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Treinando Novos Treinadores

Tarefas Prévias - Módulo IV Marcos


06 a 08 de Agosto de 2012

Cavar/Descobrir – Do Texto ao
Sermão

Visão Rápida
 Qual o relacionamento do pregador com o texto?
 Como que ele escolhe o texto para pregar?
 Como que ele vê o que está neste texto e o comunica de uma forma eficaz?
 Qual o papel da oração neste processo?
 Esta lição tem como alvo responder estas perguntas e dar aos alunos a oportunidade para se
engajar na luta deste processo de ir do texto ao sermão.
Levar
 Considerar o seu papel debaixo da autoridade da Palavra de Deus e diante do povo de Deus.
 Aprender a determinar onde a passagem que ele irá pregar começa e termina.
 Aprender os passos do processo de entender o texto e comunicar o texto, de modo eficaz,
num sermão.
 Estudar a parábola do semeador (Marcos 4.1-20).
 Coração de Deus para o ministério
 Considerar a importância de depender de Deus através da oração durante a tarefa de ir do
texto para o sermão.
 A ver o seu lugar em relação à Palavra de Deus—debaixo da autoridade de Deus e incumbido
de pregar a Sua mensagem.
 Isto nos ajuda a entender a seriedade desta tarefa de ir do texto para o sermão.
Ilustração da bíblia e o pregador - Slides
 Imagine que é domingo.
 O povo de Deus está reunido.
 O pregador se levanta para pregar.
 Agora, eis a questão:
 Aonde ele se posiciona em relação ao texto?
 1ª ilustração: desenhe uma Bíblia no quadro e espere por uma resposta.
 2ª Ilustração – Uma pessoa atrás da Bíblia
 A maioria diria que ele está atrás do texto
 Pois é isto que observam do lugar onde estão sentados.
 3ª Ilustração – uma pessoa debaixo da Bíblia
 Porém, na verdade ele está debaixo do texto pois está debaixo da autoridade de Deus e
incumbido de comunicar a Sua mensagem ao Seu povo.
 O relacionamento é mais ou menos assim:
 Ilustração 3: apague a pessoa e desenhe outra em baixo da Bíblia.
 Desenhe duas flechas: uma do texto ao pregador e outra do pregador ao povo.]
A tarefa de ir do texto para o sermão envolve. . .
1ª relacionamento do Pregador com o Texto;
2ª o relacionamento do pregador com o Povo.
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• Mesmo que o pregador se posicione atrás do púlpito, ele está debaixo da Palavra de Deus e
diante do povo de Deus.
 Ele está debaixo da autoridade de Deus e foi incumbido de comunicar a mensagem de Deus ao
povo de Deus.
 Jeremias 1.6–9: “ 6 Então disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino. 7 Mas o
SENHOR me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te
mandar, falarás. 8 Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. 9 E estendeu o
SENHOR a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. ”

 2 Timóteo 4.1–2: “ 1 CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os
vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, 2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de
tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. 3 Porque virá tempo
em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores
conforme as suas próprias concupiscências.”

Escolher um Texto para Pregar.


 Para poder determinar onde o texto, sobre o qual irá pregar, começa e termina. . .
1ª Conheça o Texto.
– Leia o livro para saber como as partes menores se encaixam com o quadro maior.
– Identifique os intervalos naturais do texto onde o autor faz a transição de uma idéia para outra.
– Leia o contexto para entender o fluxo de pensamento e como a história ou a matéria de desdobra
2ª Se conheça.
 Saiba quanto do texto você é capaz de explicar adequadamente no tempo que terá.
 Uma passagem maior significa que você terá que andar rapidamente pelo texto.
 Uma menor significa que você poderá gastar tempo nos detalhes.

Ver o que está no texto e o comunicar de uma forma eficaz.


 A boa pregação requer. . .
• Primeiro, ver o que está no texto.
– Este primeiro passo está centrado no entendimento do texto através de esforço e estudo
cuidadoso.
– Este passo tem como objetivo entender o que a passagem está dizendo e o que ela significava
para os ouvintes originais.
– Envolve ler, ler novamente, investigar palavras ou frases chaves, e fazer um esboço do fluxo de
pensamento de uma passagem antes de buscar ajuda em comentários ou Bíblias anotadas.

