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Índice

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2. ÉTICA PARA OS PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE E GESTÃO .................... 4

2.1. Competência .................................................................................................................... 5

2.2. Confidencialidade ............................................................................................................ 6

2.3. Objectividade ................................................................................................................... 7

2.4. Integridade ....................................................................................................................... 7

3. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 9

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 10


1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema ética para os profissionais contabilidade e gestão, dentro
desse tema vai se abordar acerca de alguns princípios que devem acompanhar o profissional
contabilista no exercício das suas funções, são neste castos seguintes princípios: Competência,
confidencialidade, objectividade e integridade.

Na actual sociedade, um dos campos mais carentes, no que diz respeito a comportamentos
éticos, é a do trabalho e exercícios profissional. Esse quadro nos remete directamente a
questão da formação do profissional de contabilidade, pois este é a base de qualquer tentativa
de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas relações de trabalho.

O presente trabalho tem o objectivo principal de apresentar aspectos teóricos e conceituais


acerca ética.

O método da pesquisa contemplou, inicialmente, uma etapa de revisão bibliográfica a partir


de vários livros e alguns artigos disponíveis na plataforma da internet sobre os eixos teóricos
da ética.

Portanto, o trabalho encontra-se estruturado em três partes distintas:

Primeira parte: Aspectos introdutórios e objectivos do trabalho

Segunda parte: Desenvolvimento

Terceira parte: Conclusão e Referencias bibliográficas

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2. ÉTICA PARA OS PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE E
GESTÃO

Carapeto & Fonseca (2012, p. 8) A palavra ética deriva do grego ethos e significa hábito ou
costume, termos entendidos como sendo a designação de uma forma de agir, uma forma de
comportamento;

Barbosa et al. (2011) resumem o conceito de ética ao conjunto de princípios morais ou valores
das pessoas/sociedade, que indica o que é certo ou errado, bom ou mau, influenciando a forma
de agir dos indivíduos.

Segundo Barbosa et al. (2011) “A ética não consiste em um conjunto de


ordens e proibições. Ela indica caminhos para a procura e a prática de uma boa
maneira de ser e de agir, de acordo com o bem e contrária ao mal. A ética nos
conduz à reflexão sobre a responsabilidade do ato moral, que é um ato de livre
escolha. Diante das alternativas de conduta, ela nos orienta a prever suas
possíveis consequências, a avaliá-las e a decidir qual delas é a mais adequada
aos nossos objectivos e mais coerente com os nossos valores.” (p. 20).

De acordo com Carapeto & Fonseca (2012, p. 8) “A ética é um modo de regulação dos
comportamentos que provém do indivíduo e que assenta no estabelecimento, por si próprio,
de valores (que partilha com outros) para dar sentido às suas decisões e acções”.

Para Capembe (2016) “sem o conhecimento ético nunca estaremos de todo conscientes das
nossas responsabilidades face aos desafios que sempre teremos de enfrentar com confiança
nos princípios éticos. Actuar de forma ética é, por isso, em certo sentido, actuar de forma
plenamente consciente

Em síntese, de acordo com os autores acima citados podemos, numa primeira análise,
entender ética como o pressuposto que conduz a acção dos homens, sendo o fio invisível que
condiciona a sua conduta, o seu carácter e o seu comportamento, podendo-se estabelecer num
conjunto de regras comuns, mais ou menos formalizadas e mais ou menos universais (dentro
de uma sociedade), que vão ditar que acções são correctas e que acções que são erradas,
distinguindo o “bem” do “mal”, o “moral” do “imoral”, o “ético” do “não ético”.

Uma profissão em que o nível ético é baixo é porque os profissionais esqueceram seus
compromissos mais básicos com seus semelhantes, pois uma profissão realiza destino de
grandeza quando os profissionais, que são seu património maior, crescem na dupla escalada
do saber e da ética.

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A profissão contábil precisa de seus profissionais em duas frentes. A primeira, na área
concreta do exercício da actividade, em que ela desempenha missão fundamental para as
pessoas, empresas e instituições públicas. A segunda, no aperfeiçoamento contínuo de seus
métodos, técnicas, procedimentos; na pesquisa científica e no ensino, para torná-la uma
disciplina cada vez mais vigorosa, com uma imagem sólida e de alta credibilidade.

