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Apostila Chavetas e Estrias PDF
Apostila Chavetas e Estrias PDF
6.2.1 - Chavetas
Figura 6.34
Chaveta Woodruff
Figura 6.35
Chavetas métricas cônicas – quadradas e retangulares
Retirada do livro: Machinery’s Handbook – E. Oberg et al
141
Figura 6.36
Chavetas métricas paralelas – quadradas e retangulares
Retirada do livro: Machinery’s Handbook – E. Oberg et al
Figura 6.37
Chaveta cilíndrica
Figura 6.38
- A seguir nas tabelas 6.3 a 6.4, tem-se informações a respeito de rasgos e chavetas
métricas planas retiradas do livro “Machinery’s Handbook – Autores: Erik Oberg; F.D.
Jones; H.L. Horton”.
142
Tabela 6.3
Chaveteiros métricos paralelos retangulares
Retirada do livro: Machinery’s Handbook – E. Oberg et al
143
A) Força atuante:
Figura 6.39
2T
F=
d
B) Tensões atuantes:
Figura 6.40
145
- A seção plana da chaveta, vide figura 6.40, sofre um cisalhamento na região indicada
com hachura ondulada, tendo uma tensão cisalhante de:
F
τ = (6.20)
b.l
- Utilize FS = 1,5 a 2
- Para carga variável é muito comum o projetista utilizar a maior tensão atuante,
aumentando o fator de segurança para FS = 2,5 a 4.
- Sendo mais rigoroso, utilize a equação (4.9) de Soderberg, sendo que deve ser
utilizado o fator de concentração de tensões k = 1 e um FS = 1,5 a 2.
Aplicação 1:
Figura 6.41
A) Determinação da força:
2T 2 x70000
F= =
d 40
F = 3500 Kgf
B) Determinação da chaveta:
Vide tabela 6.3
Ø 40 → tamanho b x h = 12 x 8
- Nas chavetas métricas, o valor de t1 = t2 = h / 2 , logo → t1 = 4mm .
C) Tensões admissíveis:
- Vamos escolher um material com características inferiores ao material do cubo e do
eixo.
Material ABNT 1020:
σ e = 34 Kgf / mm 2
τ e = 0,5σ e = 17 Kgf / mm 2
Considerando F.S. = 2,0
σ Adm = 17 Kgf / mm 2
τ Adm = 8,5Kgf / mm 2
D) Verificando compressão:
F 3500
σ Adm = 17 = = ⇒ l1 = 51mm
l1 (h − t1 ) l1 4
E) Verificando cisalhamento:
F 3500
τ Adm = 8,5 = = ⇒ l2 = 34mm
l2b l212
147
Lef . = l1 = 51mm
Figura 6.42
Conclusão:
• Chaveta 12 x 8 x 63 comp.
• Material: 1020
• Espessura da engrenagem > 51 mm
Aplicação 2:
Figura 6.43
Resposta T = 80kgf.m
148
Aplicação 3:
- Calcule a chaveta conforme utilizado para aplicação 1, mas com torque variando de 70
a 100 kgfm.
- Considere F.S. = utilizado na aplicação 1.
- Considere k = 1
C) Tensão de fadiga
- Observando a tabela 4.1:
σ n − axial = 0,8 xσ n − flexão
- Considerando como aço forjado
σ n − axial = 0,8 x0,5 x54 = 21,6 Kgf / mm 2 ← sem correção
• Tamanho:
- Veja bem! A tabela é para barras circulares, como é esforço de compressão, faremos
por equivalência de áreas
- Vamos arbitrar inicialmente um comprimento de chaveta para termos a área do
retângulo solicitado à compressão. Com essa área retangular calculamos um diâmetro
com a mesma área.
- Arbitrando l = 80 mm, daí:
A = 4 x80 = 320mm 2 ⇒ d ≈ 20mm → c2 = 0,9
D) Cálculo do comprimento:
Reescrevendo a equação (4.12)
149
σe Kσ e 1 σ K
= σm + σv → = m+ σv
FS σn FS σ e σ n
Substituindo valores:
1 85000 15000
= + ⇒ l = 85mm
2 80lx34 80lx16,5
- Verifica-se que o valor arbitrado para o comprimento está bem próximo do calculado,
não há portanto necessidade de se rever o fator de correção de tamanho.
Lef = 85mm
E) Cálculo simplificado:
- Calculando de outra maneira (menos precisa) apenas para comparação:
- Outra maneira é utilizando o torque máximo e fator de segurança mais elevado, como
citado anteriormente.
A = 4l
34
σ Adm =
FS
Utilizando os valores de FS entre 2,5 a 4, teríamos o seguinte intervalo para a tensão
admissível.
σ Adm = 8,5 @13,6 , como:
T 100000
σ Adm = = ⇒ o comprimento efetivo da chaveta irá variar de 92 a
4 xlx 20 80l
148mm.
6.2.2 – Estrias
Figura 6.44
Sistema sincronizador de uma caixa de mudanças veicular
- Nas figuras a seguir três tipos de perfis muito utilizados em estrias: com flancos retos
paralelos, evolvental e perfil por entalhe.