Então, comunicar o texto aos ouvintes de uma forma eficaz.


– Expresse a Grande Idéia em uma frase resumida e clara.
– Expresse o alvo do seu sermão em uma frase
– Forme os pontos principais da mensagem que irão direcionar os ouvintes a um entendimento da
Grande Idéia.
– Faça isto apontando para as idéias principais do texto e para o fluir de pensamento que conecta
estas idéias.
– No seu sermão, explique cada ponto conectando-o à Grande Idéia, às palavras do texto e às vidas
dos ouvintes.
– Use ilustrações para ajudar os ouvintes a compreenderem um ponto que você expressou.
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– Use a conclusão para resumir o que ensinou e para expressar qual seria a resposta apropriada da
parte dos ouvintes.
– Prepare a introdução por último. Esta introdução deve atiçar o interesse dos ouvintes e deve
fazê-los querer ouvir, levantando alguma questão que será respondida pela Palavra de Deus
através do seu sermão.
O Princípio na Prática

CONTEXTO MAIOR DE MARCOS


Evangelho (Boas novas) Mc. 1.1,14,15

KERIGMA PROCLAMAÇÃO AOS PECADORES

Evangelho (Boas novas)

DIDASKALIA ENSINO AOS DISCÍPULOS Mc. 1.21,22

PROPOSTA DA PROCLAMAÇÃO E ENSINO


JESUS CRISTO FILHO DE DEUS REINO DE DEUS ARREPEDIMENTO

ISSO É FEITO EM MEIOS A OPOSIÇÕES


OPOSIÇÕES

(POLÍTICAS – RELIGIOSAS – DEMÔNIOS – POVO – DISCÍPULOS)

* Confissão de Pedro (8.29)


Pedro * 15.39
* Filho de Deus
Cristo (Centurião Romano)
Servo Sofredor (Is.53)
Messias – Rei
(Dn.7.13-14)
Filho do Homem

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* Mc.1-10 * Mc.10.45 * Mc.11-16

SERVO (GALILEIA – PEREIA) (MISSÃO) SACRIFÍCIO(JERUSALÉM 8 DIAS)

