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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
FILOSOFIA DO DIREITO

CLARA BEATRIZ MIRANDA DA SILVA


MARCOS VINICIUS RAINHA COSTA DA SILVA
MIKAEL MOURA DE OLIVEIRA MENDES
MILENA DA SILVA CLAUDINO
ROBSON FELIPE DE LIMA JUNIOR

ANÁLISE DO FILME “O SENHOR DAS MOSCAS”: GRUPO 3

Natal
2018
PONTOS PARA ANÁLISE DE UM FILME

1. Divida o filme em episódios (sequências ou capítulos). Procura das cenas


principais (a cena caracteriza-se por uma unidade ambiental).

1 - À deriva: Chegada na ilha após o naufrágio dos meninos e seu capitão;


2 - Harmonia: Espécie de união entre todos para garantir a sobrevivência na ilha;
3 - Dissonância: Primeiros conflitos com relação a objetivos e métodos visando a
sobrevivência, ocasionando numa divisão no grupo;
4 - Que vença o mais forte?: Disputa entre os grupos, cada qual visando ter para si
objetos que garantiriam uma vida próspera na condição em que se encontravam;
5 - A salvação ou repetição?: Resgatados pela marinha inglesa, num momento
conflituoso entre as crianças na ilha. Entretanto, sairiam de um momento de guerra particular
para outra a nível mundial, sendo treinados justamente para fazer aquilo que vivam na ilha
sob a capa do mundo civilizado.

1. Individualização dos personagens que aparecem no filme. (Entende-se por


personagem todo o ser que tem uma ação individual no filme. Como tal, pode ser
uma pessoa, um animal, uma coisa, um grupo).

Ralph: Uma figura de poder regida por regras e ordem, tencionando a um aspecto mais
plural, buscando dar voz a todos no grupo, fato que, num primeiro momento é escolhido como
líder pelo voto de todos;
Jack: Acaba por ser uma figura que vai ganhando mais espaço no grupo pelo seu
carisma e apresenta um aspecto de centralidade do poder nas suas mãos;
Piggy: É a figura do lado mais racional e intelectualizado, por vezes remetendo a
figura do Prometeu da mitologia grega, aquele pelo qual se traria o fogo (tanto no sentido
literal, quanto figurando a intelectualidade) para os demais;
Alfred: É o primeiro personagem a passar pelo “rito do novo caçador”(momento em
que Jack pinta marcas em seu rosto), tornando-se braço direito de Jack. Trata-se um
personagem com convicções bem semelhante às de Jack.
Simon: É a figura da inocência na trama. Possuía uma personalidade muito pacífica,
apesar de não possuir uma relação de proximidade com os demais personagens. A relação
entre Simon e o camaleão demonstra a forte ligação que esse personagem tinha com a
natureza. Como um símbolo do estado de pureza.
Gêmeos: Estes são extremamente simbólicos, pois estiveram por bastante tempo ao
lado de Ralph, porém decidem se juntar ao acampamento de Jack. Um momento
extremamente interessante desses personagens é quando realizam o “rito do novo caçador”:
momento em que mudam de lado, mas talvez não de convicção e sim por considerar aquela a
melhor opção para a sobrevivência na ilha.
Monstro: O monstro é o resultado do engano de um dos garotos. Tornou fundamental
para tornar o grupo de Jack mais coeso, afinal era importante permanecer juntos contra o
monstro. E acabou resultar num engano ainda maior, em uma das cenas mais fortes da trama.
A concha: A concha é um objeto extremamente simbólico no filme. No início, ela era
símbolo da ordem e da harmonia: “Quem tem a concha, tem a vez de falar”. Nas últimas
cenas da trama, a concha concha já não tinha significado. Jack faz questão de deixar claro isso
num momento de tensão entre os acampamentos quando diz “ninguém se importa com sua
droga de concha”.

2. Individualização do protagonista (elemento central do filme a nível narrativo, à


volta do qual se desenrola a história. Pode coincidir com um personagem ou, em
casos extremos, ser uma relação entre personagens).