Segundo Lisboa (1997, p. 88) apud Barreto (2015) “o profissional da Contabilidade enfrenta
inúmeros problemas éticos quando do exercício da profissão, que se circunscrevem nos
conceitos do dever, direito, justiça, responsabilidade, consciência e vocação”.

O nosso maior compromisso ético como profissional é condição fundamental para que a nossa
profissão adquira credibilidade social, pois caso a sociedade não perceba a disposição dos
profissionais em proteger os valores éticos, certamente ela passará a não acreditar na
profissão. (Barreto, 2015).

A tarefa essencial do profissional ético é contribuir para que os estágios desejáveis sejam
alcançados, pelo menos, quase totalmente. Para alcançá-la, profissionais e estudantes de
contabilidade necessitam de uma consciência profissional que possa guiar seus trabalhos e de
uma consciência de virtudes tendo, assim, condições de dignificar sua classe e de alcançar a
finalidade abrangente das organizações humanas.

2.1. Competência

A sociedade tem o direito de esperar que o contabilista que aceita uma responsabilidade
profissional seja tecnicamente competente, com responsabilidade perante o público que é
indispensável para qualquer profissional da Contabilidade. O público compõe-se de clientes,
fornecedores de crédito, governo, empregados, investidores, a comunidade financeira e de
negócios além de outros. (Cruz e Silva, 2003).

Segundo o autor acima citado, é obrigação do profissional a preparação técnica e a


actualização do conhecimento, pelos quais o indivíduo deve orientar seu procedimento na
profissão que exerce, garantindo dessa forma a qualidade do serviço prestado e a segurança
depositada no especialista. Isso é garantido por meio da formação básica, de preferência nos
cursos universitários, e pela participação do contabilista em cursos, seminários, conferências e
grupos de estudo organizados pelas entidades da profissão contábil e pelas Universidades.

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Cruz e Silva (2003) a qualidade dos serviços que o contabilista oferece à sociedade e a seus
clientes está directamente relacionada ao grau de sua preparação e actualização, oferecendo a
sociedade um serviço para o qual são necessários conhecimentos específicos e atributos
técnicos garantidos por educação formal e sistemática, realizado no cumprimento de preceitos
éticos.

Para os autores, os anos recentes têm sido cenário de importantes modificações


comportamentais e da realidade das economias. As empresas outrora perenes passam por
transformações que exigem acções rápidas. Seus produtos enfrentam fortes concorrências e
têm que ser frequentemente renovados, melhorados.

O contabilista que domina um conjunto de conhecimentos e técnicas que expressam a


linguagem dos negócios e que servem para a tomada de decisões, vem actuando nesse novo
ambiente, que exige informações úteis, completas e correctas, e em curto espaço de tempo.
Para actuar com responsabilidade e ética, este profissional precisa sempre se actualizar,
buscando novos conhecimentos que o ajude a acompanhar as mudanças na economia e no
mercado.

2.2. Confidencialidade

O contabilista deve ter conduta sigilosa, não podendo divulgar quaisquer questões
relacionadas à sua função; actuando com serenidade para demonstrar ao usuário informações
verdadeiras e com confiança, sem o intuito de manipular qualquer tipo de decisão.

Este princípio tem relação com a lealdade profissional, mas baseia-se, também, no tipo de
relacionamento que o profissional deve manter com seus clientes ou patrocinadores. O
contabilista precisa ter acesso a diversos dados e informações de seu cliente para o adequado
exercício de sua actividade. No entanto, seu cliente espera que esses dados e informações não
sejam tratados pelo contabilista de maneira leviana e descuidada, com risco de vazamento de
informações sigilosas. (Cruz e Silva, 2003).

A confidencialidade é uma qualidade que deve fazer parte do relacionamento do contabilista


com o cliente ou empresa. É essencial que haja uma inteira confiança entre o profissional e o
cliente, pois esta confiança é um referencial para que este profissional alcance sucesso,
inclusive financeiro. O sigilo, para o autor supracitado é tratado como uma virtude básica

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profissional. Entretanto, guardar sigilo sobre toda e qualquer situação pode não representar a
garantia da ética, pois quando a questão envolve fraude, corrupção, negócios ilícitos, desde
que legalmente provados, o profissional não pode manter conivência.

