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LAGES (SC)
2016
CHARLES PETRY MESQUITA
LAGES (SC)
2016
Dedico este trabalho a minha família, esposa
Michelle, e filhas Larissa e Mirella pelo amor
apoio e carinho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pois sempre tem me presenteado com o caminho certo e por ter
colocado tantas pessoas maravilhosas em meu destino.
A minha esposa Michelle e minhas filhas Larissa e Mirella, pela compreensão,
companhia, incentivo e ajuda durante mais esta etapa vencida, tendo vivenciado de perto todos
os momentos de angústia, aflição e alegria.
A meus pais Silvio e Rosana, que me apoiaram financeiramente no início desta jornada
e sempre ofereceram palavras de incentivo.
Ao meu orientador Prof. Felipe Américo Camargo, pelo apoio neste trabalho.
A empresa Ramaluz Ltda. e seu proprietário Eng° Pierre Schemes de Jesus, que me
deram a oportunidade de realizar o estágio supervisionado, e orientações no trabalho.
“Não fique ansioso com aquilo que você não
tem. Tudo tem seu tempo. Jogue as sementes
no chão...Cuide e um dia elas irão germinar...”
(Padre Fabio de Melo)
LISTA DE FIGURAS
This work presents the main characteristics in the implementation and execution of Rural
Electrification projects, obeying the norms of Celesc Distribuidora S.A. In the literature review
and presented the characteristics of the primary conventional air distribution networks up to
34.5KV, in rural areas. Its criteria of use in the concession area and its main uses. Federal
government funding programs that facilitate the installation of networks in rural locations. The
research will be done by performing data collection for the realization of projects and
executions of electrical installations in distribution networks in rural areas. Adequate the norms
of the energy concessionaire, and being framed in the federal financing. The area involved in
the study will be the projects in the initial phase and that are underway in the mountainous
region of Santa Catarina, of the clients of Ramaluz Ltda.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .................................................................................. 11
1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................ 11
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 12
1.4 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 12
1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 13
2.1 CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO ............................................. 13
2.1.1 Rede convencional ......................................................................................................... 13
2.1.2 Definições........................................................................................................................ 16
2.1.3 Tipos de projetos............................................................................................................ 17
2.1.4 Obtenção de dados preliminares .................................................................................. 18
2.1.5 Levantamento de Carga e Estimativa de Demanda ................................................... 18
2.1.6 Previsão de Crescimento de Carga .............................................................................. 18
2.1.7 Dimensionamento Elétrico ............................................................................................ 18
2.1.8 Dimensionamento dos Condutores .............................................................................. 19
2.1.9 Transformadores ........................................................................................................... 19
2.1.10 Controle de Tensão e de Compensação de Reativos ................................................. 19
2.1.11 Proteção Contra Curto-circuito e Sobrecorrentes ................................................... 20
2.1.12 Aterramento ................................................................................................................. 20
2.1.13 Seccionamento .............................................................................................................. 20
2.1.14 Dimensionamento mecânico ....................................................................................... 20
2.1.15 Esforços Mecânicos...................................................................................................... 21
2.2 PROGRAMA LUZ PARA TODOS ................................................................................... 22
2.2.1 Objetivo .......................................................................................................................... 23
2.2.2 Formas de atuação ......................................................................................................... 23
2.2.3 Recursos .......................................................................................................................... 23
2.2.4 Custos diretos e indiretos .............................................................................................. 24
2.2.5 Programas de obras ....................................................................................................... 25
2.2.6 Termo de compromisso ................................................................................................. 25
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 26
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................. 26
3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO DO ESTUDO ................................ 26
3.3 PLANOS DE INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .......................................... 26
3.4 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS ................................................................................. 26
4 DESENVOLVIMENTO...................................................................................................... 27
4.1 PROJETO E CONSTRUÇÃO RDR SABRINA PEREIRA .............................................. 27
4.1.1 Objetivos ......................................................................................................................... 27
4.1.2 Características ............................................................................................................... 27
4.1.3 Proteção de média tensão .............................................................................................. 27
4.1.4 Sistema de aterramento ................................................................................................ 28
4.1.5 Condutor de Aterramento ............................................................................................ 29
4.1.6 Calculo mecânico dos postes e estruturas utilizadas. ................................................. 30
4.1.7 Consulta prévia .............................................................................................................. 37
10
1 INTRODUÇÃO
A eletrificação rural é uma das ferramentas essenciais para se reduzir o êxodo rural que
há décadas ocorre de forma sistêmica no Brasil. A energia elétrica no campo propicia um salto
na qualidade de vida (infraestrutura e serviços básicos, iluminação, eletrodomésticos) e o
aumento da produtividade rural, que contribuem para uma elevação do nível social e econômico
da população local.
