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Capítulo-02: Sistema de Equações

Algébricas Lineares

2.1. Introdução.
O conjunto simultâneo de n Equações Algébricas Lineares
(EALs) com n variáveis define um Sistema de Equações
Algébricas Lineares (SEALs). Os SEALs aparecem muitos
problemas de Engenharia, Ciência naturais e nas ciências
sociais. O presente capítulo tem como finalidade apresentar
métodos diretos e iterativos para resolver sistema de SEALs.

Nos problemas de Engenharia, Ciência naturais e nas


ciências sociais, os modelos matemáticos formados por
SEALs podem ser definidos por EALs ou por Equações
Algébricas não-Lineares (EANLs).
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Algébricas Lineares

Neste capítulo, trataremos apenas dos SEALs construídos


por n EALs.
Os SEALs formados por n EALs são resolvidos de forma
numérica através de numéricas técnicas, tais como o método
de Eliminação de Gauss (EG), fatoração LU, fatoração de
Cholesky, método de Gauss-Jacobi (GJ), método de Gauss-
Seidel (GS) e Sobre-Relaxação (SR). Por outro lado, os
sistemas formados por EANLs são resolvidos por métodos
numéricos específicos e serão detalhado no capítulo 3.
2.2. Representação de um SEAL
O conjunto simultâneo de n EALs com n variáveis constituem
um SEAL. Neste contexto, o SEAL pode ser descrito de
forma genérica como segue. Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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 k k k k


 a11 x1 a12 x2 a13 x3  ... a1n xn  b1

 a x k  a22 x2
k k
a23 x3  ... a2n xn
k
 b2
 21 1

 k k k k (2.1)
 a31 x1 a32 x2 a33 x3  ... a3n xn  b3
 ... ... ... ... ...  ...

 k k k k

 an1 x1 an2 x2 an3 x3 ... ann xn  bn

O SEAL definido pela Equação (2.1) pode ser representada a


partir de uma representação matricial como segue.
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k
A xj  b j , j  1, 2, 3, ..., n

 1 
Onde,
 x1 
 a11 a12 a13 ... a1n     b1 
   x k    
 a21 a22 a23 ... a2n   b2 
 k   2 
A   a31 a32 a33 ... a3n 
; x j   k  ; bj    (2.2)
 b3 
x 
 ... ... ... ... ...   3   ... 
   ...   
a a an3 ... ann  b 
 n1 n2  k   n
x 
 n 
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Nas quais,
𝐴 – representa a matriz dos coeficientes da Equação (2.1) de
ordem n x n.
𝑥𝑗 – representa o vetor das variáveis de decisão da Equação
(2.1) de ordem n x 1.
𝑏𝑗 – representa o termo independente da Equação (2.1) de
ordem n x 1.
A identificação dos elementos da matriz dos coeficientes, do
vetor das variáveis decisórias e os elementos do termo
independente pode ser mostrada como:

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𝑎𝑖𝑗 - Coeficientes, 1 ≤ 𝑖 ≤ 𝑛 e 1 ≤ 𝑗 ≤ 𝑛;
𝑥𝑗 - Variáveis decisórias, 𝑗 = 1, 2, 3, … , 𝑛;
𝑏𝑗 - Constantes, 𝑗 = 1, 2, 3, … , 𝑛.
2.3. Método de Solução dos SEALs
A solução para os SEALs é obtida a partir de técnicas direta
e iterativa. Estas duas técnicas são descritas por dois
métodos como segue:
- Métodos diretos;
- Métodos iterativos.

2.3.1. Métodos Diretos


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Os Métodos Diretos (MDs) produzem solução “exata” após


um número finito de operações aritméticas. Na prática, as
equações dos MDs podem ser transformadas equações
iterativas usando um contador “k” para evoluir a solução a
partir de um “chute inicial”.
A solução para estes métodos é assegurada quando a matriz
dos coeficientes do SEAL é não-singular, isto é, det. (A)  0.
Os principais métodos diretos dividem em:
- Método de Cramer;
- Método de Eliminação de Gauss;
- Fatoração LU;
- Fatoração de Cholescky.
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O Método de Cramer aplicado à resolução de um SEAL


envolve o cálculo de (n +1) determinantes, tornando o
processo de solução não competitivo devido o grande
número na solução do SEAL.
Eliminação de Gauss, fatoração LU e fatoração de Cholescky
são métodos mais eficientes na solução de SEALs, quando
comparado ao método de Cramer.

