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Universidade Federal do Paraná

Curso de Engenharia Industrial Madeireira

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II


AT-102

Dr. Alan Sulato de Andrade

alansulato@gmail.com
EIXOS
EIXOS

DEFINIÇÃO:

 Elementos de máquinas utilizados para suportar


componentes rotativos e/ou transmitir potência ou
movimento rotativo ou axial. Os eixos trabalham em
condições extremamente variáveis de carregamento.
EIXOS

INTRODUÇÃO:

 Apresentam normalmente forma cilíndrica (existem


exceções). Podendo apresentar perfis lisos e
compostos, bem como se apresentarem com seções
cheias ou vazadas, com grande variedade de
tamanhos, consequentemente podendo ser utilizados
em diversos campos de aplicação na engenharia.
EIXOS

INTRODUÇÃO:

 Normalmente são construídos em materiais


metálicos, porém em função de novos materiais ou
aplicações específicas, materiais alternativos
passaram a ser utilizados.
EIXOS

INTRODUÇÃO:

Exemplo de eixos
EIXOS

INTRODUÇÃO:

Eixos utilizados em diversos equipamentos motrizes e operatrizes


EIXOS

INTRODUÇÃO:

 Eixos de transmissão ou simplesmente eixos, são


utilizados em praticamente todas as partes de
máquinas que possuem algum movimento rotativo
para transmitir o movimento de rotação e torque de
um ponto ao outro.

Unidade Unidade

Eixo
Geradora Consumidora
EIXOS

CLASSIFICAÇÃO:

 Podem ser classificados de duas formas:

 Eixos propriamente ditos,


 Eixos-árvore.
EIXOS

CLASSIFICAÇÃO:

 Eixos propriamente ditos


Sua característica principal é que nesta situação, este
elemento trabalha fixo. Ex.: eixos não tracionados de
veículo ou equipamento (eixo que sustenta a roda de
um carrinho de mão).
EIXOS

APLICAÇÃO:

Eixos que suportam cargas


EIXOS

CLASSIFICAÇÃO:

 Eixos-árvore
Nesta situação, o elemento está em movimento. Ex.:
Eixos que compõem a caixa de transmissão de um
veículo, ou um eixo de uma serra circular.
EIXOS

APLICAÇÃO:

 Um eixo tipicamente transmite diretamente torque de


um dispositivo de comando (motor elétrico ou de
combustão interna) através da máquina.

 Outras vezes, aos eixos, encontramos engrenagens,


polias, correntes que transmitem o movimento
rotativo para outra unidade.
EIXOS

APLICAÇÃO:

Transmissão direta e indireta através de correia


em bombas centrífugas – Cortesia Derrick
EIXOS

APLICAÇÃO:

Eixos encontrados em um diferencial


EIXOS

APLICAÇÃO:

 O eixo pode ser parte integral do acionador, tal como


um eixo de motor (elétrico ou a combustão), ou pode
ser livre conectado a seu vizinho por algum tipo de
acoplamento.
EIXOS

APLICAÇÃO:

Exemplo de transmissão direta


EIXOS

APLICAÇÃO:

Transmissão realizada por dispositivos de acoplamento


EIXOS

APLICAÇÃO:

 Máquinas de produção automatizada frequentemente


possuem eixos em linha que se estendem pelo
comprimento da máquina e levam potência para
todas as estações de trabalho.

Unidade Unidade Unidade


Consumidora 1 Consumidora 2 Consumidora 3

Unidade
Motora
EIXOS

APLICAÇÃO:

Industria Madeireira – Serrarias


Eixos de Serras, Sistemas de Movimentação de Peças e Resíduos
EIXOS

MONTAGEM:

 Os eixos são montados sobre apoios (mancais), em


duas configurações possíveis: uma configuração
biapoiada (montagem em sela) ou em balanço
(montagem saliente), dependendo da configuração
da máquina. Cada tipo de montagem apresenta seus
prós e seus contras.
EIXOS

MONTAGEM E CONEXÕES :

Montagem biapoiada Montagem em balanço


EIXOS

PERFIL:

 Às vezes é possível projetar eixos de transmissão


úteis que não têm variações do diâmetro de seção ao
longo de seu comprimento, mas é mais comum que os
eixos tenham um número de degraus ou ressaltos
onde o diâmetro mude para acomodar elementos
fixados tais como mancais, catracas, engrenagens
entre outros. Assim, a forma homogenia ou
heterogênea, dependerá dos elementos suportados
pelo eixo ou pontos de solicitações.
EIXOS

