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PADRONIZAÇÃO E TITULAÇÃO DE SOLUÇÕES

1. INTRODUÇÃO

A titulação é uma técnica analítica, que tem como finalidade determinar a concentração exata de uma solução.
Na análise volumétrica, a solução de concentração conhecida é designada por solução titulante e aquela cuja
concentração se pretende determinar é designada por solução titulada.

O titulante é adicionado ao titulado até que se atinja a quantidade estequiométrica. A titulação termina quanto
se atinge o ponto final da reação ou ponto de equivalência. O ponto final é detectado pela variação de uma
propriedade física ou química da solução a ser titulada, utilizando indicadores.

Soluções – padrão são soluções de concentração, rigorosamente conhecida, que podem ser preparadas por dois
processos diferentes, conforme se dispõe ou não de uma substância primária ou padrão. Uma substância
primaria ou substância padrão é aquela que apresenta características como: um elevado grau de pureza, não
ser higroscópica, ser estável, reagir nas proporções indicadas pela equação química, ser bastante solúvel, ter
elevada massa molar.

Quando se dispõem de uma substância primaria pode preparar-se diretamente a solução-padrão medindo com
rigor a massa correspondente a quantidade necessária e dissolvendo no volume de água necessário para obter
a concentração pretendida. Quando não se dispõem de uma substância primária, prepara-se uma solução de
concentração aproximada, mais concentrada do que a que se pretende e, por titulação com uma solução-
padrão, determina-se a sua concentração exata.

Este relatório tem como objetivo padronização de NaOH 0,1M com biftalato de potássio e padronização de HCl,
usando padrão secundário de NaOH 0,1038M já padronizado.

2. MATERIAL E MÉTODO

2.1 MATERIAL

2.1.1 MATERIAL – PRATICA 01 Padronização da solução NaOH 0,1M com biftalato de potássio.

 Bastão de vidro
 Pipeta volumétrica de 10ml
 Erlenmeyer de 250ml
 Becker de 100ml
 Funil de vidro
 Suporte com garra
 Bureta 25ml
 Bureta 50ml
 Frasco lavador
 Solução de NaOH
 Indicador fenolftaleína
 Biftalato de potássio

2.1.2 MATERIAL – PRÁTICA 02 Padronização de soluções HCl

 Pipeta graduada de 10ml


 Pipeta volumétrica 100ml
 Balão volumétrico 100ml
 Erlenmeyer 250ml
 Suporte universal com garra de metal
 Bureta 50ml
 Proveta 50ml
 Solução NaOH 0,1M Padronizada
 Solução HCl concentrado
 Água deionisada
 Indicador Fenolftaleína

2.2 MÉTODO
2.2.1 MÉTODO – PRATICA 01 Padronização da solução NaOH 0,1M com biftalato de potássio

Coloca-se a solução de NaOH já preparada na bureta e acerta-se o nível zero.

Mede-se 0,403g de biftalato de potássio (padrão primário) no Erlenmeyer e dissolve-se em 100ml de água
destilada, agitando-se. Adiciona-se também no Erlenmeyer duas gotas de fenolfetaleína.

Inicia-se e procede-se a titulação até que a solução contida no Erlenmeyer adquire coloração levemente rósea,
persistente durante 30 segundos. Em seguida deixa-se cair gota a gota a solução de NaOH com agitação
branda.

Repete-se a titulação por três vezes.

2.2.2 MÉTODO – PRATICA 02 Padronização de soluções HCl

Mede-se 25ml de água deionizada em uma proveta e transfere-se para o Erlenmeyer. Pipeta-se com a pipeta
volumétrica 10ml da solução a ser padronizada (HCl 0,1M) também no Erlenmeyer. Ainda no mesmo
erlenmeyer adiciona-se três gotas do indicador ácido-báse fenolftaleína.

Completa-se a bureta com a solução NaOH 0,1038M (solução padrão secundário já padronizada) e acerta-se o
nível zero.

Inicia-se e procede-se a titulação até o aparecimento de uma pálida coloração rósea. Faz-se a leitura do volume
utilizado da solução de NaOH 0,1038M (solução padrão secundária).