A história do filme é centrada na relação entre os personagens Ralph e Jack. Ralph é


um dos personagens mais icônicos da trama. Ele foi escolhido como líder do grupo num
primeiro momento, mas, aos poucos, foi perdendo o apoio da maior parte dos garotos,
restando-lhe apenas o apoio de Piggy. Com o declínio da liderança inicial de Ralph, Jack
assume um certo protagonismo na trama. Jack priorizava a sobrevivência do grupo, acreditava
que os garotos deveriam esquecer a possibilidade de ocorrer um resgate, deveriam se adaptar
à situação em que estavam submetidos e viver sob suas próprias regras. Nesse sentido, Jack
divergia do que acreditava Ralph, este último priorizava que os indivíduos mantivessem suas
relações sob os preceitos da civilização na qual estavam inseridos antes do acidente.
3. Conclusão da história do filme. O filme é a história de …

De acordo com a mitologia, Senhor das Moscas é um dos nomes de Belzebu. As raízes
de Belzebu, por sua vez, estão em Baal e Zebu; o primeiro, deus da fertilidade, de tudo o que
é frutífero, da vida; o segundo, deus da morte, daquilo que perece, das pestes. Assim, sendo
um a força contrária ao outro, é estabelecido um conflito entre ambos - de vida e morte - que
nos leva a refletir que tudo o que é frutífero um dia acaba, mas que da possibilidade de morte
também surge vida. Nesse sentido, após o conflito entre Baal e Zebu, no qual ambos são
eliminados, resta o vazio de suas existências que precisa ser ocupado por algo. Logo, suas
energias se fundem e assim surge Belzebu, deus de tudo o que é podre - mistura de morte e
vida, fertilidade e infertilidade - e das Moscas, as quais são atraídas pelo podre. Logo, onde
está Belzebu, estão as moscas.
Sendo, portanto, Senhor das Moscas o podre e, também, a própria selvageria, podemos
compreender o homem como ser que no estado de natureza de Hobbes - no qual as ações
estão limitadas ao poder e à consciência - tende a ser atraído por isso. Durante o filme,
existem várias tentativas de se firmar um Direito, se manter a vida, mas trata-se de um exame
da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, o que faz com que as
tentativas findem na selvageria. Nesse sentido, observamos que, apesar de suas existências
não estarem desde sempre atreladas à ilha, ela lhes proporciona um novo “nascimento”, um
retorno ao estado de natureza de Hobbes, com tempo suficiente para contemplar a “morte” e
atentar para o que pode haver de “ruim” nos personagens, sendo o título possível adendo para
a tendência sádica do homem. O filme retrata, portanto, a natureza humana e sua influência na
necessidade de criação de instituições para regular ou controlar a coexistência em sociedade,
considerando, ainda, como se daria o exercício desse poder.

Sugestões de títulos:
● De corpo e alma
● Santos e pecadores
● Instinto selvagem
● Uma ilha da pesada
4. Procura das características dos personagens, das relações entre si e com a
protagonista, com o fito de individualizar os aspectos técnicos do filme.

