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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DO NORTE DE
MINAS GERAIS
Campus Montes Claros

EMILLY DAMIANI NUNES PRATES

EMILY VITÓRIA SIMÕES VELOSO

HUGO DIAS MACEDO

JOÃO DÁCIO BARBOSA FILHO

MÁRIO LUIZ PEREIRA SOUZA

PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES (ÁCIDAS E


BÁSICAS) E ACIDEZ TOTAL TITULÁVEL

Montes Claros
2018
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO NORTE DE
MINAS GERAIS
Campus Montes Claros

EMILLY DAMIANI NUNES PRATES

EMILY VITÓRIA SIMÕES VELOSO

HUGO DIAS MACEDO

JOÃO DÁCIO BARBOSA FILHO

MÁRIO LUIZ PEREIRA SOUZA

PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES (ÁCIDAS E


BÁSICAS) E ACIDEZ TOTAL TITULÁVEL

Relatório apresentado como pré requisito para


avaliação parcial da disciplina Química
Analítica, pertencente ao 5º período do curso de
Engenharia Química do Instituto Federal do
Norte de Minas Gerais - Campus Montes Claros.

Docente: PhD Daniel Rodrigues Magalhães.

Montes Claros
2018

1
SUMÁRIO
1. Introdução Error! Bookmark not defined.

2. Objetivos 5

3. Materiais e reagentes 5
3.1. Prática 01 - Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas 5
3.2. Prática 02 - Acidez total titulável 6

4. Procedimentos 6
4.1. Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas 6
4.1.1. Preparação da Solução de NaOH (40,00 g mol-1) »0,1 mol L-1 6
4.1.2. Padronização da Solução de NaOH com KHC8H4O4 (204,22 g mol-1) 7
4.1.3. Preparação da Solução de HCl (36,46 g mol-1) » 0,1 mol L-1 7
4.1.4. Padronização da Solução de HCl com CaCO3 (105,99 g mol-1) 7
4.2. Acidez total titulável 8

5. Resultados e discussões 8
5.1. Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas 8
5.1.1. Preparação da Solução de NaOH (40,00 g mol-1) »0,1 mol L-1 8
5.1.2. Padronização da Solução de NaOH com KHC8H4O4 (204,22 g mol-1) 9
5.1.3. Preparação da Solução de HCl (36,46 g mol-1) » 0,1 mol L-1 10
5.1.4. Padronização da Solução de HCl com CaCO3 (105,99 g mol-1) 11
5.2. Acidez total titulável 12
5.2.1 Preparação do limão 12
5.2.2. Titulação da solução cítrica 13

6. Conclusão 14

7. Referências 14

Anexo I - Respostas do questionário 14

2
1. Introdução

As denominadas soluções consistem na dispersão de substâncias químicas


ou iônicas. Em uma solução o soluto (substância a ser dispersa) e o solvente
(substância responsável pela dispersão do soluto) apresentam uma fase homogênea
e não se separam por filtros, centrifugação e nem são vistas através de
microscópios. A concentração de uma solução corresponde à relação entre a
quantidade de soluto pela quantidade da solução (soluto e solvente), podendo estar
em volume, massa (equação 1) ou quantidade de matéria (equação 2), sendo os
dois últimos mais utilizados (SKOOG, 2005).

𝑔 𝑚(𝑔)
𝐶 (𝐿 ) = (1)
𝑉(𝐿)

𝑚𝑜𝑙 𝑛(𝑚𝑜𝑙)
𝑀( )= (2)
𝐿 𝑉(𝐿)

O preparo de soluções ácidas e básicas se auxilia no método de titulação


para determinar a sua real concentração. A solução preparada (titulado) é
neutralizada por uma solução padrão (titulante) que deve ser de um ácido ou uma
base forte, pois reagem de forma completa com o analito. A equação 3 possibilita
encontrar volumes e molaridades desejadas para o preparo de uma solução, caso
três termos sejam conhecidos (SKOOG, 2005).

𝑀1 ⋅ 𝑉1 = 𝑀2 ⋅ 𝑉2 (3)

em que M1 é a molaridade conhecida e V1 o volume que será utilizado, ao passo que


M2 é a molaridade desejada e V2 o volume desejado.

