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“Didache kyriou dia ton dodeka apostolon ethesin”, e que popularmente é chamado por
Didaquê. Tal título lembra o dito do Evangelista São Lucas de «E perseveravam na doutrina dos
apóstolos ...» (Atos 2:42).
Sobre a prática do Batismo, podendo ser tanto por imersão quanto por infusão: “No que diz
respeito ao batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se
não tens água corrente, batiza em outra água; se não puderes em água fria, faze-o em água
quente. Na falta de uma e outra, derrama três vezes água sobre a cabeça em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo. Mas, antes do batismo, o que batiza e o que é batizado, e se outros
puderem, observem um jejum; ao que é batizado, deverás impor um jejum de um ou dois dias.”
(Didaquê 7,1-4)
A necessidade do Batismo para receber a Eucaristia: “Ninguém coma nem beba de vossa
Eucaristia, se não estiver batizado em nome do Senhor. Pois a respeito dela disse o Senhor: “Não
deis as coisas santas aos cães!” (Didaquê 9,1)
Sobre a oração e a recitação da oração do Pai-Nosso (3 vezes por dia): “Também não oreis
como os hipócritas, mas como o Senhor ordenou no seu Evangelho: “Pai nosso que estás no céu,
santificado seja o teu nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai nossa dívida, assim como também perdoamos
os nossos devedores e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal porque teu é o
poder e a glória pelos séculos”. Assim orai três vezes por dia.” (Didaquê 8,3-4)
“Porque, desde o nascer do sol até ao poente, o meu nome é grande entre as nações, e em todo
o lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura; porque o meu nome é grande
entre as nações, diz o Senhor dos exércitos.” (Malaquias 1,11)
A Eucaristia prefigurada no dito do profeta Malaquias (1,11), sendo oferecida como sacrifício
puro em todo lugar: “Reúnam-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecei, depois de
haverdes confessado vossos pecados, para que vosso sacrifício seja puro. Mas todo aquele que
vive em discórdia com o outro, não se junte a vós antes de se ter reconciliado, a fim de que vosso
sacrifício não seja profanado. Com efeito, deste sacrifício disse o Senhor: Em todo o lugar e em
todo o tempo se me oferece um sacrifício puro, porque sou um grande rei - diz o Senhor - e o
meu nome é admirável entre todos os povos.” (Didaquê 14,1-3)
Este “sacrifício puro” da Eucaristia é uma atualização do único sacrifício de Cristo, de forma
incruenta, como ensina o Catecismo: “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um
único sacrifício: «É uma só e mesma vítima e Aquele que agora Se oferece pelo ministério dos
sacerdotes é o mesmo que outrora Se ofereceu a Si mesmo na cruz; só a maneira de oferecer é
que é diferente» (192). E porque «neste divino sacrifício, que se realiza na missa, aquele mesmo
Cristo, que a Si mesmo Se ofereceu outrora de modo cruento sobre o altar da cruz, agora está
contido e é imolado de modo incruento [...], este sacrifício é verdadeiramente propiciatório»
(193). A Eucaristia é igualmente o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa
na oblação da sua Cabeça. Com Ele, ela própria é oferecida integralmente. Ela une-se à sua
intercessão junto do Pai em favor de todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-
se também o sacrifício dos membros do seu corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu
sofrimento, a sua oração, o seu trabalho une-se aos de Cristo e à sua oblação total, adquirindo
assim um novo valor. O sacrifício de Cristo presente sobre o altar proporciona a todas as
gerações de cristãos a possibilidade de se unirem à sua oblação.” (CIC §1367-1368)