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FORMA NORMAL E RESOLUÇÃO NO CÁLCULO PROPOSICIONAL

Definição 1 - Um literal é uma fórmula atômica ou sua negação.

Definição 2 - Uma fórmula F é dita estar na Forma Normal Conjuntiva se e só se F tem a forma
F=F1^F2^...^Fn, n>=1, onde cada F1,...,Fn é uma disjunção de literais.

Exemplos

Exemplo1 - F=(Pv~QvR)^(~PvQ) (está na Forma Normal Conjuntiva)

Definição A fórmula F é dita estar na Forma Normal Disjuntiva se e só se F tem a forma F=F1v..vFn, n>=1,
onde cada F1,...,Fn é uma conjunção de literais.

Exemplo2 F=(~P^Q) v(P^~Q^~R) (está na Forma Normal Disjuntiva)

Procedimento Para passar para a Forma Normal

Passo 1

Use as leis

(F <-> G) = (F->G) ^ (G->F)


(F->G)= ~FvG

para eliminar os conectivos <-> e ->

Passo 2

Use as leis

~(~F) =F
e as leis de De Morgan
~(F ^ G)= ~F v ~G
~(F v G)=~F ^~G

Passo 3

Use as leis de distribuição repetidamente

F v (G^H)= (FvG)^(FvH)
F ^(GvH)=(F^G)v(F^H)

Exemplo

Transforme a fórmula (P v ~Q) -> R na Forma Normal Disjuntiva

(Pv ~Q) -> R = ~(P v ~Q) v R (eliminando a implicação)


(~P ^~(~Q)) v R ( Aplicando de Morgan)
(~P ^ Q) v R

Transforme a fórmula (P ^ (Q -> R) na Forma Normal Conjuntiva


(P ^ (Q -> R)= (P ^ (~Q vR)) (Forma Normal Conjuntiva)

Exercício de Classe

1) Transforme as seguintes fórmulas para a Forma Normal Disjuntiva

a) (~P ^Q) -> R


b) P -> ((Q^R) -> S)

2) Transforme as seguintes fórmulas para a Forma Normal Conjuntiva

a) P v (~P ^Q ^R)
b) (P -> Q) -> R

RESOLUÇÃO NO CÁLCULO PROPOSICIONAL

Baseada no princípio de Robinson (1965) ella parte do conceito de Cláusulas.

Definição1: Uma cláusula é uma disjunção de literais.

Por exemplo, PvQvR é equivalente ao conjunto {P,Q,R}

Definição 2: Uma cláusula vazia (representada por um quadrado) é aquela que não tem literais.

Princípio de Davis e Putman

C1: P
C2: ~ PvQ

Pode-se deletar P, em C1, com ~P. em C2, gerando:


C3: Q

Ou seja: Para qualquer duas cláusulas C1 e C2, se há um literal L1 em C1 que é complementar a um literal
L2 em C2, então delete L1 e L2 de C1 e C2, respectivamente, e contrua a disjunção das cláusulas
remanescentes. A cláusula remanescente é um resolvente de C1 e C2.

Exemplo 1: Calcular o resolvente de C1: PvR e C2: ~PvQ. Nesse caso poderíamos delatar P nas duas
cáusulas e gerar RvQ.

Exemplo 2:

C1: ~PvQvR
C2: ~QvS

o resolvente de C1 e C2 é ~PvRvS

Exemplo 3 :
C1:~PvQ
C2: ~PvR

Não é possível encontrar o resolvente (não há literais complementares)

Teorema: Dada duas cláusulas C1 e C2, um resolvente C, de C1 e C2 é uma consequência lógica de C1 e


C2.

Definição - Dado um conjunto S de cláusulas, uma dedução (resolução) C de S é uma sequência finita C1,
C2,....Ck de cláusulas tal que cada Ci ou é uma cláusula, em S, ou é um resolvente das cláusulas
precedentes Ci, e Ck=C. Uma dedução de vazio de S é chamada de uma refutação , ou uma prova de S.

Exemplo 1:

1. ~P v Q
2. ~Q
3. P

4. ~P (de 1 e 2)
5. Vazia (de 3 e 4)

Exemplo 2:

1. PvQ
2. ~PvQ
3. Pv~Q
4. ~Pv~Q
5. Q ( de 1 e 2)
6. ~Q (de 3 e 4)
7. Vazia (de 5 e 6)

Prova por Resolução

1. Colocar na Forma Normal Conjuntiva


2. Gerar o conjunto de Cláusulas
3. Negar a conclusão
4. Tentar chegar em uma cláusula vazia

Provar o Modus Ponens

P-> Q
P
Deduza Q

Forma Normal Conjuntiva

~PvQ
P
Q
Cláusulas
1. ~PvQ
2. P
3. - Q (com a conclusão negada)
4. Q (de 1 e 2)
5. Vazia (de 3 e 4)

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