PERFIL:

Exemplo de eixos
EIXOS

CONEXÕES E TRAVAMENTO:

 Chavetas, anéis retentores ou pinos transversais são


freqüentemente usados para segurar elementos
fixados ao eixo a fim de transmitir o torque requerido
ou para prender a parte axialmente.
EIXOS

MATERIAIS PARA OS EIXOS:

 Normalmente se utiliza materiais metálicos


resistentes na produção de eixos tais como:
 Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio
ou a quente: são os mais usuais, devido ao falo
de apresentar elevado módulo de elasticidade.
Quando utilizados com mancais de deslizamento,
devem ser endurecidos superficialmente (total ou
parcial);
 Ferro fundido nodular: empregado principalmente
quando há engrenagens ou junções integralmente
fundidas ao eixo;
 Bronze e aço inoxidável: utilizados em ambientes
corrosivos ou marítimos
EIXOS

MATERIAIS PARA OS EIXOS:

TENSÃO DE TENSÃO DE Dureza Brinell DB


ABNT DESIGNAÇÃO
RUPTURA  (N/mm²) escoamento e (N/mm²) (N/mm²)
1025 ST 42,11 50 23 120/140

1035 ST 50,11 60 27 140/170

1045 ST 60,11 70 30 170/195

1060 ST 70,11 85 35 195/240

Aço ABNT- 1020; 1025; 1045;


Aço ABNT- 2340 (Cromo Níquel);
Aço ABNT- 4143; 4140 (Cromo Molibdênio);
Aço ABNT- 6115; 6120; 6140 (Cromo Vanádio);
Aço ABNT- 8640; 8660 (Cromo Níquel Molibdênio);
Aço ABNT- 51210; 51410 (Aço Inoxidável).
EIXOS

MATERIAIS PARA OS EIXOS:


EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Torneamento a partir de barras


 Trefiladas: até 60 mm
 Laminadas: de 60 mm a 150 mm
 Forjadas: acima de 150 mm
 Fundição
 Extrusão
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Os eixos de um modo geral, que em função do


dimensionamento possuírem diâmetro de menor do
que 150mm, podem ser construídos através de
processos como torneamento ou trefilação a frio. Em
casos mais específicos, estes podem ser produzidos
por métodos de fundição e posterior retificação por
meio de usinagem.
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Podem ser utilizados tratamentos térmicos e


revestimentos para aumentar a resistência ao
desgaste.

 Reparação de partes danificadas podem ser


realizadas a partir de processos de eletrodeposição e
posterior retífica.
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 O estudo e dimensionamento dos eixos é


relativamente complexo. Isto acontece porque,
normalmente há uma grande quantidade de
solicitações que este elemento pode sofrer. Por
exemplo, torções, flexões, esforços cortantes e
esforços normais. Não há de forma contundente uma
única rotina que pode ser empregada para tal
trabalho. Mesmo assim algumas serão propostas,
porem um bom conhecimento na área de Mecânica
(estática e dinâmica) e Resistência dos Materiais é
indispensável.
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Solicitações
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Uma metodologia empregada é a de calcular as


solicitações por separado e, após, somar os
resultados para identificar a força resultante.
 No dimensionamento dos elementos de máquinas ou
estruturas, como os eixos, vários são os critérios que
podem ser utilizados para o estabelecimento de suas
dimensões mínimas, compatíveis com as
propriedades mecânicas dos materiais utilizados.
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 Tais critérios surgem quando se busca a resposta do


ponto onde ocorrerá a deterioração do material, por
ruptura, por plastificação, por ser ultrapassado o
limite de proporcionalidade, ou de escoamento etc,
dependendo de seu uso). Assim o dimensionamento
do eixo deve ser realizado considerando que o
material é elástico e linear, (Lei de Hooke).
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

 O projetista de máquinas está frequentemente


envolvido com a tarefa de projetar um eixo (tipo de
material, comprimento e principalmente o diâmetro)
que atenda de forma segura todos os requisitos
solicitados.
Sub-dimensionado

Eixos Dimensionado corretamente

Super-dimensionado
EIXOS

CONSTRUÇÃO DE EIXOS:

Falha

Imagem detalhando a falha do elemento


EIXOS

CARGAS EM EIXOS:

 A carga em eixos de transmissão de rotação é


predominantemente uma de dois tipos:
 Torção devido ao torque transmitido
 Flexão devido às cargas transversais em
engrenagens, polias e catracas.
 Calculando-se a carga resultante.
Essas cargas normalmente ocorrem em combinação,
porque, o torque transmitido pode estar associado com
forças nos dentes das engrenagens ou de catracas
fixadas aos eixos. O caráter de ambas as cargas pode ser
fixo (constante) ou variar no tempo.
EIXOS

CARGAS EM EIXOS:

 O dimensionamento de eixos se baseia na teoria de


vigas, de Resistência dos Materiais

Função ajustada para seção transversal circular.

