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FORMAÇÃO CONTINUADA PELA ESCOLA

DATA: 01/05/2019

Ensino Médio na BNCC

O que é a BNCC – Etapa Ensino Médio?

A BNCC – Etapa Médio é parte integrante da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).
Trata-se de um conjunto de orientações que deverá nortear os currículos das escolas
públicas e privadas de todo o Brasil. A base traz os conhecimentos essenciais, as
competências e as aprendizagens pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da
educação básica em todo o país. Para mais informações sobre a BNCC,
consultehttp://basenacionalcomum.mec.gov.br/bncc-ensino-medio

Qual o principal objetivo da BNCC – Etapa Ensino Médio?

A BNCC – Etapa Ensino Médio pretende promover a elevação da qualidade do ensino


no país, por meio de uma referência comum obrigatória para todas as escolas de
educação básica, respeitando a autonomia assegurada pela Constituição aos entes
federados e às escolas. No caso do Ensino Médio, o ensino não vinha atendendo aos
anseios e necessidades da juventude. A BNCC – Etapa Ensino Médio é um
instrumento que contribuirá na inserção dos jovens no mundo do trabalho e para
que se tornem cidadãos plenos, preparados para os desafios do Século 21.

Quais os marcos legais que amparam a construção da BNCC – Etapa Ensino


Médio?

A proposta teve como pressupostos legais a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e


Base da Educação Nacional (LDB), o Plano Nacional de Educação 2014/2024, a Lei da
Reforma do Ensino Médio e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Ensino Médio.

O que são competências?

Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e


procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e
do mundo do trabalho. Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a
“educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação
da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a
preservação da natureza”.

Quais as competências específicas para o Ensino Médio?

Além das competências gerais da Educação Básica, a BNCC – Etapa Ensino Médio está
organizada por áreas do conhecimento, com a finalidade de integrar dois ou mais
componentes (disciplinas) do currículo, para melhor compreender e transformar uma
realidade complexa. As áreas do conhecimento definidas na BNCC – Etapa Ensino Médio
são Linguagens e suas Tecnologias (Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua
Portuguesa); Matemática; Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química); e Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia).

A carga horária vai mudar?

Para o ensino médio diurno, a carga horária, atualmente de 2.400 horas, deverá ser
ampliada para 3.000 horas, até o início do ano letivo de 2022. No ensino médio noturno, a
proposta pedagógica poderá, para garantir a permanência e o êxito desses estudantes,
que enfrentam questões como trânsito e emprego, ampliar a duração do curso para mais
de 3 (três) anos, com menor carga horária diária e anual, garantido o total mínimo de
2.400 (duas mil e quatrocentas) horas até 2021 e de 3.000 (três mil) horas a partir do ano
letivo de 2022.. A carga horária é definida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
do Ensino Médio.

Qual a diferença entre BNCC e currículo?

A BNCC define as competências e conhecimentos essenciais que deverão ser oferecidos


a todos os estudantes na parte comum (1.800 horas), abrangendo as quatro áreas do
conhecimento e todos os componentes curriculares do Ensino Médio definidos na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCN) do Ensino Médio. As disciplinas obrigatórias nos três anos de Ensino Médio
são Língua Portuguesa e Matemática. No caso de Língua Estrangeira há a
obrigatoriedade do inglês, o que não impede a escola de acrescentar outras. O
restante do tempo será dedicado ao aprofundamento acadêmico nas áreas eletivas ou a
cursos técnicos, a saber: Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias;
Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
Formação técnica e profissional. Os currículos é que vão estabelecer como atender às
orientações da BNCC e envolverão aspectos como material didático, metodologia de
ensino, preparação dos professores e avaliações. Compete às redes de ensino e às
escolas elaborarem os currículos, considerando a BNCC e as realidades e necessidades
locais.

Qual o papel das Diretrizes Curriculares Nacionais para a homologação da BNCC –


Etapa Ensino Médio?

As DCN do Ensino Médio orientam o planejamento curricular, indicam a estrutura. É


como se fossem a arquitetura do Ensino Médio. Entram em aspectos que não competem
à Base, como a situação do estudante que ainda está cursando o Ensino Médio antigo, a
carga horária da educação a distância, as possibilidades de parceria, a estrutura básica
do novo Enem. Já a BNCC é um documento eminentemente pedagógico, que detalha
as competências e as habilidades esperadas nas áreas de conhecimento. Ambos
foram construídos em alinhamento com a reforma do Ensino Médio, são complementares
e devem ser considerados na elaboração dos currículos e organização da oferta pelas
escolas e redes.

Quando a BNCC entra em vigor?

