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BOLETIM TÉCNICO

TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

1. INTRODUÇÃO.

Nos trabalhos de construção, exploração e manutenção das linhas de transporte de


energia acontecem situações em que teremos o lançamento de cabos para-raios e
condutores, dependente de um cruzamento ou travessia, sobre obstáculos de diversos
tipos e características tais como: Linhas elétricas de alta, média e baixa tensão, Redes de
telecomunicação, Rodovias, Ruas e Avenidas, Estradas vicinais, Ferrovias, Tubulações
metálicas, Áreas de vegetação permanente, Mananciais de agua e vias navegáveis,
Benfeitorias e Edificações, e outros obstáculos.

Este texto trata dos critérios para construção dos cavaletes de proteção nas travessias,
durante o lançamento de cabos em Linhas de Transmissão, visando possibilitar que a
transposição dos obstáculos seja executada com a segurança necessária.

A execução das travessias que constituem obstáculos nas linhas de transmissão é uma
atividade que exige planejamento prévio. Quando isto acontece o construtor deve executar
o lançamento dos cabos aéreos para-raios e condutores, sob esse planejamento, de forma
a prevenir acidentes durante os trabalhos, principalmente sobre redes elétricas
energizadas.

Além de proteger as instalações e benfeitorias de terceiros, o objetivo das providencias é


também proteger a integridade dos cabos a lançar, durante a sua execução. Cada
travessia tem sempre uma ou mais diferenças de outros cruzamentos já construídos ou A
construir. Todas apresentam algumas particularidades e dificuldades, sendo algumas
travessias consideradas de alta complexidade. Deve-se diferenciar, por exemplo, as
particularidades dos lançamentos sob tensão e aquela dos lançamentos não
tensionados.

Diversas áreas da empresa estão envolvidas neste processo, desde o setor Técnico de
Projeto ou Controle da Qualidade com a missão de elaborar, distribuir e controlar os
planos de lançamento, terminando com as áreas de Produção e Supervisão que executam
e controlam a execução das travessias.

Contato:
Este texto sobre o planejamento da travessia de obstáculos nas linhas de transmissão faz parte da nossa
apostila de treinamento sobre a Construção de Linhas de Transmissão de Alta Tensão.

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Figura 1 – Grau de complexidade das travessias

2 – TECNICAS ALTERNATIVAS.

Há várias alternativas de trabalho comumente utilizadas, que podem ser adotadas na


transposição dos obstáculos durante a construção das linhas de transmissão. O construtor
também pode adaptar ou desenvolver outras técnicas de passagem dos cabos sobre os
obstáculos, sujeitas a aprovação, e desde que travessia seja executada com os devidos
cuidados.

• Uso de cavaletes de proteção;

• Uso de andaimes metálicos

• Transposição por meio de guindastes;

• Etc.

A alternativa mais utilizada, e mais simples, é por meio da construção de cavaletes de


proteção ou empalcaduras que são estruturas do tipo pórtico, em forma de montantes e
trave, estaiadas ou não estaiadas. Nestas Proteções os prumos dos pórticos são
montantes metálicos ou postes de madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com um
diâmetro mínimo na zona da ligação à travessa de 15 centímetros.

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ALTERNATIVAS DE TRABALHO

Alternativa de travessia com os cavaletes de proteção.

Alternativa de travessia com os cavaletes de proteção.

Linha desligada e com Linha desligada e com


empalcadura de apoio guindaste e sem empalcadura

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ALTERNATIVAS DE TRABALHO

Montagem mecânica com Travessia com apoio de


munck esporeiro

Acidente por queda do Proteção de cabos com capa


andaime isolante

Travessia com apoio de Empalcadura com malha de


montador em cesta de trabalho proteção simples

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ALTERNATIVAS DE TRABALHO

Travessia com lançamento Travessia com lançamento


sem tração tracionado

Com linha desligada e sem Com linha desligada e com


sistemas de proteção andaime comum

Com linha ligada e com Travessia sobre areas


andaime especial densamente povoadas

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3. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES.

Planejamento prévio - Como foi dito, os métodos e técnicas a serem apresentados pela
construtora são de livre escolha, sujeitos a posterior aprovação. Conforme o grau de
complexidade da travessia, a concessionaria da linha a ser construída deve exigir uma
programação e projetos especiais para execução dos serviços, sendo que, para as
travessias sobre linhas energizadas, será obrigatória a apresentação da metodologia de
execução dos serviços e uma análise de risco específica junto à elaboração de um PEX-
Programa Executivo.

Autorizações para execução - As travessias são executadas atendendo as


recomendações das concessionarias de transmissão, constituídas e autorizadas, mediante
consulta das especificações internas e dos órgãos oficiais, com posterior aprovação do seu
planejamento prévio. Para tanto é necessário que a empreiteira forneça, preliminarmente,
o plano de trabalho incluindo a metodologia e o desenho esquemático da transposição dos
obstáculos para essa aprovação.