O presente trabalho mostrará as atividades realizadas no estágio supervisionado
realizado no período de 04/08/2016 até 23/11/2016, totalizando as 180 horas previstas na
disciplina. O estágio foi realizado na empresa Ramaluz Ltda., sob supervisão do Eng.º Pierre
Schemes de Jesus.
Este relatório vai dar ênfase no desenvolvimento de projetos, e acompanhamento de
instalações de eletrificação rural. Atendendo as normas da distribuidora, entidades ambientais
e com custos acessíveis a seus moradores.
A empresa Ramaluz Ltda., foi fundada no ano de 2007 pelo engenheiro eletricista Pierre
Schemes de Jesus, atuando como prestadora de serviços de projeto de rede de distribuição
elétrica rural e urbana. Atua também em projetos e manutenção de sistemas de iluminação
pública, subestações e instalações elétricas industriais, comercias e residenciais.
Atualmente está instalada em sua sede na Rua Antônio Ribas Filho, 154 no bairro Santo
Antônio, na cidade de Lages SC. Com um quadro de funcionários de 25 pessoas, possui toda a
estrutura física, recursos humanos, equipamento modernos, uma frota sempre renovada de
veículos e uma experiência ampla e reconhecida. A Ramaluz hoje está capacitada a executar
todo tipo de obra dentro da área de distribuição de energia elétrica rural e urbana.
Tem como Missão desenvolver e executar excelentes práticas de engenharia com
segurança, qualidade e prazo, cumprindo com responsabilidades sociais e ambientais e que
atendam às necessidades do mercado em que atua, na busca da satisfação dos clientes.
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para projetos de rede de distribuição em áreas rurais deve-se seguir os padrões de redes
de distribuição primária até 34,5 KV, padronizados pela Celesc Distribuição S.A. e seus
critérios de utilização na área de concessão.
No desenvolvimento dos projetos serão seguidas as seguintes normas:
E-313.0002 (Estruturas para redes aéreas convencionais de distribuição), que tem como
finalidade estabelecer as bases para a montagem de estruturas com o uso de isoladores
Pilar, Bastão e respectivos acessórios, para redes aéreas de distribuição de energia
elétrica com tensões nominais primárias de 13,8 KV, 23,1 KV e 34,5 KV de distribuição
de energia elétrica da Celesc Distribuição S.A. (CELESC, 2014).
NT 01-AT (Fornecimento de energia em tensão primária de distribuição), tem por
objetivo estabelecer os padrões da entrada de serviço de energia elétrica das instalações
consumidoras individuais, a serem ligadas em tensão primária de distribuição, através
de rede aérea (CELESC, 2001).