Caso haja a necessidade de determinar uma massa a ser utilizada, tem-se a


equação 4.

𝑚
𝑀 ⋅ 𝑉 = 𝑀𝑀 (4)

em que que M é a molaridade conhecida, V o volume que será utilizado, m é a


massa do soluto a ser determinada e MM sua massa molar.

Dependendo das circunstâncias, a massa e o volume podem ser convertidos


a partir da sua densidade (equação 5).

3
𝑚
𝑑= (5)
𝑉

Para que uma titulação de neutralização ácido-base seja realizada é de


grande importância a escolha de um indicador que facilite visualizar o ponto de
equivalência, onde o número de mols do ácido se iguala ao da base. Indicadores
ácido-base costumam ser constituídos de um ácido fraco ou uma base fraca em que
sua forma não dissociada difere da cor de seu ácido ou base conjugados (SKOOG,
2005).

Quadro 1 – Alguns indicadores ácido/base


Coloração antes da Coloração após a
Indicador Faixa de viragem
viragem viragem
Violeta de metila Amarelo 0,0 – 1,6 Azul púrpura
Azul de bromofenol Amarelo 3,0 – 4,6 Violeta
Alaranjado de metila Vermelho 3,1 – 4,4 Amarelo
Azul de bromotimol Amarelo 6,0 – 7,6 Azul
Vermelho de metila Vermelho 4,4 – 6,2 Amarelo
Vermelho de fenol Amarelo 6,6 – 8,0 Vermelho
Fenolftaleína Incolor 8,2 – 10,0 Rosa carmim
Timolftaleína Incolor 9,4 – 10,6 Azul
Amarelo de alizarina Amarelo 10,1 – 12,0 Vermelho
Carmim de índigo Azul 11,4 – 13,0 Amarelo

Fonte: Fogaça (2016).

Após ser realizada a titulação, basta calcular a concentração pelo titulante


gasto a partir da equação 6.

𝑀𝑎 ⋅ 𝑉𝑎 = 𝑀𝑏 ⋅ 𝑉𝑏 (6)

em que Ma é a molaridade do ácido e Va o volume do ácido, ao passo que Mb é a


molaridade da base e Vb o volume da base.

Determinada a molaridade real do titulado, é possível calcular seu fator de


correção a partir da equação 7.

𝑀𝑟𝑒𝑎𝑙
𝑓𝑐 = 𝑀 (7)
𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎

4
Pode-se determinar a acidez total presente em alimentos, como por exemplo
no limão, através da equação 8 da acidez total titulável ATT por 100 g ou 100 mL da
amostra.

𝑛∗𝑁∗𝐸𝑞 𝑛∗𝑁∗𝐸𝑞
𝐴𝑇𝑇(𝑔/100 𝑚𝐿) = ou 𝐴𝑇𝑇(𝑔/100 𝑔) = (8)
10∗𝑉 10∗ 𝑝

em que N é normalidade da solução do titulante, n o volume da solução do titulante


gastos na titulação em mL, p a massa da amostra em grama, V o volume da amostra
em mL e Eq o equivalente-grama do ácido analisado. O quadro 2 apresenta valores
em equivalente-grama para alguns ácidos (BRASIL, 2016).

Quadro 2 – Equivalente grama de alguns ácidos


Ácidos Equivalente-grama
Ácido cítrico 64,02
Ácido tartárico 75,04
Ácido málico 67,04
Ácido fumárico 58,04
Ácido fosfórico 32,68

Fonte: Brasil (2016).

Durante um método analítico, parâmetros de exatidão e precisão devem ser


considerados. A exatidão ocorre quando os resultados obtidos estão em
concordância com os resultados esperados. Já a precisão está ligada a repetição, ou
seja, caso os resultados encontrados se repitam mais de uma vez, o método foi
preciso.

2. Objetivos

Preparar soluções diluídas ácidas e básicas, padronizar e aplicar tratamento


estatístico para melhor expressão dos resultados. Determinar o teor de ácido cítrico
no limão.

