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Colibri 2018
Apostila I, Brasil colônia.
Projeto Colibri.
Prof. Jocimar Vieira.
Sumário
Apostila I, Brasil colônia. ............................................................................................................... 0
Capitanias hereditárias. ............................................................................................................. 2
Brasil colônia, expansão geográfica. ....................................................................................... 3
A penetração da Amazônia. ..................................................................................................... 4
As Bandeiras. .............................................................................................................................. 8
Bandeirismo de apresamento desenvolvimento e apogeu. ................................................. 9
Bandeirismo de apresamento, o declínio. ............................................................................ 11
A conquista do Sul. Parte I, o olho que tudo vê. ......................................................................... 12
A conquista do Sul, parte II. Reconquista das terras de Sauron. ..................................... 13
Tratados e Limites. ................................................................................................................... 14
Guerras no Sul 1763-1777, A Grande Tempestade das Terras Austrais. ...................... 17
Continuação guerras no Sul. ....................................................................................................... 18
Invasões Estrangeiras, período colonial. ..................................................................................... 20
Os Franceses................................................................................................................................ 21
Os Ingleses................................................................................................................................... 22
Os holandeses. ............................................................................................................................ 24
A vida cultural e artística nos séculos coloniais. ......................................................................... 25
Exercícios. .................................................................................................................................... 26
1
Capitanias hereditárias.
2
época feudal pagos pelo servo para utilização de bens de propriedade do
senhor feudal, pela utilização de equipamentos e sua instalação, pois o
senhor feudal detinha todos estes equipamentos) pagas pelos lavradores
aos senhores feudais.
Mas, não deu certo pois, as capitanias representaram uma tentativa transitória
e ainda tateante de colonização, com objetivo de integrar a colônia à economia
mercantil europeia (ou Mercantilismo, foi um conjunto de práticas
econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV
e o final do século XVIII. E deu origem a um conjunto de medidas
econômicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma
forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de
medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a
formação de fortes Estados-nacionais). Com exceção das capitanias de São
Vicente e Pernambuco, as outras fracassaram, por falta de recursos,
desentendimentos internos, inexperiência, ataques de índios, logo sendo
retomadas pela Coroa, ao longo dos anos através de compra e subsistindo
como unidade administrativa, mudando seu caráter, por passarem a pertencer
ao Estado (acontecendo na segunda metade do séc. XVIII (1752-54),
Marques de Pombal completou praticamente o processo de passagem
das capitanias do domínio privado para o público).
Diante, destas circunstâncias do mau desempenho e dificuldades do sistema
de capitanias, a coroa, resolveu providenciar uma reformulação administrativa
nas terras brasileiras com a instalação do Governo Geral.
3
E com isso precisou mudanças, (na sua maior colônia (Brasil)).
Na distância e nas diferenças, (das capitanias hereditárias em especial São
Vicente e Pernambuco).
Destas duas capitanias, exemplificaremos a exploração do Pau-brasil e a
(Mapa 1)
produção de cana de açúcar concentrado no litoral.
O início do processo de interiorização acontece no século XVII, com o
desenvolvimento da pecuária e exploração das drogas do sertão. (Mapa 2)
Já, a parti da segunda metade do século VII, temos a corrida do ouro, que
proporciona a ocupação do centro-sul. (Mapa 3)
Logo nossa atenção, será voltada para estas particularidades de expansão
geográfica.
A penetração da Amazônia.
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Os conflitos com as tribos tupinambás podem ser explicados pela pressão dos
colonos portugueses em favor da utilização da mão-de-obra indígena como
escrava, com a criação do sistema de capitães de aldeia (representantes
judiciários, que exerceria a fiscalização do pagamento do salário aos
índios, atuando ainda como juízes criminais e civis. Além de outras
coisas, como empreender a distribuição e aluguel dos índios entre
(imagem)
colonos, missionários e o serviço real da Coroa portuguesa) , em
1611, que permitiu o controle sobre o trabalho indígena através do emprego
forçado de índios mediante o pagamento de baixos salários.
Além disso eles poderiam organizar tropas de resgate (expedição que
pretendiam resgatar os nativos que estivessem real ou presumidamente,
escravizado por outros) para realizar escambo junto aos indígenas aliados e
efetuar a guerra justa (quando a acusação e comprovação de atos
desumanos, como a antropofagia ou resistência a autoridade colonial
portuguesa justificavam o ataque militar às aldeias e a escravização dos
nativos), a parti desse momento o conflito com os tupinambás passou a ter
como eixo central o domínio do interior do Amazonas.
