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ESCOLA POLITÉCNICA

DE PERNAMBUCO - UPE

SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

NBR 6158

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA


Disciplina – Metrologia
Prof. – Valdézio José Pininga de Souza
Contato – valdezio@poli.br

1
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

INTERCAMBIALIDADE:
É a possibilidade de se tomar ao acaso, de um lote de
peças semelhantes, e poder-se utilizá-la na montagem
de um conjunto mecânico, sem a necessidade de
qualquer trabalho posterior de ajustagem e com
segurança de que o equipamento funcionará
perfeitamente após determinada montagem de acordo
com o que foi projetado.

TOLERÂNCIA DIMENSIONAL:
Desvios, dentro do qual a peça possa funcionar
adequadamente.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Eixo
Termo convencional utilizado para descrever
uma característica externa de uma peça,
incluindo também elementos não cilíndricos
Eixo-base
Eixo cujo afastamento superior é zero

Furo
Termo convencional utilizado para descrever
uma característica interna de uma peça,
incluindo também elementos não cilíndricos.
Furo-base
Furo cujo afastamento inferior é zero
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Em geral, a superfície externa de um eixo


trabalha acoplada, isto é, unida a superfície
interna de um furo.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Dimensão
Número que expressa em uma unidade
particular o valor numérico de uma
dimensão linear.
Dimensão nominal
Dimensão a partir da qual são derivadas
as dimensões limites pela aplicação dos
afastamentos superior e inferior.
Dimensão efetiva
Dimensão de um elemento obtido pela
medição.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Dimensão efetiva local


Qualquer distância individual em uma seção
transversal da peça, isto é, qualquer dimensão
medida entre dois pontos opostos quaisquer.
Dimensão limite
As duas dimensões extremas permissíveis
para um elemento, entre as quais a dimensão
efetiva deve estar.
Dimensão máxima
A maior dimensão admissível de um elemento.
Dimensão mínima
A menor dimensão admissível de um
elemento.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Linha zero
Linha reta que representa a dimensão nominal
e serve de origem aos afastamentos em uma
representação gráfica de tolerâncias e ajustes.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Linha zero
Nota: De acordo com a convenção, a linha
zero é desenhada horizontalmente, com
afastamentos positivos mostrados acima e
afastamentos negativos abaixo.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos fundamentais
Diferença algébrica entre uma dimensão
(dimensão efetiva, dimensão limite, etc.)
e a correspondente dimensão nominal.
Nota:
Os afastamentos são designados por
letras maiúsculas para furos (A...ZC) e
por letras minúsculas para eixos (a...zc).
Para evitar confusão, as seguintes letras
não são usadas: I, i; L, l; Q, q; W, w.
9
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Representação
esquemática
das posições dos
afastamentos
fundamentais

10
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos para furos

11
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos para eixos

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamento superior (ES, es)


Diferença algébrica entre a dimensão máxima
e a correspondente dimensão nominal.
As letras “ES” são designadas para
afastamentos em furos e as letras “es” para
afastamentos em eixos.
Afastamento inferior (EI, ei)
Diferença algébrica entre a dimensão mínima
e a correspondente dimensão nominal.
As letras “EI” são designadas para
afastamentos em furos e as letras “ei” para
afastamentos em eixos.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamento fundamental
Afastamento que define a posição
do campo de tolerância em relação
à linha zero, podendo ser o superior
ou o inferior.
Nota:
Este afastamento pode ser tanto o
afastamento superior como o
inferior, mas, por convenção, é
aquele mais próximo da linha zero.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Tolerância
Diferença entre dimensão máxima e a
dimensão mínima, ou seja, diferença entre o
afastamento superior e o afastamento inferior.
Nota:
A tolerância é um valor absoluto, sem sinal.
Tolerância-padrão (IT)
Qualquer tolerância pertencente a este sistema.
Nota:
As letras do símbolo IT significam International
Tolerance.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Graus de tolerância-padrão (IT)


Grupo de tolerância considerado
como correspondente ao mesmo
nível de precisão para todas as
dimensões nominais.
Os graus de tolerância-padrão são
designados pelas letras IT e por um
número (por exemplo: IT7).