3. Materiais e reagentes

3.1. Prática 01 - Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas

● Ácido clorídrico;
● Balança analítica;

5
● Balão volumétrico de 500 mL;
● Béquer de 250 mL;
● Biftalato de potássio;
● Bureta de 50 mL;
● Carbonato de cálcio;
● Chapa de aquecimento;
● Erlenmeyer de 250 mL;
● Garra para bureta;
● Haste universal;
● Hidróxido de sódio;
● Pipeta graduada de 5 mL;
● Pisseta contendo água destilada.

3.2. Prática 02 - Acidez total titulável

● 1 limão;
● Almofariz com pistilo;
● Balança analítica;
● Béquer de 250 mL;
● Bureta de 50 mL;
● Erlenmeyer de 250 mL;
● Faca;
● Garra para bureta;
● Haste universal;
● Solução de hidróxido de sódio 0,01M;
● Pipeta graduada de 5 mL;
● Pisseta contendo água destilada.

4. Procedimentos

4.1. Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas

4.1.1. Preparação da Solução de NaOH (40,00 g mol-1) »0,1 mol L-1

6
Inicialmente, calculou-se a massa necessária para o preparo da solução de
hidróxido de sódio (NaOH) 0.1 mol L-1 . O conteúdo foi pesado, em uma balança
analítica, e dissolvido (utilizando água destilada), primeiramente, no béquer e, logo
após, passado para um balão volumétrico de 500 mL. Adicionou-se água destilada
até completar o volume do balão e homogeneizou-se o sistema formado. Calculou-
se o fator de correção para a solução obtida.

4.1.2. Padronização da Solução de NaOH com KHC8H4O4 (204,22 g mol-1)

Posteriormente, foi calculada a massa de biftalato de potássio (KHC 8H4O4) a


ser pesada necessária a consumir um volume de NaOH, de aproximadamente 3/5
da capacidade da bureta, ou seja, 30 mL, durante a titulação. Foi dissolvida a
amostra sólida pesada em um erlermeyer contendo 50 mL de água destilada.
Adicionaram-se três gotas de fenolftaleína ao erlenmeyer. Foi colocada a solução de
NaOH na bureta, e iniciou-se a titulação. No momento de aparecimento da
coloração rósea no analito contido no erlenmeyer, cessou-se a titulação e foi
anotado o volume de NaOH consumido. Tal procedimento foi realizado em triplicata.

4.1.3. Preparação da Solução de HCl (36,46 g mol-1) » 0,1 mol L-1

Subsequentemente, calculou-se o volume necessário para o preparo de uma


solução 0.1mol L -1 de ácido clorídrico (HCl). Com o auxílio de uma pipeta graduada
de 5 mL foi medida a volumetria calculada anteriormente, a qual foi transferida para
um balão volumétrico de 500 mL. Adicionou-se água destilada até completar o
volume do balão e homogeneizou-se o sistema formado. Calculou-se o fator de
correção para a solução preparada.

4.1.4. Padronização da Solução de HCl com CaCO3 (105,99 g mol-1)

Por último, calculou-se e pesou-se a massa necessária de carbonato de cálcio


(CaCO3), previamente seco, necessária a consumir 3/5 do volume de HCl contido na
bureta, ou seja, 30 mL. Foi dissolvido o carbonato de cálcio pesado em um
erlenmeyer contendo 50 mL de água destilada. Adicionou-se 3 gotas de fenolftaleína
ao erlenmeyer em questão. Colocou-se a solução de HCl na bureta, e iniciou-se a
7
titulação. Titulou-se até a descoloração da solução. Em seguida, foram colocadas
seis gotas de vermelho de metila e foi dada sequência na titulação. O analito foi
titulado até a primeira mudança de coloração. Após o fato ocorrente, a solução foi
aquecida a fim de remover o gás carbônico. Depois de realizado o aquecimento, a
titulação foi mantida até o aparecimento da coloração avermelhada na amostra
titulada. Verificou-se o volume de HCl gasto. O procedimento foi realizado em
triplicata.