2.3.2. Métodos Iterativos


Os métodos iterativos permitem obter uma solução de um
SEAL com uma dada precisão a partir de um “Chute inicial”.
Os métodos iterativos dividem em duas classes de métodos:
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- Estacionários;
- Não-estacionários.

1.Gauss  Jacobi ;

Estacionários  2.Gauss  Seidel;
 3.Sobre  Re laxação.

1.Gradiente Conjugado;

Não  estacionários  2.Gradiente Biconjugado;
 3.Gradiente Biconjugado estabilizado.

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2.3.3. Detalhamento dos Métodos Diretos


A metodologia para um dos métodos diretos (exceto o
método de Cramer) será abordado, bem como os algoritmos
de cada método será apresentado.
2.3.3.1. Método de Eliminação de Gauss
A transformação de um SEAL original em um outro SEAL
equivalente triangular superior é conhecida como processo
de Eliminação de Gauss (EG). A metodologia para este
método resume-se a três passos:
1. Eliminação;
2. Resolução do SEAL triangular superior;
3. Evolução progressiva.
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Considera-se um SEAL com n equações e n variáveis


decisórias, tais como foi apresentado na Equação (2.1). A
determinação das variáveis decisórias do vetor “ 𝑥𝑗 𝑘 ” é
realizada através de uma norma de execução que envolve os
processos Eliminação, Resolução do SEAL triangular
superior e Evolução progressiva. Estes processos são
implementados conforme a seguinte metodologia:
Escreve-se os coeficientes das variáveis decisórias e os
termos independentes na forma de matriz expandida
genérica 𝐴 𝑒 , 𝑏 𝑒 . O subindice “e” das matrizes 𝐴 𝑒 e 𝑏 𝑒 é
definido como etapa. A etapa muda de passo para passo
como segue.
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 e e e e e 


 a11 a12 a13 ... a1n | b1 
 
 a e  e
a22
e
a23
e
... a2n
e 
| b2 
  e b   21
A , b    e e e e  e  
  a a32 a33 ... a3n | b3
 31 
 ... ... ... ... ... ... ... 
 e e e e  e  
a an2 an3 ... ann | bn 
 n1
A partir da matriz expandida acima, implementa-se a passo
de eliminação para obter o SEAL triangular superior.
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Em seguida, aplica-se os passos SEAL triangular superior e


evolução progressiva para obter as equações matemáticas
evolutivas de cada variável decisórias. Na sequencia,
apresenta-se o processo de cada passo.
- Passo de eliminação;
O passo de eliminação é considerado o primeiro passo para
a solução de um SEAL usando o método de eliminação de
Gauss.
Neste passo, é feito a triangulação do SEAL original para o
SEAL triangular superior a partir da etapa inicial tendo como
finalidade a eliminação de todos elementos abaixo da
diagonal principal.
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Identificação da matriz expandida para a etapa (e = 0) pode


ser escrita da seguinte forma.

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Vale salientar, que o passo de eliminação é um processo


realizado com relação as linhas conforme as seguintes partes:
- Parte (1): definição dos multiplicadores e das linhas para a
etapa (e = 1);
0 0 0
1 a21 1 a31 1 an1
m21  , m31  ,....,mn1 
0 0  0 
a11 a11 a11

1  0  1 0   1  0   1  0   1  0 
L1  L1 , L2  L2  m21 * L1 , L3  L3  m31 * L1 ,...,
1 0  1  0 
Ln  Ln  mn1 * L1
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Cálculo dos elementos da etapa (e = 1) com 𝑎11 0  0 para as


linhas 𝐿2 1 , 𝐿3 1 , … , 𝐿𝑛 1 .
1 1 0 1 0
- linha 𝐿2 , 𝐿2 ← 𝐿2 − 𝑚21 ∗ 𝐿1 :
0
1 0  1  0  0  a21 0   1
a21  a21  m21 * a11  a21  * a11  a21  0;
0
a11
1 0  1  0 
a22  a22  m21 * a12 ;
1 0  1  0 
a23  a23  m21 * a13 ;
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1 0  1  0 
a2n  a2n  m21 * a1n ;
1 0  1  0 
b2  b2  m21 * b1 .

