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7 - TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

- Das várias formas de se transmitir potência veremos nesse capítulo as mais usuais:
• Parafusos de acionamento
• Correias trapezoidais
• Correias dentadas de precisão
• Correntes e pinhões
• Cabos de aço
• Engrenagens
• Acoplamentos

7.1 - PARAFUSOS DE ACIONAMENTO

- Um dos itens mais utilizados na indústria, principalmente para fixação de peças.


- O sistema de parafuso também é utilizado para içamento de cargas, translação
(parafuso sem fim), ajuste de posição e diversas outras funções.
- Num parafuso, o momento de acionamento (rotação) é transformado num movimento
linear na direção axial do eixo, gerando uma força axial.
- Num sistema porca/ parafuso, um dos dois fica fixo, e o outro sofre um momento para
fazê-lo girar, é como a peça fixa, no caso a porca na figura 7.1, fosse movimentada
numa rampa helicoidal.

Figura 7.1
Retirada e adaptada do livro: Elementos de máquinas – M. F. Spotts

- Há vários tipos de perfis de rosca (triangular; trapezoidal; retangular; quadrada;...) e


tamanhos, alguns estão mostrados na figura 6.2.
- Para acionamento de carga o perfil mais utilizado é o trapezoidal.
180

Figura 7.2

Dimensões indicadas nas figuras 7.1 e 7.2:


θ → Ângulo de perfil da rosca;
α → Ângulo de hélice;
R → Raio médio da rosca (D=2R);
RA → Raio médio do colar;
di → diâmetro interno do parafuso;
de → diâmetro externo do parafuso

- Vamos desenvolver nosso estudo para uma rosca triangular ou trapezoidal


- O movimento do parafuso provoca o movimento axial da porca.
- Observe que temos o ângulo θ do perfil da rosca, e o ângulo da hélice que
chamaremos de α.
- Suponhamos que todo o peso da carga seja concentrado no paralelepípedo P, vide a
figura 7.3.
- O paralelepípedo não gira, ou seja, fica sempre sobre o eixo A-A, dessa forma, com o
giro do parafuso o paralelepípedo “p” sobe ou desce.

Figura 7.3
181

- É lógico que esse movimento de subida ou descida é devido à rampa (hélice) da rosca.
- Considere o ponto de contato do bloco p com o filete da rosca No ponto “O”, indicado
na figura abaixo.

Figura 7.4

- Nesse ponto de contato surge uma força normal N, conforme mostrado em 7.4(a).
- Observe que nessa normal, têm-se a inclinação devido ao perfil da rosca e também
devido ao ângulo de hélice.
- O movimento de giro do parafuso, que faz elevar a porca, é semelhante à rampa
mostrada na figura 7.4(d).
182

- Na rampa equivalente ao parafuso, a superfície onde está indicada a força P, é mantida


sempre no mesmo nível.
- Ao empurrar a rampa equivalente ao parafuso para a esquerda, têm-se as forças
indicadas na figura. Essas forças atuam no plano ACO.
- A força de atrito é tangente, naturalmente a hélice de diâmetro D.
- Calculando o esforço mínimo para levantamento da carga:

∑F y = 0 ∴ − N . cosθ N . cos α + P + µ11.N .senα = 0


P
N= (7.1)
cos β N cos α − µ1.senα

∑F x = 0 ∴ − F + N . cosθ N .senα + µ11.N . cos α = 0


F = N . cosθ N .senα + µ11.N . cos α (7.2)

- Nos interessa é o torque para acionar o parafuso que acarrete uma força vertical igual
a P.
D
T1 = F . = FR = ( N . cosθ N .senα + µ11.N . cos α ) R (7.3)
2

- Além disso, temos que vencer o atrito no colar, vide figura 7.1.
T2 = P.µ 2 .RA (7.4)

Onde:
µ1 – atrito entre os filetes de rosca
µ2 – atrito entre apoio e colar

- Para finalizar o desenvolvimento, precisamos definir o ângulo θ N .


- Observando a figura 7.4(a), vemos que:
CD
tgθ N =
OC
AB CD
tgθ = ⇒ AB = CD ⇒ tgθ =
OA OA
OA
cos α =
OC

Das 3 expressões acima chegamos a:


tgθ N = tgθ . cos α ⇒ θ N = arctg (tgθ . cos α ) (7.5)

Somando-se os torques resistentes, teremos de (7.3) e (7.4):


T = T1 + T2 ∴
cosθ N .tgα + µ1 R
T = RP( + µ2 A ) (7.6)
cosθ N − µ1tgα R
183

Aplicação 1:
- Qual o torque necessário para aperto de 10 ton num parafuso de rosca métrica M30 x
3,5 passo.

