CONTROLE GLICÊMICO PARA PORTADORES INSULINO DEPENDENTES

GLYCEMIC CONTROL FOR INSULIN DEPENDENT CARRIERS

RESUMO

Objetivo: identificar, perante a literatura disponível, de que forma é feito o controle glicêmico
em portadores de DM II, e como questão norteadora responder de que forma é realizada o
controle glicêmico, para portadores Insulino dependentes. Métodos: trata-se de um estudo
quantitativo baseado em pesquisa com base de dados bibliográficos compreendendo o período
de 2004 a 2014, buscando através da literatura confrontar os diversos trabalhos encontrados no
intuito de dar embasamento ao trabalho atual. Resultados: verificou-se que os desafios
observados são inúmeros, tais como as dificuldades dos usuários e dos próprios trabalhadores
de saúde em conduzirem cuidados que sejam mais integrais e permeados pela autonomia dos
sujeitos. Para alguns usuários ainda existem muitas dúvidas e, por vezes, receios em manusear
os materiais e fazer o automonitoramento glicêmico. Conclusão: faz-se necessário somar
esforços de todos os envolvidos nas ações da atenção à saúde básica no intuito de obter
resultados positivos aos tratamentos aplicados aos pacientes de diabetes, como também a
necessidade de trazer os doentes ao programa na intenção de obter resultados positivos, isto
porque hoje não temos respostas por falta de clientes nos programas o que leva a precariedade
do sistema.
Palavras Chaves: Diabetes Mellitus, Insulinodependentes, Diabetes Tipo II.

ABSTRACT

Objective: to identify, in the available literature, how glycemic control is done in patients with
DM II, and as a guiding question to answer how glycemic control is performed for insulin
dependent patients. Methods: This is a quantitative research-based study based on
bibliographical data covering the period from 2004 to 2014, searching through the literature to
compare the various works found in order to support the current work. Results: it was verified
that the challenges observed are innumerable, such as the difficulties of the users and the health
workers themselves in conducting care that is more integral and permeated by the autonomy of
the subjects. For some users there are still many doubts and sometimes fears in handling the
materials and doing the glycemic self-monitoring. Conclusion: it is necessary to add efforts of
all those involved in the actions of basic health care in order to obtain positive results to the
treatments applied to diabetes patients, as well as the need to bring patients to the program with
the intention of obtaining positive results, because today we do not have answers due to lack of
clients in the programs, which leads to the precariousness of the system.

Key Words: Diabetes Mellitus, Insulin Dependent, Diabetes Type II.

INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus é visto como uma doença silenciosa no inicio, mas que traz
consequências, às vezes, irreversíveis ao seu portador. Sendo uma doença que mais afeta
pessoas em todo o mundo, a maioria destas ainda não possuem o conhecimento a acerca de seu
próprio diagnostico, sendo assim, por muitas vezes os sintomas e complicações da doença
quando se apresentam podem ser graves (BARBOSA e CAMBOIM, 2016).
Consiste de uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente do decréscimo na secreção
de insulina ou, também, da incapacidade da insulina em exercer de maneira adequada seus
efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, frequentemente acompanhada de
dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial (TOSTA et al., 2018; PETERMANN
et al., 2015; MELO, 2006).
Há diversos tipos de Diabetes, no entanto dois tipos são mais comuns, estudados e
divulgados, que são o Diabetes Mellitus tipo 1 e o Diabetes Mellitus tipo 2. O tipo 1 caracteriza-
se pela destruição de mais de 90% das células que produzem insulina, assim o pâncreas produz
pouca, ou nenhuma insulina. Já o tipo 2, apesar do pâncreas produzir insulina normalmente, o
organismo desenvolve resistência aos efeitos da insulina e, como resultado, a insulina existente
não é suficiente para as necessidades do organismo. Neste trabalho vai ser dada ênfase ao
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2).
Observa-se que a prevalência de Diabetes Mellitus está sofrendo um aumento em função
do crescimento e do envelhecimento populacional, maior urbanização, crescente prevalência da
obesidade, sedentarismo e maior sobrevida do paciente diabético (CONFORTIN et al., 2018;
da SILVA et al. 2017).
É importante que o paciente portador de DM2, inicie o tratamento logo após
diagnosticado a patologia, tal como mudanças de hábitos de vida e, agentes orais, e em alguns
casos a insulinoterapia, a qual poderá ser definitiva ou temporária.
A Diabetes Mellitus tipo II (DM2) é responsável por 90 a 95% dos casos de indivíduos
acometidos com Diabetes, frequentemente diagnosticada após os 40 anos de idade. É causada
por uma ineficiência na secreção e ação da insulina. Há um maior risco de a DM2 com o
aumento da idade, excesso de peso, sedentarismo e, frequentemente, há uma associação com
hipertensão arterial e dislipidemia (ABREU, 2017; GROSSI e PASCALI, 2009).
Diante das vivências prévias, observa-se que a baixa disponibilização de informações
referente à insulinoterapia, vislumbra-se em uma falta de conhecimento por parte do paciente
sobre a patologia da doença, fazendo assim administração de insulina de forma errada
agravando assim a sua saúde.
Assim, acreditamos que identificar as formas de controle glicêmico em portadores de
DM2, é cientificamente relevante, porque permitirá conhecer os resultados obtidos em pesquisa
que apresentam estudos sobre a temática sobre a importância da administração correta de
insulina.
Neste aspecto o seguinte questionamento foi proposto para nortear esse trabalho: de que
forma é realizada o controle glicêmico, para portadores Insulino Dependentes? Em
conformidade tem como objetivo: identificar perante a literatura disponível, de que forma é
feito o controle glicêmico em portadores de DM2.

METODOLOGIA
Trata-se de estudo de cunho qualitativo, descritivo e exploratório. Os estudos
qualitativos possuem a característica de observar e analisar os fatos sem, no entanto, manipulá-
los, podendo ser entendidos como uma tentativa de uma compreensão detalhada dos
significados e características situacionais, podendo responder a questões de caráter particular
(GIL, 2002). Sendo assim, acreditamos que esta abordagem contribuirá para o alcance dos
objetivos propostos para o estudo, já que o mesmo abordará questões de ordem cognitiva que,
dificilmente poderiam ser levantadas através de métodos quantificáveis.
Esta pesquisa seguiu o método de revisão bibliográfica, uma vez que se vale de ideias
pré-concebidas, formuladas e já publicadas para reafirmação e consubstanciação do material
exposto. Deste modo, buscou-se um banco de dados virtual, denominada Biblioteca Virtual em
Saúde-BVS mais especificamente no LILACS, extraindo artigos de outras bases inseridas nesta
maior, aonde encontramos diversos artigos abordando o assunto em questão. Tendo como
fontes de pesquisas: LILACS, SCIELO, BVS, BIREME entre outros. Neste estudo, os dados
serão abstraídos da internet, no período de 2004 a 2014, utilizando-se os descritores Diabetes
Mellitus, Insulinodependentes.
Além deste banco de dados, utilizamos o site do Ministério da saúde, de onde nos foram
disponibilizados alguns manuais técnicos pertinentes ao tema e também nos apropriamos de
livros.
 Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, de forma gratuita, no
idioma português e que tratassem dos assuntos descritos acima, assim como ser pesquisa
voltada para a idade adulta. Os critérios de exclusão foram: artigos cobrados financeiramente
para acesso virtual, em outro idioma que não fosse o português, e que abordassem a temática
de forma generalizada.
Este estudo, de natureza qualitativa, se caracterizou por ser de revisão sistemática
integrativa da literatura no qual serão utilizadas bases de dados no qual serão selecionadas as
palavras-chaves como eixo norteador. Cada grupo de palavras foi utilizado no esquema de
cruzamento com entrada de dois ou três por vez.
Cada trabalho em potencial passou por uma primeira leitura a partir do resumo (ou
abstract). Após esta leitura, foram selecionados os arquivados de interesse. Com uma nova
leitura identificou-se os objetivos, a metodologia, os resultados e a conclusão alcançados.
Foram encontrados 25 artigos entre os anos de 2000 a 2013, a partir do titulo e critérios
utilizados ficaram apenas cinco, que foram selecionados e utilizados para a resolução do
problema proposto e então enquadrados no objetivo desta pesquisa.
Apesar de se tratar de uma revisão literária o instrumento de pesquisa foi encaminhado
para análise de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) por meio da Plataforma Brasil que após
liberação e aprovação será desenvolvido o artigo.
Com base na leitura e análise dos artigos selecionados, definiram-se algumas ideias
principais para a análise dos resultados, sendo as seguintes: os problemas oriundos da DM2; o
tratamento por meio insulina; e o autocuidado.
Essas ideais principais foram esclarecidas no referencial teórico, que utilizou como base
a literatura disponível. No quadro abaixo estão dispostos ás informações inerentes aos artigos
selecionados, que foram utilizados para a análise da pesquisa e para fazer o cruzamento das
informações encontradas.
Quadro 1 – Dados dos artigos selecionados