N-321.002 (Fornecimento de energia em tensão primária de distribuição até 25KV), tem
como objetivo a padronização das instalações de entrada de energia elétrica de unidades
consumidoras atendidas em tensão primária de distribuição até 25 KV (CELESC, 2016).
fixados em cruzetas, que podem ser de concreto, aço, madeira ou polimérica. A montagem com
cruzetas ocupa menos espaço verticalmente no poste, porém não possibilita a montagem de
mais de 1 circuito no mesmo nível. Suas montagens mais comuns são do tipo N (normal), M
(meio-beco) e B (beco), esta última muito utilizada no afastamento de redes de construções e
outros obstáculos em áreas urbanas. A rede convencional com cruzeta, quando comparada à
rede convencional tipo pilar, apresenta vantagem nos padrões de montagem de equipamentos e
para realização dos serviços de manutenção. Visto que a rede com cruzeta é disposta na
horizontal, as ligações se tornam mais simples e com distâncias mais elevadas entre fases, o
que aumenta a segurança para operação e manutenção do sistema elétrico. Na figura 1 pode-se
observar os principais tipos (CELESC, 2012).
nelas o isolador é fixado diretamente no poste, por meio de ferragens adequadas (parafuso,
suporte e cinta). Devido ao menor número de materiais utilizados, a estrutura tipo pilar
apresenta menor custo inicial, porém em áreas urbanas seu padrão dificulta a realização de
serviços de manutenção que envolva equipamentos, como por exemplo, transformadores de
distribuição. A grande vantagem do uso das redes tipo pilar é sua aplicação em áreas menos
urbanizadas, alimentadores expressos e áreas rurais. A rede convencional tipo pilar é disposta
na vertical, o que possibilita o aproveitamento dos dois lados dos postes e montagem de
circuitos duplos de forma simples (CELESC, 2012). Podemos ver na figura 2 os principais
tipos.
Na área de concessão da Celesc Distribuição S.A. existem muitas áreas com alta
poluição, principalmente nas áreas costeiras, o que agride o isolamento do sistema e ferragens
utilizadas, causando elevados custos para manutenção do sistema e altos índices de
continuidade. Em áreas poluídas não deve ser utilizado o isolamento convencional, com
isoladores tipo pilar com perfil aberto, para estas áreas foi padronizada a utilização de isoladores
com perfil protegido (figura 3), nestes a distância de escoamento fica protegida contra o
acúmulo de poluentes, sendo próprio para aplicação nestes ambientes (CELESC, 2012).
Em áreas rurais deve-se optar pela utilização das redes convencionais tipo pilar, com
estruturas tipo P (pilar fixado diretamente no poste), que apresenta confiabilidade semelhante à
rede convencional com cruzeta, mas possui menor custo inicial.
2.1.2 Definições
Projetos de Rede Nova - São aqueles que visam a implantação de todo o sistema de
distribuição para o atendimento a uma determinada localidade (vila, assentamento, povoado,
distrito, conjunto habitacional).
18
Para o projeto de redes em áreas rurais com condutores nus de alumínio, CA e CAA,
segue-se a especificação Celesc D E-313.0018 – Cabos de Alumínio Nu – CA e CAA e de
cobre, CU conforme a especificação Celesc D E-313.0032 – Especificação de Condutores de
Cobre Nu, nas seções indicadas no quadro 1(CELESC, 2014).
2.1.9 Transformadores
2.1.12 Aterramento
2.1.13 Seccionamento
Uma vez definido o melhor traçado da RDR, tronco, ramais, pontos de derivação e
realizado o levantamento topográfico, deverão ser locadas, com o auxílio do gabarito, nos
desenhos de perfil e planta as estruturas necessárias ao suporte da linha ou através de programas
específicos.
A fim de que durante a construção não surjam motivos que obriguem a modificação nas
posições das estruturas, o que refletiria no custo final da obra, essa locação deverá ser feita
atendendo a possíveis fatores restritivos, que poderão estar presentes na locação dos postes no
campo, como por exemplo: locais de difícil acesso, cruzamento de rodovias, ferrovias, linhas
aéreas, pontos de derivação, localização dos pontos de carga (transformadores), instalação de
chaves e etc. Esses fatores devem ser identificados e se possível eliminados na exploração
preliminar e no anteprojeto (CELESC, 2001).