Autorização dos proprietários - Independente do tipo de concessão objeto do


cruzamento ou da natureza da dos documentos de aprovação, as travessias sobre linhas
elétricas, estradas, e outras facilidades de concessão, será oficializado por meio de um
pedido formal à concessionária ou proprietário, solicitando a liberação dos serviços.

4 – DETALHES CONSTRUTIVOS.

4.1 - Locais de instalação - A empreiteira deverá projetar, fornecer materiais e instalar o


sistema de proteção adequada o para transpor os obstáculos que possam danificar o cabo
em lançamento, ou possam ser danificados por estes ou pelo cabo piloto. Os principais
obstáculos que existem durante o lançamento de cabos de uma linha de transmissão são
os seguintes:
a) Linhas eletricas de media e alta tensão;
b) Rodovias estaduais ou federais ou municipais asemelhadas;
c) Linhas eletricas de baixa tensão;
d) Redes de telecomunicação;
e) Estradas municipais secundarias e/ou rurais vicinais;
f) Estradas de ferro não eletrificadas;
g) Benfeitorias diversas, edificaçoes nao habitadas e terrenos cultivados;
h) Rios, Lagos, Canais, Vias navegáveis, açudes ou outros mananciais de agua.
i) Tubulações metálicas de agua, esgotos, gasodutos ou assemelhados;
j) Parques ecológicos ou áreas de vegetação permanente;
k) Outros obstáculos como cercas de arame, eletrificadas ou não, quando houver
necessidade de serem mantidas as distâncias adequadas sobre o obstáculo a ser
atravessado.

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DIFERENTES TIPOS DE TRAVESSIAS

Travessia de estrada Travessia de


Travessia em área
vicinal ou de serviço manancial de água
urbana

Travessia de rede Travessia de rodovia


Travessia de via
elétrica pavimentada
municipal

Travessia de área Travessia de área Travessia de duto


cultivada com invasões de gás natural

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Locação das proteções no campo - A localização das travessias e dos cavaletes devem
ser indicadas nos Planos de Lançamento de Cabos Para-raios e Condutores. Quando
houver dúvidas sobre a exata localização do cavalete, a topografia deverá ser solicitada
para executar a locação.

Figura 2 – Locação dos cavaletes de proteção x plano de lançamento.

Constituição das proteções – As proteções do tipo cavalete ou pórtico são constituídas


de fundação, montantes ou colunas, viga ou trave ou travessa, estais, malha trançada,
sistema de aterramento (quando necessário), etc. Tais proteções podem ter seus
montantes e travessas devidamente estaiadas ou não, dependendo das características da
travessia.

Figura 3 – Materiais de construçao dos cavaletes de proteção.

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Fundação dos montantes – São os elementos de sustentação dos montantes, cuja


profundidade de engastamento segue a mesma regra utilizada nos postes de
distribuição, calculado pela aplicação de 10% do comprimento total do montante + 0,60
m. Os montantes são engastados no terreno na profundidade calculada, sendo a
profundidade mínima recomendada de um metro, e uma abertura menor possível, a ser
adaptada à seção transversal do montante. Se as escavações se situarem em terreno
rochoso, neste caso, devem ser abertos preferencialmente por meio de martelo
pneumático, visando evitar o uso de explosivos.

Ou blocos de
concreto

Figura 4 – Detalhes de fundações

Montantes ou colunas – São os elementos engastados no solo que servem de


sustentação da estrutura de proteção. Os montantes são construídos com troncos de
madeira (Ex: eucalipto ou madeira de extração aprovada) com diâmetros entre 15 e 30
cm aproximadamente, condizentes com o tipo e características dos obstáculos a serem
transpostos. Excepcionalmente, e com o acordo o proprietario da obra, os montantes
podem ser de colunas metálicas treliçadas, mediante aterramento, nas condições onde
há risco de induções elétricas. Em alguns casos, dependendo da altura, poderão ser
utilizados andaimes metálicos amarrados em postes de madeira (eucalipto ou madeira
de extração aprovada). No modelo tradicional, mais simples são necessários, no mínimo,
dois montantes.

Montantes de madeira Montantes metálicos

Figura 5 – Detalhes de montantes (madeiras e montantes treliçados)

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Vigas ou trave - Na parte superior da proteção são instaladas vigas ou traves,


preferencialmente de madeira tratada, como as varas de eucalipto, do mesmo tipo
utilizada nos montantes. As travessas em madeira devem possuir diâmetro suficiente de
modo a que na zona de ligação ao prumo tenha no mínimo 10 centímetros. Vigas
metalicas não são aqui recomendadas. Podem ser uitlizadas, após objeto de estudos e
consultas.

Figura 6 – Detalhes de vigamento

Estais – Em determinadas circunstancias, os cavaletes devem ser obrigatoriamente


atirantados, para resistir às eventuais quedas dos cabos condutores ou proteger da ação
de arrasto dos mesmos, especialmente, durante a passagem das emendas dos cabos
sob lançamento. O estaiamento do cavalete fica a critério do projetista responsável ou
do chefe de campo/turma, em função da segurança exigida, em cada da travessia e
para cada perfil do terreno. A fixação da viga (trave) poderá ser feita por meio de
parafusos ou amarrações com cabos de aço.

