) como meio ligante :
Tk
1) E.L.U. = Combinação normal. Tk
2) Critério da NBR-7190/1997.
3) Dimensões em centímetros.

7,5

7,5
10
4) Madeira DICOTILEDÔNEA C-60, 135
o 2,5 5 2,5

2a. categoria : fc,0,k = 60 MPa.


10
5) Esforços atuantes :
Tk = Tgk + Tqk ,
Elevação Seção
Tgk = 20 kN (permanente),
Tqk = 40 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (20 + 40) = 84 kN.

b) propriedades mecânicas de DICOTILEDÔNEA C-60 :


fc0k = 60 MPa = 6,0 kN /cm2 ;
fc 0k 6,0
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,4 kN / cm2 .
γc 1,4

c) resistência do prego na ligação :


a escolha do prego já foi estabelecida no enunciado : 23 X 66 ; d= 0,59 cm ; L= 152 mm.
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c.1) verificação da condição da NBR-7190 :
nesta situação, a solução é tomar t1 = 2,5 , colocando os pregos de topo ;
t (menor t ) ≥ 5 ou 4 d , ou seja : t = 2,5 > 4 . 0,59 = 2,36 aumentar o furo !
c.2) verificação do comprimento do prego :
LMIN,2SC = 25 + 75 + (50 ou 12 x 5,9) = 150 , como L = 152, verifica!
c.3) peças horizontais :
t = t1= 2,5 cm ;
α = 00 ;
feod = fc0d = 2,4 kN/cm2 ;
t 2,5
β= = = 4,23 ;
d 0,59
fyk 60,0
fyd = = = 54,54 kN / cm2 ;
γs 1,10

fyd 54,54
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,96 ;
fed 2,4

∴ β < βlim embutimento da madeira :

t2 2,5 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 2,40 = 1,42 kN .
β 4,23
c.4) peças inclinadas :
t 2 7,5
t= = = 3,75 cm ;
2 2
α = 45 0 ;
fe90d = 0,25. fc0d . αE ;
αE = 2,5 p/d = 0,59 ;
fe90d = 0,25. 2,40 . 2,5 = 1,50 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d
feαd = ;
fe,0,d . sen2 α + fe,90,d . cos 2 α

2,40 .1,50
fe,45,d = 2 2
= 1,85 kN / cm 2 ;
2,40 . sen 45 + 1,50 . cos 45
t 3,75
β= = = 6,36 ;
d 0,59

fyd 54,54
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,79 ;
fed 1,85

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

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t2 3,75 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . .1,85 = 1,64 kN .
β 6,36
c.5) resistência efetiva do prego :
prevalece o menor valor : RVd1 = 1,423 kN ∴ RVd2 = 2. RVd1 = 2.1,42 = 2,84 kN .

d) número de pregos necessários :


Td 84
n= = = 29,6 ~ 30 φ ; 15 em cada face.
R Vd2 2,84

e) disposição dos parafusos : f) croquis :


e.1) direção paralela à carga :
BC = 7.d = 7. 0,59 = 4,2 ; 1
4.d = 4. 0,59 = 2,4 ; 4x 2cm
30 pregos 23X66
EP = 6.d = 6. 0,59 = 3,6 ; 15 cada face 1
BD = 4.d = 4. 0,59 = 2,4 ;
2
1,5.d = 1,5. 0,59 = 0,9 . 3
e.2) direção normal à carga : 3
2
BE = 1,5.d = 1,5. 0,59 = 0,9 ; 2
EP = 3.d = 3. 0,59 = 1,8 .

Exercício 6.20 : (Nova Avaliação - 2005) Projetar a Tk Tk

ligação entre as peças de madeira indicadas nas


135
o 6
figuras, usando pregos como meio ligante : escolher
o maior diâmetro entre os recomendados. 6
1) E.L.U. = Combinação normal.
Elevação 3 6 3
2) Critério da NBR-7190/1997.
Seção
3) Dimensões em centímetros.
4) Madeira CEDRO DOCE, 2a. categoria :
fc,0,m = 31,5 MPa.
5) Esforços atuantes :
Tk = Tgk + Tqk , Tgk = 2 kN (permanente), Tqk = 2 kN (vento de sobrepressão).
Solução :
a) combinação das ações :
Nd = 1,4 . (2,0 + 0,75. 2,0) = 4,9 kN.