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Graus de tolerância-padrão (IT)


Quando o grau de tolerância é associado a um
afastamento fundamental para formar uma
classe de tolerância, as letras IT são omitidas
(por exemplo: h7).
Nota:
O sistema prevê um total de 20 graus de
tolerância-padrão, dos quais os graus IT1 a
IT18 são de uso geral.
Os graus IT0 e IT01 não são de uso geral e são
dados para fins de informação.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Campos de tolerância
Em uma representação gráfica de
tolerâncias, o campo compreendido
entre duas linhas, representando as
dimensões máxima e mínima, é
definido pela magnitude da
tolerância e sua posição relativa em
relação à linha zero.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Classe de tolerância
Combinação de letras representando
o afastamento fundamental, seguida
por um número representando o
grau de tolerância padrão.
Exemplo: H7 (furos);
h7 (eixos).

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Fator de tolerância-padrão (I, i)


Fator que é uma função da dimensão
nominal e que é usado como base para a
determinação da tolerância-padrão do
sistema.
Notas:
a) O fator de tolerância-padrão “i” é
aplicado para dimensão nominal menor que
500 mm.
b) O fator de tolerância-padrão “I” é
aplicado para dimensão nominal maior que
500 mm. 20
AJUSTES

21
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
Folga
Diferença positiva entre as dimensões do
furo e do eixo, antes da montagem,
quando o diâmetro do eixo é menor que o
diâmetro do furo.

22
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Folga mínima
Diferença positiva entre a dimensão
mínima do furo e a dimensão
máxima do eixo.

Folga máxima
Diferença positiva entre a dimensão
máxima do furo e a dimensão
mínima do eixo.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
Interferência
Diferença negativa entre as dimensões do furo
e do eixo, antes da montagem, quando o
diâmetro do eixo é maior que o diâmetro do
furo.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Interferência mínima
Diferença negativa entre a dimensão máxima
do furo e a dimensão mínima do eixo.
Interferência máxima
Diferença negativa entre a dimensão mínima do
furo e a dimensão máxima do eixo.
Ajuste
Relação resultante da diferença, antes da
montagem, entre as dimensões dos dois
elementos a serem montados.
Nota:
Os dois elementos em um ajuste têm em
comum a dimensão nominal.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Ajuste com folga


Ajuste no qual sempre ocorre uma
folga entre o furo e o eixo quando
montados, isto é, a dimensão
mínima do furo é sempre maior ou,
em caso extremo, igual à dimensão
máxima do eixo.

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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Representação
esquemática de
Ajuste com folga ajuste com folga

27
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Ajuste com interferência


Ajuste no qual ocorre uma
interferência entre o furo e o eixo
quando montados, isto é, a
dimensão máxima do furo é sempre
menor ou, em caso extremo, igual à
dimensão mínima do eixo.

28
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Representação
esquemática de ajuste
Ajuste com com interferência
interferência

29
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Ajuste incerto
Ajuste no qual pode ocorrer uma
folga ou uma interferência entre o
furo e o eixo quando montados,
dependendo das dimensões efetivas
do furo e do eixo, isto é, os campos
de tolerância do furo e do eixo se
sobrepõem parcialmente ou
totalmente.
30
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Representação
esquemática de ajuste
incerto
Ajuste incerto
31
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Sistema de ajustes

Sistema compreendendo eixos e


furos pertencentes a um sistema
de tolerâncias.

32
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Sistema de ajustes eixo-base


Sistema de ajustes no qual as
folgas ou interferências exigidas
são obtidas pela associação de
furos de várias classes de
tolerâncias com eixos de uma
única classe de tolerâncias.
Neste sistema a dimensão do eixo
é idêntica à dimensão nominal, isto
é, o afastamento superior é zero.
33
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Sistema eixo- base de


ajuste

Notas:
a) As linhas contínuas horizontais representam os
afastamentos fundamentais para furos ou eixos.
b) As linhas tracejadas representam os outros
afastamentos e mostram a possibilidade de diferentes
combinações entre furos e eixos, relacionados ao seu
grau de tolerância
(por exemplo: G7/h4, H6/h4, M5/h4).
34
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Sistema de ajuste furo-base