Figura 7.5
Dados:
µ1 = µ 2 = 0,2

Considere:
D = 26,5 mm

40 + 32
RA = = 18
4
P = 10000 Kgf
θ = 30o

Ângulo de hélice:
Passo 3,5
tgα = = = 0,042 ⇒ α = 2,4o
πD π .26,5
De (7.5):
θ N = arctg (tgθ . cos α ) = arctg (tg 30. cos 2,4) ⇒ θ N ≅ 30

- Substituindo os valores em (7.6), teremos:


cosθ N .tgα + µ1 R
T = RP( + µ2 A )
cosθ N − µ1tgα R
cos 30.tg 2,4 + 0,21 18
T = 13,25 x10000( + 0,2 ) = 72506
cos 30 − 0,21 tg 2,4 13.25
T = 72,5m.Kgf
184

Aplicação 2:
Idem a aplicação 1, considerando porém: µ1 = 0,1 (rosca lubrificada) e µ2 = 0,05
(mancal grafitado).

Resposta:
T = 30m.Kgf

Aplicação 3:
- Um elevador de automóveis para oficinas tem que ser projetados para veículos com
peso até 2500 kg, qual o torque necessário caso seja utilizado uma rosca trapezoidal TR
60 para acionar cada lado?

Figura 7.6

São dados:
µ1 = 0,15
µ2 = 0 (rolamento axial)
OBS.: Desconsidere o braço de alavanca do apoio. Considere a carga centrada.

Da tabela 7.1:
D = 55,5 mm
θ = 15º
Passo = 9 mm

- Valor do ângulo de hélice:


9
tgα = ⇒ α = 3o ⇒ θ N ≅ θ = 15o
55,5π
- Substituindo os valores em (7.6), teremos:
cosθ N .tgα + µ1 R
T = RP( + µ2 A )
cosθ N − µ1tgα R
cos15.tg 3 + 0,151
T = 27,75 x1250( ) = 7263
cos15 − 0,151 tg 3
T = 7,3m.Kgf

Resposta:
Cada um dos dois parafusos deve sofrer um torque de T = 7,23 m.Kgf, para
levantamento de carros com peso de 2500Kgf
185

Tabela 7.1 – Roscas trapezoidais métricas


Retirada do livro: Projetista de Máquinas – Eng. Francesco Provenza
186

7.2 – CORREIAS

- Os tipos mais comuns de correias utilizados na indústria são os indicados abaixo:


• Plana (seu uso vem decaindo na indústria)
• Trapezoidal (muito utilizada na indústria)
• Dentadas ou sincronizadas (muito utilizada na indústria)
- As correias são utilizadas para transmitir potência de um eixo para o outro.
- A correia é montada tensionada. Essa tensão permite que ao girar, a polia motriz
devido ao atrito, “arraste” a correia, e essa por sua vez através logicamente do atrito,
movimente a polia conduzida.
- As correias lisas (trapezoidal e plana) caso haja uma sobrecarga deslizam nas polias,
não transmitindo essa sobrecarga da polia conduzida para a condutora.

Figura 7.7

- No caso da correia dentada caso a carga ultrapasse o limite da correia, haverá um


“arrebentamento” dos dentes da polia preservando o equipamento.

- Resumo das vantagens na utilização de transmissão por correia:


• Facilidade e baixo custo de manutenção.
• Ausência de lubrificação.
• A correia absorve – dentro de certos valores logicamente – desalinhamento entre
polias.
• Funcionamento silencioso.
• Absorção de choques e vibrações.
• As correias trabalham como “fusíveis” do sistema.
• Pode-se aumentar a potência de transmissão utilizando-se maior número de
correias.
• Facilidade em modificar a relação de transmissão, pela substituição de polia(s) e
se necessário da correia.