=tensão, M=momento fletor, W=módulo de resistência, b=fator de forma


EIXOS

DIMENSIONAMENTO:

 Torque no eixo – T,
 Esforços na transmissão – Ft, Fr, Fn,
 Momento Fletor Resultante – Mr(max), Mc
 Momento Fletor Ideal – Mi,
 Coeficiente de Bach – a,
 Fator de Forma – b,
 Diâmetro do Eixo – d.
EIXOS

DIMENSIONAMENTO:

Engrenagens

Polias
EIXOS

TORQUE NO EIXO:

P
T  
 
T  Torque( N .m)
P  Potência (W )
T  Torque( N .m)  x1000  N .mm
2. .N

60
  Vel.angular(rad / s )
N  Rotação(rpm)
EIXOS

TORQUE NO EIXO:

 Calcule o torque em N.m e N.mm que um motor


transmite a um eixo.
Motor trifásico de 3KW e 1750 rpm.

 Calcule o torque em N.m que um motor 1.4 (50KW)


transmite ao eixo quando este trabalha num regime de
5000 rpm.
EIXOS

POTÊNCIA NO EIXO:

 A potência transmitida por um eixo pode ser


encontrada a partir de princípios básicos. A potência
instantânea para um sistema rotativo é o produto do
torque pela velocidade angular:

SI = W

Onde a velocidade angular é expressa em radianos


por unidade de tempo (rad/s) e o torque em N.m
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Como visto anteriormente, existe elementos de


transmissão (engrenagens, polias, correntes, rodas
entre outros) acoplados ao eixo. Nesses pontos onde
ocorrem os acoplamentos dos elementos e onde este
eixo está apoiado (mancais) deve-se realizar o
levantamento dos esforços para que se possa efetuar
o dimensionamento.
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Tangencial (Ft) - Engrenagem


2.T
Ft  =T/rp =P/.rp
dp
Ft  F .Tangencial(N)
dp  D.primitivo(m)
ou
P Ft
Ft 
vp
vp  V . periférica (m / s )
 .dp.n
vp 
60.1000
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Radial (Fr) - Engrenagem

Fr  Ft. tan 
Fr  F .radial(N)
Fr
  ang. pressão  engrenagens( )


EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Resultante (Fn) - Engrenagem

Fn  Ft 2  Fr 2 Fn

Ft Fr
Fn  ou Fr
cos sen
Fn  F .resul tan te(N) Ft
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Determinar Fn para a seguinte situação:

dp=50mm P=3KW
N=1730rpm
T=?
Ft=?
=20
Fr=?
Fn=?
Motor
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Determinar Fn para a seguinte situação:


P=3KW
N=1730rpm
Ft=662N
Fr=240N
Fn=704N
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Resultante (Fn) – Polia


Para calculo da força resultante em polias, existe a
necessidade de se realizar a soma vetorial de duas
forças (F1-motora e F2-resistiva). Esta soma é igual a
Ft.

n n
dp
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Tangencial (Ft) - Polia


2.T
Ft 
dp
Ft  F .Tangencial(N)
dp  D.polia(m)
Ft
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Resultante (F1, F2) – Polia


Sabemos que:
F1  F 2  Ft
F1
 e  . rad
F2

 rad  
. 