Figura 7 – Materiais para estaiamento e malha de proteção

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Malha trançada – Sempre que necessário, deverá ser instalada uma rede ou malha de
proteção, com material não condutor (corda comum ou corda de seda), para evitar que
os cabos, ao serem lançados, não toquem os elementos objeto de cruzamento.
Excepcionalmente, dependendo da travessia, de comum acordo com o proprietario da
obra, as malhas podem ser de cabo de aço revestido de material isolante. Nos casos de
travessias sobre Redes Elétricas, Rodovias Estaduais / Federais a proteção deve ser
trançada com corda apropriada (seda), formando uma rede, como mostra o desenho
abaixo. O trançado da proteção com cordas, pode ser mais simples ou mais complexo,
desde que não permita que o cabo passe através dos espaços existentes da rede
trançada. Montantes postes que suportam redes de proteção deverão ser estaiados.

Trançado mais complexo Trançado mais simples

Figura 8 – Trançado das malhas de proteção.

Sistema de aterramento – Quando necessário, a empreiteira deverá realizar um sistema


de aterramento adequado de componentes metalicos, dos cavaletes de proteção, nos casos
de lançamento sobre linha energizadas ou nas suas proximidades, especialmente quando
se adotam montantes e vigas metálicas.

Figura 9 – Materiais para


aterramento

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Figura 10 – Cavaletes de proteção com montantes e vigas de madeira

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Figura 11 – Cavaletes de proteção com montantes metálicos e vigas de madeira

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Montagem das proteções – A montagem dos cavaletes é comumente feita utilizando-se


de guindautos, instalados em caminhões. Na retirada, após a fase de grampeação dos
cabos condutores, aplica-se a mesma técnica. A montagem manual fica restrita aos
cavaletes de pequena altura. A fixação da viga (trave) poderá ser feita por meio de
parafusos ou amarrações com corda ou (estropo) cabo de aço que não entrem em contato
com o cabo a ser lançado ou uma combinação parafuso + corda, porém de modo que
estabeleça uma fixação segura.

Figura 12 – Uso de montador esporeiro

Figura 13 - Alternativa mista de lançamento

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Altura das proteções - A altura dos cavaletes será em função do perfil do terreno e da
altura do objeto de proteção. Os cavaletes de proteção para os obstáculos normais de até
15 m de altura, aproximadamente, poderão ser varas de eucaliptos. A altura máxima dos
prumos, não é segura, ao exceder os 25 metros.

Se o obstáculo a transpor tiver uma altura maior que 25,00m, deve ser estudado, caso a
caso, a necessidade de adotar outras alternativas de transposição.

No caso de rodovias, ferrovias e estradas vicinais/ secundárias, a altura dos cavaletes


deverá ser medida, tendo como referência o eixo das mesmas ( altura do cavalete = eixo
da via até a parte inferior da travessa ).

Nas linhas de distribuição e transmissão a construção dos cavaletes deverá ser,


rigorosamente, respeitar as distâncias elétricas criticas de isolamento, com relação à
movimentação dos equipamentos utilizados (caminhão munck, trator, etc.).

Na consideração de altura da proteção e distância para os cabos de uma linha energizada,


considerar as distâncias elétricas com em funcionamento n temperatura máxima de
operação, diante da estimativa de abaixamento das flechas.

•Nas Estradas Vicinais/Secundárias os cavaletes poderão ser instalados por fase, com
largura de 5m (mín).

•# Altura do topo da travessa até os cabos das redes elétricas / telefônicas.

•* Cavalete afastado no mínimo a largura total do acostamento.

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a ) LINHAS ELÉTRICAS DE MÉDIA E ALTA TENSÃO.

Neste grupo se inclui as ferrovias eletrificadas. Cabe apresentar planejamento, metodologia


de execução dos serviços e análise de risco específica, para cada travessia, as quais serão
analisadas e aprovadas. Os métodos e técnicas apresentados são de livre escolha e serão
submetidos à aprovação, e as medidas de proteção devem ser sempre tomadas de comum
acordo com o responsável pela linha a ser transposta.

De acordo com os entendimentos entre as partes interessadas, pode ser adoptada uma das
seguintes soluções: Travessia com a linha desligada (fora de tensão) ou Travessia com
linha energizadas (sob tensão);

A. – Travessia com a linha desligada (fora de tensão): É a opção a ser adotada,


sempre que possível. Ou seja, o lançamento de cabos sobre Linhas de Distribuição ou
Transmissão de qualquer nível de tensão, preferencialmente, será feito com o
desligamento da linha a ser atravessada, com respectivas proteções. A linha deve ser
consignada e, no local, o responsável de trabalhos deve proceder à ligação à terra e em
curto-circuito dos condutores, depois de ter confirmado a ausência de tensão.