Destacou-se neste período a expedição de Pedro Teixeira, entre 1637-1639,
que garantiu a conquista lusa do sertão amazônico através da fundação do
povoado de Franciscana, na junção do Solimões e Aguarico, marco da futura
posse lusa na região.
E em 32 anos de guerras (1616-1648) os portugueses efetivaram uma guerra
sem trégua aos seus adversários europeus, que avançavam sobre, a área que
os colonizadores lusitanos haviam definido como integrante, inicialmente do
Estado o Brasil e, posteriormente Estado do Maranhão (formado pelas as
capitanias do Maranhão, Ceará e Pará entre 1621 e 1652).
E após a derrota dos holandeses e ingleses, iniciou-se um avanço pelo vale
amazônico, desencadeando em fins do séc. XVII e início do XVIII a novos
conflitos, contra os espanhóis (com o fim da União Ibérica, os espanhóis
reivindicaram sua posse sobre terras portuguesas, e contra os franceses,
que, descendo por Caiena, desejavam o controle de Macapá).
E com o domínio garantido, a coroa portuguesa buscou sistematizar a
exploração econômica da região.
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Continuação:
(Imagem) ...
(Antônio Raposo Tavares, o Velho, foi um português, bandeirante
paulista, que expandiu as fronteiras brasileiras às custas dos domínios
espanhóis. Muito serviu a D. Francisco de Sousa, e por isso foi aclamado
cavaleiro da Casa Real. Teve diversos cargos na vila de São Paulo e foi
ativo sertanista).
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Inicialmente, a ocupação do território amazônico revestiu-se de um caráter
militar, com formação de núcleos urbanos em torno da fundação de fortes ao
longo do rio (Ocorrendo em Belém (fundada em 1616) e Manaus, que
surgiu após a fundação do forte São José do Rio Negro em 1669)),
assegurando a presença e a posse lusa sobre a área, além de ter ampliado as
fronteiras da colônia, rompendo com o mapa desenhado por Tordesilhas em
1494.
A Igreja Católica também marcou a sua presença (com as ordens religiosas
que se estalaram, as principais foram a dos Carmelitas (1627) e dos
Jesuítas (1636)) no processo de ocupação, através da catequização das
populações indígenas, o que garantiu a submissão destas à autoridade colonial
portuguesa.
Os missionários (as missões tornaram-se uma peça-chave para o
reagrupamento e reconstrução de uma identidade cultural) acreditaram ser
capaz de estruturar uma sociedade que proporcionasse um método alternativo
à escravidão para a assimilação, catequização e utilização do trabalho
indígena.
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As Bandeiras.
(Imagem) ...
(além desta queda de produção podemos acrescentar as
condições climáticas adversas da região litorânea, pois no planalto o
clima era mais atraente para os colonizadores europeus).
E no contexto de fim de União Ibérica (Portugal passou por uma grande crise
econômica com este rompimento e a decadência da indústria açucareira com a
concorrência antilhana, assim nesta conjuntura vamos avaliar o “BBS”) vamos
tentar compreender as três principais bandeiras:
Bandeirismo prospector (busca de metais preciosos).
8
Bandeirismo apresador (apresamento de índios).
Satanismo de contrato.
Desta forma, entenderemos o porquê dos moradores do planalto voltaram-se
para as áreas interioranas, onde tribos nativas eram um rentável atrativo, e
possibilidades de se encontrar metais preciosos.
Tornando-se esta região um núcleo irradiador da atividade bandeirante ou
“capital do Bandeirantismo na colônia” (o clima tropical, temperado pela
altitude, em contraste com o interior quente e o litoral tropical e favorável
as doenças e com altitude de 750 metros em relação ao mar sob o tropico
de capricórnio, permitiu São Paulo ser a esta capital...)
9
Mas, foi na primeira metade do século XVII, que o bandeirismo de captura
teve seu apogeu, tornando a vila de São Paulo...
Na realidade, a bandeira, foi um empreendimento militar (que representou
uma das atividades econômicas mais dinâmicas do planalto paulista)
organizado por várias famílias.