Sistema de ajuste no qual as folgas
ou interferências exigidas são obtidas
pela associação de eixos de várias
classes de tolerâncias, com furos de
uma única classe de tolerâncias.
Neste sistema a dimensão mínima do
furo é idêntica à dimensão nominal,
isto é, o afastamento inferior é zero.
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Sistema furo-base
ajuste

Notas:
a) As linhas contínuas horizontais representam os
afastamentos fundamentais para furos ou eixos.
b) As linhas tracejadas representam os outros
afastamentos e mostram a possibilidade de diferentes
combinações entre furos e eixos, relacionados ao seu
grau de tolerância (por exemplo: H6/h6, H6/js5, H6/p4).
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Designação de tolerâncias e ajustes

Designação para dimensão com


tolerância
Uma dimensão com tolerância deve ser
designada pela dimensão nominal seguida
pela designação da classe de tolerância
exigida ou os afastamentos em valores
numéricos.
Exemplos: 32 H7; 80 js15; 100 g6, ou

37
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Designação para ajuste


O ajuste entre elementos acoplantes
deve ser designado por:
a) dimensão nominal comum;
b) símbolo da classe de tolerância para
furo;
c) símbolo da classe de tolerância para
eixo.
Exemplos: 52 H7/g6 ou 52 H7 - g6
𝑯𝟕
ou 52
𝒈𝟔
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Interpretação de uma dimensão com


tolerância
Tolerância de dimensão linear
Uma tolerância de dimensão linear
controla somente a dimensão efetiva
local (medição entre dois pontos) de um
elemento, mas com seus desvios de
forma, por exemplo: desvios de
circularidade e retitude de um elemento
cilíndrico ou desvio de planeza de
superfícies paralelas).
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SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Graus de tolerâncias-padrão e
afastamentos fundamentais

Tolerâncias-padrão
Os valores de graus de tolerâncias-
padrão IT1 a IT18, conforme tabela

40
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos fundamentais para


eixos (exceto js)

Os afastamentos fundamentais para


eixos e seus respectivos sinais
(+ ou -) são mostrados na tabela.

41
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos para eixo


42
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos fundamentais
para furos (exceto Js)

Os afastamentos fundamentais
para furos e seus respectivos
sinais (+ ou -) são mostrados na
tabela.

43
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

Afastamentos para furos

44
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

45
VARIAÇÕES DIMENSIONAIS

DIMENSÃO EFETIVA OU REAL:


Dimensão obtida depois de executada a peça
Casos que podem ocorrer, quanto as dimensões:

46
INDICAÇÕES

Afastamentos, indicados Afastamentos gerais, indicados


junto das cotas nominais. abaixo do desenho.

47
CATEGORIAS DE MONTAGEM

As categorias de montagem dos elementos de


um conjunto são classificadas segundo a
possibilidade de movimento relativo entre as
peças que o constituem.

Segundo a necessidade de funcionamento dos


componentes haverá conjuntos furo/eixo que:
tenham liberdade de movimento;
outros com se deslocam longitudinalmente de
forma deslizante e
outros fixos sob pressão para garantir a união
das peças.
48
AJUSTES

Condição na qual duas peças se encaixam.

Eixo:
É o nome genérico dado a qualquer peça, ou parte de
uma peça, que funciona alojada em outra;
Furo:
Peça com diâmetro interno que acomoda o eixo.
Em geral, uma superfície externa de um eixo trabalha
acoplada, isto é, unida a superfície interna de um furo.

Existem três condições de ajuste, que são:


a) Ajuste Móvel e Móvel Deslizante;
b) Ajuste Fixo e
c) Ajuste Incerto.
49
AJUSTE MÓVEL E AJUSTE MÓVEL DESLIZANTE

50
AJUSTES COM FOLGA

51
AJUSTE FIXO

52
AJUSTE COM INTERFERÊNCIA

53
AJUSTE INCERTO

54
AJUSTE INCERTO
Neste caso, a dimensão máxima do eixo é maior que a
dimensão mínima do furo, e o dimensão máxima do furo é
maior que a dimensão mínima do eixo.
Neste caso, o tipo de ajuste depende das dimensões
efetivas da peça.