B. – Travessia com linha energizadas (sob tensão) – Quando a alternativa de linha


desligada (LD ou LT) não for autorizada, a opção e fazer a transposição com linha
energizada de um ou mais circuitos. Essa transposição somente deverá ser executada
por empresa credenciada, habilitada em serviços sobre Linha Viva, com as respectivas
proteções (cavaletes, calhas isolantes, bloqueio de religamento automático, etc.);
Somente equipes treinadas quanto aos procedimentos de travessia sobre Linha Viva
poderão coordenar e executar as travessias das linhas energizadas. O Religamento
Automático das LTs e LDs deverá ser sempre bloqueado. Deve-se manter uma
permanente comunicação entre o Supervisor de Serviço e o Centro de Operação do
sistema de Potência.

Condições da linha a cruzar – No cruzamento de linhas com tensões mais baixas, o


cruzamento pode ser possível, com o isolamento do cabos ou o corte dos condutores da
linha aérea e sua substituição temporária por cabos isolados, devidamente protegidos. Em
qualquer situação a travessia a se efetuar com a linha em tensão, esta deve ser colocada
num regime de exploração tal que a regulação das temporizações seja a mais baixa
possível e as religações automáticas devem ser suprimidas. As operações de passagem dos
cabos de apoio e das cordas guia, sobre a linha em tensão, devem ser executadas com a
rede em Regime Especial de Exploração.

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Precauções de montagem - Durante a montagem dos pórticos, no cruzamento ou nas


proximidades de outras linhas de transmissão ou distribuição, deve-se ter em conta as
distâncias de segurança em trabalhos na vizinhança de instalações em tensão. A
movimentação dos montantes durante a sua instalação deve ser controlado por meio de
cordas (isolantes, quando necessário). Os meios mecânicos de elevação utilizados não
devem aproximar-se dos cabos energizadsos além da distância mínima de isolamento
estabelecida para cada nível de tensão. Regra geral os montantes metálicos devem ser
ligados à terra por intermédio de um elétrodo de terra.

Detalhes de montagem - Nas travessias sobre redes elétricas serão executados cavaletes
com largura total. São montados obrigatoriamente dois pórticos, um de cada lado da linha
a proteger. Nestas proteções os montantes dos pórticos são montadas com intervalos não
superiores a 6 metros. Serão instalados tantas colunas quantas forem necessárias, de
modo que a travessa ultrapasse em, pelo menos, 1 metro a posição dos condutores
exteriores da linha em montagem. Nos cavaletes de proteção com alturas elevadas e
terrenos pouco resistentes, as fundações dos montantes devem ser reforçadas, por
exemplo, com solo-cimento ou concreto ciclópico, para melhorar a resistência ao
tombamento.

Figura 14 – Travessias de linhas de transmissão

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Figura 15 – Travessias de linhas de transmissão

Viga e travamento - A ligação da travessa ao prumo deve ser feita parafusos, com corda
ou cabo de aço flexível de diâmetro de 6 a 8 milímetros. As travessas devem ficar
montadas acima da linha a proteger a uma distância não inferior ao estabelecido, com um
mínimo de 2,5 metros. As sobreposições das pontas das travessas devem ser amarradas
entre si com corda, quando for caso.

Fundações dos estais – Geralmente são fundações executadas com uma haste de ferro
fixada em toros de madeira enterrados no solo ou bases de concreto.

Estaiamento - Os pórticos, depois de devidamente montados, devem ser estaiados,


geralmente, com cordas ou cabo de aço flexível de 8 milímetros de diâmetro, do seguinte
modo:
a) Estaiamento transversal - Entre pórticos, instalar estais envolvendo os montantes e a
viga e prolongando-se longitudinalmente para ambos os lados, devidamente esticados e
atrelados às fundações dos estais.
b) Estaiamento longitudinal - De cada pórtico (no sentido das travessas) instalar estais, do
mesmo modo, do ponto anterior.

Malha de proteção – Nas vigas laterais, entre si, é montado a malha horizontal de
proteção sobre a linha a proteger, que pode ser constituído ou por rede de corda sintética
ou pela disposição de cordas sintéticas cruzadas, na forma de X. A ligação de cabos entre
os montantes permite proteger a travessa de eventuais choques violentos com os
condutores em desenrolamento, pelo que deve ficar colocada debaixo das travessas nos
cruzamentos superiores e por cima nos inferiores. Nas proteções de linhas de alta tensão
o travamento flexível entre pórticos, sobre a linha a cruzar, deve ser feito com corda
sintética, isolante.

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Condições de lançamento dos cabos - Coloca-se cavaletes de proteção em seguida é


feita uma malha de corda de seda, seca, sobre a LT existente, ligando os cavaletes, passa-
se uma corda de seda sobre esta malha e puxa um pré-piloto com tensão, para em seguida
puxar o piloto. A tensão de lançamento deverá ser tal que as distancias deve estar sempre
acima da distancia de segurança. O serviço de proteção para passagem dos cabos é
semelhante a travessia de estradas.

