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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A CONTRATAÇÃO DE


CONSULTORIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS
NECESSÁRIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO INSTRUMENTO DE
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA - ( INDICADORES)
1. INTRODUÇÃO

O Projeto Internacional de Cooperação Técnica para o Programa de Estruturação


Institucional de Consolidação da Política Nacional de Recursos Hídricos –
BRA/OEA/001/002, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e a
Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos – SG/OEA, datado de 20 de
dezembro de 2001, tem como objetivo desenvolver ações e atividades de fortalecimento
institucional e consolidação da política nacional de recursos hídricos.

O Governo da República Federativa do Brasil designou a Secretaria de Recursos


Hídricos do Ministério do Meio Ambiente – SRH/MMA, como responsável brasileira
pela execução das ações decorrentes do presente Termo de Cooperação. A Secretaria-
Geral da Organização dos Estados Americanos SG/OEA designou a sua Unidade de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente como responsável pela execução das
ações do presente Termo de Cooperação.

2. CONTEXTO

Num passado não muito remoto, a água – assim como todos os recursos naturais - era
considerada um bem inesgotável, livre, portanto desprovido de valor econômico.
Entretanto, devido ao desenvolvimento urbano, à concentração espacial da indústria e à
expansão da agricultura comercial e das áreas irrigadas, alguns mananciais começaram a
dar sinais de esgotamento, tanto pelo volume de água demandada quanto pela
deterioração de sua qualidade.
Essa problemática ambiental promoveu a incorporação na política ambiental de
princípios jurídicos, econômicos e institucionais relativos ao meio ambiente, atribuindo
ao poder público uma gama de responsabilidades e imputando uma série de ações a
serem implementadas na preservação e na gestão do meio ambiente.

Para implementar e assegurar a eficácia dessas políticas, o poder público deve se


estruturar, objetivando promover, fiscalizar, monitorar, planejar e executar a política
ambiental, tanto de natureza pública quanto privada, desenvolvendo ou fomentando
pesquisas, capacitando técnicos, regulando e regulamentando aspectos técnicos, e por
fim, implementando todo o arcabouço institucional necessário para tornar o Estado apto
e capaz a assegurar a efetividade da mesma.

Neste contexto que a Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos foi promulgada. Essa política constitui um marco histórico para a
implementação de um sistema de gerenciamento das águas no país, pautada por um
modelo institucional descentralizado, com garantia de participação da sociedade civil
através dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

O principal objetivo dessa política de recursos hídricos é garantir que a água seja um
bem assegurado, no sentido de estar disponível em quantidade e qualidade adequada
para a utilização das futuras gerações, e para isso foram adotados critérios de gestão dos
recursos hídricos que objetivam o controle e a racionalidade na utilização desses
recursos.

A legislação de recursos hídricos estabeleceu critérios econômicos para a gestão desses


recursos, especificamente o instrumento da cobrança pelo uso da água, o qual tem como
finalidade criar condições objetivas de preservação e gestão da água, através de
implementação de um arcabouço legal e institucional que viabilize recursos financeiros
no intuito de iniciar o processo de reversão do grave quadro de degradação existente,
induzir a sociedade a um comportamento que trate a água enquanto um bem finito
imprescindível à vida humana e arcar com os custos de custeio dos entes do sistema de
gestão.
A legislação estabelece que somente poderão ser cobrados pelo uso aqueles recursos
hídricos que forem outorgados, observadas as peculiaridades de cada bacia hidrográfica
e a forma de utilização, consumo ou mesmo de poluição dos recursos hídricos.

Essa cobrança pelo uso dos recursos hídricos visa reconhecer a água como um bem
econômico e proporcionar à sociedade a idéia de valor desse bem, incentivando o seu
uso racional, otimizando as suas múltiplas funções e implementando mecanismo de
descentralização da gestão e da política de recursos hídricos, uma vez que os recursos
arrecadados em cada bacia hidrográfica deverão ser gerenciados e aplicados
preferencialmente na própria bacia.

Atualmente, existem diversas estudos, propostas metodológicas, análises que objetivam


determinar o valor econômico a ser atribuído ao bem água, tanto para o controle da
demanda ou para a expansão da oferta de recursos hídricos, ou seja, busca-se atingir um
ótimo econômico de alocação de recursos hídrico, ou criar fundos financeiros capazes
de interferir na oferta deste bem.

Neste contexto, ocorre uma discussão intrínseca a cobrança que consiste na utilização
do principio poluidor-pagador, que tem como objetivo final o controle da emissão de
carga poluidora nos corpos d’água a partir da determinação de um valor econômico para
tal emissão.

