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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA


Departamento de Direito Público - DPU
Processo Civil II
Prof.: Marcus Aurélio de Freitas Barros

QUESTIONÁRIO PARA A 2ª AVALIAÇÃO

I – O novo processo civil e o papel das decisões judiciais, do sistema recursal e dos
Tribunais:

1 - Quais as principais características de um processo civil democrático (cooperativo)? A


tutela de direitos é o fim do processo civil no Estado Democrático de Direito (Estado
Constitucional)? O que se quer explicar quando se afirma, em doutrina, que a tutela de
direitos deve ter uma dupla direção: para as partes e para a sociedade em geral? Quais as
principais diferenças entre a tutela definitiva e a tutela provisória de direitos?

2 - A partir da perspectiva do Código de Processo Civil atual, de forma geral, quais as


principais inovações na teoria das decisões judiciais, na teoria dos precedentes, no
disciplinamento da coisa julgada (e da ação rescisória) e no sistema recursal que, no seu
conjunto, permitem reconhecer as principais características do atual modelo de processo
civil do Estado Constitucional (do neoconstitucionalismo)?

II- Teoria das decisões judiciais:

1 - Quais os pronunciamentos emanados da autoridade judicial? Qual a diferença entre


sentença e decisão interlocutória? Existe decisão interlocutória de mérito? Existe sentença
parcial de mérito? Dê dois exemplos de uma ou outra situação (decisão interlocutória de
mérito ou sentença parcial de mérito), indicando o recurso cabível.
2 - À luz dos avanços promovidos pela hermenêutica e pela argumentação jurídica na teoria
da interpretação, é possível dizer que o Poder Judiciário, ao promover a resolução do caso
concreto, complementa a atividade do Poder Legislativo na produção da norma jurídica?
Explique a resposta, informando, também, o momento em que se identifica a ratio
decidendi da decisão, bem como sua importância para sistema processual atual.

3 - Pode-se falar num direito fundamental a uma decisão judicial de fundo, congruente e
fundamentada? Em face da resposta, comente sobre a congruência interna e externa das
decisões judiciais e como ficam as sentenças terminativas neste contexto.

4 - Qual a importância do relatório e da fundamentação das decisões judiciais no atual


modelo de processo civil democrático? Em relação à parte dispositiva, discorra sobre a
teoria dos capítulos da decisão e suas implicações no processo civil atual.

5 - Classifique as decisões judiciais quanto ao conteúdo e quanto aos efeitos. Somente os


efeitos da tutela são antecipáveis (tutela provisória de urgência ou evidência) ou o conteúdo
também? Qual a diferença entre uma decisão mandamental e outra executiva (sentido lato)?

6 - O que são as decisões estruturais e os litígios de reformas estruturais? Quais suas


principais características? Qual a importância da solução consensual, do diálogo
interinstitucional, do assessoramento técnico e da ampliação da legitimidade da decisão
através de audiências públicas ou da participação de amici curiae? Qual a relação entre os
fatos supervenientes à primeira decisão e a ideia defendida de uma fase flexível de
cumprimento de sentença (ou de decisão)?

7 - O que caracteriza uma sentença judicial como inexistente, absolutamente nula,


relativamente nula ou que contém apenas uma irregularidade processual? Qual delas enseja
impugnação via ação rescisória? Qual comporta a chamada querela nullitatis insanabilis?

III - Coisa julgada e a estabilidade das decisões judiciais:

1 - Discorra sobre conceito, efeitos negativo e positivo e importância da coisa julgada para
a segurança jurídica. Atualmente, só faz coisa julgada material decisão de mérito?
2 - O pedido não decidido transita em julgado? O que significa o princípio do deduzido e
do dedutível (eficácia preclusiva da coisa julgada)? As sentenças prolatadas em processos
judiciais que envolvem relações jurídicas continuativas transitam em julgado?

3 - Discorra sobre os limites subjetivos e objetivos da coisa julgada, enfocando os aspectos


atinentes à questão prejudicial de mérito controvertida.

IV - Teoria Geral dos Recursos:

1 - Quais as principais diferenças entre os recursos e as ações autônomas de impugnação?