Os equipamentos de lançamentos (freios e guinchos) deverão estar devidamente


aterrados. O aterramento para o operador da máquina é feito com uma malha terra (tela
de proteção) aterradas com hastes e conectada a esta tela de proteção, em seguida é feito
um tablado de madeira e sobre este tablado de madeira é colocada uma manta de
borracha, a área de. serviço é devidamente demarcada, protegida e sinalizada. Os cabos
condutores e piloto são aterrados com uso de roldadas de aterramento que atua sobre os
cabos com uma pressão através de molas. Nas estruturas adjacentes da LT em serviço
deverão também possuir roldadas de aterramentos dos cabos. Outra medida de proteção
a ser tomada, é solicitar da operação da LT existente o bloqueio dos relés de religamento
automático das mesmas.

b) RODOVIAS ESTADUAIS OU FERDERAIS OU MUNICIPAIS ASSEMELHADAS.

Geralmente, são montados três pórticos, um de cada lado da via a proteger e um terceiro
na faixa de separação (quando for o caso), de canteiro central, não pavimentada, se
houver largura suficiente. Caso contrário, utilizar no mínimo dois cavaletes de proteção,
um de cada lado da rodovia. As travessas devem ser montadas de maneira a garantir uma
distância mínima ao solo de pelo menos 8 metros.
As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das
travessas e estaiamento dos pórticos são as mesmas já referidas anteriormente. A
configuração e o travamento dos pórticos e do conjunto são feitos do mesmo modo
anterior. Para a localização dos pórticos relativamente às faixas de rodagem consultar a
concenssionária exploradora da via.

Regra geral os montantes e estais deverão ser fixados ao solo fora da faixa de domínio
das rodovias, com exceção do cavalete central (não necessariamente estaiado no solo). Em
casos excepcionais, mediante acordo entre o proprietário ou responsável pela linha de
transmissão e a entidade responsável pela rodovia, os suportes poderão ser colocados
dentro das faixas de domínio da rodovia ou nos canteiros centrais das rodovias com pistas
múltiplas. Os pés dos suportes colocados dentro das faixas de domínio das rodovias não
poderão situar-se na faixa constituída pela pista de rolamento, acostamento e sarjeta,
devendo guardar distância mínima de 10m das cristas dos cortes e das saias dos aterros.

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Figura 16 – Travessias de linhas de transmissão

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c) LINHAS ELETRICAS DE BAIXA TENSÃO.

Cabe apresentar planejamento, metodologia de execução dos serviços e análise de risco


específica, para cada travessia, as quais serão analisadas e aprovadas. A contratada
deverá providenciar, junto aos órgãos competentes, a aprovação dos serviços. Os
cavaletes de proteção são requisitos necessários na maioria das vezes. Quando necessário,
nas travessias sobre redes telefônicas, redes elétricas, rodovias estaduais ou federais,
ferrovias, devem ser executados cavaletes com largura total.

São montados no mínimo dois pórticos, um de cada lado do obstáculo a proteger. As


regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das
travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas exigidas em 2. As travessas devem
ficar montadas de modo a que no pórtico mais baixo fiquem, pelo menos, 1,5 metros
acima do obstáculo a transpor. Outra alternativa é montar cavaletes menores,
segmentados, sendo um para cada fase da linha.

Figura 17 – Travessias de linhas de distribuição

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Figura 18 – Travessias de linhas de distribuição

d) REDES DE TELECOMUNICAÇÃO.

Travessia sobre linha de telecomunicação não necessita de apresentação de projeto de


travessia junto à empresa proprietária. Convém, simplesmente comunicar por via escrita ,
a execução dos serviços. No entanto, deverão ser examinados, em cada caso, os possíveis
efeitos da linha de transmissão sobre a mesma. No caso de travessia sobre linha de
telecomunicação, deverá ser dada especial atenção à possibilidade de inversão da flecha
desta linha pela ação do vento, devido à utilização de cabos condutores de bitolas
pequenas. Apenas um cavalete de proteção é necessário necessário, na maioria das vezes.

São montados no mínimo dois pórticos, um de cada lado do obstáculo a proteger. Caso se
julgue necessário poderão ser colocados cavaletes dos dois lados da linha telefônica, com
largura total. Quando necessário, nas travessias sobre redes telefônicas devem ser
executados cavaletes com largura total. Caso seja colocado um único cavalete para
proteção de rede telefônica, a distância entre a rede e o cavalete depende da altura que for
estabelecida para o cavalete, entretanto, a distância deve ser a mínima possível. Para
proteção de redes elétricas/telefônicas, altura é estabelecida do topo da travessa até os
cabos das redes.

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apostila de treinamento sobre a Construção de Linhas de Transmissão de Alta Tensão.

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BOLETIM TÉCNICO

TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das


travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas exigidas em 2. As travessas devem
ficar montadas de modo a que no pórtico mais baixo fiquem, pelo menos, 1,5 metros
acima do obstáculo a transpor.

Figura 19 – Travessias de rede de telefone

e) ESTRADAS MUNICIPAIS SECUNDÁRIAS E/OU RURAIS VICINAIS.

Cabe elaborar planejamento, metodologia de execução dos serviços e análise de risco


específica, para cada travessia, as quais serão analisadas e aprovadas, internamente.
Tomar as medidas adequadas em concordância com o proprietário. Externamente,
dependerá das exigências dos proprietário, especialmente no caso de estradas municipais.