b) propriedades mecânicas do CEDRO DOCE :

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fc0m = 31,5 MPa = 3,15 kN /cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0m = 0,7. 3,15 = 2,21 kN /cm2 ;
fc 0k 2,21
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 0,88 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do prego :
c.1) diâmetro do prego :
1 1
. 30 mm ≤ d ≤ . 30 mm ; 3,0 mm ≤ d ≤ 4,3 mm ;
10 7
Os diâmetros sugeridos são d = 3,0mm , 3,4 mm ou 3,9 mm. Adotaremos d = 3,9
mm, o mais grosso dos sugeridos, conforme estabelece o enunciado do
problema.
c.2) comprimento do prego :
30 + 60 + 12. 3,9 = 137 mm
LMIN,2SC = menor valor 
30 + 60 + 30 = 120 mm
Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 90 mm, impossibilitando as duas seções de corte.
Desta forma, resta a opção de manter o diâmetro e projetar ligações com apenas
uma seção de corte :
30 + 12. 3,9 = 77 mm d = 3,9 mm
LMIN,1SC = menor valor 
 30 + 60 = 90 mm
L = 83mm
O prego utilizado portanto, será a bitola (19 X 36) :
c.3) interferência dos pregos que são cravados de faces opostas :
Podemos usar pregos cravados de topo (desencontrados) e considerar t = t2/2 =
3,0 cm, porque no dimensionamento vai prevalecer t = t1 = 3,0 cm, com o ângulo
α = 45o.
c.4) verificação das condições da NBR-7190 :
t = 3,0 (na peça mais de lg ada) ≥ 5. d (ou 4 d) = 5. 0,39 = 2 cm verifica !

d) resistência do prego na ligação :


d.1) peça central (esforço paralelo às fibras) :
t = t2/2 = 3,0 cm ;
α = 0 0 ; feod = fc0d = 0,88 kN/cm2 ;
t 3,0
β= = = 7,77 ;
d 0,39

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fyk 60,0
fyd = = = 54,54 kN / cm2 ;
γs 1,10

fyd 54,54
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 9,84 ∴
fed 0,88

β < βlim ; embutimento da madeira :

t2 3,0 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,88 = 0,41 kN .
β 7,77
d.2) peças laterais (esforço inclinado às fibras) :
t = t1 = 3,0 cm ;
α = 45 0 ; feod = 0,88 kN/cm2 ;

αE = 2,5 para d = 0,39 ;


fe90d = 0,25. fc0d . αE ;
fe90d = 0,25. 0,88 . 2,5 = 0,55 kN/cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d
feαd = ;
fe,0,d . sen2 α + fe,90,d . cos 2 α

0,88 . 0,55
fe,45,d = 2 2
= 0,68 kN / cm2 ;
0,88 . sen 45 + 0,55 . cos 45
t 3,75
β= = = 6,36 ;
d 0,59

fyd 54,54
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 11,2 ∴
fed 0,68

β < βlim , portanto, embutimento da madeira :

t2 3,0 2
R Vd1 = 0,40 . . fed = 0,40 . . 0,68 = 0,32 kN .
β 7,77
d.3) resistência efetiva do prego :
prevalece o menor valor : RVd1 = 0,32 kN.

e) número de pregos necessários :


Td 4,9
n= = = 15,3 ~16 φ , 8 em cada face.
R Vd1 0,32

f) disposição e croquis dos pregos :


f.1) direção paralela à carga : f.3) croquis :

BC = 7.d = 7. 0,39 = 2,8 ;

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4.d = 4. 0,39 = 1,6 ;
EP = 6.d = 6. 0,39 = 2,4 ; 0,75 3x1,5
BD = 1,5.d = 1,5. 0,39 = 0,6 .
0,75
f.2) direção normal à carga :
BE = 1,5.d = 1,5. 0,39 = 0,6 ; 3x2,0

EP = 3.d = 3. 0,39 = 1,2 .