4.2. Acidez total titulável

Primeiramente, o limão foi partido em quatro pedaços para facilitar a remoção


de sua casca. A polpa foi macerada com o auxílio do almofariz e pistilo, e
posteriormente foi aferida a massa de 1 mL do suco para determinação de sua
densidade. Três erlenmeyers foram separados e enumerados de 1 a 3, sendo
adicionados 5,0 mL do suco no erlenmeyer 1 e 2,5 mL do suco tanto no erlenmeyer
2 quanto o 3. Com a solução de NaOH - 0,1 M foi feito o ambiente na bureta para
depois preenchê-la até sua maior graduação. Realizou-se a titulação para os três
erlenmeyers.

5. Resultados e discussões

5.1. Preparação e padronização de soluções ácidas e básicas

5.1.1. Preparação da Solução de NaOH (40,00 g mol-1) »0,1 mol L-1

A fim de realizar a preparação da solução de NaOH (0,1 mol L -1), utilizou-se a


equação 4 para encontrar a massa do soluto necessária. Ao considerar a massa
molar do NaOH como sendo 40,0 g mol-1, o volume total a se preparar como 0,5 L
(volume referente ao balão utilizado) e a concentração desejada como 0,1 mol L -1,
isolou-se o m (massa do soluto) na equação 4, encontrando assim 2 gramas de
NaOH. A massa foi pesada minuciosamente e transferida para o balão volumétrico
de 500 mL, onde completou-se o volume com água destilada, homogeneizando o
sistema.

8
5.1.2. Padronização da Solução de NaOH com KHC8H4O4 (204,22 g mol-1)

Com o intuito de utilizar cerca de 30 mL de NaOH em cada titulação, através


da equação 2 fez-se os cálculos, inicialmente para encontrar o número de mols
presentes em 30 mL de NaOH. Obteve-se como resultado 0,003 mol. Levando em
consideração que a proporção estequiométrica da reação A é de 1:1, conclui-se que
a cada 0,003 mol de NaOH, será necessário 0,003 mol de KHC 8H4O4 para que
ocorra a neutralização.

KHC8H4O4 (s) + NaOH (aq) →NaKC8H4O4 (aq) + H2O (l) (A)

Por meio de uma regra de três simples, considerando que a massa molar do
KHC8H4O4 é 204,22 g mol-1, encontrou-se que 0,003 mol do mesmo possui cerca de
0,613 g. Pesou-se cuidadosamente a amostra do biftalato de potássio (0,613 g), e
dissolveu-se com cerca de 50 mL de água destilada. Adicionou-se cerca de 3 gotas
de fenoltaleína e titulou-se com o NaOH até a aparição da coloração rósea,
conforme apresentada na Figura 1.

Figura 1 – Solução titulada

9
Fonte: acervo dos autores.

A titulação foi realizada em triplicada para obter uma maior precisão nos
resultados. Os volumes de NaOH obtidos a cada titulação foram anotados e seguem
dispostos na tabela 1.

Tabela 1 – Volumetrias utilizadas para a titulação da solução de KHC8H4O4


Volume da solução de NaoH (0,1 M)
Erlenmeyer
utilizado para titulação (mL)
01 30,2 ± 0,5
02 30,4 ± 0,5
03 30,0 ± 0,5
Média 30,2 ± 0,2
Fonte: dados experimentais.

Por fim, através da equação 6, encontrou-se que a concentração real do


titulante em questão (NaOH), é igual a 0,099 ± 0,001 mol L -1. Desta forma, pôde-se
calcular através da equação 7, o fator de correção, sendo este equivalente a 1,01.

5.1.3. Preparação da Solução de HCl (36,46 g mol-1) » 0,1 mol L-1

Com base na equação 4, considerando a massa molar do HCl como 36,49


g/mol, densidade igual a 1,19 g mL-1 e o teor de concentração do frasco de HCl
utilizado igual a 37%. Obteve-se a quantidade necessária de ácido clorídrico para
preparar 500mL (volume correspondente ao balão utilizado) de solução 0,1 mol L -1,
levando em conta a concentração do ácido clorídrico utilizado na prática, esse valor

10
foi igual a 4,927 gramas. Utilizando a equação 5 encontrou-se o volume necessário
de ácido clorídrico à ser utilizado, esse valor foi igual a 4,14 mL.
É Importante ressaltar que como manuseou-se um ácido forte concentrado,
cuidados especiais foram tomados (utilização de luvas e óculos).

