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“Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns
há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com
poder.” Mateus 17:1
No entanto, quando analisamos a fundo as escrituras, vemos que, na
realidade, a transfiguração se prestou para um outro objetivo, qual seja,
reforçar a ideia de que o dia de Jeová estava próximo de ocorrer. Essa ideia
se encontra no livro de Malaquias, desse modo, os evangelistas pretendiam
com a transfiguração ligar o Velho Testamento ao Novo.
João Batista aparece pregando a vinda desse dia, Jesus o segue sentido
parecido. Ambos diziam: “ O tempo está cumprido, e o reino de Deus está
próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Marcos 1:15
“Ele respondeu: “Farei toda a minha bondade passar diante de você e vou
declarar diante de você o nome de Jeová. E mostrarei favor a quem eu
mostrar favor, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.” Mas
acrescentou: “Você não pode ver a minha face, pois nenhum homem pode
me ver e continuar vivo.” Êxodo 33:19-20
Lembre-se também que Saulo de Tarso, mais tarde chamado de Paulo, caiu
e ficou cego ao ver a luz do rosto de Jesus, quando lhe apareceu na estrada
para Damasco, conforme relato de Atos 9:2-9
“Durante a viagem, quando ele se aproximava de Damasco, de repente
brilhou em volta dele uma luz vinda do céu, e ele caiu no chão e ouviu
uma voz lhe dizer: ”Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Ele
perguntou: “Quem é o senhor?” Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem
você persegue. Mas levante-se, entre na cidade, e lá dirão a você o que
deve fazer.” E os homens que viajavam com ele ficaram parados sem fala e
realmente ouviram o som de uma voz, mas não viram ninguém. Saulo
então se levantou do chão, e, embora seus olhos estivessem abertos, não
conseguia ver nada. De modo que o pegaram pela mão e o levaram a
Damasco. Ele não viu nada por três dias, e não comeu nem bebeu. “
O relato acima transforma, portanto, a narrativa dos evangelistas em
incoerente e irreal mesmo dentro da própria Bíblia.
Perceba também que a transfiguração se deu num momento anterior e
posterior, respectivamente, a estas passagens: " Quando o viram andando
sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma. Então gritaram, pois todos
o tinham visto e ficaram aterrorizados." Marcos 6:49, 50
” E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles,
e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados,
pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais
perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede
as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois
um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E,
dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por
causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma
coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e
um favo de mel; O que ele tomou, e comeu diante deles.” Lucas 24:36-43
Nessas passagens, os discípulos nos revelam o pavor que tinham de
espíritos, ou seja, de pessoas mortas, almas penadas. Contudo, quando
viram as almas(espíritos) de Elias e Moisés não esboçaram nenhum medo.
Pelo contrário, Pedro até pede para armar barracas. Mostrando com isso o
quanto essas estórias ou contos da Bíblia não passam de invenções. Não
são reais.
Vale ainda salientar que, segundo a profecia de Malaquias 4:1-6, o deus
hebreu enviaria o profeta Elias antes de seu grande dia de destruição.
Antes de prosseguir, perceba que esta profecia não passa de falácia,
palavras ao vento e sem nenhuma efetividade. O profeta, no início do
capítulo, declara que haverá uma destruição tal qual uma grande fornalha,
porém, nos versículos finais, é dito que Elias, o profeta, seria enviado para
que não houvesse a destruição da Terra. Contrariando tudo que foi dito
antes. Afinal de contas, haverá ou não a destruição profética?
A profecia de Malaquias, pelo que é demonstrado nos evangelhos, era
muito aguardada pelos judeus, a ponto de muitos deles, inclusive seus
discípulos, acreditarem que Jesus fosse, João Batista, Elias ou outro
profeta ressuscitado ou encarnado.
Jesus afirma aqui que João Batista era mesmo Elias. Só louco pode pensar
que essa estória de transfiguração e as demais contadas na Bíblia,
sobretudo, no Novo Testamento, possam ter algo de verdadeiro.
Jesus esqueceu que João Batista é seu parente, seu primo. E parece
também desconhecer que a estória do anjo que havia aparecido a sua mãe,
Maria. Este anjo foi o mesmo que apareceu e anunciou o nascimento de
João Batista, dizendo que este seria o preparador do caminho, não disse
que ele seria Elias, mas seria semelhante a este.
Para Jesus Elias era João Batista, mas este já havia dito que não era e que
não era sequer era profeta!
Que narrativas maravilhosas essas da Bíblia! Estórias de trancoso ficam no
chinelo perto das contadas por ela.
Toda essa maluquice dos evangelistas tinha o intuito de transformar Batista
no Elias da profecia de Malaquias, pois se João não fosse aquele, Jesus
também não seria o Cristo ou Messias. Essa profecia, como falado
anteriormente, previa que antes da hipotética grande destruição, apareceria
Elias e após o Messias. Se Elias ainda não veio, então o Messias também
não teria vindo, logo, Jesus não seria o Messias. Por isso, os cristãos
colocam, na arrumação dos livros de sua Bíblia cristã, os evangelhos logo
depois do livro de Malaquias, para incutir a ideia de que João Batista era
Elias e Jesus era o Messias. Essa arrumação é diferente na Bíblia hebraica,
não só porque não existem os evangelhos nela, mas porque os judeus
colocaram outros livros antes do de Malaquias.
Em 2 Pedro 3: 16-19, há a menção da transfiguração, porém, essa carta não
foi escrita pelo Pedro que teria participado da grande transformação de
Jesus naquele alto monte. Por que sabemos disso?
Sabemos disso, quando analisamos as palavras desse pseudo-Pedro nessa
epístola.