Quando necessário, nas travessias sobre estradas municipais secundarias e/ou rurais
vicinais devem ser executados cavaletes com largura total. São montados tantos pórticos,
quantos os que forem necessários para proteger a zona em causa. As travessias sobre
estradas vicinais ou secundárias poderão ser executadas cavaletes por fase. A altura dos
cavaletes será em função do perfil do terreno e da altura da proteção necessária. Deve-se
sinalizar adequadamente o local de trabalho. Avisar as pessoas e manter a vigilância
adequada.

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das


travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas exigidas,para os casos anteriores. O
estaiamento pode no entanto ser feito com corda de nylon. As travessas devem ficar
montadas de modo a que fiquem, pelo menos, 1 metro acima do obstáculo a transpor.

Porém, nem sempre será necessária a construção de cavaletes de proteção na


transposição estradas rurais ou vicinais, digamos, nos locais de passagem com pouca
frequência de pessoas e veículos. Quando não houver cavalete, colocar vigilância no local,
especialmente houver lançamento sob tensão, durante a subida inicial do cabo em
lançamento.

Figura 20 – Travessias de estrada municipal

f) ESTRADAS DE FERRO NÃO ELETRIFICADAS.

Quando necessário, nas travessias sobre ferrovias não eletrificadas, devem ser executados
cavaletes com largura total. Cabe apresentar planejamento, metodologia de execução dos
serviços e análise de risco específica, para cada travessia, as quais serão analisadas e
aprovadas. A contratada deverá providenciar, junto aos órgãos competentes, a aprovação
dos serviços. Deverá ser controlado o tráfego de maquinas com comunicação eficiente com
um responsável pela ferrovia (através de radio ou telefone), e caso necessário, exigir a
presença do responsável no local.

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

Os cavaletes deverão ter a altura calculada de forma que a flecha do cabo não ofereça
riscos durante o trânsito das máquinas ferroviarias. Os cavaletes de proteção são
requisitos necessários na maioria das vezes.

Os suportes deverão ser colocados fora das faixas de domínio das ferrovias. No caso de
suportes estaiados, os estais deverão ser fixados ao solo fora da faixa de domínio. Em
casos excepcionais, mediante acordo entre o proprietário ou o responsável pela linha de
transmissão e a entidade responsável pela ferrovia, serão permitidas travessias sobre as
áreas de estações ferroviárias ou colocação de suportes dentro das faixas de domínio de
ferrovias.

Nas travessias sobre Estradas de ferro eletrificadas, alem das observaçoes citadas para
linhas de transmissao energizadas, devem ser executados cavaletes com largura total e a
distância mínima de segurança calculada entre os cabos condutores e a ferrovia deverá ser
referida à superfície de rolamento da mesma. A distância de segurança do cabo condutor
deverá ser verificada em relação à linha de energia elétrica de suprimento da ferrovia.

Figura 21 - Fotos de ferrovias não eletrificadas

Ainda no caso de ferrovia eletrificada é indispensável os estudos de interferência


eletromagnética, tendo em vista as correntes elétricas que circularão por meio do solo,
durante a sua convivência com as linhas de transmissão.

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

Figura 22 – Travessias de ferrovias não eletrificadas

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

g) BENFEITORIAS DIVERSAS, EDIFICAÇÕES NÃO HABITADAS TERRENOS


CULTIVADOS.

Os cavaletes de proteção podem ou não serem requisitos necessários. Dependendo do


obstáculo pode ser necessário apresentar um planejamento, metodologia de execução dos
serviços e análise de risco específica, os quais serão analisadas e aprovadas. Na maioria
das vezes é necessária, apenas uma comunicação simples, ao proprietário do objeto de
cruzamento. As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e
fixação das travessas e espiamento dos pórticos são as estabelecidas conforme a situação
de campo.

Na fase de desenrolamento dos condutores, manter as pessoas afastadas da zona de


trabalhos; Sempre que necessário o acesso a coberturas de edifícios ou habitações, em
que haja risco de queda em altura, ter em conta as medidas preconizadas nas respectivas
fichas. Nas proximidades de ruas e avenidas, havendo possibilidade de choque de veículos
com os suportes da linha de transmissão, os pés dos suportes deverão ser protegidos
convenientemente. As alturas máximas dos veículos que circulam nas ruas e avenidas
atravessadas pela linha de transmissão deverão ser avaliadas e caso necessário, as
distâncias mínimas de segurança previstas nesta norma deverão ser alteradas.

Consoante as características da via a atravessar prever: A informação e autorização das


autoridades do trânsito; A informação e autorização do responsável pela exploração da via,
vigilância constante dos pontos perigosos; Sinalização eficaz e regulamentar (de acordo
com a entidade responsável pela via); Pórticos de proteção de um lado e do outro da
travessia, quando necessário.

Figura 23 – Fotos de travessias de benfeitorias

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

h) RIOS, LAGOS, CANAIS, VIAS NAVEGÁVEIS, AÇUDES E OUTROS MANACIAIS DE


ÁGUA.