5.1.4. Padronização da Solução de HCl com CaCO3 (105,99 g mol-1)

Primordialmente, calculou-se e pesou-se (em triplicata) a quantidade de


Na2CO3, previamente seco que consumisse um volume de HCl de aproximadamente
30 mL. A equação balanceada da reação ocorrida é descrita abaixo:

CaCO3 (s) + 2HCl (aq) → CaCl2 (aq) + H2O (l) + CO2 (g) (B)

Fazendo uso da equação 2, obteve-se 3,0 x 10-3 mols, essa é a quantidade


de mols presente em 30 mL de solução 0,1 M de ácido clorídrico. Conforme
estequiometria da reação 2, são dois mols de HCl para um mol de CaCO3 dessa
forma, necessita-se de 1,5x10-3 mols de carbonato de cálcio.
Posteriormente, usando regra de três simples,calculou-se a quantidade em
gramas que equivalem 1,5x10-3 mols de CaCO3, considerou-se a massa do
carbonato de cálcio igual a 100 gramas, encontrou-se uma massa total de 0,15
gramas de CaCO3 a ser pesada para ser titulada com 30mL de HCl 0,1 M.
Subsequentemente, dissolveu-se o CaCO3 em 50 mL de água destilada e
adicionou-se 3 gotas de fenolftaleína e titulou-se até a descoloração da solução. É
importante ressaltar que o carbonato de cálcio é um sal praticamente insolúvel em
água.
Seguidamente, adicionou-se seis gotas de vermelho de metila e titulou-se até
a mudança de coloração, a titulação foi interrompida temporariamente e aqueceu-se,
em uma chapa (figura 2), a solução até próximo a fervura a fim de remover o gás
carbônico, um dos produtos da reação. Continuou-se a titulação até que a solução
apresentou um tom avermelhado (figura 3), ressalta-se que foi esperado 30
segundos após o aparecimento da cor avermelhada a fim de garantir que a solução
foi totalmente neutralizada.

11
Figura 2 – Aquecimento da solução Figura 3 – Solução titulada

Fonte: acervo dos autores. Fonte: acervo dos autores.

O procedimento foi realizado em triplicata, os resultados obtidos são descritos


na tabela 2.

Tabela 2 – Volumetrias utilizadas para a titulação da solução de CaCO3


Volume para a
Volume para titulação com Volume total
Erlenmeyer neutralização com
vermelho de metila (mL) utilizado(mL)
fenolftaleína (mL)
01 0,7 ± 0,5 3,8 ± 0,5 30,6 ± 0,5
02 0,3 ± 0,5 3,7 ± 0,5 30,1 ± 0,5
03 0,3 ± 0,5 3,5 ± 0,5 30,5 ± 0,5
Média 0,4 ± 0,2 3,7 ± 0,1 30,4 ± 0,2
Fonte: dados experimentais.

Calculou-se a concentração real da solução de HCl através da equação 6,


obteve-se 9,9 x10-2 ± 0,5 x10-3 mol/L. Utilizando a equação 7, auferiu-se o fator de
correção da solução preparada sendo igual a 0,99.

5.2. Acidez total titulável

5.2.1 Preparação do limão

Primeiramente, descascou-se e cortou-se o limão em quatro partes, retirou-se


a polpa da respectiva fruta. Sequencialmente, macerou-se a polpa do limão,
conforme a figura 4 e retirou-se 1mL do suco obtido. O volume conseguido foi levado

12
à balança e foi constatada uma massa de 0,96 gramas. Mediu-se a densidade da
substância, com base na equação 5, obteve-se uma densidade igual a 0,96 g/mL

Figura 4 – Polpa do limão macerada

Fonte: acervo dos autores.

5.2.2. Titulação da solução cítrica

· Adicionou-se 2,5 mL do do suco de limão obtido após a maceração em 50


mL de água destilada contida em um erlenmeyer. Os erlenmeyers foram
enumerados, colocou-se 3 gotas de fenolftaleína nas amostras a serem tituladas.
Posteriormente, realizou-se o ambiente na bureta com o NaOH 0,1 mol/L e
adicionou-se a mesma solução na vidraria em questão.
Efetuou-se a titulação até o aparecimento de uma cor avermelhada, os dados
auferidos estão dispostos na tabela 3.