Título Autor (es) Objetivos Metodologia Resultados Conclusão

A educação em Pamela Miwa Melhorar a adesão das Foram utilizadas No total de VD A experiência vivenciada
saúde no Matsumoto, pessoas com diabetes estratégias de educação realizadas, verificou-se pelas alunas de graduação
Cuidado de usuários Alessandra Rosa mellitus e em saúde em grupos que: nas atividades de Extensão
do Programa Biaggi Barreto, insulinodependentes, educativos e visitas • 12 usuários Universitária propiciou
Automonitoramento Karen Namie de uma Unidade Básica domiciliares, assim, apresentavam outra um diferencial na
Glicêmico Sakata, Yara de Saúde e Contribuir possibilitando cuidados doença crônica, entre formação profissional
Maria na reorganização do mais singulares. Dados as quais destacam-se como futuras
do Couto processo de trabalho dos usuários foram hipertensão arterial e trabalhadoras de saúde.
Siqueira, Elma em relação ao organizados em planilha problemas cardíacos; Pode agregar
Lourdes Campos Programa na unidade e em pastas para as • 11 não realizavam conhecimentos e despertar
Pavone Zoboli, equipes de Saúde da atividades físicas para a importância de
Lislaine Família regulares; cuidados pautados na
Aparecida • 13 consideravam sua educação em saúde, em
Fracolli alimentação saudável, especial em condições de
referindo, doenças crônicas. Espera-
principalmente, o se também que este
aumento na ingestão de
 frutas e verduras e a Projeto de Extensão possa
diminuição da ingestão contribuir para um
de carboidratos e contínuo repensar do
açúcares; e processo de trabalho capaz
• 10 referiram enfrentar de produzir ações em
dificuldades por ter saúde mais emancipatórias
DM, tais aos trabalhadores de saúde
como dificuldade em e aos usuários
manter a alimentação insulinodependentes
adequada, envolvidos no Programa
problemas de visão e Automonitoramento
deambulação Glicêmico na UBS.
decorrentes do DM
descompensado.
Demonstrar a O presente trabalho Conclui-se que a Esta vivência
Orientação sobre Nilsen Cristiane importância da relata a experiência utilização do telefone proporcionou um
Autoaplicação de Bastos do educação em saúde obtida durante como estratégia de conhecimento maior sobre
Insulina na Unidade Nascimento oferecida pela equipe observação de uma acompanhamento em a patologia e ficou
Básica de Saúde Gomes de profissionais que consulta de enfermagem saúde tem beneficiado evidente que por menor
acompanham as pessoas que não podem que seja o recurso
Jardim Itú: Relato Orientador: necessidades do na Unidade Básica de ou não querem disponível no momento da
de Experiência Maristela Vargas usuário, em especial a Saúde frequentar consultas. consulta, se o profissional
Losekann enfermagem, na Ele aproxima o usuário tiver interesse pela adesão
Co-Orientador: orientação e adesão aos do serviço de saúde, ao tratamento do usuário,
Luciane Berto cuidados referentes à proporcionado um tem como fazer de uma
Benedetti insulinoterapia. tempo maior para maneira criativa todo o
esclarecimentos de processo de orientação.
dúvidas que, muitas Detalhes que faz a
vezes, não são sanadas diferença na evolução.
nas consultas médicas
dado a curta duração.