Exercício 6.21 : (4o.TE 2006) : Projetar a ligação


entre as peças (1) e (2) do nó de uma treliça de
madeira indicado nas figuras, usando pregos como
meio ligante, segundo o critério da NBR-7190,
9,5

19,5
considerando ; 1 1
1- Diâmetro do prego d = 6,4 mm. o
2,5 2
90
2- Dimensões indicadas em centímetros. o
45 2 9,5
3- Madeira : EUCALIPTO GRANDIS, 3,25

2A. categoria, qualidade estrutural. Elevação Tk Seção

4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk ; TGk = 3 kN (permanente) ;
TQk = 3,3 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (3 + 3,3) = 8,82 kN.

b) propriedades mecânicas do EUCALIPTO GRANDIS :


fc0m = 40,3 MPa = 4,03 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7 . 4,03 MPa = 2,82 kN/cm2 ;
fc 0k 2,82
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,13 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do prego :
Adotado d = 6,4 mm, como estabelecido no enunciado.
Verifica-se a condição t ≥ 5d , já que o menor valor de “t” será 3,25 cm :
tMIN = 3,25 cm > 5 . 0,64 = 3,2.
c.1) comprimento do prego :
 32,5 + 95 + 12. 6,4 = 205 mm
LMIN,2SC = menor valor 
32,5 + 95 + 32,5 = 160 mm

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Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 152 mm, impossibilitando as duas seções de corte.

Portanto, a solução para a ligação, usando o diâmetro pré-estabelecido, se fará


com apenas 1 seção de corte.
32,5 + 12. 6,4 = 110 mm d = 6,4 mm
LMIN,1SC = menor valor 
 32,5 + 95 = 128 mm L = 138 mm
O prego utilizado portanto, será a bitola (24 X 60) :

d) resistência do prego na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 3,25 cm ; α = 0o ;
t 3,25
β= = = 5,1 ;
d 0,64
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,13 kN/cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 8,7 ;
fed 1,13

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira.

t2 3,25 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . .1,13 = 0,94 kN .
β 5,1
d.2) peça central : 1A. hipótese : pregos cravados de topo : t2 = 4,75 cm.
t = t2 = 4,75 cm ; α = 90o ;
t 4,75
β= = = 7,4 ;
d 0,64
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10

fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;


αE = 1,95 para d = 0,64 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,13 . 1,95 = 0,55 kN / cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 12,45 ;
fed 0,55

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira :

t2 4,75 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . . 0,55 = 0,67 kN .
β 7,4
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d.3) peça central : 2A. hipótese : pregos cravados alternados : t2 = 9,5 cm.
t = t2 = 9,5 cm ; α = 90o ;
t 9,5
β= = = 14,8 ;
d 0,64
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10

fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;


αE = 1,95 para d = 0,64 cm ;
fe90d = 0,25 . 1,13 . 1,95 = 0,55 kN / cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 12,45 ;
fed 0,55

β > β lim , portanto, flexão do pino :

d2 0,64 2
R Vd1 = 0,625 . . f yd = 0,625 . . 54,55 = 1,12 kN .
βlim 12,45
d.4) Resistência efetiva dos pregos :
1a. hipótese : Rvd1 = 0,67 KN (< valor entre 0,94 e 0,67).
2a. hipótese : Rvd1 = 0,94 KN (< valor entre 0,94 e 1,12).

e) número de pregos necessários :


Td 8,82
1a. hip.: n = = = 13,2 ~ 14 φ = 16 φ (por simetria na disposição final), 8 cada face.
R Vd1 0,67

Td 8,82
2a. hip.: n = = = 9,4 ~10 φ = 12 φ (por simetria na disposição final), 6 cada face.
R Vd1 0,94
A solução final mais conveniente (mais econômica) leva 12 pregos (contra 16 pregos).
Há, no entanto, que se verificar a possibilidade de dispor os pregos de forma
desencontrada, nas faces opostas.

f) disposição dos pregos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 0,64 = 4,5 cm ;
= 4.d = 4. 0,64 = 2,6 cm ;
EP = entre parafusos consecutivos = 6.d = 6. 0,64 = 3,9 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 0,64 = 1,0 cm .
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5. 0,64 = 1,0 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 0,64 = 2,0 cm.