Diante da possibilidade concreta da implementação da cobrança, diversos agentes


econômicos e entidades representantes dos setores usuários realizaram estudos que têm
for finalidade dimensionar os impactos (ambientais, econômicos, financeiros,
comerciais, e sociais) decorrentes da implementação deste instrumento de gestão.

Por outro lado, institucionalmente, a Cobrança pelo Uso da Água é discutida no âmbito
do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH e de suas Câmaras Técnicas,
sendo o primeiro, órgão colegiado da estrutura regimental do Ministério do Meio
Ambiente, criado pela Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, com as alterações da Lei
no 9.984, de 17 de julho de 2000, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, na qualidade de órgão consultivo e deliberativo máximo, tendo a
Secretaria de Recursos Hídricos enquanto Secretaria-Executiva do Conselho, com as
seguintes competências:

I- formular a Política Nacional de Recursos Hídricos;

II- promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os


planejamentos nacional, regionais, estaduais e dos setores usuários;

III- arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes


entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos;

IV- deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos,


cujas repercussões extrapolem o âmbito dos Estados em que serão
implantados;

V- deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos


Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia
Hidrográfica;

VI- analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos


hídricos e à Política Nacional de Recursos Hídricos;

VII- estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política


Nacional de Recursos Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VIII- aprovar propostas de instituição dos Comitês de Bacias Hidrográficas


e estabelecer critérios gerais para a elaboração de seus regimentos;

IX- acompanhar a execução do Plano Nacional de Recursos Hídricos e


determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;

X- aprovar o Plano Nacional de Recursos Hídricos;

XI- estabelecer critérios gerais para a outorga de direito de uso de recursos


hídricos e para a cobrança por seu uso;

XII- deliberar sobre os recursos administrativos que lhe forem interpostos


por comitês de bacias hidrográficas;

XIII- manifestar-se sobre os pedidos de ampliação dos prazos para as


outorgas de direito de uso de recursos hídricos de domínio da União;

XIV- definir os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos de


domínio da União;

XV- manifestar-se sobre propostas encaminhadas pela Agência Nacional de


Águas - ANA, relativas ao estabelecimento de incentivos, inclusive
financeiros, para a conservação qualitativa e quantitativa de recursos
hídricos;

XVI- definir, em articulação com os respectivos Comitês de Bacias


Hidrográficas, as prioridades de aplicação dos recursos a que se refere o
caput do art. 22 da Lei no 9.433, de 1997;

XVII- aprovar o enquadramento dos corpos de água em classes, em


consonância com as diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA e de acordo com a classificação estabelecida na legislação
ambiental;

XVIII- autorizar a criação das Agências de Água;

IX- delegar, quando couber, por prazo determinado, aos consórcios e


associações intermunicipais de bacias hidrográficas, com autonomia
administrativa e financeira, o exercício de funções de competência das
Agências de Água, enquanto estas não estiverem constituídas;

XX- deliberar sobre as acumulações, derivações, captações e lançamentos


de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga
de direitos de uso de recursos hídricos de domínio da União;

O CNRH é estruturado em um Plenário e no máximo dez Câmaras Técnicas,


devidamente instituídas pelo próprio Conselho, sendo gerido por um Presidente, que
será o Ministro titular do Ministério do Meio Ambiente e um Secretário Executivo, que
será o Secretário titular da Secretaria de Recursos Hídricos do próprio Ministério, que
também exercerá a função de secretaria Executiva do CNRH.

O Conselho têm 9 (nove) Câmaras Técnicas aprovadas pelo seu Plenário, com os
seguintes temas: Águas Subterrâneas; Análise de Projeto; Assuntos Legais e
Institucionais; Ciência e Tecnologia; Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços;
Integração de Procedimentos, Ações de Outorga e Ações Reguladoras; Plano Nacional
de Recursos Hídricos; Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos e por fim, a Câmara
Técnica de Educação, Capacitação, Mobilização Social e Informação em Recursos
Hídricos.