Vivências em Ricardo Castanho Conhecer as práticas de Trata-se de um estudo A Sociedade Brasileira As manifestações dos
Família das Moreira, Carolina cuidados relacionadas descritivo exploratório. de Diabetes Mellitus pacientes e familiares
Necessidades de Fordelone Rosa com insulinoterapia e O instrumento utilizado define como estratégia acerca dos aspectos que
Cuidados Cruz, Elizabeth prevenção de lesões em na coleta de dados foi o para o controle do bom interferem no controle do
Referentes à Amâncio De membros inferiores formulário nível glicêmico, a nível glicêmico desejável e
Insulinoterapia e Souza Da Silva adotadas por familiares semiestruturado, educação e o apoio na prevenção de
Prevenção do pé Valsecchic de pessoas com elaborado pelos autores familiar. Portanto, complicações em
Diabético. Diabetes mellitus com base nos objetivos
Sonia Silva do estudo. Os aspectos a atuação profissional decorrência dessa
Marcond relacionados ao controle deve permitir aos patologia permitiram
do DM e cuidados com pacientes e seus identificar aspectos
os pés, foram extraídos familiares assumirem positivos e negativos do
de instrumento utilizado seus próprios caminhos, relacionamento familiar
em outro estudo(13) com crescer, amadurecer, permeando estas
adaptações quanto aos encontrar consigo condições.
cuidados específicos à mesmo, respeitando
insulinoterapia suas idéias e o
conduzindo a uma
cotidianidade na qual
ele tome decisões
ligadas com suas
possibilidades de viver
com DM
Como e Quando Karla F.S. de Fornecer condutas Trata-se de um estudo O tratamento de Os especialistas de outras
Usar Insulina no Mello práticas para o início e bibliográfico qualitativo. portadores de DM2 com áreas de conhecimento e
Paciente com progressão da insulina oferece clínicos generalistas
Diabetes Mellitus insulinoterapia para vantagens em relação à devem capacitar-se para a
Tipo 2. portadores de DM2. eficácia e desfechos identificação da
clínicos. Entretanto, o necessidade de início da
receio de hipoglicemias, insulinoterapia e
por parte dos pacientes e adequação desta terapia
prescritores, dificultam para cada fase da
o início da terapia com deficiência secretória
insulina para esses evolutiva dos portadores
pcientes. de DM2.

Administração de Carla Regina de Fazer revisão literária Pesquisa bibliográfica. Considerando-se que os O embasamento para o
Insulina: uma Souza; Maria sobre administração de benefícios da preparo das equipes
abordagem Lúcia Zanetti. insulina, com ênfase insulinoterapia para o multiprofissionais deve ser
fundamental na nos temas: ações de portador de diabetes, pautado primordialmente
educação em insulinas, houve a necessidade em investigações
Diabetes. complicações cutâneas, urgente, por parte de científicas. Portanto,
uso de instrumentais alguns serviços, de pesquisas devem ser
para a aplicação de treinamentos e conduzidas por
insulina, a seringa reciclagem dos enfermeiras e outros
descartável e sua profissionais da saúde profissionais acerca desta
reutilização e a técnica em relação à educação temática.
de aplicação de em diabetes.
insulina, temas
abordados em
programas educativos
em diabetes