2.2.1 Objetivo
2.2.3 Recursos
Somente os Custos Diretos serão aceitos para comprovação de utilização dos recursos
de financiamento e de subvenção econômica.
Para efeito de comprovação dos custos, serão considerados:
a) Custos Indiretos:
Custos contabilizados pelos Agentes Executores, referentes a serviços próprios
(administração e engenharia, incluindo projetos, fiscalização, topografia e tributos
relacionados), mesmo que terceirizados, confecção e instalação de placas de obras, custos com
a capacitação de usuários sobre o uso seguro e eficiente da energia elétrica e sobre a Tarifa
Social, licenças ambientais e indenizações para passagem de Redes;
Os Custos Indiretos serão aceitos até o percentual da participação do capital próprio do
Agente Executor no valor total do Programa de Obras, estabelecido no Termo de Compromisso,
limitado a quinze por cento do valor total de custos diretos
b) Custos Diretos:
Custos com aquisição de materiais e equipamentos e com despesas de mão de obra de
terceiros e transporte de terceiros para a execução das obras, inclusive com os impostos
25
3 METODOLOGIA
A pesquisa se dará por realizar levantamento de dados para realização dos projetos e
execuções de instalações elétricas, em redes de distribuição em áreas rurais. Adequando as
normas da concessionária de energia, e se enquadrando nos financiamentos federais. As etapas
da pesquisa será realizado com base em projetos executados, livros, normas, artigos
acadêmicos, teses, dissertações e monografias relacionados ao assunto.
A área envolvida no estudo serão os projetos em fase inicial e que estão em andamento
na região serrana de Santa Catarina, dos clientes da Ramaluz Ltda.
4 DESENVOLVIMENTO
Para o desenvolvimento do estágio foram executadas visitas prévias nos locais das
instalações, para análise da viabilidade dos projetos. Observando as características geográficas
das fazendas, carga a ser atendida e relação dos materiais. Elaborado os documentos necessários
exigidos pela concessionária de energia (Memorial Descritivo, Consulta Prévia e Relação de
Materiais), para posterior execução dos projetos.
Todas as etapas foram supervisionadas pelo Eng°. Eletricista Pierre Schemes de Jesus,
proprietário da Ramaluz Ltda.
4.1.1 Objetivos
4.1.2 Características
A proteção de sobre intensidade (sobre cargas e curto circuito) na alta tensão foi
garantida por uma chave fusível (figura 4) instalada no poste do transformador DT 11/600,
classe de isolação 25 KV 100 A, capacidade de ruptura 1 KA, com elo fusível de 1 H da
28
derivação.
Figura 4 - Chave fusível projeto Sabrina Pereira
O sistema de aterramento foi constituído de uma malha de aterramento, com haste tipo
cooperweld, com 2400 mm de comprimento, 5/8”, interligadas por cabo de cobre NU, as
29
𝑆
𝐶=2 (01)
Onde:
C é a seção do condutor de aterramento.
S é a seção dos condutores fases da instalação.
30
𝑆 50
𝐶= = = 25𝑚𝑚²
2 2
Os postes foram dimensionados utilizando a tração de projeto de 325 daN para o cabo
CAA 4 AWG.
Ponto 01
Neste ponto foi feito a derivação da linha já existente para a nova RDR (figura 07),
𝑁𝐶 .ℎ𝑐 .𝑇𝑐
𝐸𝑅 = ℎ𝑢𝑡𝑖𝑙
(2)
31
𝛼
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 𝑠𝑖𝑛 2 (3)
Onde:
𝑁𝑐 = n° de condutores
ℎ𝑢𝑡𝑖𝑙 = Altura util
ℎ𝑐 = Altura do condutor
𝑇𝑐 = Tração do condutor
𝐸𝑅 = Esforço resultante
𝛼 = Ângulo dos condutores
𝑇𝐹 = Tração final
𝑁𝐶 . ℎ𝑐 . 𝑇𝑐 1.7,55.325
𝐸𝑅 = = = 297𝑑𝑎𝑁
ℎ𝑢𝑡𝑖𝑙 8.25
𝛼 63
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.297. (sin ) = 314,4 𝑑𝑎𝑁
2 2
Utilizou-se para este ponto estruturas do tipo UP3, que são as mais indicadas para fim
de linha, mudança de seção, derivação e instalação de chaves (figura 8).