1 1 0 1 0
- linha 𝐿3 , 𝐿3 ← 𝐿3 − 𝑚31 ∗ 𝐿1 :
0
1 0  1  0  0  a31 0   1
a31  a31  m31 * a11  a31  * a11  a31  0;
0
a11
1 0  1  0 
a32  a32  m31 * a12 ;
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1 0  1  0 
a33  a33  m31 * a13 ;
...
1 0  1  0 
a3n  a3n  m31 * a1n ;
1 0  1  0 
b3  b3  m31 * b1 .
1 1 0 1 0
- linha 𝐿𝑛 , 𝐿𝑛 ← 𝐿𝑛 − 𝑚𝑛1 ∗ 𝐿1 :
0
1 0  1  0  0  an1 0   1
an1  an1  mn1 * a11  an1  * a11  an1  0;
0
a11
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1 0  1  0 
an2  an2  mn1 * a12 ;
1 0  1  0 
an3  an3  mn1 * a13 ;
...
1 0  1  0 
ann  ann  mn1 * a1n ;
1 0  1  0 
bn  bn  mn1 * b1 .
A matriz expandida para a etapa (e = 1) é dada por:
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- Parte (2): definição dos multiplicadores e das linhas para a


etapa (e = 2);
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1 1
 2 a32  2 an2
m32  ,....,mn2 
1 1
a22 a22

 2  0   2 1  2  1  2   1
L1  L1 , L2  L2 , L3  L3  m32 * L2 ,...,
 2 1  2 1
Ln  Ln  mn2 * L2
1
Cálculo dos elementos da etapa (e = 2) com 𝑎22  0 para as
linhas 𝐿3 2 , … , 𝐿𝑛 2 .

2 2 1 2 1
- linha 𝐿3 , 𝐿3 ← 𝐿2 − 𝑚32 ∗ 𝐿2 :
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1
 2 1  2   1  1 a32  1  2
a32  a32  m32 * a22  a32  * a22  a32  0;
1
a22
 2 1  2   1
a33  a33  m32 * a23 ;
...
 2 1  2   1
a3n  a3n  m32 * a2n ;
 2 1  2   1
b3  b3  m32 * b2 .

2 2 1 2 1
- linha 𝐿𝑛 , 𝐿𝑛 ← 𝐿𝑛 − 𝑚𝑛2 ∗ 𝐿2 :
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1
 2 1  2   1  1 an2  1  2
an2  an2  mn2 * a22  an2  * a22  an2  0;
1
a22
 2 1  2   1
an3  an3  mn2 * a23 ;
...
 2 1  2   1
ann  ann  mn2 * a2n ;
 2 1  2   1
bn  bn  mn2 * b2 .

A matriz expandida para a etapa (e = 2) é dada por:


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- Parte (3): definição dos multiplicadores e das linhas para a


etapa (e = 3);
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 2
 3 an3
mn3 
 2
a33
 3  0   3 1  3  2
L1  L1 , L2  L2 , L3  L3 ,...,
 3  2  3  2
Ln  Ln  mn3 * L3

Cálculo dos elementos da etapa (e = 3) com 𝑎33 2  0 para as


linhas 𝐿𝑛 3 .
3 3 2 3 2
- linha 𝐿𝑛 , 𝐿𝑛 ← 𝐿𝑛 − 𝑚𝑛3 ∗ 𝐿3 :
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 3
 3  2  3  2  2 an3  2  3
an3  an3  mn3 * a33  an3  * a33  an3  0;
 2
a33
...
 3  2  3  2
ann  ann  mn3 * a3n ;
 3  2  3  2
bn  bn  mn3 * b3 .