Dentre as diversas Câmaras Técnicas do CNRH, destaca-se a Câmara Técnica de


Cobrança pelo Uso da Água – CTCOB, que foi implementa, por intermédio da
Resolução n.º 21 de 14/03/2004, com as seguintes finalidades: I) Propor critérios gerais
para a cobrança pelo uso de recursos hídricos; II) – analisar e sugerir, no âmbito das
competências do Conselho, diretrizes complementares para a implementação e
aplicação da cobrança pelo uso de recursos hídricos; III) – propor diretrizes e ações
conjuntas para a integração e otimização de procedimentos entre as instituições
responsáveis pela cobrança pelo uso de recursos hídricos; IV)– analisar os mecanismos
de cobrança e os valores pelo uso dos recursos hídricos, sugeridos pelos Comitês de
Bacias Hidrográficas; V) – avaliar as experiências em implementação dos processos de
cobrança pelo uso dos recursos hídricos, considerando procedimentos adotados e
resultados obtidos; VI) – exercer as competências constantes do Regimento Interno do
Conselho e outras que vierem a ser delegadas pelo seu Plenário.

A CTCOB é composta por dezessete membros natos, conforme dito anteriormente, com
indicação dos Conselheiros do CNRH. A SRH, enquanto representante do Ministério do
Meio Ambiente tem acento na Câmara e também exerce a função de secretaria-
executiva da mesma. A seguir estão descritos todos os membros da Câmara: Ministério
do Meio Ambiente – MMA, Ministério da Agricultura - MAPA, Ministério do Meio
Ambiente – ANA,Ministério da Integração Nacional Ministério de Minas e Energia,
Ministério das Cidades, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos de SP/RJ, Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos MG/ES: Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos
CE/BA, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos RS/SC, Conselhos Estaduais de
Recursos Hídricos PR/MT Usuário/Irrigantes, Usuário/Concessionárias e Autorizadas
de Geração Hidrelétrica,Prestadoras de Serviço Público de Abastecimento de Água e
Esgotamento Sanitário, Comitês, Consórcios e Associações Intermunicipais de Bacias
Hidrográficas, Organizações Técnicas e de Ensino e Pesquisa.

A CTCOB é uma das Câmaras mais ativas do CNRH, já tendo apresentado ao Plenário
pelo menos duas propostas de Resolução e uma Moção, sendo que a proposta de
regulamentação da Cobrança foi encaminhando à Câmara Técnica Institucional e Legal
– CTIL para análise e posterior envio ao Plenário do CNRH. Este trabalho foi concluído
com dois anos de discussão e negociação.

A CTCOB vem trabalhando mais quatro grupos de trabalho, sendo um destes criado
pelo CNRH sob a coordenação da Câmara conforme Resolução nº 41 do CNRH. Estes
grupos estão desenvolvendo diversos trabalhos e que deverão apresentar seus trabalhos
finais, no máximo, no primeiro semestre do próximo ano. Os referidos grupos estão
assim configurados:

· Acompanhamento da Aplicação dos Recursos da Cobrança pelo Uso de Recursos


Hídricos, GTAAC;

· Convergência da Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos nos Estados,

· Indicadores de acompanhamento implantação da cobrança Convergência da


Cobrança pelos Recursos Hídricos nos estados

· Acompanhamento da implementação da cobrança na Bacia do rio Paraíba do Sul,.

Portanto, o que se pretende com este Termos de Referencia é estabelecer Indicadores de


acompanhamento implantação da cobrança e informações sobre o tema cobrança pelo
uso da água, incluindo a suas interfaces com os demais instrumentos de gestão e os
fundamentos disponíveis pela ciência econômica para valorar os recursos ambientais.

Os Indicadores são ferramentas de informação, de acompanhamento e avaliação. Eles


sumarizam os dados sobre complexas questões ambientais para indicar a condição geral
ou tendências. Os indicadores podem ser utilizados para avaliar o desempenho da
efetividade da cobrança enquanto instrumento de gestão, auferido inclusive seus
impactos regionais e locais.

Os Indicadores deverão fazer parte do documento denominado “Marco Zero”,


necessário a transparência, aumento da contabilidade, monitoramento e avaliação do
impacto decorrente da implantação do Instrumento de Cobrança pelo Uso de Recursos
Hídricos(ver anexo I), formulado por um Grupo de Trabalho Técnico da CTCOB, que
tem como um de seus objetivos, analisar e sugerir diretrizes complementares de
instrumentos para acompanhamento da implantação da cobrança pelo uso de recursos
hídricos.

Os resultados obtidos nesse trabalho, deverão ficar a disposição da SRH/MMA, para


consultas, tendo como público alvo os integrantes dos Comitês de Bacias Hidrográficas,
dos Conselhos de Recursos Hídricos, dos Órgãos Gestores, representantes dos setores
usuários, pesquisadores e demais interessados no tema cobrança pelo uso da água.
Por último, vale ressaltar a necessidade de desenvolver estudos técnicos adicionais que
complementem as referencias apontadas, bem como subsidiem as análises e tomada de
decisão da Câmara Técnica de Cobrança pelo Uso da Água – CTCOB, do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, dos Comitês de Bacias Hidrográficas e da SRH.