A BNCC – Etapa Ensino Médio será obrigatória e irá nortear os currículos das escolas de
Ensino Médio. No primeiro ano letivo subsequente à data da publicação os sistemas de
ensino deverão estabelecer um cronograma, iniciando o processo de implementação a
partir do segundo ano letivo.

Como a diversidade e as diferenças regionais são tratadas na BNCC – Etapa Ensino


Médio?

A BNCC – Etapa Ensino Médio dá autonomia às redes de ensino e às escolas. O


documento prevê conteúdos mínimos, mas caberá às secretarias de Educação e às
escolas elaborar os currículos e projetos pedagógicos, tendo plena liberdade para
considerar as diferentes realidades locais.

Como fica o ensino técnico-profissional?

A formação técnica e profissional será mais uma alternativa para o aluno. Antes, o jovem
que quisesse cursar uma formação técnica de nível médio precisava ter 2.400 horas no
ensino regular e mais 1.200 no técnico, totalizando 3.600 horas. Agora, o jovem poderá
optar por uma formação técnico-profissional dentro da carga horária do Ensino Médio,
sendo 1.800 horas-aulas dedicadas às áreas do conhecimento e 1.200 para os itinerários
formativos, totalizando 3.000 horas. Ao todo, são cinco itinerários formativos, sendo um
para cada área do conhecimento (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática, Ciências
da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional).
O itinerário formativo é de livre escolha do aluno, mas a escola deverá oferecer pelo
menos um deles.

Os alunos terão de estudar somente em escolas técnicas?

As escolas e redes de ensino têm autonomia para organizar o ensino técnico e


profissional e deverão orientar seus estudantes, inclusive na escolha dos itinerários, tendo
como princípio que a formação geral e a técnico-profissionalizante são indissociáveis. Os
estudantes poderão, por exemplo, fazer a formação técnica e profissional em outra
instituição, cabendo à escola de origem emitir a certificação. As redes também poderão
firmar parcerias com instituições educacionais que ofertem ensino profissionalizante,
desde que devidamente reconhecidas pelos sistemas de ensino, cabendo também à
escola de origem emitir a certificação.

Como as escolas irão organizar os itinerários formativos?

As escolas e as redes de ensino têm autonomia para organizar seus itinerários


formativos, sendo que cada escola deverá ofertar pelo menos um itinerário. Para garantir
opções aos estudantes, cada município deverá ofertar pelo menos dois itinerários. Essa
foi uma das demandas apresentadas durante o processo de audiências públicas, para
que os estudantes que vivem nos pequenos municípios tivessem as mesmas
oportunidades. O MEC irá disponibilizar um guia de implementação dos itinerários
formativos, após a votação da Base no CNE e homologação do documento pelo
ministério. A estrutura dos itinerários formativos é definida pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) do Ensino Médio.

O ensino médio poderá ser feito totalmente à distância?

Não. O ensino a distância é uma opção para as redes de ensino, que poderão adotá-lo ou
não mediante suas necessidades e controle de qualidade, preferencialmente nos
itinerários formativos. Para oferecê-lo, precisarão disponibilizar suporte tecnológico e
pedagógico. O assunto também deverá passar por discussões e aprovação pelos
Conselhos Estaduais de Educação. Além disso, a maior parte do currículo será sempre
data em aulas presenciais. No ensino diurno a carga máxima a distância poderá chegar a
20% do total de horas e deverá ser adotada preferencialmente nos itinerários formativos.
Numa carga de 3.000 horas, 600 horas poderão ser à distância. No ensino noturno, em
razão das especificidades do estudante em relação a questões como trânsito e trabalho, a
carga a distância pode alcançar até 30%. Considerando-se 3.000 horas, seriam 900
horas. As normas para o ensino a distância são definidas pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) do Ensino Médio.

Como fica a situação dos alunos que estão cursando o ensino médio pelas normas
antigas?

Os estudantes matriculados em data anterior à implementação dessas diretrizes têm


direito de concluir os estudos segundo as normas antigas ou de migração para a nova
organização curricular. Nesse caso, terão garantia de aproveitamento integral dos estudos
e a escola não poderá estender o curso. A regra é definida pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) do Ensino Médio.

Como fica o Enem com a BNCC – Etapa Ensino Médio?

É provável que a mudança ocorra em 2021. Com a homologação da BNCC no fim de


2018, as escolas e redes terão o ano seguinte para compor seus currículos, ou seja,
2019. As provas continuarão em dois dias. No primeiro, serão cobradas as competências
e habilidades das quatro áreas gerais da BNCC (linguagens, matemática, ciências da
natureza e ciências humanas). Para o segundo dia, as provas serão de acordo com os
itinerários formativos. A inclusão do itinerário de formação técnica e profissional,
especificamente, está em discussão. As alterações foram definidas pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) do Ensino Médio.

FONTE: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base

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