Recomendações de projeto e utilização:


• Seguir as instruções do fabricante.
• O lado frouxo da transmissão deve estar preferencialmente para cima, pois nessa
condição tem-se maior “abraçamento” da polia pela correia.
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• A correia deve ter uma tensão inicial. O sistema deve permitir o esticamento das
correias.
• Uma correia com tensão abaixo do adequado, pode causar excessivo
deslizamento acarretando: perdas na transmissão e aquecimento na correia
consequentemente provocando a redução de sua vida útil.
• Caso utilize-se uma transmissão com mais de uma correia, sempre substitua
todas as correias de uma vez (por manutenção preventiva ou por rompimento de
uma ou mais das correias). As correias utilizadas apresentarão propriedades
distintas de uma nova, principalmente em relação ao comprimento.
• Verifique a compatibilidade da correia com a temperatura e atmosfera do local
de trabalho.
• Para a menor polia, utilize o maior diâmetro possível. Isso reduz a flexão na
correia e aumenta sua vida útil.
• Preferencialmente o esticamento da correia deve ser feito com a movimentação
de uma das polias. Evite se possível, polias tensoras.

7.2.1 - Correias em V

Figura 7.8

- A correia é composta basicamente por 3 elementos: os elementos de tração, invólucro


e o enchimento da correia.
- Os elementos de tração são manufaturados em cabos de aço ou nylon ou fibras.
- O material do invólucro apresenta coeficiente de aderência adequado com as paredes
das polias e deve ser resistente ao desgaste e as intempéries.
- O elemento de enchimento comumente em borracha, deve ser flexível.
- As correias (dimensões do perfil; comprimento) assim como os rasgos das polias são
padronizados.

A – Esforços na correia:

- Na correia mostrada na figura 7.9, tem-se o ramo tenso, indicado pela tensão T1, e o
ramo frouxo indicado pela tensão T2. Veja que a tensão vai reduzindo de T1 até T2 no
trecho de arco DE, e aumentando entre B e C.
- Quando A correia entra na polia vinda do trecho reto, sofre um aumento de tensão
devido à curvatura da polia. Quanto menor o raio da polia, naturalmente ocorre uma
maior tensão devido à flexão.
- A potência transmitida ou recebida pela correia é proporcional a (T1-T2).
188

Figura 7.9

- As tensões que ocorrem numa correia durante uma volta completa, estão indicadas na
figura 7.10.

Figura 7.10
Retirada e adaptada do livro: Elementos de máquinas – M. F. Spotts

- Vamos pegar um trecho infinitesimal de correia entre os pontos D e E, indicado como


detalhe A na fig. 7.9, para analisarmos as forças atuantes na correia.
- Considerando o sistema em rotação constante.

Figura 7.11
189

Temos o seguinte:
2µN – força de arraste máxima da polia sobre a correia.
Fc – Força centrífuga.
q – peso da correia por comprimento linear.
v – velocidade da correia.
θ – ângulo de abraçamento.
R – raio médio da polia motriz
β – ângulo da ranhura – padronizado β = 17º; 18º e 19º
Obs: Na correia esse β = 21º

Então num ponto qualquer entre os pontos D e C têm-se o seguinte:

∑F x =0
− (T + dT ) cos(dα / 2) + T cos(dα / 2) + 2 µN = 0
dT = 2µN
dT
N= (7.7)

∑F y =0
− (T + dT ) sen(dα / 2) − Tsen(dα / 2) + dFc + 2 Nsenβ = 0 (7.8)
Sendo:
q.R.dα v 2 q.v 2 .dα
dFc = x = (7.9)
g R g
Substituindo a força centrífuga (7.9) na expressão (7.8):
q.v 2 .dα
− (T + dT ) sen(dα / 2) − Tsen(dα / 2) + + 2 Nsenβ = 0
g
q.v 2
(T − )dα = 2 Nsenβ , substituindo N pela expressão (7.7)
g

q.v 2 senβ
(T − )dα = dT
g µ
dT µ
= dα , integrando teremos:
q.v 2
senβ
(T − )
g

θ
T1
dT µ
∫T 2 q.v 2 = ∫0 senβ dα
(T − )
g
q.v 2
(T 1 − ) µ
θ
g senβ
= e (7.10)
q.v 2
(T 2 − )
g
190

