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Faculdade de Ensino Superior de Floriano – FAESF

Curso: Bacharelado em Farmácia

Disciplina: Bioquímia I

Professora: Roberta Santana

CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNAS

Reação de Biureto

Gabriela Alves Ferreira

José Wilson de Oliveira Carvalho Júnior

Louise Cristina Freitas Saraiva

Thiago Morais Silva

Floriano – PI

Março/2012

1 INTRODUÇÃO

As proteínas são as macromoléculas mais abundantes nas células vivas. Elas ocorrem em
todas as células e em todas as partes destas. As proteínas também ocorrem em grande
variedade; milhares de diferentes tipos, desde peptídeos de tamanho relativamente pequeno
até enormes polímeros com pesos moleculares na faixa de milhões, podem ser encontrados
em uma única célula. (LEHNINGER, 2002)

A detecção de proteínas em materiais biológicos envolve reações específicas com


determinados reativos, os quais originam substâncias coloridas que absorvem luz na região
visível, permitindo a sua quantificação.

Dentre os métodos utilizados, situa-se o método do biureto, que é baseado na reação do


sulfato de cobre em meio alcalino (reativo do biureto), com proteínas e peptídeos. O nome do
método provém do fato de que a uréia aquecida dará reação positiva, com desprendimento de
amônia.
O reativo de biureto é uma solução de sulfato de cobre (CuSO 4) e tartarato duplo de sódio e
potássio (KNaC4H4O6) que ao reagir com os íons cúpricos, forma um produto de coloração
violáceo. Esse reativo é utilizado na identificação de compostos protéicos, pois as ligações
existentes na molécula de biureto são semelhantes às ligações peptídicas na formação de
proteínas.

A reação do biureto é positiva para proteínas e peptídeos com três ou mais resíduos de
aminoácidos. A reação é também positiva para substâncias que contêm duas carbonilas (-
CONH2) ligadas diretamente ou através de um único átomo de carbono ou nitrogênio.
Dependendo da complexidade da proteína ou do peptídeo em questão, a cor do produto de
reação a presença do biureto varia substancialmente: proteínas dão coloração violeta,
peptídeos dão coloração rosa. Quanto maior for a quantidade de proteínas no meio maior será
a intensidade de cor.

2 OBJETIVO

Caracterizar a presença de proteínas em material biológico através da reação do biureto.

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

 Enumerou-se os tubos de ensaio de 1 a 4 de acordo com a tabela abaixo;

Tabela 1

Tubos de ensaio Amostras (2 mL)

1 Água destilada

2 Leite

3 Clara de ovo

4 Gema de ovo

 Adicionaram-se 1 mL de solução de biureto, depois 1 mL de solução de hidróxido de


sódio (NaOH) aos respectivos tubos de ensaio;

 Observaram-se as colorações apresentadas após o final das reações.

4 RESULTADOS

Tabela 2
Amostras (2
Tubos de ensaio Biureto (1 mL)NaOH (1 mL)
ml)

1 Água destilada Azulado Azulado

2 Leite Violeta Violeta

3 Clara de ovo Violeta Violeta

4 Gema de ovo Violeta Violeta

Fonte: Laboratório de bioquímica – FAESF

5 DISCUSSÃO

O reagente de biureto com sulfato de cobre possui coloração azul. Se o cobre forma um
complexo com os aminoácidos, estabelecendo interações com os átomos de nitrogênio da
cadeia peptídica ele obtém coloração violeta. Quanto maior for à quantidade de proteínas,
maior será a intensidade da cor.

Interação ligação peptídica / Cu2+

Dessa forma e conforme os dados da tabela 2, concluiu-se que a as amostras 2, 3 e 4,


contendo respectivamente leite, clara e gema de ovo, foram positivas para a presença de
proteínas, fato comprovado devido à coloração violácea obtida ao reagirem com o biureto.

O leite de vaca é constituído de proteínas em um percentual que varia de 3,3 a 3,5% e as


principais são a caseína, aβ-lactoglobulina e a α-lactoalbumina. Segundo Madrid et al (1996), a
composição centesimal de proteína em um ovo de galinha é de 16 – 17 % na gema e de 10,6 –
10,9 % na clara, sendo que um ovo de tamanho médio possui de 7,8 a 8 g de proteínas.
Entretanto, a solução de água destilada (amostra 1) submetida ao mesmo procedimento
apresentou coloração azulada, provavelmente devido à alcalinização do sulfato de cobre.

A reação de biureto não aconteceria se ocorresse a hidrólise das proteínas das amostras 2, 3 e
4, pois não haveriam mais ligações peptídicas, e são essas ligações que caracterizam a
coloração violeta da reação.

6 CONCLUSÃO

Ao interpretar os resultados obtidos com essa reação percebemos que todas as proteínas
reagem intensamente de forma semelhante, nas mesmas condições.

Referências

LEHNINGER, A.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 2ª Ed. Sarvier


Editora. São Paulo, 2002.

SGARBIERI, V. C. Revisão: Propriedades Estruturais e Físico-Químicas das Proteínas do


Leite. Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 43-56, jan./mar., 2005.

<http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/proteina
s.htm> Acesso em: 19 mar. 2012.

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