Ponto 02
Para este ponto (figura 9), chegou-se a uma tração final de 195,5 daN, conforme cálculo
abaixo, onde será usado um poste DT 11/600daN, que irá suportar a tração definida.
𝐸𝑅 = 325 daN
𝛼 35
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.325. (sin ) = 195,5 𝑑𝑎𝑁
2 2
𝐿
ℯ = 10 + 0.60(𝑚) (4)
Onde:
𝐿 11
ℯ= + 0.60(𝑚) = + 0.60 = 1.7𝑚
10 10
Por ser um poste de 600 danN a base teve que ser concretada, com camadas distribuídas
de 50 cm no fundo da cava em concreto socado, seguido de 20 cm de terra socada dependendo
do comprimento do poste e mais 50 cm de concreto socado, resultando na superfície 15 cm de
terra a ser compactada. Toda superfície do poste na faixa concretada, foi protegida por plástico,
a fim de facilitar a retirada, sem danificá-lo.
Devido ao ângulo de 35°, na prumagem do poste foi deixada inclinação com distância
da espessura do topo dos poste, para o lado oposto da resultante de tração dos condutores,
aproximadamente 1,5° de inclinação. Esta inclinação é necessária para compensação da
flambagem do poste, devido ao esforço dos condutores.
Neste ponto foram utilizadas estrutura do tipo UP1 (figura 10), que é usada em
tangentes, podendo também ser empregada em ângulos de até 60°.
Ponto 03
Para este ponto (figura 11), chegou-se a uma tração final de 146,3 daN, conforme
cálculo abaixo, onde será usado um poste de 11/600daN, que irá suportar a tração definida.
𝐸𝑅 = 325 daN
34
𝛼 26
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.325. (sin ) = 146,3 𝑑𝑎𝑁
2 2
Ponto 04
Para este ponto (figura 12), chegou-se a uma tração final de 254 daN, conforme cálculo
abaixo, onde foi usado um poste 11/600 daN, que irá suportar a tração definida.
𝐸𝑅 = 325 daN
𝛼 46
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.325. (sin ) = 254 𝑑𝑎𝑁
2 2
35
Ponto 05
Este projeto foi realizado de acordo com a norma técnica N-321.002 da CELESC
distribuição S.A.
Após a conclusão dos trabalhos na RDR, foi instalado um poste em baixa tensão, com
o medidor da distribuidora (figura 15), que irá alimentar as futuras instalações da fazenda
(figura 16).
Figura 15 - Poste de baixa tensão com medidor
4.2.1 Objetivos
4.2.2 Características
A proteção de sobre intensidade (sobre cargas e curto circuito) na alta tensão será
garantida por uma chave fusível instalada na estrutura de derivação em um poste DT 11/200,
classe de isolação 25 KV 100 A, capacidade de ruptura 1 KA, com elo fusível de 3H e uma
chave fusível instalada na estrutura de transformação em um poste DT 11/600, classe de
isolação 25 KV 100 A, capacidade de ruptura 1 KA, com elo fusível de 1 H.
A proteção de sobretensão (impulsiva e de manobra) será obtida pela instalação de para-
raios um por fase, na estrutura do poste do transformador, tensão 25 KV, para sistemas de
Neutro Aterrado, corrente máximo de 10 KVA, ligados ao sistema de aterramento.
O sistema de aterramento será constituído de uma malha de aterramento, com haste tipo
cooperweld, com 2400 mm de comprimento, 5/8”, interligadas por cabo de cobre NU, as
conexões serão feitas através de solda exotérmica.
