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SMITH
Javad HASHEMI
FUNDAMENTOS
DE ENGENHARIA
e Ciência
dos Materiais
S663f Smith, William F.
Fundamentos de engenharia e ciência dos materiais
[recurso eletrônico] / William F. Smith, Javad Hashemi ;
tradução: Necesio Gomes Costa, Ricardo Dias Martins de
Carvalho, Mírian de Lourdes Noronha Motta Melo. – 5. ed.
– Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2012.
CDU 62
Tabela 6.5
Constantes da relação de Hall-Petch para materiais selecionados.
s0 K
(MPa) (MPa ? m½ )
Cu 25 0,11
Ti 80 0,40
Alteração da forma dos grãos devido à deformação plástica Consideremos a deformação plás-
tica de amostras recozidas9 de cobre que apresentam uma estrutura de grão equiaxial. Por deformação
plástica a frio, os grãos sofrem distorção uns em relação aos outros, devido à criação, movimento e rear-
ranjo das discordâncias. Na Figura 6.41, mostram-se as microestruturas de amostras de placa de cobre
que foram laminadas a frio, sofrendo reduções de 30 e 50%, respectivamente. Observe que, à medida
que a deformação a frio aumenta, os grãos ficam mais alongados segundo a direção de laminação, de-
vido ao movimento de discordâncias.
Alteração do arranjo das discordâncias devido à deformação plástica Na amostra de cobre com
30% de deformação plástica, as discordâncias formam uma estrutura celular com regiões claras no
centro das células (Figura 6.42a). Com o aumento da deformação plástica a frio para 50% de redução, a
estrutura celular se torna mais densa e alongada segundo a direção de laminação (Figura 6.42b).
Conforme mostram as fotomicrografias apresentadas na Figura 6.42, obtidas por microscopia eletrô-
nica, a densidade das discordâncias aumenta à medida que se intensifica a deformação a frio. O meca-
9As amostras recozidas foram deformadas plasticamente e, em seguida, reaquecidas até se formar uma estrutura de grão em
Figura 6.39
Alumínio policristalino deformado plasticamente. Note-se que as bandas de
escorregamento são paralelas no interior do grão, mas que há descontinuidade nos
contornos. (Ampliação 60.)
(G.C. Smith, S. Charter and S. Chiderley da Cambridge University)
Figura 6.40
Discordâncias empilhadas em um contorno de grão, observadas em uma
folha fina de aço inoxidável utilizando microscopia eletrônica de transmissão.
(Ampliação 20.000.)
(Z. Shen, R.H. Wagoner and W.A.T. Clark, Scripta Met., 20: 926 (1986).)
nismo exato pelo qual a densidade de discordância aumenta devido à deformação a frio não está ainda
perfeitamente compreendido. Devido à deformação a frio, novas discordâncias surgem e irão interagir
com as já existentes. Como a densidade de discordâncias aumenta com a deformação, o movimento
delas se torna cada vez mais difícil por meio da “floresta de discordâncias”. E, então, o metal encrua,
isto é, endurece por deformação devido ao aumento das discordâncias.
182 Fundamentos de Engenharia e Ciência dos Materiais
(a) (b)
Figura 6.41
Fotomicrografias obtidas no microscópio óptico de estruturas deformadas em amostras de cobre que
foram laminadas a frio sofrendo reduções de (a) 30% e (b) 50%. (Reagente: dicromato de potássio;
Ampliação 300.)
(J.E. Boyd in “Metals Handbook”, vol. 8: “Metallography, Structures, and Phase Diagrams”, 8. ed., American Society for Metals, 1973,
p. 221. Reimpresso com permissão de ASM International. Todos os direitos reservados. www.asminternational.org.)
(a) (b)
Figura 6.42
Fotomicrografias obtidas no microscópio eletrônico de transmissão de estruturas deformadas em
amostras de cobre que foram laminadas a frio sofrendo reduções de (a) 30% e (b) 50%. Note-se que
estas fotomicrografias obtidas no microscópio eletrônico correspondem às fotomicrografias da
Figura 6.41 obtidas no microscópio óptico. (Folhas finas; Ampliação 30.000.)
(J.E. Boyd in “Metals Handbook”, vol. 8: “Metallography, Structures, and Phase Diagrams”, 8. ed., American Society for Metals, 1973,
p. 221. Reimpresso com permissão de ASM International. Todos os direitos reservados. www.asminternational.org.)
Limite de resistência à tração e limite de escoamento (MPa)