q.v 2
Denominando como tensão centrífuga Tc, teremos:
g
µ
(T 1 − Tc ) θ
= e senβ (7.11)
(T 2 − Tc )
- Na equação (7.11) têm-se a relação entre a tensão do ramo tenso com a tensão do
ramo frouxo em função da tensão centrífuga, aderência correia/polia e do ângulo de
abraçamento.
- Abaixo de certo valor de velocidade, o valor Tc fica muito pequeno em relação aos
valores T1 e T2, podendo dessa forma ser desprezado.
- A aderência correia/polia não é um valor fixo, depende principalmente da tensão entre
ambos, do tempo de vida da correia e da sujeira na interface correia/polia.
- Para um ângulo de 180º de abraçamento, um valor adequado para o termo a direita da
equação deve ficar entre 5 e 8.
- Um aumento da tensão inicial da correia, gera uma maior tensão T2 e naturalmente
uma maior tensão T1, ou seja, um aumento da tensão inicial possibilita uma maior carga
a ser transmitida.
- Um esticamento além do necessário porém, acarreta uma redução na vida útil da
correia.

Potência transmitida pela polia à correia:


Pot = v(T 1 − T 2) (7.12)

Torque transmitido pela polia à correia:


Torque = (T 1 − T 2).R (7.13)

B – Dimensionamento de correia:

- Basicamente tem-se a potência a ser transmitida.


- Calcula-se a potência de projeto ou serviço, que é igual à potência a ser transmitida
multiplicada por um fator de serviço.
- Com essa potência e rotação determina-se o tipo e quantidade de correias a serem
utilizadas.
- Fica mais claro fazendo exemplos práticos.

Aplicação 1:
- Um gerador de 50kw é acionado por um motor a gasolina com uma rotação de 1200
RPM e o gerador deve girar com 800 RPM.
- Determine a(s) correia(s) a ser utilizada
- Considere sala fechada, sem poeira e sem umidade.
- Polia tensora utilizada no ramo frouxo.

- Para dimensionamento:

1) Distância entre centros:


- Caso não se tenha definido, a distância recomendada para a distância entre centros C é
a seguinte:
i – relação de transmissão i = D/d
D – diâmetro da maior polia
191

d – diâmetro da menor polia


C – distância entre centros

D+d
Para i < 3 ⇒ C = +d (7.14)
2

Para i ≥ 3 ⇒ C = D (7.15)

2) Abraçamento
- Utilize para a menor polia um abraçamento > 120º

3) Potência transmitida:
PT = 50kw = 67 HP

4) Fator de serviço (Fs):


- vide tabelas 7.4 e 7.5
- Na tabela 7.5, parte relativa ao gerador, não consta o Fs para acionamento por motor
diesel.
- Utilizaremos então a tabela 7.4, considerando a condição de serviço pesado:
FS = 1,6
- Da tabela 7.3 tiramos o adicional devido ao uso de polia tensora.
Fsa = 0,1
Fs = 1,7

5) Potência de projeto:
Pp = PT x1,7
Pp = 67 x1,7 = 114 HP

6) Escolha da seção:
- Na figura 7.12, temos um gráfico que nos possibilita uma escolha inicial para o
tamanho do perfil.
- Nessa mesma figura são mostrados 5 tipos de perfis
- Vemos que por esse gráfico, escolheríamos a correia D.

Vamos arbitrar em utilizar a correia perfil C, depois faremos para o perfil D.

A - Correia perfil C:

7a) Potência por correia:


c v2 v
Pcorreia = (a − − e 6 ) 3 (7.16)
d 10 10
Onde:
• a; c; e – fatores conforme tabela 7.2
• v – velocidade da correia (ft/min)
• d – diâmetro da polia menor (pol)

- Da figura 7.12 verificamos para correia que o diâmetro da menor polia recomendado,
varia de 7”a 13”.
192

- Arbitrando d = 250 mm = 9,84”


Dessa forma:
n 1200
D = d d = 250 = 375
nD 800
- Velocidade da correia:
πdnd π .250.1200
v= = ⇒ v = 3092 ft / min
304,8 304,8

Substituindo o valor de v e os valores de a; c; e (tabela 7.2) em (7.16), teremos:


26,971 30922 3092
Pcorreia = (5,882 − − 0,0397 )
9,84 106 103
Pcorreia = (5,882 − 2,740 − 0,04)3,092
Pcorreia = 9,6 Hp / correia

- Com esse valor encontrado de 9,6 Hp/correia e 1200 rpm, verificamos entrando na
figura da página 7.12 que entramos na faixa de correia de tamanho B. Por ser um
tamanho inferior ao da correia de perfil C, pode-se afirmar que a correia perfil C atende.