O valor de resistência de terra medida na malha terá que ser inferior a 10 Ohms, em
qualquer época do ano.
41
Obs.: Caso não se alcance a resistência desejada será feito tratamento químico para
baixar a resistência ôhmica do aterramento.
Localizações: neutro/carcaça do TR em descida independente do para-raios,
equipotencializada junto à malha de aterramento; neutro dos ramais de BT.
Elementos de profundidade: hastes de aço cobreado, Ø15x2.400 mm mínimos,
engastadas total e verticalmente na terra, com distância mínima horizontal de 3m e máxima 6m
entre hastes e 1m de quaisquer obstáculos no solo.
Proteção mecânica: descidas dos aterramentos: interna ao poste (para o para-raios),
externa protegida por eletroduto de PVC (para neutro/carcaça do transformador na subestação).
Cercas: as transversais seccionadas e aterradas ao alcance da rede MT, com arame de
ferro galvanizado 12 BWG e hastes de aterramento galvanizadas, onde houver necessidade.
Cordoalhas: aterradas conforme localizações em planta no projeto de entrada de energia.
𝑆 50
𝐶= = = 25𝑚𝑚²
2 2
C=25 ↔ logo a bitola do cabo de cobre NU a ser usado no aterramento será de 25 mm².
Os Postes foram dimensionados utilizando a tração de projeto de 325 daN para o cabo
CAA 4 AWG.
Ponto 01
No ponto 01 (figura 17) será feita a derivação da rede já existente da distribuidora, onde
chegou-se a uma tração final de 198,94 daN, conforme cálculo abaixo. Então o poste existente
de 11/200daN com estai irá suportar a tração definida.
42
𝑁𝐶 . ℎ𝑐 . 𝑇𝑐 1.7,55.325
𝐸𝑅 = = = 265 𝑑𝑎𝑁
ℎ𝑢𝑡𝑖𝑙 9.25
𝛼 44
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.265. (sin ) = 198,54 𝑑𝑎𝑁
2 2
Para este ponto serão usados estruturas do tipo UP3 com chave fusível.
Ponto 02
COD
NF CÓD. DESCRIÇÃO UND QUANT UND TOTAL
2188 Adaptador estribo cunha cb 4-2awg PC 1 32,00 32,00
6153 Alca pre-form distr cb CA/CAA 4AWG* PC 10 4,48 44,80
6167 Armação secundária 1 estribo * PC 4 17,22 68,88
1827 Arruela quad lisa paraf d18x38x38x3mm PC 6 0,59 3,54
229 Cabo aco galv mr/sm 7 fios d6,4mm * KG 0,7 22,82 15,97
5283 Cabo alumínio nu CAA 6/1 fios 4 AWG* KG 40,00 32,00 1.280,00
30377 Cabo coberto de cobre 16mm 15Kv M 3 13,72 41,16
5332 Cabo cobre isol extra-flex 25mm2 * M. 0,5 18,63 9,32
5230 Cabo cobre nu meio duro 7 fios 25 mm2 KG 5 37,10 185,50
17031 Cartucho metálico KF 001 - vermelho - ap PC 4 2,24 8,96
6774 cruzeta aco PC 2 169,00 338,00
7753 Chave fus 1p c gancho 100A 25,8kV 6300 PC 2 266,00 532,00
21755 Conector cunha para ater. 25 a 35m PC 7 4,90 34,30
6784 Conetor cunha al cb 4awg cb 4awg * PC 2 5,46 10,92
7565 Elo-fusivel distribuição H 1A 500mm * PC 2 5,48 10,96
5264 Fio alumínio nu recozido 4AWG* KG 0,2 20,83 4,17
5627 Fita alumínio proteção 1x10mm * KG 0,1 20,83 2,08
2167 Haste aterr aco+cu d13mm 2400mm * PC 7 41,09 287,63
14168 Isolador ancoragem polimérico 23,1kV PC 8 57,40 459,20
13692 Isolador pilar porcelana vitrificada 23, PC 2 78,40 156,80
5013 Isolador roldana porcelana d45mm 1,3kv PC 4 3,08 12,32
6183 Manilha sapatilha d20mm 5000daN * PC 8 10,22 81,76
2242 Olhal parafuso 5000dan 16mm * PC 2 9,10 18,20
7626 Pára raio distr. 10ka 21kv * PC 1 266,00 266,00
1624 Parafuso cab quad d16x250x170mm * PC 8 6,06 48,48