A matriz expandida para a etapa (e = 3) é apresentada da


seguinte forma:

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 0 0  0  0  0  
 a11 a12 a13 ... a1n | b1 
 
 0 1 1 1 1 
 a22 a23 ... a2n | b2 
  3  3 
A , b  
 0
 2  2  2 
  0 a33 ... a3n | b3
 
 ... ... ... ... ... ... ... 
  3  3 
 0 0 0 ... ann | bn 

3 3
A partir da matriz expandida 𝐴 ,𝑏 obtém-se o SEAL
triangular como segue.
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 0   k  0   k  0   k  0   k  0 
 a11 x1 a12 x2 a13 x3  ...  a1n xn  b1

 0 1  k  1  k  1  k   1
 a22 x2 a23 x3  ...  a2n xn  b2

  2  k   2  k   2 (2.3)
 0 0 a33 x3  ...  a3n xn  b3

 ... ... ... ... ...  ...
  3  k   3
 0 0 0 ...  ann xn  bn

- Passo da SEAL triangular superior;


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As equações matemáticas para as variáveis decisórias


𝑥1 𝑘 , 𝑥2 𝑘 , 𝑥3 𝑘 , … , 𝑥𝑛 𝑘 são obtidas da solução do SEAL
triangular superior como segue.

 3
k bn
xn  ;
 3
ann
...
k 1   2  2  k  
x3   b3  ...  a3n xn  ;
 2  
a 33

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k 1  1  1  k  1  k   


x2   b2   a23 x3  ...  a2n xn   ;
1    
a22
k 1   0    0   k  0   k   0   k   
x1  b1   a12 x2  a13 x3  ...  a1n xn   .
 0     
a11

- Passo da Evolução Progressiva


As operações aritméticas realizada com números “exatos”
não se cometem Erro de Arredondamento 𝐸𝛿𝑥 no decorrer
dos cálculos.
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Na prática, os resultados são aproximados e portanto, o 𝐸𝛿𝑥


se propaga chegando a comprometer os resultados. Aqui,
apresentamos a metodologia para obter estes resultados
aproximados.

Um detalhamento da metodologia da evolução progressiva


das variáveis decisórias 𝑥1 𝑘 , 𝑥2 𝑘 , 𝑥3 𝑘 , … , 𝑥𝑛 𝑘 , do SEAL,
será obtida a partir da seguinte equação:
 k  1 k  k  1 k
E x  x j  xj  xj  xj  E x , j  1, ..., n (2.3)
j j

Onde,
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𝑥𝑗 𝑘+1 - Representa o estado final previsível da variável j;


𝑥𝑗 𝑘 - Representa o estado inicial da variável j;
𝐸𝛿𝑥𝑗 - Representa o Erro de Arredondamento da variável j ;
O comportamento de cada uma das variáveis decisórias é
analisado segundo a Equação (2.3), que a partir de um
estado inicial 𝑥1 (𝑘) , 𝑥2 (𝑘) , 𝑥3 (𝑘) , … , 𝑥𝑗 (𝑘) , após um período de
tempo finito (tempo de CPU) , produz resultados finitos
previsíveis 𝑥1 (𝑘+1) , 𝑥2 (𝑘+1) , 𝑥3 (𝑘+1) , … , 𝑥𝑗 (𝑘+1) .
Assim, as equações do SEAL triangular superior podem ser
reescritas. Estas equações representam a evolução
progressiva em função de (k+1) para cada uma das variáveis
como segue. Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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 k 1 1   0   0   k  0   k   0   k   
x1   b1   a12 x2  a13 x3  ...  a1n xn    E x ;
 0     
 1
a 11
 k  1 1   1  1  k  1  k   
x2   b2   a23 x3  ...  a2n xn    E x ;
1    
 2
a 22
 k  1 1   2  2  k  
x3   b3  ...  a3n xn   E x ;
 2   3
a 33
...
 3
 k  1 bn
xn   E x .
 3 n
ann Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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Nas equações acima, o 𝐸𝛿𝑥 pode tender a zero, isto é,