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g) croquis : 1A. hipótese : 2A. hipótese :
4,0
10,0 2,0
19,5 19,5 3x4,0
4,0
3,0 3,0
2,5 2,5

2x2,25
1 1 2 2
3x2,5

16 pregos 24X60 12 pregos 24X60

Exercício 6.22 (Nova Aval. 2006) : Projetar a ligação entre as peças (1) e (2) do nó de
uma treliça de madeira indicado nas figuras, usando pregos como meio ligante, segundo
o critério da NBR-7190/1997, considerando :
1) Dimensões indicadas em centímetros.
Ck
2) ELU – combinação normal.
9,59,5 Elevação 4,5 4,5
3) Madeira DICOTILEDÔNEA, C-30,
0 7
30
2a. categoria ; qualidade estrutural. Seção
9,5
4) Esforços atuantes : Ck = CGk + CQk ;
CGk= 7 kN (permanente);
CQk= 7 Kn (sobrecarga).

Solução :
a) combinação das ações :
Cd = 1,4. (7 + 7) = 19,6 kN.

b) propriedades mecânicas da DICOTILEDÔNEA C-30 :


fc0k = 30 MPa = 3,0 kN/cm2 ;
fc 0 k 3,0
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 1,20 kN / cm2 .
γc 1,4

c) escolha do prego :
1 1 1 1
.e ≤ d ≤ .e ; . 4,5 ≤ d ≤ . 4,5 ; 4,5 ≤ d ≤ 6,4 ;
10 7 10 7
Adotado d = 6,4 mm.
Verifica-se a condição t ≥ 5d , já que o menor valor de “t” será 3,5 cm :
tMIN = 3,5 cm > 5 . 0,64 = 3,2.
c.1) comprimento do prego :

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45 + 70 + 12. 6,4 = 192 mm
LMIN,2SC = menor valor 
 45 + 70 + 45 = 160 mm
Consultando a tabela 23, vemos que para este diâmetro, o maior comprimento
disponível comercialmente é 152 mm, impossibilitando as duas seções de corte.
Portanto, a solução para a ligação, usando o diâmetro pré-estabelecido, se fará
com apenas 1 seção de corte.
d = 6,4 mm
45 + 12. 6,4 = 122 mm
LMIN,1SC = menor valor 
 45 + 70 = 115 mm L = 138 mm

O prego utilizado portanto, será a bitola (24 X 60) :

d) resistência dos pregos na ligação :


d.1) peça central :
t = t2/2 = 7/2 = 3,5 cm ;
α = 30o ;
t 3,5
β= = = 5,47 ;
d 0,64
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,20 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 para d = 0,64 cm ;
fe90d = 0,25. 1,20. 1,95 = 0,59 kN / cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d fe,0,d . fe,90,d
feαd = 2 2
= fe,30,d = ;
fe,0,d . sen α + fe,90,d . cos α fe,0,d . sen 30 + fe,90,d . cos 2 30
2

1,20 . 0,59
fe,30,d = 2 2
= 0,95 kN / cm2 ;
1,20 . sen 30 + 0,59 . cos 30

fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 9,45 ;
fed 0,95

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira.

t2 3,5 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . . 0,95 = 0,85 kN .
β 5,47

d.2) peças laterais :


t = t1 = t3 =4,5 cm ; α = 0o ;
t 4,5
β= = = 7,03 ;
d 0,64

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fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 1,20 kN/cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 8,43 ;
fed 1,20

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira.

t2 4,5 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . .1,20 = 1,38 kN .
β 7,03
d.3) Resistência efetiva dos pregos :
Rvd1 = 0,85 KN (< valor entre 0,85 e 1,38).

e) número de pregos necessários :


Cd 19,6
n= = = 23 ~ 24 φ = 12 φ cada face (por simetria na disposição final).
R Vd1 0,85

f) disposição dos pregos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7.d = 7. 0,64 = 4,5 cm ;
4.d = 4. 0,64 = 3,0 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6.d = 6. 0,64 = 4,0 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 0,64 = 1,0 cm ;
4.d = 4. 0,64 = 3,0 cm .
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5.d = 1,5. 0,64 = 1 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 0,64 = 2,0 cm.

g) croquis :

1
3x 2,5cm 24 pregos 24X60 –
9,5 12 cada face.
1
2,0
3x 2,5cm

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Exercício 6.23 (4o. TE-2007) : Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas
figuras, usando pregos como meio ligante.
1- Diâmetro do prego = 7,6 mm.
2- Madeira : Aroeira do Sertão – 2A. categoria, 6,5 9 6,5
Elevação
qualidade estrutural.
14
3- Dimensões em centímetros.
o
90
4- Critério da NBR-7190. 9

5- Estados Limites Últimos – combinações normais.