14185 Pino do isolador pilar 20x25mm PC 1 46,20 46,20
4642 Poste concreto duplo t 11m 600dan PC 1 1.570,80 1.570,80
Suporte vertical PC 1 69,00 69,00
2123 Suporte T chave/para-raios estrutura U* PC 2 61,88 123,76
27286 Td 1f 10kva 23,1/r3kv 440/220v 25,8kv PC 1 3.868,20 3.868,20
Tora eucalipto d200x1000mm PC 6 26,60 159,60
TOTAL DO MATERIAL 1 9.790,51
TOTAL MÃO DE OBRA 1 4.216,85
TOTAL GERAL DA OBRA 1 14.007,36
Este projeto foi realizado de acordo com a norma técnica N-321.002 da CELESC
distribuição S.A.
Projeto aguardando liberação pela empresa concessionária CELESC distribuidora S.A.
Neste projeto foi elaborado o Memorial Descritivo para a construção de Rede de Energia
Elétrica de media tensão monofásica que atenderá a empresa Jade Empreendimentos Ltda,
portador do CNPJ 81.600.751.0001/40, residente na Estrada Geral - Localidade de Canudo,
Município de Urubici – SC. O projeto completo se encontra no apêndice C.
4.3.1 Características
A tomada de energia será a partir de uma rede de media tensão existente, que porem
deverá ser substituído estendendo-se em 241 metros, com a implantação de 02 postes e
estruturas, necessários, conforme desenhos em anexo.
A distribuição da rede foi projetada derivando um poste existente de 10/150 daN que
será substituído por um poste DT 11/300 daN para comportar a estrutura de derivação. Neste
poste deverá ser instalada estruturas tripolares e unipolares N1ap - UP3, para derivação do
referido ramal monofásico, que será instalado. Os demais postes necessários, serão instalados
conforme desenhos em anexo, o ultimo poste será um 11/600 daN com base concretada, para
acolher um transformador monofásico de 10 KVA. A rede primaria de distribuição juntamente
com a rede secundaria (Neutro Continuo), que será executada, terá uma extensão de 241 metros,
da rede da Concessionaria, conforme o desenho anexo, e contemplando 01 transformador
rebaixador de 10 KVA monofásico, para a rede secundaria em Baixa Tensão necessária a
energização da unidade consumidora que está sendo instalada. Todas as estruturas primarias e
secundarias deverão ser instaladas obedecendo-se as especificações contidas nas Normas da
CELESC e ABNT.
O sistema de aterramento será constituído de uma malha de aterramento, com haste tipo
cooperweld, com 2400 mm de comprimento, 5/8”, interligadas por cabo de cobre NU, as
conexões serão feitas através de solda exotérmica.
O valor de resistência de terra medida na malha terá que ser inferior a 10 Ohms, em
qualquer época do ano.
Obs.: Caso não se alcance a resistência desejada será feito tratamento químico para
baixar a resistência ôhmica do aterramento.
Localizações: neutro/carcaça do TR em descida independente do pára-raios,
equipotencializada junto à malha de aterramento; neutro dos ramais de BT.
Elementos de profundidade: hastes de aço cobreado, Ø15x2.400mm mínimos,
engastadas total e verticalmente na terra, com distância mínima horizontal de 3m e máxima 6m
entre hastes e 1m de quaisquer obstáculos no solo.
Proteção mecânica: descidas dos aterramentos: interna ao poste (para o pára-raios),
externa protegida por eletroduto de PVC (para neutro/carcaça do transformador na subestação).