𝐸𝛿𝑥  0. Neste caso, as equações acima podem ser reescritas
como:
 k 1 1   0    0   k  0   k   0   k   
x1   b1   a12 x2  a13 x3  ...  a1n xn   ;
 0     
a11
 k  1 1  1  1  k  1  k   
x2  b2   a23 x3  ...  a2n xn   ;
1    
a 22
 k  1 1   2  2  k  
x3   b3  ...  a3n xn  ;
 2  
a 33
 Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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...
 3
 k  1 bn
xn  .
 3
ann
Durante os cálculos das variáveis decisórias, erros ocorrem
devido ao fato de os equipamentos de processamento terem
a capacidade limitada para armazenar os dígitos significativos
de valores numéricos nas operações aritméticas. Neste caso,
o 𝐸𝑅𝑖 podem ser usado para garantir os resultados.
 k 1 k
m xi  xi
ERi  nk  0 i  1 * 100 ; k  0,1, 2,...,n e i  1, 2,...,m
 k 1
xi Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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Aplicações de SEALs:
AP2 - 01: As variáveis decisórias 𝑥1 𝑘 , 𝑥2 𝑘 , 𝑥3 𝑘 e 𝑥4 𝑘 são
combinadas por EALs segundo o SEAL abaixo.
 k k k k
 x1  2x2  x3  x4  7

 x k   x k   2x k   x k   1
0  0  0  0  0  
t
 1 2 3 4
 ; Sx   x1  1 x2  0 x3  0 x4  1 
 3x k   2x k   3x k   2x k   4
 
 
 1 2 3 4
 k  k  k  k
 4 x  3x  2x  x  12
 1 2 3 4
Aplicar o método da eliminação de Gauss para resolver o
SEAL acima. Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
Capítulo-02: Sistema de Equações
Algébricas Lineares

Solução:
Escrever a matriz expandida para a etapa (e = 0).

 0 0  0  0  0  
 a11 a12 a13 a14 | b1 
  2 2 1 1 | 7
 a 0  0  0  0    
0 
 0 0  a22 a23 a24 | b2  1 1 2 1 | 1
A , b    21 
   0 0  0  0   0    3 2 3 2 | 4
a a32 a33 a34 | b3  
 31   4 3 2 1 | 12
 0 0  0  0  0  
 a41 a42 a43 a44 | b4 

- Parte (1): definição dos multiplicadores e das linhas para a


etapa (e = 1);
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0 0 0


1 a21 1 1 a31 3 1 a41
m21   ,m31   e m41  2
0 2 0  2 0 
a11 a11 a11

1  0  1 0   1  0   1  0   1  0 
L1  L1 , L2  L2  m21 * L1 , L3  L3  m31 * L1 e
1 0  1  0 
L4  L4  m41 * L1

Cálculo dos elementos da etapa (e = 1) com 𝑎11 0  0 para as


linhas 𝐿2 1 , 𝐿3 1 𝑒 𝐿4 1 .

1 1 0 1 0
- linha 𝐿2 , 𝐿2 ← 𝐿2 − 𝑚21 ∗ 𝐿1 :
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1 0  1  0  1
a21  a21  m21 * a11  1  * 2  1  1  0;
2
1 0  1  0  1
a22  a22  m21 * a12   1  * 2   1 1   2 ;
2
1 0  1  0  1 1 3
a23  a23  m21 * a13  2  *1  2   ;
2 2 2
1 0  1  0  1 1 3
a24  a24  m21 * a14   1  * 1  1   ;
2 2 2
1 0  1  0  1 7 5
b2  b2  m21 * b1  1  *7  1   .
2 2 2
1 1 0 1 0
- linha 𝐿3 , 𝐿3 ← 𝐿3 − 𝑚31 ∗ 𝐿1 :
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1 0  1  0  3
a31  a31  m31 * a11  3  * 2  3  3  0;
2
1 0  1  0  3
a32  a32  m31 * a12  2  *1  2 3  1;
2
1 0  1  0  3 3 9
a33  a33  m31 * a13   3  *1   3   ;
2 2 2
1 0  1  0  3 3 7
a34  a34  m31 * a14   2  *1  2   ;
2 2 2
1 0  1  0  3 21 13
b3  b3  m31 * b1  4  *7  4   .
2 2 2
1 1 0 1 0
- linha 𝐿4 , 𝐿4 ← 𝐿4 − 𝑚41 ∗ 𝐿1 :
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1 0  1  0 
a41  a41  m41 * a11  4  2* 2  4  4  0;
1 0  1  0 
a42  a42  m41 * a12  3  2* 2  3  4   1 ;
1 0  1  0 
a43  a43  m41 * a13  2  2* 1  2  2  0;
1 0  1  0 
a44  a44  m41 * a14  1  2* 1  1  2   1;
1 0  1  0 
b4  b4  m41 * b1  12  2* 7  12  14   2.