Tk Tk
6- Esforços atuantes : Seção
Tk = TGk + TQk ; TGk = 3 kN (permanente) ; TQk = 7 kN (sobrecarga).
Solução :
a) combinação das ações :
Td = 1,4 . (3 + 7) = 14,0 kN.

b) propriedades mecânicas da Aroeira do Sertão :


fc0m = 101,7 MPa = 10,17 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7. fc0m = 0,7. 10,17 = 7,12 kN/cm2 ;
fc 0k 7,12
fc 0 d = k mod . = 0,56 . = 2,85 kN / cm2 .
γc 1,4
c) escolha do prego :
c.1) diâmetro do prego :
adotaremos o prego indicado na questão , com d = 7,6 mm.
d = 7,6 mm

c.2) verificação do comprimento do prego : L = 166 mm


65 + 90 + 12. 7,6 = 246 mm
LMIN,2SC = menor valor  não existe !
65 + 90 + 65 = 220 mm
65 + 12. 7,6 = 156 mm
LMIN,1SC = menor valor  prego : 26 X 72
 65 + 90 = 155 mm
c.3) verificação das condições da NBR-7190 :
t = 9 / 2 = 4,5 cm ≥ 5. d (ou 4d) = 5. 0,76 = 3,8 cm . verifica !

d) resistência do prego na ligação :


d.1) peças laterais :
t = t1 = t3 = 6,5 cm ; α = 0o ;
t 6,5
β= = = 8,55 ;
d 0,76

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fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 5,47 ;
fed 2,85

β > βlim , portanto, flexão do prego :

d2 0,76 2
R Vd1 = 0,625 . . fed = 0,625 . . 54,55 = 3,60 kN .
βlim 5,47
d.2) peça central :
t = t2/2 = 9/2 = 4,5 cm ; α = 90o ;
t 4,5
β= = = 5,92 ;
d 0,76
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,85 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 1,95 para d = 0,76 cm ;
fe90d = 0,25 . 2,85 . 1,95 = 1,39 kN / cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,84 ;
fed 1,39

β < βlim , portanto, esmagamento da madeira :

t2 4,5 2
R Vd1 = 0,4 . . fed = 0,4 . .1,39 = 1,90 kN .
β 5,92
Neste ponto, cabe um raciocínio : pode-se usar t2/2 para apoiar os pregos na
metade da espessura da peça central, e mantê-los alinhados nas faces opostas,
ou, espaçá-los da distância regulamentar, e usar toda a espessura da peça
central para apoio dos pregos. Vamos determinar as duas possibilidades :
t = t2 = 9 cm ; α = 90o ;
t 9,0
β= = = 11,84 ;
d 0,76

fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,84 ;
fed 1,39

β > βlim , portanto, flexão do prego :

d2 0,76 2
R Vd1 = 0,625 . . fed = 0,625 . . 54,55 = 2,51 kN .
βlim 7,84

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Pode-se agora estabelecer a conveniência da adoção de t = t2/2 = 4,5 cm, ou t =
t2 = 9,0 cm : quem define a capacidade final dos pregos é a peça central, já que nas
peças laterais a capacidade é de 3,60 kn (d.1) e teremos na peça central uma
capacidade maior, 2,51 kN, ao invés de 1,90 kN. Se não houver falta de espaço para
colocar os pregos, serão necessários menos pregos na ligação.
d.3) resistência efetiva dos pregos :
prevalece o menor valor, entre 2,51 e 3,60 : R Vd1 = 2,51 kN .

e) número de pregos necessários :