Tabela 3 – Volumetrias utilizadas para a titulação da solução cítrica obtida


Volume da solução de NaoH (0,1 M)
Erlenmeyer
utilizado para titulação (mL)
01 21,0 ± 0,5
02 21,3 ± 0,5
03 21,5 ± 0,5
Média 21,3 ± 0,2
Fonte: dados experimentais.

13
Finalmente, calculou-se a acidez total utilizando a equação 8, considerando
N igual a 0,1 N; n igual a 21,3 ± 0,2 mL; V igual a 2,5 mL e Eq 64,02 g. Obteve-se
5,45 ± 0,05 g/100 mL.

6. Conclusão

Ao final destes experimentos, observou-se que foi possível preparar soluções


diluídas ácidas e básicas através das técnicas de preparação e padronização com a
utilização dos indicadores ácidos-bases. Além disso, determinou-se a acidez de um
limão, encontrando um resultado consideravelmente médio. Pode-se também,
aplicar tratamento estatístico para melhor expressão dos resultados a partir de
análises exatas e precisas e pela determinação da estimativa do desvio padrão e do
limite de confiança da média dos resultados.

Deste modo, a prática possibilitou aos alunos a aplicação dos conhecimentos


adquiridos, sendo executada conforme a orientação do professor que esclareceu
dúvidas relacionadas aos assuntos abordados.

7. Referências

BRASIL. Arquivos - métodos da área bev/iqa. Ministério da Agricultura, 2016.


Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/laboratorios/legislacoes-e-
metodos/arquivos-metodos-da-area-bev-iqa?b_start:int=100>. Acesso em: 09 de
maio de 2018.
FOGAÇA, J.R.V.. Indicadores ácido-base. Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/indicadores-acido-base.htm>.
Acesso em 09 de maio de 2018.
SKOOG, D.A.;WEST, F.; HOLLER, J.; CROUCH, S.R.. Fundamentos de química
analítica. 8ª edição, Thomson, 2005.

Anexo I - Respostas do questionário

1. O que é solução padrão? Por que nem todas as soluções são padrões?

14
Solução padrão é uma solução cuja concentração é exatamente conhecida,
uma solução rigorosa com alto grau de pureza e erro inferior a 0,1%. Esta pode ser
preparada a partir de:
● uma substância primária, a qual medida a massa , que depois é dissolvida
num solvente apropriado e posteriormente diluída num balão volumétrico;
● padrões comerciais, que são fornecidos em ampolas hermeticamente
fechadas e que se diluem num balão volumétrico.
Nem todas as soluções são padrões, pois não seguem o descrito acima.

2. O que é padronização? Quando ela é necessária?

A padronização de uma solução é necessária para determinação de sua


concentração real (ou pelo menos um valor muito próximo do real). Por meio deste
processo é possível encontrar o Fator de Correção, um valor adimensional utilizado
para conformidade da concentração da solução em questão.

3. O que é padrão primário? Quais os requisitos para que uma substância seja
um padrão primário? Por que é preciso secá-lo antes de sua utilização?

Solução padrão é uma solução de concentração exatamente conhecida, de


fundamental relevância para análises químicas. São soluções que apresentam um
grau de pureza elevado. Os requisitos de um padrão primário são os seguintes:
● As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e
conservação.
● As impurezas devem ser facilmente identificáveis em ensaios qualitativos
conhecidos.
● O teor de impurezas não deve ser superior a 0,01 - 0,02%.
● A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente.
● A substância deve possuir elevado Kps, de modo a formar uma solução
perfeita.
● A substância deve possuir elevado peso molecular.
● A substância deve ser sólida.

15
Um padrão primário é preciso estar seco, visto que o mesmo deve apresentar
extremamente puro e bem conservado, e isso requer completa ausência de água no
composto.