Há outros sucedâneos recursais? A remessa necessária (art. 496, CPC) é recurso?

2 - Com o fito de contribuir para uma compreensão mais geral do sistema recursal,
relacione as diferenças entre os recursos ordinários e extraordinários e o papel atual das
Cortes de Justiça (Tribunais de 2° grau de jurisdição) e das Cortes Supremas (de vértice).

3 - Em que situações se percebem limitações ao princípio do duplo grau de jurisdição? Este


postulado é uma garantia absoluta? De decisão interlocutória cabe um tipo de recurso,
como preceitua o princípio da singularidade? Em que situação há reformatio in pejus
permitida? No tribunal, pode haver majoração dos honorários (art. 83, §11, CPC)?

4 - Discorra sobre o princípio da fungibilidade recursal. É possível receber um recurso


extraordinário como recurso ordinário constitucional? Admite-se uma fungibilidade
(convertibilidade) entre recurso especial e extraordinário (arts. 1.032 e 1.033, CPC) e entre
embargos de declaração e agravo interno (art. 1.024, §3°, CPC)?

5 - A quem compete realizar o juízo de admissibilidade recursal? Qual a diferença entre


renúncia e desistência do recurso? Todo recurso está sujeito a preparo? O que deve fazer o
juiz se não for efetuado o preparo no ato da interposição do recurso ou o preparo efetuado
for insuficiente? Como se pode relacionar a dialeticidade dos recursos com o pressuposto
de admissibilidade da regularidade formal?

6 - Discorra sobre o interesse recursal, explicando se, em alguns casos, existe interesse de
discutir, na via recursal, a fundamento da decisão.
7 - Discorra sobre o recurso do Ministério Público, do terceiro prejudicado e sobre o
recurso adesivo.

8 - Diferencie admissibilidade e mérito dos recursos. Faça a distinção entre reforma e


invalidação de uma decisão, indicando o que é error in procedendo e error in judicando.
Quando o juiz extingue o processo sem resolução de mérito de modo equivocado há error
in procedendo ou error in judicando? Neste caso, o que pode fazer o tribunal no caso de
afastar o equívoco do juiz?

9 - Explique, a partir do atual sistema recursal, se a regra é o efeito suspensivo ope legis ou
ope judicis? Qual o procedimento a ser adotado nos casos em que cabe ao juiz outorgar o
efeito suspensivo ao recurso? Quando haverá o efeito substitutivo?

10 - Diferencie o efeito devolutivo e o efeito translativo dos recursos. Quais os recursos que
admitem efeito regressivo (juízo de retratação)? Quando o recurso de um litisconsorte a
todos aproveita (art. 1.005, CPC)?

V - Recursos em espécie:

1 - De qualquer sentença cabe apelação? Como devem ser impugnadas as decisões


interlocutórias que não comportam agravo de instrumento? Pode haver apelação que
impugne apenas uma decisão interlocutória não agravável? À luz da dialeticidade dos
recursos, como deve ser compreendida a possibilidade de impugnar decisão interlocutória
nas contrarrazões do recurso de apelação?

2 - Discorra, em todas as suas nuances, sobre o efeito devolutivo e translativo da apelação.


O que é transferido ao tribunal quando do julgamento da apelação? Quando se deve aplicar
a teoria da causa madura?

3 - Como ficam os efeitos da apelação diante da teoria dos capítulos da decisão, se um dos
capítulos se submete a recurso recebido no duplo efeito e o outro apenas no efeito
devolutivo? Pode ser afastado pelo relator o efeito suspensivo da apelação previsto ope
legis? A apelação na ACP e nos processos do ECA é recebida no duplo efeito?
4 - Discorra sobre a decisão interlocutória de mérito. Pode ser impugnada por agravo de
instrumento? Em caso positivo, cabe efeito suspensivo ope legis? Cabe retratação? E
sustentação oral? E a aplicação da técnica da complementação do julgamento não unânime
(art. 942, CPC)? Deve o recorrente, já no agravo de instrumento, recorrer das decisões
interlocutórias anteriores não agraváveis?