Td 14
n= = = 5,6 ~ 6 φ (3 pregos em cada face).
R Vd1 2,51

f) disposição dos pregos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 7. d = 7. 0,76 = 5,4 ~ 5,5 cm ;
= bordo carregado = 4. d = 4. 0,76 = 3,1 cm ~ 3,5 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6. d = 6. 0,76 ~ 4,65 cm ~5,0 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5. d = 1,5. 0,76 = 1,2 cm ;
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5 . d = 1,5 . 0,76 = 1,2 ~ 2,0 cm ;
EP = entre linhas de pregos = 3.d = 3 . 0,76 = 2,3 ~ 2,50 cm .
6,5 9 6,5

g) croquis : 5,5
5 14
3,5
2x2,5
2 2
9
Elevação Seção

Exercício 6.24 (Nova avaliação-2007) : Para o nó de uma treliça de madeira indicado nas
figuras, considerar :
1- Dimensões indicadas em cm.
2- Critério da NBR-7190.
3- Madeira: JATOBÁ, 2a. cat., qualidade estrutural.
4- Esforços atuantes :
Tk = TGk + TQk e Ck = CGk + CQk.
TGk= 3 kN e CGk = 3,6 kN (permanentes) ;

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TQk= 7 kN e CQk = 8 kN (sobrecargas).
Determinar :
L=L0=110
a- o mínimo valor de “e”, para encaixe simples
(valor arredondado para numero inteiro)
2 10 2

15
b- A condição de segurança da diagonal (3),
e=? 1
comprimida, com L=L0=110 cm. 90o 3
o 10 3
c- Projetar a ligação entre as peças (1) e (2), 1 45
Ck 2,5 5 2,5
usando parafusos d=3/8” como meio ligante.
Tk
Solução :
ELEVAÇÃO SEÇÃO
a) Propriedades mecânicas do JATOBÁ :
fc0m= 93,3 MPa= 9,33 kN/cm2;
fc0k= 0,7. 9,33= 6,53 kN/cm2;

fc 0 d = 0,56 . 6,53 = 2,61kN / cm 2 ;


1,4
fv0m= 15,7 MPa= 1,57 kN/cm2;
fv0k= 0,54. fv0m= 0,54. 1,57= 0,85 kN/cm2;

fv 0 d = 0,56. 0,85 = 0,26 kN / cm2 ;


1,8
Ec,0,m= 23607 MPa= 2360,7 kN/cm2 ;
Ec,0,ef= 0,56. 2360,7= 1322,0 kN/cm2 .

b) ELU : Combinação Normal :


Td= 1,4. (3+ 7)= 14,0 kN ; Cd= 1,4. (3,6+ 8)= 16,2 kN .

c) Encaixe simples :
c.1) Esforço na área AB :
o
C AB,d = 16,2 . cos 45  = 14,97 kN.
 2
c.2) Tensões na área AB :
fc90,d=0,25.fc0,d=0,25.2,61=0,65kN/cm2;

fc,45,d = 2,61. 0,65 ;


(2,61. sen2 45 + 0,65. cos 2 45)

fc,45,d = 1,04 kN / cm2 ;

σ AB = 14,97 = 1,04 = fc,45,d ∴


5. e

e ≥ 14,97 = 2,89 ~ 3 cm.


5.1,04

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d) Diagonal comprimida :
d.1) Grau de esbeltez :
3
IX = 5 .10 = 416,7 cm4 ;
12
3
IY = 10 . 5 = 104,2 cm4 ∴
12
IMIN = IY ;
2
W = 10. 5 = 41,67 cm3 ;
6

imin=iY= 104,2 = 1,44 cm ;


5.10

λ MAX = 110 = 76 ∴peça medianamente esbelta: 40 < λ < 80 .


1,44
d.2) Determinação de Md (equações 4.6 a 4.11) :
hY
ei = 0 ≥ =5 = 0,17 cm ;
30 30

ea = 110 = 0,37 cm ;
300
e1= 0,17+ 0,37= 0,54 cm ;
π 2 . E c 0,ef .Ieixo π 2 .1322,0 .104,2
FE = = = 112,3 kN ;
L20 110 2

e d = 0,54 . 112,3  = 0,62 ;


 112,3 − 16,2 
Md= 16,2. 0,62= 10,04 kN.cm .
d.3) Determinação das tensões σNd e σMd :

σNd = 16,2 = 0,32 kN / cm2 ;


5.10

σMd = 10,04 = 0,24 kN / cm2 .