Figura 6.45
Perfil com reto – DIN 5461 a 5464
151
Figura 6.46
Perfil por evolventes – DIN 5482
Figura 6.47
Perfil por entalhe – DIN 5481
- Anel de fixação tem por objetivo tornar um eixo solidário a um cubo, para que
ambos trabalhem, dentro da capacidade do anel, sem deslizamento.
- A lógica de um anel de fixação é a utilização de sistema de cunha. Utilizaremos
um tipo de anel de fixação, mostrado na figura abaixo, para explicação do
funcionamento básico de um sistema utilizando anel de fixação. Vejamos então:.
- O aperto dos parafusos acarreta uma aproximação dos flanges (anéis inteiriços
de 360º).
- Essa aproximação empurra o anel externo, na verdade nesse modelo mostrado na
figura é um anel bi-partido composto de 2 anéis (semicírculos) de 180º cada, no sentido
de aumentar o diâmetro D. Naturalmente que essas duas partes são soltas.
- Da mesma maneira ocorrerá no anel bi-partido interno, a redução do diâmetro
interno d.
- Com torques aplicados aos parafusos, ocorrerá uma pressão entre o anel externo
e o cubo, e logicamente uma pressão entre anel interno e o eixo.
- Essa pressão gera um atrito, que naturalmente acarreta um torque de transmissão
nesse sistema.
Figura 6.48
Anel de fixação
IMETEX – RFN 7012
No flange:
∑ Fx = 0
F − 2 µN1. cos α − 2 N1.senα = 0
160
F
N1 = (6.22)
2µ . cos α + 2.senα
No anel:
∑ Fy = 0
− N − 2 µ.N1.senα + 2 N1. cos α = 0
N
N1 = (6.23)
2 cos α − 2µ.senα
1 − µ.tgα
N=F (6.24)
µ + tgα
Figura 6.49
Figura 6.50
161
- Observe que essa força N que ocorre entre anel externo e cubo e também entre anel
interno e eixo, é devido a um parafuso. Caso tenhamos um sistema de anel de fixação
com 8 parafusos, conforme a configuração mostrada na figuras 6.51, onde os anéis bi-
partidos estão mostrados em hachura negra, teríamos o modelo indicado na figura 6.52.
Figura 6.51
Figura 6.52
Forças no eixo
- Naturalmente é gerada uma pressão nas faces de contato dos anéis, mas podemos
utilizar esse modelo de força pontual que nos levará aos mesmos resultados
logicamente.
- É importante frisar que por trabalhar em regime dinâmico, devido à rotação, ocorrem
vibrações que podem afrouxar os parafusos e reduzir naturalmente o torque de
transmissão. A utilização de uma trava química reduz essa possibilidade.
- A título de verificação do formulário desenvolvido, será verificado na aplicação 1, um
anel de fixação comercial.
Aplicação 1:
Verifique, utilizando a equação 6.24, o torque que pode ser transmitido através do anel
de fixação RFN 7012 - 85x125.
Considerações:
• Utilizaremos atrito aço/aço µ = 0,1 (varia de 0,1 a 0,15 à temperatura ambiente)
• Utilizaremos a equação (6.16), roscas sem lubrificação, para determinação de F.
• Consideraremos o ângulo α = 15º
As duas primeiras considerações são conservativas.
Vejamos então:
- Conforme (6.16):
T = 0,2.d .Fi
10
70 = 0,2. F ⇒ F = 35000 N
1000
1 − µ .tgα
N=F ⇒ N = 92573N
µ + tgα
Essa força acarreta um atrito no raio de 42,5 mm, então o torque de transmissão por
parafuso tem o seguinte valor:
42,5
TTransmissão / parafuso = µN . = 393,5 Nm , como são 16 parafusos, o torque de
1000
transmissão será:
6.4.1 – Pinos
- Há diversos tipos de pinos utilizados na indústria, vamos dar alguns tipos e
algumas aplicações usuais.
A - Pino cilíndrico:
- Têm-se vários tipos padronizados de pinos. Como exemplo, nos pinos que seguem a
norma ISO 2338, mostrado na figura 6.54, os diâmetros apresentam tolerâncias de
ajuste m6; h8 e h11, sendo que cada tolerância é definida pela forma das extremidades
dos pinos.
- Uma utilização comum para os pinos cilíndricos, é na união de peças onde é
necessário posicionamento com precisão, ou seja, os pinos são utilizados como guias.
- Na figura 6.53 é mostrada uma tampa, que após ajustada no local de trabalho, sofre
duas furações (com tolerâncias).
- Primeiro monta-se à tampa na base; faz-se o ajuste; fixa-se a tampa através dos apertos
dos parafusos e finalmente executa-se as furações em conjunto da tampa e da base.
- Com a colocação dos pinos, garante-se que após uma desmontagem, a tampa seja
novamente montada no lugar ajustado previamente.
- Geralmente nesse tipo de montagem, o pino fica travado (ajuste forçado ou trava
anaeróbica) na base e com ajuste deslizante na tampa.
- Geralmente nesse tipo específico de montagem (tampas) são utilizados dois pinos.