Nem sempre será necessária ou possivel a construção de cavaletes de proteção. O


construtor deve analisar as condições de lançamentos dos cabos, caso a caso, incluindo a
verificação de uso dos recursos hídricos para: piscicultura, pesque-pague, esportes
aquáticos, etc.

Dependendo da situação deve-se informar as autoridades competentes ou simplesmente,


ao proprietário, no caso de manancial de água particular.

No caso de rios navegáveis e sob o domínio da Marinha, serão verificadas as condições do


trafego de barcos no período de execução da travessia bem como, providenciar a liberação
formal dos serviços na travessia

Nos casos mais complexos, cabe apresentar planejamento, metodologia de execução dos
serviços e análise de risco específica, para cada travessia, as quais serão analisadas e
aprovadas pelo proprietário da linha de transmissão.

Se o curso de água é navegável, sinalizar adequadamente os trabalhos (presença de


trabalhos, altura limite, etc.) a uma distância adequada ao tipo de tráfego. Contatar o
Serviço de Proteção Civil da região sobre a necessidade de colocar sinalização permanente
nos condutores (visando a eventual utilização do curso de água para abastecimento dos
meios aéreos de combate a incêndios).

Caso necessário, os suportes de travessia não deverão ser instalados em áreas adjacentes
às vias navegáveis, consideradas de preservação permanente.

Em casos excepcionais, mediante acordo entre o proprietário ou responsável pela linha de


transmissão, a entidade responsável pela via navegável e o órgão ambiental, os suportes
poderão ser colocados dentro das áreas adjacentes à via navegável.

Obter autorização quando for necessária uma a limpeza das margens, não preservadas, a
serem trabalhadas adequando o local ao espaço necessário para execução da tarefa. Todos
os envolvidos nos serviços realizados diretamente na água, como a condução de cabos, por
pessoas, no interior de mananciais de água, deverão fazer o uso de coletes salva-vidas.

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

Figura 24 – Travessias sobre mananciais de agua

i) TUBULAÇÕES METÁLICAS DE ÁGUA, GASODUTOS OU ASSEMELHADOS.

Não se enquadra na necessidade de construção de cavaletes de proteção. Porém, Na


travessia sobre tubulação metálica de grande porte, deve existir um cálculo específico de
análise técnica do cruzamento. Essa análise técnica do cruzamento verifica os limites de
influência eletromagnética da linha de transmissão, na condição mais desfavorável, de
modo que a soma algébrica da tensão induzida na tubulação por acoplamento magnético
com a elevação do potencial do solo por dispersão de corrente, em qualquer ponto da
tubulação, seja inferior a tensão de perfuração de sua camada protetora. Recomenda-se
plotar os suportes da linha de transmissão, o mais afastado possível da tubulação.
Recomenda-se ainda verificar as condições de aterramento e proteção das tubulações.
Independentemente da existência de um sistema de proteção, comunicar por escrito, ou
ainda que informalmente, a programação de o inico das atividades de lançamento ao
proprietário da tubulação.

A corrente elétrica através


dos cabos condutores gera
um campo elétrico e
magnético a sua volta que
induz tensão em todo o
corpo enterrado ou não
que esteja nas suas
proximidades.

Figura 25 – Indução eletromagnética em dutometalico

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j) Parques ecológicos ou áreas de vegetação permanente

O projeto de travessia sobre florestas ou demais formas de vegetação consideradas de


preservação permanente ou unidades de conservação deverá respeitar as disposições
legais vigentes, dos órgãos federais, estaduais ou municipais. Para a travessia sobre
vegetação de qualquer tipo, recomenda-se atenção especial à definição da altura máxima
de crescimento da mesma, a ser utilizada no cálculo da distancia de segurança. Na maioria
do casos, emprega-se outras alternativas de lançamento ou de proteção. O uso dos
cavaletes de proteção é de necessidade esporádica.

Figura 26 – Travessias sobre ares de florestas

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

k) OUTROS OBSTÁCULOS.

Outros obstáculos como cercas de arame, eletrificadas ou não, quando houver necessidade
de serem mantidas as distâncias adequadas sobre o obstáculo a ser atravessado. Deve ser
estudado caso a caso. Exemplo: Muro ou parede a proteger

Figura 27 – Outros tipos de travessias.

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5 – MEDIDAS DE SEGURANÇA.

A total responsabilidade por danos ou falhas que venham a ocorrer durante o lançamento
é do executantes. A montagem de proteções para cruzamentos, travessias e respectivas
tarefas auxiliares para cruzamentos e travessias de obstáculos, durante a instalação (ou
remoção) de cabos de uma linha eléctrica, deverá seguir rigorosamente as recomendações
mínimas de segurança descritas na Especificação de Segurança estabelecidas pela
concessionária de transmissão.

5.1 - RISCOS INERENTES AS ATIVIDADES

• Atropelamento;
• Choque com objetos;
• Congestionamento de trânsito e restrições de circulação;
• Eletrização ou electrocussão;
• Exposição a ambientes quentes;
• Golpe, perfuração e/ou corte;
• Postural;
• Queda ao mesmo nível;
• Queda de objetos;
• Queda em altura.