41,67
d.4) Verificação da segurança (equação 4.4) :
σNd σMd 0,32 0,24
+ = + = 0,21 < 1,0 Verifica !
fc 0,d fc 0,d 2,61 2,61

e) Ligação entre as peças (1) e (2) :


e.1) verificação dos parafusos :
tMIN = 2,5 (menor t) > 2. 0,95 = 1,9. Verifica !
e.2) resistência do parafuso na ligação :
t = t1 = t3 = 2,5 cm para as peças laterais , e
t2
t= = 5,0 = 2,5 cm para a peça central ;
2 2
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α = 0 0 , para as peças laterais, e α = 90 0 , para a peça central :

Basta verificar a peça central, para t = 2,5 cm, e α = 90 0 (mais desfavorável) :

β = 2,5 = 2,63 ;
0,95

fyd = 24,0 = 21,8 kN / cm 2 ;


1,10
fe0d = fc0d = 2,61 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;

αE = 1,95 , para d = 0,95 cm ;


αE fe90d= 0,25. 2,61. 1,95 = 1,27 kN/cm2 ;

βlim = 1,25 . 21,8 = 5,18 ; β < βlim , portanto, embutimento da madeira :


1,27
2
R Vd1 = = 0,40 . 2,5 .1,27 = 1,21 kN ; RVd2= 2. 1,21 = 2,42 kN .
2,63
e.3) número de parafusos necessários :

n = = 14,0 = 5,8 ~ 6 φ .
2,42
e.4) disposição dos parafusos :
e.4.1) direção paralela à carga :
BC = 7.0,95 = 6,7 cm ;
BC = 4.0,95 = 3,8 cm ;
EP = 6.0,95 = 5,7 cm ;
BD = 1,5.0,95 = 1,5 cm.
e.4.2) direção normal à carga :
BE = 1,5.0,95 = 1,5 cm ;
EP = 3.0,95 = 2,9 cm. 5
2
e.5) croquis : 6 15
4
3

2 2
33

Exercício 6.25 (4º.TE 2008) : Projetar a ligação entre as peças de madeira indicadas nas
figuras, usando pregos 19 X 36 como meio ligante.
Considerar :
1- Critério da NBR-7190/1997.

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2- Dimensões indicadas em cm. Ck
3- ELU - Combinação normal. Ck
4- Madeira : ANGELIM FERRO,
6,5 60o
2a. categoria, qualidade estrutural.
11,5
5- Esforços atuantes :
Ck = CGk + CQk ; CGk = 3,5 kN (permanente), 4 4 4 ELEVAÇÃO
CQk = 4 kN (sobrecarga). SEÇÃO
Solução :
a) combinação das ações :
Cd = 1,4. (3,5 + 4) = 10,5 kN.

b) propriedades mecânicas de ANGELIM FERRO :


fc0m = 79,5 MPa = 7,95 kN/cm2 ;
fc0k = 0,7 . fc0m = 0,7. 7,95 = 5,565 kN/cm2 ;
fc 0k 5,565
fc 0d = k mod . = 0,56 . = 2,226 kN / cm2 .
γc 1,4

c) verificação do prego :
Adotada a bitola 19X36 : d = 3,9 mm, L= 83 mm.
Verifica-se a condição t ≥ 5d , já que o menor valor de “t” será 4 ou 2 cm (peça central) :
d = 3,9 mm
tMIN = 2 cm > 5. 0,39 = 2.
c.1) comprimento do prego : L = 83 mm
Os pregos conseguem ultrapassar as duas peças (80 mm), sobrando apenas 3
mm., impossibilitando duas seções de corte. Portanto, a solução para a ligação, usando
o diâmetro pré-estabelecido, se fará com apenas 1 seção de corte.

d) resistência dos pregos na ligação :


Há duas possibilidades de dimensionamento da ligação, considerando uma seção de
corte : a primeira delas, com o posicionamento dos pregos de faces opostas
desencontrados, mobilizando na peça central apoio dos pregos de cada face em toda
espessura da peça central : t = t2. A resistência individual será maior, exigindo menos
pregos, com menor espaço para disposição. Já a segunda, com o posicionamento dos
pregos de faces opostas de topo, mobilizando na peça central apoio dos pregos de cada
face em apenas metade da espessura da peça : t = t2/2. A resistência individual será
menor, exigindo mais pregos, com maior espaço para disposição.
Faremos a tentativa da 1ª. opção :