Logo, a matriz expandida para a etapa (e = 1) pode ser


apresentado como:
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 0 0  0  0  0  
 a11 a12 a13 a14 | b1  2 2 1 1 |7 
   
 0 1 1 1  1   0 2 3 3 5 
 1 1  a22 a23 a24 | b2  
|
2 
A , b    
2 2
   1 1 1  1 
 9 7  13 
 0 a32 a33 a34 | b3  0 1   | 
   2 2 2 
 1 1 1  1  0 1 0 1 | 2 
 0 a42 a43 a44 | b4 

- Parte (2): definição dos multiplicadores e das linhas para a


etapa (e = 2);
1 1
 2 a32 1  2 a42 1
m32   e m42  
1 2 1 2
a22 a22
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 2  0   2 1  2  1  2   1  2  1  2   1
L1  L1 , L2  L2 , L3  L3  m32 * L2 e L4  L4  m42 * L2

Cálculo dos elementos da etapa (e = 2) com 𝑎22 0  0 para as


linhas 𝐿3 2 𝑒 𝐿4 2 .
2 2 1 2 1
- linha 𝐿3 , 𝐿3 ← 𝐿3 − 𝑚32 ∗ 𝐿2 :
 2 1  2 1
a32  a32  m32 * a22   1  *   2    1  1  0;
1
2
 2 1  2 1 9 1 3 9 3 21
a33  a33  m32 * a23    *      ;
2 2 2 2 4 4
 2 1  2 1 7 1  3  7 3 11
a34  a34  m32 * a24    *         ;
2 2  2 2 4 4
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 2 1  2 1
13 1  5  13 5 21
b3  b3  m32 * b2    *       .
2 2  2 2 4 4
2 2 1 2 1
- linha 𝐿4 , 𝐿4 ← 𝐿4 − 𝑚42 ∗ 𝐿2 :

 2 1  2   1
a42  a42  m42 * a22   1  *   2    1  1  0;
1
2
 2 1  2 1 1 3 3 3
a43  a43  m42 * a23  0  *  0    ;
2 2 4 4
 2 1  2 1 1  3 3 1
a44  a44  m42 * a24   1  *      1    ;
2  2 4 4
 2 1  2   1
1  5 5 3
b4  b4  m42 * b2   2  *      2    .
2  2 4 4
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Então, a matriz expandida para a etapa (e = 2) pode ser


relatada como:
 0  0  0  0  0   2 2 1 1 |7 
 a11 a12 a13 a14 | b1   
   0 2 3 3 5 
 0 1 1 1  1  |
  2  2   a22 a23 a24 | b2   2 2 2 
A , b      21  11  21 
  
 0
 2  2  2 
 0 0 | 
0 a33 a34 | b3  4 4 2 
   3 1 3 
  2  2  2   0 0 | 
 0 0 a43 a44 | b4   4 4 4 

- Parte (3): definição do multiplicador e das linhas para a


etapa (e = 3) ;
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 2
3
 3 a43  4 3 4 1
m43    * 
 3  21 4 21 7
a33
4
 3  0   3 1  3  2  3  2  3  2
L1  L1 , L2  L2 , L3  L3 e L4  L4  m43 * L3
0
Cálculo dos elementos da etapa (e = 3) com 𝑎33  0 para as
linhas 𝐿4 3 .
3 3 2 3 2
- linha 𝐿4 , 𝐿4 ← 𝐿4 − 𝑚43 ∗ 𝐿3 :
 3  2  3  2
3 1  21  3 3
a43  a43  m43 * a33    *        0;
4 7  4  4 4
 Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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 3  2  3  2
1 1   11  1 11 1
a44  a44  m43 * a34         
4 7  4  4 28 7
 3  2  3  2 3 1   21  3 3
b4  b4  m43 * b3       0
4 7  4  4 4
Então, a matriz expandida para a etapa (e = 2) pode ser relatada
como:
 0 0  0  0  0   2 2 1 1 |7 
 a11 a12 a13 a14 | b1   
   0 2 3 3 5 
 0 1 1 1 1 |
  3  3  a22 a23 a24 | b2   2 2 2 
A , b      21  11  21 
  