55
AJUSTE

O ajuste é a condição ideal para fixação ou


funcionamento entre peças executadas dentro de um
limite.
São determinados os acordos com a posição do campo
de tolerância

56
CONCEITO

Medida nominal: é a medida representada no desenho

Medida com tolerância: é a medida com afastamento


superior e inferior da medida nominal.

Medida efetiva: é a medida real da peça fabricada


Exemplo: 40,24 mm

Dimensão máxima: é a medida máxima permitida


40,3 mm

57
CONCEITO

Dimensão mínima: é a medida mínima permitida


39,8 mm
Afastamento superior: é a diferença entre a dimensão
máxima permitida e a medida nominal.
40,3 – 40 = 0,3 mm
Afastamento inferior: é a diferença entre a dimensão
mínima permitida e a medida nominal
39,8 – 40 = - 0,2 mm
Campo de tolerância: é a diferença entre a medida
máxima e a medida mínima permitida.
40,3 – 39,8 = 0,5 mm

58
SISTEMA DE TOLERÂNCIA E AJUSTES

ABNT/ISO (NBR 6158)


O sistema ISO consiste num conjunto de
princípios, regras e tabelas que possibilita a
escolha racional de tolerâncias e ajustes de
modo a tornar mais econômica a produção
de peças mecânicas intercambiáveis.
Este sistema estabelece uma série de
tolerâncias fundamentais que determinam a
precisão da peça, ou seja, a qualidade de
trabalho, uma exigência que varia de peça
para peça, de acordo com as
especificações de projeto. 59
SISTEMA DE TOLERÂNCIA E ABNT / ISO

A norma brasileira prevê 18 qualidades de trabalho.


Essas qualidades são identificadas pelas letras:

 IT seguidas de numerais.

A cada uma delas corresponde um valor de tolerância


(IT 01; IT 0; IT 1; IT 2 .... IT 16)
I = ISO
T = Tolerância

60
INTERPRETAÇÃO DE TABELAS DE TOLERÂNCIAS

O diâmetro interno do furo representado neste


desenho é 40 H7.
A dimensão nominal do furo é de 40 mm.
A tolerância vem representada por H7, a letra
maiúscula H representa a tolerância de furo padrão, o
número 7 indica a qualidade de trabalho, que no caso
corresponde a uma mecânica de precisão.

61
INTERPRETAÇÃO DE TOLERÂNCIAS

Campo de tolerância:
É o conjunto de valores compreendidos entre o
afastamento superior e inferior, que corresponde
ao intervalo que vai da dimensão mínima para a
máxima.
Qualquer valor de dimensão efetiva compreendida
entre a dimensão máxima e mínima, está de
acordo com a especificação do projeto.

62
MOTIVOS PARA A EXISTÊNCIA DE TOLERÂNCIAS

Imperfeições dos instrumentos de


medição e das máquinas;
Fatores que interferem no
processo de produção (umidade,
temperatura, ...);
Deformações dos materiais;
Falhas do operador.

63
TOLERÂNCIA ISO (INTERNATIONAL
ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION
O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT,
conhecido como sistema internacional de
tolerância, consiste numa série de princípios,
regras e tabelas que permitem a escolha racional
de tolerâncias na produção de peças.
A unidade de medida para tolerância ABNT/ISO é
o micrometro, também chamado de mícron.
Ele equivale a milionésima parte do milímetro (1µm
= 0,001mm).
A tolerância ISO é representada normalmente por
uma letra e um numeral colocados à direita da
cota. A letra indica a posição do campo de
tolerância e o numeral, a qualidade de trabalho. 64
REPRESENTAÇÃO DE TOLERÂNCIAIS

Por afastamento Pela norma ISO

Posição do campo de tolerância (H)

35 H 7 Qualidade do trabalho (7)

Dimensão nominal (35)


65
POSIÇÃO DOS CAMPOS DE TOLERÂNCIA

66
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DAS CLASSES DE
QUALIDADE DE TRABALHO

01; 0; 1 a 3 = Blocos padrão, calibradores, etc.