5.2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA.

• Caixa de primeiros socorros;


• Medidas de informação, sensibilização e formação;
• Utilização de máquinas, aparelhos e ferramentas adequadas à tarefa;
• Cones ou flat cones sinalizadores;
• Fita sinalizadora, anteparos ou barreiras;
• Eventual sinalização rodoviária temporária (obrigação, desvio e perigo);
• Linha de vida e seus acessórios de acordo com Manual de Trabalhos e Resgate em
Altura;
• Kit´s de resgate para Trabalhos e Resgate em Altura;
• Escadas isoladas (Se aplicável);
• Detector de tensão (Se aplicável);
• Coberturas ou mantas isolantes (Se aplicável);
• Plataformas de trabalho, isoladas (Se aplicável);

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5.3 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

• Esporeiro: Espora, Cinto de Segurança tipo Paraquedista, Botina de couro, Capacete


com jugular, Luva de raspa de couro e Uniforme.

• Encarregado: Capacete com jugular, Botina de couro e Uniforme. • Demais funções:


Capacete com jugular, Botina de couro, Luva de raspa de couro e Uniforme.

5.4 – MEDIDAS DE CONTROLE

O Controle será feito em todas as travessias pela verificação dos itens:

A utilização correta de EPIs e EPCs;


Travessias em conformidade com as especifucaçoes;
Bloqueio de religamento automático das linhas;
Credenciamento e/ou habilitação da empresa executante em serviços de Linha Viva;
Utilização de equipamentos para Linha Viva.
Uso de esporas

5.5 – SINALIZAÇÃO DE TRANSITO.

A sinalização dos cavaletes (quando necessária) será feita com fita zebrada ou pintura nas
mesmas características a altura de 1,50 m a 1,80m. Todos os cavaletes deverão ser
sinalizados. Em rodovias de maior importância poderá ser exigida a utilização de lâmpadas
de advertência tipo pisca-pisca .

5.6 – NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO.

• Manter os bicos das esporas sempre afiados e substituí-los quando gastos.

• Quando existirem linhas de transmissão e distribuição energizadas paralelas ou em


travessia, o equipamento de guindar deve ser aterrado eletricamente, através de fio
condutor flexível em dois pontos, sendo que as hastes de aterramento deverá ser cravada
a uma profundidade mínima de 80 cm.

• Ao guindar as peças, estas devem ser presas de forma que mantenha o melhor equilíbrio
para evitar muito peso para os colaboradores.

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• Ao guindar as peças, estas devem ser presas de forma que mantenha o melhor equilíbrio
para evitar muito peso para os colaboradores.

• Deverão ser tomados cuidados para que os cavaletes ao serem levantados não toquem
nas redes elétricas, telefônicas, etc., para não causar acidentes e danos aos cabos.

• O operador de munck só deve aceitar indicações e orientações de uma única pessoa ao


efetuar o içamento, abaixamento, translação, enfim qualquer movimentação de cargas.

• O colaborador que estiver em apoio ao operador do munck, deverá estar atento quando
do içamento de peças para evitar desta forma possíveis acidentes.

• Quando se tratar de cavalete próximo de linhas de distribuição a operação da mesma


deverá ser comunicada para providenciar o desligamento, se necessário ou bloqueio da
rede durante a execução de montagem do cavalete.

• O cavalete só será desmontado após o lançamento e grampeação do tramo.

• Instalar rede de proteção confeccionada por corda de naylon no cavalete para se evitar
queda de materiais e ou cabos sobre o leito de rodovias ou linhas e outros obstáculos.

• Estaiar os cavaletes com cordas ou cabo de aço no lado contrário as linhas elétricas.

• Os cavaletes deverão ser confeccionados com um excedente de 2,0 metros a mais das
fases “A” e “C”.

• Na execução da atividade de instalação de cavaletes em travessias de linhas de


trandsmissão e distribuição com a utilização de caminhão munck, o operador deverá
trabalhar sobre um tablado isolante.

• Deverá ser usado uma proteção de borracha (capotão) nos cavaletes na altura dos
cabos das linhas de até 69 kV.

6 - CUIDADOS COM O MEIO ABIENTE.

As estruturas de proteção deverão ser removidas após o grampeamento dos condutores.


Todo o material utilizado deverá ser retirado da faixa após a remoção das estruturas,
devendo ser feita a restauração completa das áreas utilizadas, bem como, enchidas e
compactadas as cavas até o nível do solo.

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TRAVESSIA DE OBSTÁCULOS NO LANÇAMENTO DE CABOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.

Quando da retirada dos cavaletes os buracos deverão ser tampados com o mesmo solo e
restituídas (dentro do possível) as mesmas características do local antes da instalação dos
cavaletes. Outra preocupação é com a origem e rastreamento dos componentes de
madeira utilizados na confecção dos cavaletes de travessia (preferencialmente originados
de reflorestamentos de extração) .

Figura 28 – Proteçao ao meio ambiente.

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