 0
 2  2  2 
 0 0 | 
0 a33 a34 | b3  4 4 2 
   
  3  3  0 0 0
1
| 0 
 0 0 0 a44 | b4   7 
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A partir da matriz expandida 𝐴 3 ,𝑏 3 obtém-se o SEAL


triangular como segue.
 0  k  0   k  0   k  0   k  0 
 a11 x1  a12 x2  a13 x3  a14 x4  b1

 1  k  1  k  1  k   1
 0 a22 x2  a23 x3  a24 x4  b2

  2  k   2  k   2
 0 0 a33 x3  a34 x4  b3


 3  k   3
 0 0 0 a44 x4  b4

Resolvendo o SEAL acima usando a Equação (2.3), obtém-


se as seguintes equações: Prof. Dr. Jornandes Dias da Silva
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 k 1 1   0    0   k   0   k   0   k   
x1   b1   a12 x2  a13 x3  a14 x4   ;
 0     
a11
 k  1 1  1  1  k  1  k   
x2  b2   a23 x3  a24 x4   ;
1    
a 22
 k  1 1   2  2  k  
x3   b3  a34 x4  ;
 2  
33
a
 3
 k  1 b4
x4  .
 3
a44
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Introduzindo os valores dos a’s nas equações acima, tem-se:

 k 1 1    k   k   k   
x1  7   2 x2  x3  x4   ;
2    

 k  1 1  5  3  k  3  k   
x2     x3  x4   ;
2  2  2 2  

 k  1 4  21 11  k  
x3    x4  ;
21  4 4 
 k  1
x4 
7
1
 0.

Para k = 0;
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 0 1 1    0   0   0    1 1 
x1  7   2 x2  x3  x4    x1  7   2* 0  0  1 
2     2

1
 x1  3,00
 0  1 1  5  3  0  3  0     1 1  5  3 3 
x2     x3  x4    x2     * 0  * 1  
22  2 2   22  2 2 

1
 x2  0, 500
 0  1 4  21 11  0   1 4  21 11  1
x3    x4   x3    * 1   x3  0, 476
21  4 4  21  4 4 
 0  1 1
  0   x4  0,000
7
x4
1
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Então,

1  1 1 1  1


t

Sx   x1  3,000 x2  0,500 x3  0,476 x4  0,000 
 
 
Para k = 1;

11 1   1 1 1    2 1 


x1  7   2 x2  x3  x4    x1  7   2* 0, 500  0, 476
2     2

 2

 0,000   x2  2, 262

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1  1 1  5  3 1 3 1    2 1  5  3 3 
x2     x3  x4    x2     * 0, 474  * 0,000  
22  2 2   22  2 2 

 2
 x2  1,604
1  1 4  21 11 1   2 4  21 11  1
x3    x4   x3    * 0,000   x3  1,000
21  4 4  21  4 4 
1  1  2
  0   x4  0,000
7
x4
1

 2
  2  2  2  2
t

Sx   x1  2,262 x2  1,604 x3  1,000 x4  0,000 
 
 
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Para k = 2;
 21 1    2  2  2    3 1 
x1  7   2 x2  x3  x4    x1  7   2* 1,604  1,000
2     2

 3

 0,000   x1  1, 396

 2  1 1  5  3  2 3  2    3 1  5  3 3 
x2     x3  x4    x2     * 1,000  * 0,000  
2  2  2 2   22  2 2 

 3
 x2  2,000
 2  1 4  21 11  2   3 4  21 11   3
x3    x4   x3    * 0,000   x3  1,000
21  4 4  21  4 4 
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 2  1  3
  0   x4  0,000
7
x4
1

 3  3  3  3  3
t

Sx   x1  1,396 x2  2,000 x3  1,000 x4  0,000 
 
 
A solução média do SEAL é abordada como segue.

 
t
Sx  x1  1,973 x2  0,839 x3  0,619 x4  0,250
ERmédio  1.589

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