(Imagem)
(chegando a contar com apoio de autoridades régias, como a do 7°
governador-geral, D. Francisco de Sousa (1591-1602), que interessado na
descoberta dos metais preciosos, incentivou as bandeiras paulistas
enquanto permaneceu no cargo durante a União Ibérica).
Esta, instituição espraiou-se para o Sul e sudeste, defrontando com a
expansão missionaria dos Jesuítas castelhanos no sul da colônia que
margeava a bacia do Prata (pertencente administrativamente à província do
Paraguai (1607), constituída pela área correspondente ao sul da Bolívia,
ao Paraguai e a Argentina.).
Povoada de índios aldeados, pacificados e aculturados (quando duas
culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra, formando
uma nova cultura diferente. Além disso, aculturação pode ser também
entendida como a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova
cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida) pelos
“Inacianos”.
Assim, não oferecendo resistência. (Imagem)
Portanto no auge da união das coroas ibéricas sob o domínio dos Felipes,
houve uma maior aproximação e contatos entre as colônias sul-americanas,
espanholas e portuguesa separada pelo meridiano demarcador.
Pois este estreitamento decorreu por causa dos vicentinos, que incursionou as
terras de castela que estava com sua atenção voltada para o Peru (Potosí).
(Vídeo)
Assim, mostrando o desenvolvimento e clímax do Bandeirismo apresador.
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Bandeirismo de apresamento, o declínio.
(Imagem)
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A crise do apresamento não impediu o ímpeto expansionista do bandeirante,
ao contrário, ajudou a superar o declínio da caça ao índio com expedições
pesquisadoras (nas mesmas condições geográficas, econômicas, sociais
e psicológicas que na capitania de São Vicente e em São Paulo
presidiram o apresamento) de pedras e de metais preciosos... (imagem)
Que em primeiro lugar continuou o prolongamento com novos objetivos,
daquela expansão efetuada na primeira metade do séc. XVII. Em segundo,
uma continuação das entradas realizadas no Brasil quinhentista com o intuito
de descobrimento de minas de ouro e prata (decorrente da descoberta das
minas de Potosí (1545)).
(Imagem).
A conquista do Sul.
Parte I, o olho que tudo vê.
Mas com o fim do domínio castelhano o rei de Portugal preocupado com sua
colônia americana (sendo a única colônia lucrativa que sobrou) tratou
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rapidamente de firmar fronteiras nesta parte do Brasil, (pois ocorria muito
contrabando de ouro que escoava de Potosí pela as bacias hidrográficas
até o Atlântico, além de manufaturados como o couro e a charque) que
compreendia uma grande proximidade entre os dois reinos.
(imagem)
E onde os embates eram frequentes entre bandeirantes e jesuítas
espanhóis (bandeiras de apresamento que atacavam as reduções
espanholas).
(Imagem)
(Cipristrano de Abreu quis dizer que o processo de colonização do
Sul só se tornou efetiva a parti de 1580, com a colônia do Sacramento...)
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limite geográfico como aspectos políticos, econômicos, jurídicos e
históricos, no contexto do final do século XV, 1494(Tratado de Tordesilhas).
Com base nisso podemos analisar Cipristrano de Abreu com relação ao
extremo meridional do Brasil colônia “No Sul, o movimento de ocupação se
operou com muita lentidão por parte de Portugal, acompanhando o litoral
do Paraná e Santa Catarina, e continuou do mesmo modo ainda depois de
1640. ”
Neste trecho podemos ver que o fim da União Ibérica (1640), e a ocupação do
Sul se deu lentamente, por motivos variados que impactou na colônia (Brasil),
(?)como tentativa de independência de Andaluzia (1641), Revolta da
Catalunha (1640-1652) e neste cenário inquietante explode a Revolta de
Portugal que durou 28 anos (?)de muitos combates até que a Espanha
reconheceu a independência de Portugal e D. João IV como rei, pelo
Tratado de Lisboa (1668).
Em suma, o Tratado de Lisboa deixa estabelecido que os limites coloniais
americanos daqueles reinos Ibéricos seriam os já alcançados pelas duas
coroas antes da guerra de libertação de Portugal, (?)que no período da União
Ibérica não estavam bem definidos.
Tratados e Limites.
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Esta parte finaliza a sequência de aulas sobre expansão territorial, a
Conquista do Sul, assim dando abertura para a próxima etapa do cronograma
de estudos do CN, Os Tratados e Limites, sendo uma área ampla,
centralizaremos nossa atenção, aos acordos e limites que impactaram no Brasil
no período correspondente.