Os atores mirins, principalmente aqueles com papéis mais relevantes, conseguiram


transmitir características importantes de suas personagens. No cerne, pode-se dirigir para
todos a qualidade de demonstrar crianças que tentavam ao seu modo desenvolver uma
maturidade para conseguir sobreviver, mas ainda assim, recheada da inocência de tomadas de
decisões sem a base da experiência, ao mesmo tempo, apresentam aos espectadores que os
adultos são crianças que aprenderam a disfarçar isso, pois, no fim, todos sempre estão
decidindo mesmo sem saber o resultado, porém acreditando que aquilo é melhor para si e para
o grupo ao qual está inserido.
A personagem Piggy consegue passar a forma lógica de enxergar a vida,
demonstrando por meio de suas falas e entonação na voz - tornando-a mais aguda e com
pausas precisas - que a racionalidade pode ser irritante para os demais, quando encaram esses
artifícios como uma tentativa de ser altivo através ideias inúteis, além de deixar claro o fardo
que o conhecimento dá para aqueles que o perseguem, já que muitas vezes se pensa nas
melhores soluções, mas nem sempre elas são tão práticas, concretizáveis, dialogais e
passionais como muitos gostariam, tornando elas e seu autor impopulares. O ​casting e a
própria descrição do personagem se aproveitam do estereótipo do ​nerd inteligente e gordinho,
que não se interessa pelas atividades físicas, mas mentais.
Desde o início, Ralph e Porquinho representam um modelo de ordem mais ilustrado,
algo parecido com a democracia deliberativa habermasiana, com decisões envolvendo diálogo
democrático e pensamento a longo prazo, convocação de assembleias por meio da igualdade
de fala (utilizando-se da concha) e a busca pelo consenso, sem relações hierárquicas (no início
do filme, ao ser demonstrada a predisposição do grupo para a escolha de um líder, Ralph,
sendo a possível escolha majoritária ao lado de Jack, rejeita e ideia: “não importa quem é o
chefe”), enquanto Jack representaria o despotismo, com falta de estrutura e de limites, com
pensamento a curto prazo apenas. Porquinho, ao perceber que estão agindo “como crianças”,
de forma insensata (representando, na alegoria platônica, o vislumbramento da luz, do mundo
real fora da caverna), resolve contar ao outro acampamento, na esperança de vê-los mudarem
de atitude. É surpreendido com o desejo deles de continuarem submissos, como escravos,
“nas trevas”, e então é morto por eles.
Além disso, toda a relação entre Jack e Ralph demonstra a transição dos poderes e
suas formas de exercê-las. Há implícito um constante mudar no que as pessoas desejam ou
acham necessárias para sua sobrevivência, terminando assim por intercalar entre períodos
democráticos e dialogais com autoritários e passionais.

5. Formulação do “tema” do filme, aquilo que o autor quis comunicar-nos através


da obra.

O filme fala sobre a volta ao estado de natureza hobbesiano e as relações sociais na


falta de instituições que limitem a barbárie de “todos contra todos”. No estado de natureza de
Hobbes, todos as pessoas são naturalmente iguais1, todos desejam preservar sua própria
liberdade adquirindo domínio sobre os demais. Estes desejos (preservação da liberdade e
domínio sobre os outros homens) são ditados pelo instinto de conservação. O jusnaturalismo
de Hobbes afirma que há direitos naturais inerentes ao indivíduo, porém, nesse estado anterior
à civilização “os direitos naturais de cada um não correspondem às obrigações dos demais.
São direitos incompletos que não oferecem qualquer segurança aos seus titulares”2. No estado
de natureza não existiria propriedade, justiça ou injustiça, porém apenas a guerra.
Faz-se necessário buscar a definição precisa de ​medo na perspectiva de Hobbes, sobre
a qual ele desenvolve sua teoria acerca da necessidade do Estado. “A opinião, ligada à crença
de dano proveniente do objeto, chama-se medo.”3. Isso significa que o medo seria a convicção
que algo causará um dano. “O medo da opressão predispõe os homens para antecipar-se,
procurando ajuda na associação, pois não há outra maneira de assegurar a vida e a liberdade”4.
É possível visualizar essa ideia no filme “O Senhor das Moscas”, a partir do momento
em que o medo do desconhecido da ilha predispõe os garotos para se unirem, num primeiro
momento, para sobreviver. O medo também se faz presente como instrumento de Jack para a
manutenção da liderança. Tendo Jack o maior “poder natural” (“O poder natural é a
eminência das faculdades do corpo ou do espírito; extraordinária força, beleza, prudência,
capacidade, eloqüência, liberalidade ou nobreza.5), logo divide a sociedade a partir da