Fonte: Dados coletados das bases científicas pelo autor

DISCUSSÕES E RESULTADOS
De acordo a literatura analisada de Matsumoto et al (2012)10 o controle glicêmico
entre os portadores insulino dependentes é realizado através do monitoramento glicêmico
(AMG), essa proposta foi analisada após realizarem oficinas através do projetos de
extensão onde os resultados demonstraram ser satisfatórios para trabalha com
insulinodependentes monitorado.
Foi verificado no artigo, que para realizar o controle glicêmico dispõem-se de
diversos métodos terapêuticos, que incluem atividades físicas regulares, alimentação
balanceada e acompanhamento com equipe interdisciplinar de saúde. Além disso, quando
necessário, tais ações estão interligadas à terapêutica medicamentosa, dentre elas o uso
regular de insulina (MATSUMOTO, 2012).
Os autores apontam também em seu estudo os benefícios associados ao
autocontrole glicêmico por fornecer aos usuários e aos trabalhadores de saúde parâmetros
para avaliarem a sua eficácia e a necessidade de ajustes (KESSLER et al., 2018).
O presente artigo visou verificar as ações de educação em saúde como estratégia
para melhorar a adesão das pessoas com diabetes mellitus e insulinodependentes, de uma
Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo, a Programa Automonitoramento
Glicêmico.
Para tanto, foram obtidos dados na experiência vivenciada no projeto de extensão
no período de 2010 e 2011. Dados estes que foram organizados em planilha e em pastas
para as equipes de Saúde da Família, facilitando na identificação dos usuários, inclusive
os faltosos, e auxiliando na descentralização do cuidado, podendo assim, realizar a analise
do estudo.
Após realizada a análise, chegou-se à conclusão de que é muito importante fazer
um estudo onde verificou-se o controle glicêmico em portadores de diabetes mellitus, no
entanto os desafios observados também são inúmeros, tais como as dificuldades dos
usuários e dos próprios trabalhadores de saúde em conduzirem cuidados que sejam mais
integrais e permeados pela autonomia dos sujeitos. Para alguns usuários ainda existem
muitas dúvidas e, por vezes, receios em manusear os materiais e fazer o
automonitoramento glicêmico.
Em outro estudo, verificou-se que Gomes (2013) visualiza de forma diferenciada,
diz que a realização de consultas acaba se tornando contratempos para efetuar um
tratamento adequado, defende a importância do uso do telefone como meio de estabelecer
contato no intuito de transpor as informações inerentes ao tratamento.
O trabalho de pesquisa da autora teve por objetivo demonstrar a importância da
educação em saúde oferecida pela equipe de profissionais que acompanham as
necessidades do usuário, em especial a enfermagem, na orientação e adesão aos cuidados
referentes à insulinoterapia (GOMES, 2013).
Para realizar a pesquisa, foi intitulada uma experiência, que foi relatado o
atendimento à pacientes com tratamento insulínico, mostrando o processo de orientação
e explicação sobre o que é o Diabetes Mellitus, o que é insulina e qual a sua função em
nosso organismo, o que a ausência ou deficiência da mesma causa em nosso corpo
(complicações e reações adversas ao uso), a maneira correta de aspiração e aplicação,
locais apropriados para a administração da medicação, a importância do rodízio de
aplicação e local adequado para o descarte do material utilizado na aplicação.
Para alcançar objetivos do processo de orientação, observou-se, conforme Gomes
(2013) que a atendente usou como metodologia o diálogo informal com o usuário, onde
procurou saber o que o mesmo sabia sobre o assunto e a partir daí o orientou. O autor
mostrou o quanto é importante que o profissional de saúde ao transmitir informações,
considere a idade e a situação socioeconômica, cultural e clínica do usuário, pois se usar
termos técnicos ou não necessariamente termos científicos, mas palavras que não façam