Cercas: as transversais seccionadas e aterradas ao alcance da rede MT, com arame de
ferro galvanizado 12 BWG e hastes de aterramento galvanizadas, onde houver necessidade.
Cordoalhas: aterradas conforme localizações em planta no projeto de entrada de energia.
Ponto 01
No ponto 01 (figura 19) será feita a derivação da rede já existente da distribuidora, onde
chegou-se a uma tração final de 295 daN, conforme cálculo abaixo.
𝑁𝐶 . ℎ𝑐 . 𝑇𝑐 1.8,35.325
𝐸𝑅 = = = 295 𝑑𝑎𝑁
ℎ𝑢𝑡𝑖𝑙 9.25
Poste projetado 11/300daN. Nesta situação, para atender o esforço calculado, em função
da configuração de saída da rede num ângulo de 38º, foi projetado um estai de ancora para
auxiliar o poste projetado de 11/300daN.
A base do poste vai ser concretada, com engastamento de 1,7m conforme equação 4, e
a prumagem será realizada seguindo o ângulo de 38°.
Neste ponto será retirado o poste existente de 10/150 daN e estrutura N1 (figura 20), e
colocado novo poste de 11/300 daN com estruturas N1Ap (trifásica) e UP3 (monofásica).
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Ponto 02
Para este ponto (figura 16), chegou-se a uma tração final de 103 daN, conforme cálculo
abaixo, onde foi usado um poste de 11/300 daN, que irá suportar a tração definida.
𝐸𝑅 = 325 𝑑𝑎𝑁
𝛼 18
𝑇𝐹 = 2. 𝐸𝑅 sin = 2.325. (sin ) = 103 𝑑𝑎𝑁
2 2
Neste poste serão utilizados estruturas do tipo UP1. No local já foi instalado o poste sem
base concretada (figura 22), com engastamento de 1,7m conforme equação 4, e a prumagem foi
realizada seguindo o ângulo de 18° .
a) Ponto 03
Para este ponto utilizou-se estruturas do tipo UP3. No local já foi instalado o poste com
base concretada e transformador (figura 24), feito aterramento do poste (figura 25), e cerca de
4 fios (figura 26) que passa lateralmente, conforme projeto.
Por ser um poste de 600 danN a base teve que ser concretada com engastamento de
1,7m conforme equação 4, com camadas distribuídas de 50 cm no fundo da cava em concreto
socado, seguido de 20 cm de terra socada dependendo do comprimento do poste e mais 50 cm
de concreto socado, resultando na superfície 15 cm de terra a ser compactada. Toda superfície
do poste na faixa concretada foi protegida por plástico, a fim de facilitar a retirada, sem danificá-
lo.
Este projeto foi realizado de acordo com a norma técnica N-321.002 da CELESC
distribuição S.A.
Encontra-se em fase de construção (figura 27), aguardando o desligamento por parte da
concessionária, do poste a ser substituído, para posterior montagem das estruturas e lançamento
do cabo para alimentação do transformador.
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5 CONCLUSÃO
Neste relatório o principal objetivo foi estudar os critérios básicos para projetos de redes
de distribuição aéreas rurais, de modo a garantir as mínimas condições técnicas, econômicas e
de segurança necessárias a um adequado fornecimento de energia elétrica.
São apresentados os critérios básicos para proteção, seccionamento de redes primárias,
instalação e dimensionamento de postes e estruturas, além da metodologia de elaboração e
apresentação de projeto.
Na realização do estágio consegui pôr em pratica alguns conceitos vistos em sala de
aula, como a utilização de software autoCAD para desenvolvimentos dos projetos. E assuntos
vistos nas disciplinas de distribuição, subestações, transmissões e instalações elétricas. Além
do conhecimento adquirido com os profissionais da Ramaluz Ltda, fontes de grandes
informações, que serão de grande valia para o meu futuro.
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REFERÊNCIAS