8a) Número de correias:


- Devemos calcular o “fator de correção do arco de contato – AC” (tabela 7.7)
D = 375 375
i= = 1,5
d = 250 250

- Utilizando a equação (7.14):


375 + 250
C= + 250 = 562,5 ⇒ C = 560
2

- Fator de correção de arco de contato:


D − d 375 − 250
= = 0,22
C 560 A.C = 0,97
Correias → V .V

No de correias:
114
N correias = = 12,24 ⇒ N correias = 13
9,6 x0,97

9a) Comprimento da correia:


- Expressão para comprimento da correia:
π ( D − d )2
L = 2C + ( D + d ) + (7.17)
2 4C
π (375 − 250) 2
L = 2 x560 + (375 + 250) + = 2109
2 4 x560
- Verificando a tabela 7.6 → utilizaremos L = 2105 mm
193

10a) Resposta:
- Utilizar 13 correias C-81 (valor excessivo de correias)

Correia perfil D:

7b) Potência por correia:


- Da figura 7.12 verificamos para correia com esse perfil que o diâmetro da menor polia
recomendado, varia de 12”a 22”.
- Arbitrando d = 400 mm = 15,75”
Dessa forma:
n 1200
D = d d = 400 = 600
nD 800
- Velocidade da correia:
πdnd π .400.1200
v= = ⇒ v = 4948 ft / min
304,8 304,8

Substituindo o valor de v e os valores de a; c; e (tabela 7.2) em (7.16), teremos:


96,991 49482 4948
Pcorreia = (12,628 − − 0,0815 ) 3
15,75 106 10
Pcorreia = (12,628 − 6,158 − 2)4,948
Pcorreia = 22,1Hp / correia

- Com esse valor encontrado de 22,1 Hp/correia e 1200 rpm, verificamos entrando na
figura da página 7.12 que entramos na faixa de correia de tamanho C. Por ser um
tamanho inferior ao da correia de perfil D, pode-se afirmar que a correia perfil D
atende.

8b) Número de correias:


- Devemos calcular o “fator de correção do arco de contato – AC” (tabela 7.7)
D = 600 600
i= = 1,5
d = 400 400

- Utilizando a equação (7.14):


600 + 400
C= + 400 ⇒ C = 900
2

- Fator de correção de arco de contato:


D − d 600 − 400
= = 0,22
C 900 A.C = 0,97
Correias → V .V

No de correias:
114
N correias = = 5,3 ⇒ N correias = 6
22,1x0,97
194

9b) Comprimento da correia:


- Expressão para comprimento da correia:
π ( D − d )2
L = 2C + ( D + d ) + (7.17)
2 4C
π (600 − 400) 2
L = 2 x900 + (600 + 400) + = 3382
2 4 x900
- Verificando a tabela 7.6 → utilizaremos L = 3540 mm

Resposta:
6 correias D-136
195

SEÇÃO a c e b [mm] h [mm] d min [mm]


A 1.589 2.702 .0146 13 8 76
B 2.822 7.725 .0251 17 11 127
C 5.882 26.971 .0397 22 14 178
D 12.628 96.991 .0815 32 19 305
E 26.220 285.32 .1250 38 25 450

Tabela 7.2 – Correia trapezoidal - fatores p/ cálculo de potência

CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO ADICIONAL


Ambiente................................................................................................... + 0,1
Ambiente úmido........................................................................................ + 0,1
Na parte frouxa internamente..................... + 0,1
Uso de polias tensoras externamente..................... + 0,1
Na parte tensa internamente..................... + 0,1
externamente.................... + 0,2
Polia motriz com diâmetro maior que o da polia conduzida
(multiplicador)........................................................................................... + 0,2

Tabela 7.3 – Fator de serviço para correia trapezoidal – adicional para correção

Tabela 7.4 – Fator de serviço para correia trapezoidal – condições de trabalho


196

Tabela 7.5.1 – Fator de serviço para correia trapezoidal – tipo de equipamento


197

Tabela 7.5.2 – Fator de serviço para correia trapezoidal – tipo de equipamento


198

Figura 7.12
Correias trapezoidais – seleção de perfil
199

Tabela 7.6 – Correia trapezoidal – comprimento primitivo


200

Tabela 7.7 – Correia trapezoidal - Fator de correção – arco de contato

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