1
​RUSSELL, Betrand. (1957, p. 479).
2
DIMOULIS, Dimitri. (2011,​ ​p. 27).
3
HOBBES, Thomas (2018, p. 24).
4
Ibid., p. 38.
5
Ibid., p. 33.
formação de seu próprio clã, “os caçadores”, e utiliza o que Hobbes chama de “pânico” (“O
medo sem se saber por que ou de que chama-se terror pânico”6) para legitimar sua liderança,
para demonstrar que seu papel é necessário, que os outros precisam dele para proteção. Faz-se
importante a figura do ​monstro nesse ponto, uma figura amedrontadora e desconhecida que
surge numa caverna, que faz o papel do ​inimigo​.
É interessante nesse ponto notar a similitude da obra com a ​Revolução dos Bichos​, de
George Orwell, escrito em 1945, 9 anos antes do livro ​O Senhor das Moscas​. A ​Revolução
pode ser considerada uma metáfora para demonstrar as relações de poder. Na obra, o
personagem Napoleão (que pode ser comparado a Jack) usa a todo instante a figura de Bola
de Neve (que pode ser comparado ao monstro) para legitimar a necessidade de seu poder
despótico, pois o inimigo invisível pode irromper a qualquer momento. Jack parece, também,
desde o início, influenciar o grupo a achar que nunca serão resgatados, pois o resgate faria que
sua liderança não fosse mais necessária.
Cabe lembrar, também, da metáfora que o autor desenvolve com a caverna de Platão.
Desde o início, Ralph e Porquinho representam um modelo de ordem mais ilustrado, algo
parecido com a democracia deliberativa habermasiana, com decisões envolvendo diálogo
democrático e pensamento a longo prazo, convocação de assembleias por meio da igualdade
de fala (utilizando-se da concha) e a busca pelo consenso, sem relações hierárquicas (no início
do filme, ao ser demonstrada a predisposição do grupo para a escolha de um líder, Ralph,
sendo a possível escolha majoritária ao lado de Jack, rejeita e ideia: “não importa quem é o
chefe”), enquanto Jack representaria o despotismo, com falta de estrutura e de limites, com
pensamento a curto prazo apenas. Porquinho, ao perceber que estão agindo “como crianças”,
de forma insensata (representando, na alegoria platônica, o vislumbramento da luz, do mundo
real fora da caverna), resolve contar ao outro acampamento, na esperança de vê-los mudarem
de atitude. É surpreendido com o desejo deles de continuarem submissos, como escravos,
“nas trevas”, e então é morto por eles.

6
Ibid., p. 25.
6. Reflexão sobre o conteúdo do filme. O tema central e outros eventuais temas
serão válidos ou discutíveis? Consideração dos comportamentos dos personagens
e do protagonista.

O aspecto central do filme remete às concepções hobbesianas de estado natural do


homem que, por sua vez, movido por ''paixões'', isto é, pela inclinação inata de permanecer
em sua existência e aprimoramento, representada pelo conatus, age de forma egoística e
oportunista. A trama explora, também, a natureza destrutiva do ser humano, o qual, ao chegar
em uma ilha perdida, intocada, remontando uma ideia de paraíso, intervém-na de maneira
destrutiva, especialmente, na primeira cena do incêndio, em que o verde da vegetação
reduziu-se a cinzas, o que nos reporta à ideia de resgate ao estado de natureza.
O filme perpassa, além disso, a ideia de dualismo, entre o bem eo mal: o bem traduz-se
na união, na harmonia do grupo, na forma democrática de guiar-se, ao passo que o mal figura
num viés totalitário, centralizador, autocrático. Personifica a ideia de bem por meio de Ralph,
em que este representa a democracia, o diálogo entre o grupo. Enquanto que Jack representa
as ideias centralizadoras, totalitárias, de modo que age ditando ''as regras do jogo'', de forma
autocrática.

7. Reflexão sobre os aspectos lingüísticos e estéticos (unidade do filme ou sua falta,


uso da linguagem das imagens, interpretação dos atores, música, etc.).
Consideração estética – como se exprime o tema central do filme e outros
eventuais temas. Há harmonia no filme relativamente emprego dos diversos
elementos da linguagem cinematográfica?