Onde: 180
F1=Força Motora (N), F2=Força Resistiva (N)
e=base dos logaritmos neperianos =e=2,71...
=coeficiente de atrito – polia e correia (adimensional)
  Borracha  0,2  0,8
rad=arco de contato – abraçamento da polia menor (radianos)
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Força Resultante (Fn) – Polia


Desta forma calculamos Fn:

Fn  F12  F 2 2  2.( F1.F 2. cos )

Onde:
Fn=Força resultante (N)
=2.=-180
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Determinar Fn para a seguinte situação:

dp=65mm P=735,5W
N=1730rpm
F1 T=?
Ft=?
173 Fn Borracha
=0,25
F2 rad=?
Motor F1=?
F2=?
Fn=?
EIXOS

ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO:

 Determinar Fn para a seguinte situação:


P=735,5W
N=1730rpm
T=30.P/.N=4,06N.m
Ft=2.T/dp=125N
=0,25
rad=(/180).173=3,02rad
Sistema de equações:
F1/F2=e.rad 1
F1-F2=Ft 2
F1/F2=2,71820,25.3,02
F1=2,13F2
Subst. 1 em 2 = F2=110N e F1=235N
Fn=345N
EIXOS

MOMENTO FLETOR:

 Determinação do momentos fletores nos pontos de


apoio.
Fn
Fx  0
Fy  0
F  
F  
M  0
M   (anti  horário) Apoio A Apoio B
M   (horário)
EIXOS

MOMENTO FLETOR:
Fn V

Apoio A Apoio B

FC +
-

MF +
Mr(max)
EIXOS

MOMENTO FLETOR:

 Exemplo:

Ma  0 704N

180 .Rb  704 .60 60mm 120mm

Rb  235 N
Fy  0 Ra Rb
Ra  Rb  704
Ra  469 N
EIXOS

MOMENTO FLETOR:

 Exemplo:
Parte1
A  Fn  0  x  60
Fc  469 N , M  0 N .mm  X  0
Fc  469 N , M  28140 N .mm  X  60
Parte2
Fn  B  60  x  180
Fc  235 N , M  28140 N .mm  X  60
Fc  235 N , M  0 N .mm  X  180
EIXOS

MOMENTO FLETOR:
V
 Exemplo: 704N

60mm 120mm
H

Ra Rb

FC +
-

MF +
Mr(max)
EIXOS

MOMENTO FLETOR:

 Calcule o momento fletor máximo encontrado no


diagrama:
400N

20mm 80mm

Engrenagem
Mancal Mancal
A B
EIXOS

MOMENTO IDEAL:

 Para calcular o momento ideal:

2 V
a 
Mi  Mr(max)   .T 
2

2  H

Onde:
a=Coeficiente de Bach
EIXOS

COEFICIENTE DE BACH:

 Para calcular o Coeficiente de Bach:

 tadm flexão
a
 tadmtorção
Onde:
Tensões admissíveis (Normalmente fornecidas)-
N/mm², N/m² (Pa)
EIXOS

COEFICIENTE DE BACH:

 r = Tensão de ruptura,  e = Tensão de escoamento,  t = Tensão admissível à tração


 c = Tensão admissível à compressão,  f = Tensão admissível à flexão,  t = Tensão admissível à torção
EIXOS

FATOR DE FORMA:

 Para calcular o fator de forma (b):

b  1  maciço
1 d
b 4
 vazado
d
1  
D
b  1,065  vazado  d / D  0,5 D
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

 Para calcular o diâmetro do eixo:

Mi
d  2,17 3 b.
 tadm flexão
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

 Existem diversas outras formas citadas em bibliografia


de se calcular o diâmetro.

Por exemplo:
1/ 3
 32. fs  
d   . Mr(max)2  T 2 
1/ 2

  . tadm flexão  
ou
Soderberg  conservadora
fs=Fator de segurança, adimensional ex.:1,2-2,5
fs leve, fs moderado e fs pesado.
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

 Calcule o diâmetro do eixo (Utilizar as informações já


calculadas).
Material: ABNT 1035
=50N/mm²
=40N/mm²
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

 Calcule o diâmetro mínimo do eixo (maciço) a ser


projetado. 80N 120N

20mm 50mm 30mm

Mancal Mancal
A B
Material: ABNT 1025
=40N/mm²
=30N/mm²
fs=2,8
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

 Calcule o diâmetro mínimo do eixo (maciço) a ser


projetado.
Motor: 2,6KW

Material:
=35N/mm²
=30N/mm²
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:
mm

mm
F2x
mm

F1x

5KW
F2y
F1y
EIXOS

DIÂMETRO DO EIXO:

Material: ABNT 1035


=50N/mm²
=40N/mm² Fn1 Fn1
Fn1=1,1KN
Fn2=2,2KN

Fn2
A B 7,2 KW
Fn2

A>Fn1=35mm B>Fn1=20mm
A>Fn2=15mm B>Fn2=40mm

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