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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA
SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA CAMPUS
XII – SANTARÉM

Discente: Rosana Marinho Campos Matrícula: 2022023097


Em primeira análise a obra cinematográfica “Experimento de aprisionamento de
Stanford” é a representação audiovisual de um evento real com o objetivo de
tirar toda a individualidade que faz os voluntários indivíduos e observar como
reagirão à perda da liberdade e ao excesso de poder.
Eis a sinopse: “Em 1971, vinte e quatro estudantes do sexo masculino
são selecionados para assumir papéis aleatoriamente designados de
prisioneiros e guardas em uma prisão simulada situada no porão do prédio de
psicologia de Stanford.”
O filme se inicia com a apresentação geral das cobaias do experimento
com uma rápida entrevista que, se comparando com as normas vigentes
atualmente, estaria sendo realizada de forma irregular, tanto por não ter a
menção de um Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), quanto por
conta do terceiro ponto Resolução Nº466, de 12 de dezembro de 2012 na qual
consta o respeito ao participante da pesquisa e a ponderação entre riscos e
benefícios, ambos os tópicos não explicitados aos voluntários na entrevista.
Ao longo do filme é observado de forma agoniante a forma que o poder
que os guardas recebem tomarem conta de suas mentes e começarem a
tratarem realmente o que antes eram seus iguais de forma humilhante e
violenta, bem como a constante violação da ética e moral humana e também
da Resolução 466. Uma cena que explicita bem a total violação do direito
universal de liberdade do homem acontece na tentativa de revolta dos “
prisioneiros” e na sua tentativa de fuga, onde é nítido o desespero de todos os
prisioneiros ao desnudar os fugitivos e, em principal, quando é negado o
pedido de liberdade exigido pessoalmente ao pesquisador, violando a norma
III-2 k); e o) como destaque:
“k) respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos e
éticos, como também os hábitos e costumes, quando as pesquisas envolverem
comunidades;”
“o) assegurar aos participantes da pesquisa as condições de
acompanhamento, tratamento, assistência integral e orientação, conforme o
caso, enquanto necessário, inclusive nas pesquisas de rastreamento;”
Entre diversos abusos psicológicos e físicos, a Dra. Christina enxergou o
ser humano que os demais administradores ignoravam, e discutiu a ideia do
experimento e de como eles não permitam a saída dos “prisioneiros” por mais
que eles estivessem suplicando para sair. Dessa forma, tal passagem do filme
diz a respeito da quebra da norma IV.3 d)
“d) garantia de plena liberdade ao participante da pesquisa, de recusar-
se a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa,
sem penalização alguma;”
Por fim, como opinião pessoal do filme, ele foi de caráter extremamente
informativo acerca da bioética de experimentos, com enfoque em pesquisas
com seres humanos. Ainda que tenha uma atmosfera pesada cheia de abusos,
violações e injustiças, tudo isso trazendo mais proximidade com a realidade
conhecida desse experimento e causando sentimentos de agonia no
telespectador

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