{ Arrependimento/fé crê} {Vida/proclamação/ensino} {Humilhação/Exaltação}

 Vendo o Que Está no Texto e Comunicando-o de uma Forma Eficaz

Marcos 4.1–20
Contexto
 Marcos narra a proclamação inicial do reino de Deus
 A reação que esta proclamação criou.
 Esta reação foi surpreendentemente variada:
 Entusiasmo e compromisso dos primeiros seguidores (núcleo dos Doze);
 A conspiração dos fariseus e herodianos para destruir Jesus;
 A blasfêmia final dos escribas; (atribuíram esta nova ação de Deus ao diabo).
 Ceticismo da família de Jesus;
 A perplexidade daqueles que veem as práticas de Jesus como sendo fora das normas religiosas
existentes (2.18);
 O entusiasmo superficial dos que o seguem esperando serem curados;
 O reconhecimento e a grande e crescente multidão que segue Jesus por qualquer motivo;
 Mas, todas são reações à mesma mensagem e aos mesmos atos de Jesus.
 Como que as pessoas podem reagir de formas tão diferentes?
 Se a proclamação do reino de Deus são “boas novas”, por que não está sendo abraçada
universalmente?
 Se os demônios estão certos em reconhecer Jesus como o Filho de Deus. . . como pode ser que
estes que mantém posições de autoridade entre os homens não O reconhecem como tal e, até
pior, o dispensam como satânico. . . ? São perguntas como estas que o discurso seguinte
procura responder.
A GRANDE IDÉIA:
 Jesus revela o mistério por detrás das parábolas e porque as pessoas reagem de
formas diferentes ao evangelho.
A FRASE QUE EXPRESSA O ALVO:
Eu quero que os ouvintes (1) considerem a sua reação pessoal ao ensino de Jesus e sejam
cuidadosos em como ouvem as Suas palavras (“Quem tem ouvidos, ouça”), e (2) entendam porque
pessoas diferentes terão reações diferentes à proclamação do evangelho.
PONTOS PRINCIPAIS:
EXPLICAÇÃO DOS PONTOS PRINCIPAIS:
 Jesus ensina a parábola dos solos.
 – Uma visão geral do contexto de Marcos até este ponto: Jesus proclama as boas novas do
reino, e a reação a Jesus e à Sua mensagem é variada.
 – Com esta cena, vemos pela primeira vez um quadro maior de como era o ensino de Jesus.
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 – Jesus ensina muitas coisas através de parábolas (4.33, neste ponto poderia haver uma
explicação mais completa do que eram parábolas e porque eram usadas).
 – Jesus ensina uma parábola em particular: a parábola dos solos.
 – Jesus não dá uma explicação e isto levanta perguntas.
 Jesus explica o Seu uso de parábolas.
– A pergunta é feita para Jesus “acerca das parábolas”. Por que Jesus as usava no Seu ensino?
– Jesus descreve um grupo e um efeito: “A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus”.
⇤ Quem são “vocês”? Não apenas os Doze; Ele estava falando à multidão que se reuniu ao seu
redor — aqueles que já tinham ouvido Jesus e queriam ouvir mais.
⇤ Como que o mistério foi “dado”? Através da explicação dada por Jesus (4:34).
– Jesus descreve outro grupo e outro efeito: “mas aos que estão fora, tudo é dito por parábolas.”
– O resultado do segundo efeito está descrito no versículo 12 com uma citação de Isaías 6:10 (e
aqui, uma explicação de como o ministério de Jesus era paralelo ao ministério de Isaías e em
algum sentido cumpriu o ministério de Isaías e a reação à sua mensagem.)
– Parábolas chamam atenção e distinguem os tipos diferentes de ouvintes à mensagem sobre o
governo e o reino de Deus.
 Jesus explica a parábola dos solos.
– Jesus revela porque existem reações variadas e diferentes à Sua mensagem.
– Jesus descreve o solo bom como sendo aqueles que “ouvem a palavra, aceitam-na e dão fruto.”
– A última descrição de ouvir abre os nossos olhos à ênfase em ouvir repetida em cada parte da
passagem: “Ouçam!” (versículo 3); “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!” (versículo 9); “ainda
que vejam, não percebam, ainda que ouçam, não entendam” (versículo 12); o bom solo representa
aqueles que “ouvem a palavra, aceitam-na e dão fruto” (versículo 20).
APLICAÇÃO:
A aplicação deve seguir o alvo:
1. Ao considerarmos a nossa reação pessoal às palavras de Jesus, queremos olhar para dentro e
perguntar que tipo de solo somos. Você é um solo duro? Você tem ouvidos para ouvir?

2. Ao sairmos para proclamar o evangelho, devemos reconhecer que haverá reações diferentes ao
evangelho, e sendo assim, não devemos nos desanimar. Se as pessoas não respondem, não é culpa
da semente. Não há nada de errado com a Palavra de Deus. A diferença será no solo e devemos
encorajar os perdidos a serem cuidadosos em como ouvem a Palavra de Deus. Nós mesmos
podemos ser encorajados, sabendo que haverão alguns que irão responder e dar fruto. Então
devemos continuar a pregar fielmente a mensagem.
A Importância da Oração
 Na tarefa de ir do texto para o sermão, a importância da oração deve ser enfatizada.
 Se vidas serão transformadas através das nossas pregações, será somente pela ação de Deus.
Temos que depender dele em oração.
• Ore ao se preparar.
• Ore continuamente durante todo o processo.
• Ore ao terminar.
• Ore ao pregar o seu sermão.
• Ore por si mesmo e pelos seus ouvintes.
• Ore para que você preste atenção às advertências, creia nas promessas, ouça os encorajamentos
e siga os mandamentos.

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• Ore para que você creia no evangelho, hoje, de uma forma mais profunda e completa do que
ontem.
• Ore para que Deus tire os corações de pedra e os troque por corações que vivem e respiram a
Sua vida.
• Ore como se as vidas—sua e de seus ouvintes—dependessem disso. Pois, realmente dependem.
“De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava.”
Marcos 1.35

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