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d.1) peça central :
t = t2 = 4 cm ;
α = 60o ;
t 4
β= = = 10,25 ;
d 0,39
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,226 kN/cm2 ;
fe90d = 0,25 . fc0d . αE ;
αE = 2,5 para d = 0,39 cm ;
fe90d = 0,25. 2,226. 2,5 = 1,391 kN / cm2 ;
fe,0,d . fe,90,d fe,0,d . fe,90,d
feαd = = fe,30,d = ;
fe,0,d . sen α + fe,90,d . cos α
2 2
fe,0,d . sen 60 + fe,90,d . cos2 60
2

2,226 .1,391
fe,60,d = = 1,534 kN / cm2 ;
2,226 . sen 60 + 1,391. cos 60
2 2

fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 7,45 ;
fed 1,534

β > β , portanto, flexão do pino.


lim

t2 0,392
R Vd1 = 0,625. . fed = 0,625. . 54,55 = 0,70 kN .
β 7,45
d.2) peças laterais :
t = t1 = t3 =4 cm ;
α = 0o ;
t 4,0
β= = = 10,25 ;
d 0,39
fyk 60,0
fyd = = = 54,55 kN / cm2 ;
γs 1,10
fe0d = fc0d = 2,226 kN/cm2 ;
fyd 54,55
βlim = 1,25 . = 1,25 . = 6,187 ;
fed 2,226

β > β , portanto, flexão do pino.


lim

t2 0,392
R Vd1 = 0,625. . fed = 0,625. . 54,55 = 0,84 kN .
β 6,19
d.3) Resistência efetiva dos pregos :
Rvd1 = 0,70 KN (< valor entre 0,84 e 0,70).

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e) número de pregos necessários :
C d 10,5
n= = 15 ~ 16 φ(por simetria na disposição final ).
R Vd1 0,70
=

f) disposição dos pregos :


f.1) direção paralela à carga :
BC = bordo carregado = 4.d = 4. 0,39 = 1,6 ~ 2 cm ;
EP = entre pregos consecutivos = 6.d = 6. 0,39 = 2,4 ~ 2,5 cm ;
BD = bordo descarregado = 1,5.d = 1,5. 0,39 = 0,6 ~ 1,0 cm ;
f.2) direção normal à carga :
BE = bordo externo = 1,5.d = 1,5. 0,39 = 1 cm ;
EP = entre linhas de parafusos = 3.d = 3. 0,39 = 1,2 ~ 1,5 cm.

g) croquis :

1,0 3 x 1,5
1,0

1,5
3 x 2,5
2,5

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66..22 E
Exxeerrccíícciiooss pprrooppoossttooss
Exercício 6.26 – Resolver novamente o exercício 6.1, 3,75 3,75

substituindo os dois cobre-juntas de 2,5 X 15 cm2, por


15
novos cobre-juntas de 3,75 X 15 cm2 .
7,5

Exercício 6.27 – Resolver novamente o exercício 6.1,


#1/4” #1/4”
utilizando dois cobre-juntas metálicos (chapas de aço MR-
250) de # 1/4" . 15

7,5

Exercício 6.28 – Resolver novamente o 15 #1/4” 15 #1/4”

exercício 6.4, usando como diagonal


1 20
uma peça de madeira maciça, de 15 6d
0
60
cm de espessura, com dois cobre- 7d
2 Seção
juntas metálicos (chapas de aço MR-
Elevação
Tk
250) de # 1/4" .
Tk
Para a solução, lembrar que as duas ligações (das peças 1 e 2) são independentes, e podem
(devem) ser dimensionadas separadamente.
Para a peça 1 : t = t2 /2 e α = 60o ;
Para a peça 2 : t = t2 /2 e α = 0o ;
Desta forma, as resistências do parafuso são diferentes, e o número deles também.
Lembrar também que na verificação das chapas de aço, a NBR-8800 exige distâncias menores
aos bordos da peça (de aço) do que a NBR-7190 exige para as peças de madeira.

Exercício 6.29 – Determinar o custo do material (parafusos e pregos) usados para a ligação
exemplificada nos exercícios 6.1 e 6.15.

Exercício 6.30 – Comparar os resultados obtidos com as várias opções para a solução das
ligações exemplificadas nos exercícios 6.1 , 6.15 , 6.17 e 6.18.

Exercício 6.31 – Resolver novamente o exercício 6.2, usando pregos como meio ligante.

Exercício 6.32 – Resolver novamente o exercício 6.4, usando pregos como meio ligante.

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