Repete-se a titulação por três vezes.

3. RESULTADOS

3.1 PRATICA 01 Padronização da solução NaOH 0,1M com biftalato de potássio

Calcula-se a molaridade:

n = m(g)/PM x V(l)

n = 0,1M = m(g) / 204,22 x 0,1L

n = 2,04M

1 mol de biftalato de potássio ----- 1mol de NaOH (aq)

204,23g de biftalato de potássio ----- 1mol de NaOH

1ª Titulação: 19,4 ml e/ou 0,403g gasto de NaOH

204,23g ----- 1Mol NaOH

X ----- 0,1M

1mol biftalato de potássio ----- 204,23

X ----- 0,403g

X = 0,00197mol

0,00197mol ----- 19,4ml

X ----- 1000ml

X = 0,1015mol/L
2ª Titulação: 25,5 ml e/ou 0,419g gasto de NaOH

204,23g ----- 1Mol NaOH

X ----- 0,1M

1mol biftalato de potássio ----- 204,23

X ----- 0,419g

X = 0,00205mol

0,00205mol ----- 25,5ml

X ----- 1000ml

X = 0,0803mol/L

3ª Titulação: 40,0 ml e/ou 0,435g gasto de NaOH

* 204,23g ----- 1Mol NaOH

X ----- 0,1M

1mol biftalato de potássio ----- 204,23

X ----- 0,435g

X = 0,00212mol

0,00212mol ----- 40,0ml

X ----- 1000ml

X = 0,053mol/L

Média das três titulações: 0,078mol/L

3.2 PRÁTICA 02 Padronização de soluções HCl

Calcula-se a molaridade:

Mb x Vb = Ma x Va

1ª Titulação: 10,5ml NaOH 0,1038M (solução padrão secundário)

10ml HCl

0,1038 x 10,5 = Ma x 10

1,0899 = Ma x 10 Ma = 0,10899

Ma = 1,0899
10

2ª Titulação: 10,2ml NaOH 0,1038M (solução padrão secundário)

10ml HCl

0,1038 x 10,2 = Ma x 10
1,05876 = Ma x 10 Ma = 0,10587

Ma = 1,05876
10

3ª Titulação: 10,3ml NaOH 0,1038M (solução padrão secundário)

10ml HCl

0,1038 x 10,3 = Ma x 10

1,06914 = Ma x 10 Ma = 0,10691

Ma = 1,06914
10

Média das três titulações = HCl 0,1072M

Na padronização do HCl concentrado obteve-se a concentração de HCl 0,1072M.

4. CONCLUSÃO

Apesar de estarem disponíveis os reagentes em qualquer laboratório, mesmos estes possuem impurezas e
impurezas outras que o fabricante pode considerar ignorável. Ocorre também de várias substâncias perderem
água, deste modo que, erros ocorrerão na medida da massa, e conseqüentemente na concentração da solução
final.

Por esses motivos, soluções são testadas com soluções de substâncias com características padronizadas ditas
padrões primários ou secundários.

Numa titulação ideal, o ponto final visível coincidirá com o ponto final estequiométrico. Na prática, há sempre
uma pequena diferença, que constitui o chamado erro de titulação.

Concluímos que se uma solução de ácido é titulada com uma solução alcalina as hidroxilas da solução alcalina
combinam-se com os hidrogênios ionizáveis do ácido, aumentando o pH da solução; em determinado pH o
ponto de equivalência é atingido e a reação terminada. O mesmo raciocínio se aplica as soluções alcalinas
tituladas por ácidos, o pH no ponto de equivalência depende da natureza e da concentração dos reagentes.

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

http://www.rossetti.eti.br/dicuser/detalhe.asp?vini=16&vfim=16&vcodigo=488 27/03 20hs

http://www.ufpa.br/quimicanalitica/spadronizacao.htm 28/03 21:30hs

HARRIS, Daniel, C. Análise Química Quantitativa; 6ªed. LTC – Livros Técnicos Científicos, Rio de Janeiro: 2005.

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