É notório que a direção do filme utilizou os recursos de imagem e áudio para enfatizar
os aspectos que julgaram ser mais pertinentes para a transmissão da mensagem central
escolhida: a transformação dos personagens. Nessa linha, verifica-se que a direção escolheu
abordar/prender o espectador através de cenas carregadas de simbolismo e impactantes
emocionalmente. Como exemplo da primeira, podemos citar as cenas em que Jack pintavam o
rosto dos novos caçadores e a que os irmãos gêmeos pintam os seus rostos passando para o
lado dos caçadores. Já a cena em que o acampamento de Jack promove um “churrasco” é
essencialmente impactante, nessa cena, a direção utiliza de imagens fortes em câmera lenta e
a trilha sonora ressalta o impacto do momento. Outro cenário utilizado durante o filme que
pode ser destacado por sua relação com um cenário conhecido na filosofia, é a área da praia
em que os jovens se juntam e deliberam sobre seus problemas, fazendo referência à polis
grega. Há outras cenas essencialmente impactantes que foram utilizadas para demonstrar a
transformação das personagens, como o assassinato de Piggy e a cena do castigo aplicado
num dos integrantes do grupo de Jack - que ocorre logo após ao assassinato de Simon. Nessas
cenas, a intenção central foi demonstrar o descaso dos garotos frente à pessoa humana,
resultado das transformações impostas pelo meio.
Apesar disso, já que este se trata de um roteiro adaptado notou-se um não relato de
partes consideradas importantes do livro que inspirou o filme, seja pelo uso das falas ou das
cenas pela direção. A cargo de exemplo disto tem-se o contexto da guerra fria pouco
referenciado e sendo mencionado apenas em um momento de alívio cômico no filme,
perdendo muito de interpretações possíveis e até conhecer o contexto histórico para um
melhor entendimento dos personagens e das suas ações. Outro ponto que não foi deixado tão
claro, mas neste ponto não necessariamente algo negativo, seria os poucos indícios
audiovisuais do que ou quem seria o senhor das moscas, já que para aqueles que conhecem o
livro essa visão é mais unânime do que aqueles que apenas tiveram contato com o filme.

8. Confronto entre o que o filme exprime e a própria experiência pessoal e social.

As noções sobre natureza humana teorizadas sob o estado de natureza não são
percebidos da mesma forma ainda que se observem o mesmo fato social. Por isso temos
conceituações diferentes advinda de Hobbes, Locke ou Rousseau. Como já demonstrado em
outras questões respondidas neste trabalho, o filme perpassa por uma visão mais hobbesiana
do assunto e por se estar em um grupo constituídos de pessoas com construções sociais das
mais diversas, as opiniões sobre como deveriam ser enxergadas as situações, mesmo seguindo
a narrativa escolhida, não seria unânime.
9. Outras considerações julgadas oportunas (sociais, políticas, históricas,
educativas...)

● Tentativa de manter socialização: destaca-se na formação de grupos, que seria


explicada, portanto, conforme a concepção Durkheimiana7, por meio dos processos de
socialização que os conduziram a determinados comportamentos, quais sejam, os
tradicionalistas e os rebeldes;
● Apego a tradições e tentativa de manter participação política: notabiliza-se na
designação de uma concha para servir de instrumento democrático, participativo,
representando um verdadeiro meio para os direitos participativos;
● Concepções acerca da educação: observa-se proposições de Émile Durkheim, quando,
ao final do filme, Porquinho, resignado, assume que “fizeram tudo o que os adultos
fariam e não deu certo”. Para Durkheim, ''a educação é a ação exercida pelas gerações
adultas sobre aquelas que ainda não estão maduras para a vida social. Ela tem como
objetivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos,
intelectuais e morais exigidos tanto pelo conjunto da sociedade política quanto pelo
meio específico ao qual ela está destinada em particular''.8

7
DURKHEIM (2011, p. 54)
8
Ibid.
REFERÊNCIAS

RUSSELL, Bertrand. ​História da Filosofia Ocidental​. São Paulo: Companhia


Editora Nacional, 1957. 731 p.

DIMOULIS, Dimitri. ​Manual de Introdução ao Estudo do Direito​. 4. ed. São Paulo:


Editora Revista dos Tribunais, 2011.

HOBBES, Thomas. ​Leviatã​. Disponível em:


<http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_thomas_hobbes_leviatan.pdf>. Acesso
em: 24 mar. 2018.

DURKHEIM, Émile. ​Educação e sociologia​. Petrópolis: Editora Vozes, 2011. 54 p.

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