5 - O rol do art. 1.005 do CPC (decisões que comportam agravo de instrumento) é taxativo?
Admite interpretação extensiva? Cabe agravo de instrumento contra decisão que indefere
pedido de produção antecipada de prova fundada em urgência (art. 381, I, CPC)? E da
decisão sobre competência? Caso uma decisão não se enquadre no rol legal, mas não haja
tempo hábil para se aguardar a apelação ser julgada pelo Tribunal, que meio processual
pode ser utilizado pela parte no afã de buscar uma providência mais imediata em relação à
decisão impugnada? Cabe Mandado de Segurança contra ato judicial?

6 - De quem é o ônus da formação do instrumento nos processos físicos? A esse respeito,


deve ser aplicado o princípio da primazia do julgamento de mérito? Pode haver juízo de
retratação por ocasião do agravo de instrumento? Em que momento? Quem cabe outorgar
efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal no agravo de instrumento?

7 - Que atos do juiz comportam embargos de declaração? Este recurso se insere na enorme
preocupação do sistema processual com a fundamentação? Pode ser interposto pelo amicus
curiae? Se sujeita a que efeito(s)? O que são embargos de declaração com efeitos
infringentes? Qual a natureza do recurso ordinário constitucional? Em que difere da
apelação? Pode ser adesivo?

8 - Quais as características comuns do recurso especial e do recurso extraordinário? Qual


deles exige repercussão geral? O que isso significa? Qual a sistemática (técnica) a ser
adotada em caso de recursos especiais e extraordinários repetitivos?

9 - Admite-se recurso extraordinário em caso de ofensa indireta ou reflexa à CF? Cabe RE e


REsp para o controle da aplicação de conceitos indeterminados e cláusulas gerais? Neste
caso, pode examinar se o fato se adequa ao tipo? É possível sanar o vício do RE e do REsp
intempestivo? Matérias de ordem pública podem ser decididas no RE e no REsp? Quais as
principais exigências legais para a interposição de recurso especial por divergência
jurisprudencial? Quando se configura o prequestionamento?
VI - Processo nos tribunais:

1 - Discorra sobre o aumento dos poderes do relator no processo civil. Este pode exercer
poderes instrutórios diante de fatos supervenientes? Deve estimular a solução consensual
dos conflitos? Tem sido admitida atuação do relator condizente com a chamada
jurisprudência defensiva? O que significa agravo interno? Quando é cabível? Qual a
distinção básica entre embargos de divergência e recurso especial por dissídio
jurisprudencial?

2 - O que é um precedente judicial? Precedentes existem na tradição da civil law e da


common law? Para a identificação do precedente, como se deve diferenciar ratio decidendi
e obiter dictum? Qual a importância e como deve se operacionalizar a distinção e a
superação na prática da utilização dos precedentes judiciais?

3 - Explique e diferencie o incidente de resolução de demandas repetitivas e o incidente de


assunção de competência na perspectiva da adoção dos precedentes vinculantes no sistema
processual brasileiro.

4 - À luz da reserva de plenário, comente, em detalhes, sobre o incidente de arguição de


inconstitucionalidade. No mais, explique o procedimento de homologação de decisão
estrangeira e de concessão do exequatur à carta rogatória.

5 - Quais os pedidos que podem ser deduzidos numa ação rescisória? Qual é o pedido
necessário e o eventual? Como se dá o juízo de admissibilidade? Este pode ser parcial, ou
seja, em relação a um capítulo da sentença? Qual o objeto da ação rescisória? Pode alcançar
decisão que não seja de mérito? Está a rescisória sujeita a prazo decadencial?

6 - Discorra sobre a ação rescisória em caso de violação manifesta à norma jurídica e em


caso de prova nova. No mais, diferencie a rescisória da reclamação.

7 - Como se define a competência para a ação rescisória? Exige-se um depósito


obrigatório? Em caso positivo, essa exigência não fere o acesso à justiça? A ação rescisória
pode suspender a fase de cumprimento da decisão rescindenda? Qual o prazo de defesa na
ação rescisória?

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