4 a 6 = Eixos de máquinas operatrizes
7 = Máquinas operatrizes precisas
(especialmente furos)
8 = Máquinas operatrizes de pouca precisão
9 = Máquinas-ferramentas como tesoura,
prensas, etc.
10 = Eixos de polias e mancal em que ocorrem
folga por dilatação
11 a 16 = Peças isoladas que não se ajustam a
outras e máquinas agrícolas, forjas, etc.

67
AJUSTES RECOMENDADOS

68
AJUSTES RECOMENDADOS

69
QUALIDADE IT

70
POSIÇÃO DOS AFASTAMENTOS

71
CAMPOS DE TOLERÂNCIA

O índice literal corresponde à posição da


tolerância em relação a linha “Zero de
afastamento e é indicado por uma ou
duas letras definindo 28 campos de
tolerância, cada campo especifica o
afastamento superior e inferior.
O índice numérico corresponde à
qualidade de trabalho.
Nos desenhos técnicos com indicação de
tolerância, a qualidade de trabalho vem
indicada apenas pelo numeral, sem o IT.
72
CAMPOS DE TOLERÂNCIA

Antes do numeral vem uma ou duas


letras, que representam o campo de
tolerância no sistema ISO.
A dimensão nominal da
cota é 20 mm. A tolerância
é indicada por H7.
O número 7, indica a
qualidade de trabalho; ele
está associado a uma
mecânica corrente.
73
SISTEMA FURO BASE E SISTEMA EIXO BASE

74
SISTEMA FURO BASE E SISTEMA EIXO BASE

75
SISTEMA FURO BASE E SISTEMA EIXO BASE

Para obter essas três classes de ajustes, uma vez que


as tolerâncias dos furos são constantes, devemos
variar as tolerâncias dos eixos, de acordo com a função
de cada um.
Este sistema de ajuste, em que os valores de tolerância
dos furos são fixos, e os dos eixos variam, é chamado
de sistema furo-base.
Este sistema também é conhecido por furo padrão ou
furo único.
Veja quais são os sistemas furo-base recomendados
pela ABNT a seguir:

76
SISTEMA FURO BASE

Observe os vários furos, onde são acoplados


diversos eixos.
Note que todos os furos têm a mesma dimensão
nominal e a mesma tolerância H7.
Já as tolerâncias dos eixos variam: f7, k6, p6.
A linha zero, serve para indicar a dimensão
nominal e fixar a origem dos afastamentos.
77
SISTEMA FURO BASE

No furo A, o eixo A’ deve girar com folga,


num ajuste livre.
No furo B, o eixo B’ deve deslizar com leve
aderência, num ajuste incerto.
No furo C, o eixo C’ pode entrar sob
pressão, ficando fixo.
78
SISTEMA EIXO BASE

Observe os vários furos, onde são acoplados


diversos eixos, com funções diferentes.
Os diferentes ajustes podem ser obtidos se as
tolerâncias dos eixos mantiverem-se constantes e
os furos forem fabricados com tolerâncias
variáveis.

79
SISTEMA EIXO BASE

O eixo A’ encaixa-se no furo A com folga.


O eixo B’ encaixa-se no furo B com leve
aderência.
O eixo C’ encaixa-se no furo C com
interferência.

80
SISTEMA EIXO BASE

A letra h é indicativa de ajuste no sistema


eixo-base.
Entre os dois sistemas, o furo-base é o que
tem maior aceitação.
Uma vez fixada a tolerância do furo, fica
mais fácil obter o ajuste recomendado
variando apenas as tolerâncias dos eixos.
81
AJUSTES RECOMENDADOS
SISTEMA FURO BASE

82
AJUSTES RECOMENDADOS
SISTEMA EIXO BASE

83
INTERPRETAÇÃO DE TOLERÂNCIAS

A tabela que corresponde a este ajuste


tem o título de:
Ajustes recomendados dos sistema
furo-base H7.

84
FIM

85

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