Assim, temos como início os Tratados Utrecht um resultado da guerra de
sucessão espanhola (1700-1713), em suma este conflito entre Espanha e
França contra a Grande Aliança (?) articulada pela Inglaterra que uniu a
Portugal, Holanda e Áustria.
Logo, em decorrência deste conflito, no primeiro momento houve incursões no
Rio de Janeiro no intervalo de um ano (1710 - 1711), somando-se a isso os
espanhóis tomaram a colônia do Sacramento, portanto em 1713*, (?)a aliança
franco-espanhola acabou derrotada, fazendo a França firmar um
compromisso com Portugal renunciando suas pretensões sobre o Norte
da colônia lusa através de ações diplomáticas surgindo assim, a fronteira
entre Brasil e a Guiana Francesa.
Já em 1715*, uma ação diplomática arquitetada pela Inglaterra, (?)que tinha
interesse em ter uma base de operações comerciais no Estuário do Prata,
intermediou outro tratado, que faz a Espanha devolver a colônia do
Sacramento para
Portugal.
(*) 1713, 1° Tratado de Utrecht (impacto no Norte da
colônia)
(*) 1715, 2° Tratado de Utrecht (impacto no Sul da
colônia e também institui o fornecimento de escravos
africanos (asiento) e produtos manufaturados
(permisso) para América Espanhola, permitindo a
acumulação de capitais e metais preciosos americanos
nas mãos da burguesia inglesa, configurando a base
para o desenvolvimento da Revolução Industrial
Inglesa a parti de 1760).
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Assim, ao começar o século XIX, o Brasil, a grosso modo, possuía as
fronteiras que tem hoje.
Logo, está aula será voltada para as consequências ocorridas após o Tratado
de Madri (1750) com “a passagem de uma nuvem cumulonimbus” (Guerra
Guaranítica 1753-1756).
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Pais desembarca em “RS” no Verão de Fevereiro de 1737, assim marcando a
fundação oficial portuguesa do atual Rio Grande Sul, está empreitada teve
apoio e cooperação de mineiros, paulistas e cariocas para formar uma base
militar nomeada, como Presidio Jesus-Maria-José, logo em seguida, parte em
expedição na Primavera do mesmo ano nos meses de setembro e outubro para
Chuí, com o propósito de ampliar sua conquista, criando um cinturão litorâneo
de segurança entre Rio Grande e Chuí, assim Portugal passa dominar toda
faixa praiana, aproximando apoio militar terrestre a colônia do Sacramento.
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continua e persistente inquietação! ”. Tornando, está pratica a melhor forma de
defesa lusa nas cercanias austrais da colônia.
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Brasil começa a receber incursões de piratas e aventureiros que se
limitam a furtos e pilhagens.
Mas, outras invasões como, francesa, holandesa, inglesa e espanholas
são ocasionadas implícita ou abertamente com o mesmo ideal português
de conquistar terras no novo continente com a premissa de estabelecer
colônias.
Logo, está aula será voltada, para identificar quais as potências europeias que
tem o mesmo proposito luso, o mercantilismo, uma prática econômica que
eclode no “velho continente”.
Os Franceses.
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território tenta implementar a França Equinocial, invadindo a província
para construir, o Forte de São Luís, com objetivo de participar do
lucrativo e novo mercado de exploração, agora em uma visão de colônia
de exploração, sendo liderado pelo general Daniel de La Tuche. Assim,
como um Déjà vu, as autoridades portuguesas organizaram varias expedições
militares para expulsar os invasores.
E na primavera de novembro de 1615, os franceses capitalam.
Então, concluimos que neste periodo de invasões francesas podemos,
pontuar a fundação de duas cidades RJ e MA.
Tornando-se de suma importancia ao processo de colonização brasileira.
Os Ingleses.
Partindo para outra invasão, os ingleses, ainda no séc. XVI, os seus primeiros
50 anos de Brasil (pré-colonial), os britânicos também tentam invadir a
colônia lusa, pois sua primeira tentativa conhecida é de 1530-1532, neste
intervalo temporal os ingleses fazem à costa brasileira três visitas, sendo uma
delas à costa africana. E esses primeiros contatos foram de forma a
estabelecer o comercio com as colônias portuguesas (Brasil e África-
Guiné), pois Londres já mantinha negócios com Portugal na península Ibérica,
mostrando assim o interesse nas “novas terras além-mar”, - em uma previsão
mercadológica –, Sergio Buarque de Holanda confirma este prognóstico
neste trecho, “a parti de 1497, data da primeira viagem de João Caboto a serviço de
Henrique VII, começam os ingleses a interessar-se pela navegação no Oceano Atlântico, cujas
as águas serão aos poucos sucadas por eles em todas sua extensão” .