2.3. Objectividade

Os contabilistas devem exibir o mais elevado nível de objectividade durante a recolha,


avaliação e comunicação da informação relacionada com a actividade ou o processo a ser
examinado. Devem realizar uma apreciação equilibrada de todas as circunstâncias relevantes
e não devem ser influenciados pelos seus próprios interesses ou por outros na formulação dos
seus julgamentos. (Barreto, 2015).

O profissional contabilista não deve permitir que prejuízos, conflito de interesses ou


influência de terceiros prevaleçam sobre os juízos profissionais ou empresarias. Não deve
participar em qualquer actividade ou relação que possa colocar em causa, ou ser entendida
como colocando em causa, a sua apreciação rigorosa. O autor supracitado acrescenta ainda
que este profissional que deve aceitar nada que possa colocar em causa, ou seja entendido
como colocando em causa, o seu juízo profissional.

De acordo com Cruz e Silva (2003, p. 14):

É dever fundamental de todo ser humano e não apenas do contabilista,


rechaçar a mentira e ter a firme convicção para viver a verdade. Dessa forma,
espera-se que o profissional não participe de aptos ilícitos e não se envolva em
processos de sonegação, corrupção, fraudes e roubos. O compromisso com a
verdade deve levar a evitar suborno e a preferir o certo ante o errado.

A objectividade é o alicerce da responsabilidade profissional e em alguns casos, ela não pode


ser exercida se não existir independência psicológica, devendo o profissional evitar aceitar um
compromisso em que sua independência e objectividade possam estar em risco e, da mesma
forma, evitar manter qualquer tipo de relacionamento com seu cliente que possa colocar em
risco esse preceito.

2.4. Integridade

A integridade dos contabilistas cria confiança e, assim, proporciona a base para a


credibilidade do seu julgamento. Devem agir com integridade no seu relacionamento com

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todos os detentores de interesse. Devem ser francos e honestos em todas as relações
profissionais e empresariais.

Segundo Cruz e Silva (2003, p. 13):

A sociedade tem o direito de esperar que o contabilista que aceita uma


responsabilidade profissional seja tecnicamente competente, com
responsabilidade perante o público que é indispensável para qualquer
profissional da Contabilidade. O público compõe-se de clientes, fornecedores
de crédito, governo, empregados, investidores, a comunidade financeira e de
negócios além de outros.

A integridade é indispensável para a credibilidade do trabalho. Diante aos diversos problemas


que ocorrem no quotidiano do profissional contábil, este deve ter perseverança, honradez e
determinação para não cometer erros que venham a afectar negativamente sua imagem.

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3. CONCLUSÃO

A Ética significa aquilo que pertence ao carácter, que lida com o que é moralmente certo ou
errado, além de abranger um conjunto de valores morais e princípios que devem ser aplicados
à conduta humana na sociedade. A Ética busca fundamentar as acções morais pela sua razão e
idealiza o equilíbrio das pessoas, classes e grupos sociais. Na execução da profissão contábil,
uma conduta não-ética de um contabilista, pode em um primeiro momento agradar a quem se
beneficia directamente desta conduta. Porém, a médio e longo prazo, este fato apenas
contribui para denegrir não somente o profissional que o praticou, mas à comunidade contábil
como um todo.

Por fim, pode se concluir que as organizações não podem apenas focar-se nos números nem
nas transacções, mas sim estabelecer uma conduta de princípios e valores éticos e morais para
todos os seus membros. O estudo da ética é complexo, e esta pesquisa é uma forma de
assinalar a existência da necessidade do estudo continuado sobre esse assunto, o que é
relevante para a constituição de uma sociedade que pretende ser de inclusão.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BARBOSA, C. B. et al. (2011). Ética profissional e cidadania organizacional. São


Paulo - Brasil: Fundação Padre Anchieta.

2. Barreto, L. M. S. F. (2015). Formação ética do profissional de contabilidade. Revista


Eletrônica da Fanese

3. CAPEMBE, A. L. C. (2016). A ética nos recursos humanos. Coimbra – Portugal: IPC.

4. Carapeto, C. & Fonseca, F. (2012). Ética e deontologia: manual de formação. Lisboa–


Portugal: OET.

5. Cruz, E. S. & Silva, S. L. (2003). A ética na profissão contábil. Cuiabá-Brasil:


Universidade Federal do Paraná

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