4. Por que NaOH e HCl não são padrões primários?

O ácido clorídrico (HCl) não é padrão primário, devido ao mesmo ser bastante
volátil, consequentemente sua concentração pode variar.
O hidróxido de sódio (NaOH) é muito higroscópico, portanto fica bem inviável
pesar, precisamente, uma massa de NaOH para fazer uma solução padrão.
Ademais, são substâncias que tem sua concentração determinada por análise
química e também são utilizadas como referência em outras análises volumétricas.

5. O que é transferência quantitativa?

Transferência quantitativa, é o ato de transferir todo o material em análise de


um lugar para outro, seguindo um determinado percurso. Exemplificando, ao se
pesar um sólido, todas as partículas dele devem que ser transferidas do papel de
pesagem para um copo de precipitação.

6. Quais dos equipamentos e vidrarias utilizados nestas práticas devem estar


necessariamente secos: espátula, recipiente de pesagem, balão volumétrico,
bastão de vidro, funil, pipeta, erlenmeyer e bureta.

Espátula, recipiente de pesagem, bastão de vidro, funil, pipeta e bureta. É


importante salientar na pipeta e na bureta, muitas vezes, faz-se ambiente com a
substância que será utilizada para o experimento, porém estas devem estar secas
antes desse procedimento.

7. Quais são as fontes de erros no preparo e padronização de soluções?

Diversos podem ser os fatores que levam ao erro na preparação e


padronização de soluções, principalmente relativos a falha humana, dentre eles
temos o erro de paralaxe, erro na pesagem de amostra, existe também a
16
possibilidade de contaminação pelo ar, a volatização dos reagentes, além das
impurezas, uso de instrumento molhado ou sujo, instrumentos inadequados para a
medição, formação de bolhas no recipiente, etc.

8. Como determinar se houve erro referente a calibração das vidrarias?

As vidrarias possuem uma temperatura na qual é ideal a sua aferição, visto


que um aumento nessa temperatura provoca uma mínima dilatação no vidro. Esta
temperatura normalmente é 20°C, e considerando que a temperatura na maioria dos
laboratórios fica nessa faixa, não há necessidade de efetuar correções nas medidas.
Quanto a forma de calibração dessas vidrarias, pode ser feita através da medição da
massa de um líquido, que possua densidade conhecida a temperatura ambiente.
Assim, realizando a calibração, faz-se a correção a partir da diferença de densidade
da água e dos pesos padrões.

9. Quais cuidados devem ser observados durante esta aula prática a fim de
garantir o sucesso ao que foi proposto

● A pureza dos reagentes tem um peso importante na exatidão vinculada a


qualquer análise. É, portanto, essencial que a qualidade de um reagente seja
consistente com seu propósito de uso. Para isso, é necessário que se tome
os devidos cuidados com o manuseio de reagentes e soluções.
● Uma análise química é rotineiramente realizada em duplicata ou triplicata.
Assim, cada frasco que mantém uma amostra deve estar marcado para que
seu conteúdo possa ser positivamente identificado.
● Cada béquer, frasco ou cadinho que vão conter uma amostra devem ser
completamente lavados antes de ser utilizados. Às vezes é necessário secar
a superfície interna de um recipiente antes do seu uso; a secagem é
normalmente uma perda de tempo, no melhor dos casos, e uma fonte
potencial de contaminação, no pior deles.
● Atenção com a perda de massa de líquidos voláteis. A evaporação é difícil de
ser controlada, deste modo, se faz necessário a cobertura com um vidro de
relógio impedindo que vapores escapem e também uma contaminação
acidental.
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● Na maioria das análises, uma balança analitica precisa ser utilizada para se
obter masssas altamente exatas. As balanças de laboratório menos exatas
também são empregadas para as medidas de massa quando a demanda por
confiabilidade não for crítica.
● A medida precisa de volume é tão importante para um método analítico
quanto a medida precisa da massa. O volume pode ser medido de maneira
confiável com uma pipeta, uma bureta, ou um frasco volumétrico.
● Um caderno de laboratório é necessário para registrar as medidas e as
observações relacionadas a uma análise.
● O trabalho em um laboratório envolve necessariamente um grau de risco;
acidentes podem acontecer e acontecem. A adoção rigorosa das normas de
segurança no laboratório e o uso de EPI’s contribui na prevenção ou
minimização dos efeitos de um acidente.

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