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Portanto, com a abertura dos portos no Sul, os Ingleses estiveram nas costas
brasileiras no primeiro momento no período que corresponde a União Ibérica,
assim a maior colônia lusa (Brasil), no século XVI ocupou lugar de
destaque nos interesses mercantis e marítimos ingleses e ponto de apoio
na sua expansão do Atlântico Sul.
Os holandeses.
Esta aula será voltada nas invasões holandesas, que decorre no período de 30
anos (1624-1654), e paralelo a isto mostrar a vida cultural e artística na colônia.
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Capitulação do Campo do Taborda, fixou os termos e as condições pelas
quais os membros do Conselho Supremo do Recife entregavam ao Mestre de
Campo, General Francisco Barreto de Menezes, Governador da Capitania de
Pernambuco, a cidade Maurícia, Recife, e mais forças e fortes junto deles, e os
lugares que tinham ocupado ao Norte, dando fim a está invasão estrangeiro.
Pois, como exemplo foi à evolução da língua, no lado nativo o Tupi prevaleceu
no séc. XVI, por quase todo o litoral, então os portugueses em um momento
histórico no inicio da colonização consolida a língua portuguesa em um eixo
Coimbra/Lisboa (fala do sul) com seus representantes, Fernão Lopes e Luiz
de Camões, aperfeiçoando-se e produzir no Brasil colônia obras como do
padre Antonio Vieira e Claudio Manuel da Costa (escola mineira), em traços
gerais de um referencial religioso e político.
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Exercícios.
01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo
colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos,
menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e
missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da
população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais
contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário,
cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho
indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
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03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e
medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de
graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e
condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam
a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores
portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A
disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos
imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia
desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se
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04. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia
dos portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da
indústria náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e
sem ligações comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos
portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável
pela formação do Estado moderno.
05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para
coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em
dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a
valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos
donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social
brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
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excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da sociedade. A expressão
"homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar
minas de ouro e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos
administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da
função que exerciam na colônia.
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e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais
mecanismos de acumulação da economia colonial.
09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra
onde nasci em breve não será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio
dos tiranos; hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da
ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é um emblema sublime
(...).
30
às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a
organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre
seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria,
pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de
abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole
através da sua designação para os mais altos cargos da administração
colonial.
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de
fora as vieram conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos
infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro,
alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa
em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela
população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
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12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior
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14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil,
dominado pela força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores
mostram a importância da resistência dos escravos aos senhores e o medo
que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas,
atentados e fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos,
as revoltas, os atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?
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portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura
do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a
economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.
18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século
XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas
como se acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus
moradores de limpo nascimento, era justo que somente as pessoas que
tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de
pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos
aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz
indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante
defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
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da cultura e da lavoura e da exploração das terras minerais daquele continente;
porque havendo nele falta de população é evidente que quanto mais se
multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o de cultivadores e menos
braços haverá...
GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em
quilombos; outra era a simples passividade perante o trabalho e o não-
enfrentamento com o senhor, levando o escravo algumas vezes ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós),
levando ao lento processo de diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do
35
embargo açucareiro decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da
União Ibérica de 1580 a 1640, também rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com
os holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de
apaziguamento, os atritos entre holandeses e portugueses ou brasileiros
estimulavam as fugas de escravos e contribuíam para o fortalecimento do
quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de
subversão da ordem econômica brasileira, impedindo eventualmente que a
colônia cumprisse sua função perante a metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado
período da União Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os
holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para
as importações de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os
vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as
importações de tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e
condenando o país à especialização agrícola, mais especificamente à
produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e,
consequentemente, sobre o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no
Brasil e obriga o fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que
seria mais bem aproveitada na lavoura e na mineração. O argumento é falso, já
que tanto a atividade mineradora quanto a lavoura tradicional (açucareira)
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encontravam-se em franca decadência. O verdadeiro interesse português era a
necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre os manufaturados.
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