parte do cotidiano do usuário, as informações fornecidas não terão sentido.
Por meio da pesquisa de Gomes (2013) pode-se vivenciar um conhecimento maior
sobre a patologia e ficou evidente que por menor que seja o recurso disponível no
momento da consulta, se o profissional tiver interesse pela adesão ao tratamento do
usuário, tem como fazer de uma maneira criativa todo o processo de orientação. São
pequenos detalhes que farão toda a diferença na evolução do usuário.
Seguindo a análise da pesquisa, foi apresentado por Moreira et al (2008) a defesa
sobre o tratamento para portadores insulino dependentes através da terapia familiar, onde
o convívio e amor fraternal contribuem para o avanço na melhoria das afecções
patológicas.
Para isso, ficou definido como objetivo do estudo, conhecer as práticas de
cuidados relacionadas com insulinoterapia e prevenção de lesões em membros inferiores
adotadas por familiares de pessoas com Diabetes mellitus. Tratou-se de um estudo
descritivo exploratório, desenvolvido no município de Bandeirantes, Paraná, no período
de maio a junho de 2006, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas no domicílio
de 38 famílias.
Os autores, após realizar a pesquisa e analisar os resultados dos dados objetivos,
chegaram ao consenso de que a educação em saúde para os portadores de diabetes deve-
se tornar um processo contínuo e abrangente, incluindo não somente informações sobre
o tratamento tradicional, mas também fatores ambientais, maneiras de compreender e de
lidar com o DM e, sobretudo, proporcionar espaço apropriado para as relações de
acolhimento, criação de vínculos entre usuários e profissionais da saúde de modo a
permitir maior autonomia a essas pessoas, possibilitando-lhes conviver com o DM de
forma saudável (MOREIRA et al., 2008; CORTEZ et al, 2015).
Melo (2006) em seu estudo, buscou verificar, por maio da literatura disponível e
pesquisa por ele, quais as condutas práticas para o início e progressão da insulinoterapia
para portadores de DM2. Para tanto, fez-se a analise de diversos fatores que condizem
com tal conduta, tal como: por que prescrever insulina para portadores de Diabetes tipo
2; indicações de insulinoterapia, contra indicações, dentre outros.
A respeito das indicações Melo (2006) cita que ao diagnóstico de DM, a maior
parte dos pacientes deve iniciar o tratamento com mudanças de hábitos de vida (seguir
orientação nutricional e realizar exercícios regularmente) e, ou também agentes orais,
exceto nas situações abaixo, nas quais se deve iniciar insulinoterapia, a qual poderá ser
definitiva ou temporária: glicemia ao diagnóstico > 270 mg/dL; emagrecimento
importante antes do diagnóstico; na presença de cetose ou cetonúria.
No artigo de Souza e Zanetti (2000)15 observou-se como objetivo principal
realizar uma revisão na literatura sobre administração de insulina, com ênfase nos
seguinte temas; ações de insulinas, compilações locais cutâneas, uso de instrumentais
para a aplicação de insulina, a seringa descartável e sua reutilização e a técnica de
aplicação de insulina, temas estes fundamentais para serem abordados em programas
educativos em diabetes.
Neste contexto, observou-se que o estudo pode fornecer subsídios para as
orientações dos profissionais de saúde, educadores em diabetes, direcionado as atividades
dos portadores de diabetes, em especial a insulinoterapia.

CONCLUSÃO
 Faz-se necessário somar esforços de todos os envolvidos nas ações da atenção à
saúde básica no intuito de obter resultados positivos aos tratamentos aplicados aos
pacientes de diabetes, como também a necessidade de trazer os doentes ao programa na
intenção de obter resultados positivos, isto porque hoje não temos respostas por falta de
clientes nos programas o que leva a precariedade do sistema.

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