Figura 6.53
168
Figura 6.54
Pinos cilíndricos normalizados
B - Pino elástico
Figura 6.55
Pinos elásticos pesados
Retirada e adaptada do catálogo Brooklin perfuração e fixação Ltda
C – Outros pinos
Outros tipos de pinos são mostrados nas figuras 6.56 e 6.57 (pinos cônicos;
pinos de posicionamento; pinos cilíndricos com rosca; pinos entalhados).
170
Figura 6.56
Pinos entalhados
Retirada do catálogo Brooklin perfuração e fixação Ltda
171
Figura 6.57
Retirada de manual da EMAQ Unidade Industrial
172
Figura 6.58
Retirada livro: Dinâmica das máquinas – Olavo P. e Albuquerque
- Pela teoria da elasticidade, quando uma força concentrada atua pontualmente num eixo
como indicado, a pressão em cada geratriz da interface eixo/mancal, tem o seguinte
valor:
p = k . cos β (6.25)
Sendo que para cada valor de F, tem-se um valor de k.
- Vamos desenvolver as equações de equilíbrio:
∑ FZ =0
β1
− F + ∫−2β 1 p.L.rdβ . cos β = 0
2
β1
− F + ∫−2β 1 k .L.r.(cos β ) 2 .dβ = 0
2
β1
F = k .L.r ∫−2β 1 (cos β ) 2 .dβ
2
1
F = k .L.r (β1 + senβ1 ) (6.26)
2
2F
k= (6.27)
L.r (β1 + senβ1 )
F
p = 0,64 cos β (6.29)
Lr
- Observe então que naturalmente a pressão máxima ocorre para β = 0 , desta forma:
F
pmax = 0,64 (6.30)
Lr
- É muito comum em projeto utilizar outro modelo, no qual dividi-se a força pela área
projetada, que no caso daria o seguinte valor de p:
F F
p= = 0,5
Ld Lr
Veja bem! Utilizando-se a área projetada, obtêm-se um valor de pressão superficial 21%
inferior ao calculado pela expressão (6.28) na tensão máxima de compressão superficial
(pressão).
- À proporção que o ângulo de apoio do mancal reduz, a relação entre a pressão
calculada utilizando a área projetada e a calculada utilizando a teoria da elasticidade
também reduz como indica a tabela 5.
Valor de β1 p AP
Relação
pTE
180º 0,79
120º 0,85
90º 0,91
60º 0,96
Tabela 6.4
Aplicação 1:
- Uma articulação conforme mostrado na figura é fixado por um pino cilíndrico com
entalhe conforme indicado.
- Determine as tensões atuantes no pino.
Figura 6.59
174
3) Cisalhamento
- Quando o pino está bem ajustado no furo (sem folga radial), o que realmente ocorre é
o cisalhamento.
πd 2
A= = 491mm 2
4
1000
τ = = 2 Kgf / mm 2
491
4) Flexão:
Figura 6.60
M Max = 1000 x35 = 35000 Kgf .mm
M 35000
σ = = 3 = 11,4 Kgf / mm 2
w πd / 16
Conclusão:
Utilizaremos a maior tensão, no caso = 11,4 kgf/mm² para compararmos com a tensão
admissível a ser utilizada para o pino.
Aplicação 2:
(c)
Figura 6.61
Bem! O eixo “empurra” o pino pressionando sua parte inferior, e o pino por sua vez
“empurra” a polia pela sua metade superior.
- Com a tensão de cisalhamento máximo admissível no eixo, temos condição de
determinar o torque máximo.
T .R 16T
τ max = = 3
JP πd
16T
τ max = 2 = ⇒ T = 49087 Kgfmm
π 503
T = 49 Kgfm
176
90 o
F=∫ p.L.rdβ . cos β = 0
0
90 o
F=∫ k .L.r.(cos β ) 2 .dβ = 0
0
90 o
F = k .L.r ∫ (cos β ) 2 .dβ
0
1 sen2 β π / 2
F= k .L.r.( β + )]0
2 2
1 π
F = k .L.r.
2 2
π
F = k .L.r.
4
substituindo k pelo valor indicado na equação (6.25);
p = k . cos β , sendo que a pressão máxima ocorre para β = 0 (ponto A);
p A = k , substituindo na expressão acima,
F F
pA = = 1,27
π L.r
L.r.
4
1962
p A = 4 = 1,27 x ⇒ L = 98,1
Lx12,7 / 2
6.4.2 – Anéis:
- Os anéis de retenção são utilizados para eixos e furos, abaixo temos uma figura que
mostra esses dois tipos de anéis.
Figura 6.62
- Na figura mostrada, os dois anéis utilizados no eixo assim como os dois anéis
utilizados na caixa, posicionam o rolamento.
- Os anéis são manufaturados em aço mola e padronizados, assim como as ranhuras,
para diversos diâmetros.
- Os valores de esforços axiais suportados pelos anéis, seguindo as dimensões de
ranhuras especificadas, são padronizadas e indicadas pelos fabricantes.
- A figura 6.63 apresenta um tipo de anel muito utilizado industrialmente.
178
Figura 6.63