3 – JUSTIFICATIVA

A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos surge como uma ferramenta a mais para
alcançar o Desenvolvimento Sustentável e que seria aplicada após a implementação e
aprovação dos outros instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos.
Que tem como um do seus principais objetivos fundamentados na Lei nº 9.433/97:

“I - Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação


de seu real valor;

II - Incentivar a racionalização do uso da água;

III - Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e


intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos. “

Vale destacar que os demais instrumentos de gestão de recursos hídricos deverão ser
implementados prioritariamente à cobrança, uma vez que o mesmo é diretamente
vinculado e dependente dos demais, sendo que os instrumentos de gestão se constituem
como pré-requisitos para a adoção do instrumento de cobrança pelo uso de recursos
hídricos, e enquanto não estiverem consolidados, não deverá ser implementado, pois o
seu resultado poderá não ser quantificado de forma adequada.

Por esse motivo, o relatório denominado “Marco Zero”, mesmo não sendo um
pressuposto legal, deverá ser elaborado com o objetivo de possibilitar a avaliação da
efetividade do instrumento de cobrança, e pressupõe o uso de Indicadores de cobrança
pelo uso de recursos hídricos, que possibilitará avaliar o impacto da cobrança em seus
mais diferenciados usos.

A pertinência dos Indicadores estabelece primeiro requisito de confiabilidade e validade


das avaliações. Segundo a natureza dos indicadores, da disponibilidade de tempo e
recursos das avaliações podem ser qualitativos como também quantitativos. Assim os
indicadores funcionam como ferramentas de controle e gestão que proporcionam
subsídios à tomada de decisão, com base em informações importantes e resumidas em
declarações concisas e ilustrativas (CANTARINO, 2000).

4 - OBJETIVO GERAL

O presente Termo de Referência objetiva a contratação de um consultor para o


desenvolvimento de estudos para a definição de indicadores, quantitativos e/ou
qualitativos (permitindo ver a evolução segundo ponto de vista econômico, ambiental,
da efetividade do processo de cobrança e da utilização dos recursos financeiros
propriamente dito), que possibilitem a mensuração dos impactos gerados pela
implementação da cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos. As informações obtidas,
resumidas em declarações concisas e ilustrativas, servirão como instrumentos para a
Câmara Técnica da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos – CTCOB no processo de
implementação da cobrança pelo uso da água.

5 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos da consultoria são:

· estabelecer ferramentas para a avaliação da efetividade e sustentabilidade da


cobrança pelo uso da água;

· avaliar os indicadores, tendo em vista os diferentes usos da água, de forma que eles
possam efetivamente possibilitar o acompanhamento da situação das bacias
hidrográficas;

· subsidiar através de seus estudos, as atividades desenvolvidas pelo “Grupo de


Trabalho de Indicadores” executados pela Câmara Técnica de Cobrança pelo Uso de
Recursos Hídricos – CTCOB, do CNRH;

6 – ATIVIDADES

Cabe ao consultor as seguintes atividades:

· Participar de reuniões da Câmara Técnica de Cobrança pelo Uso de Recursos


Hídricos – CTCOB, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, durante a
execução dos trabalhos, podendo apresentar resultados parciais de seu estudo,
colaborando com os trabalhos do “Grupo Trabalho Indicadores”;

· Apresentar e discutir com a Câmara Técnica um grupo de indicadores mínimos a


serem definidos como essenciais com o intuito avaliativo da sustentabilidade da
cobrança pelo uso da água.

· Decidir quais os indicadores de maior relevância e descrevê-los;

· Classificar os indicadores segundo categorias, e se de longo ou curto prazo;

· Observar a forma de cálculo dos indicadores;

· Apresentar um desenho metodológico que permita a avaliação, ante e pós a


implementação da cobrança, das mudanças que possam ocorrer em termos de
qualidade e quantidade disponível.

· Analisar os resultados obtidos e consolidar um documento final sobre os indicadores


da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, que será parte integrante do documento
denominado “Marco Zero”.

· Participar de reunião com a coordenação do SRH/MMA afim de obter


esclarecimentos e orientações sobre os indicadores da cobrança pelo uso da água;

· Coletar informações secundárias, em diversas fontes, conforme anexo II;

· Discutir com a CTCOB sobre o primeiro, segundo e terceiro relatório, apresentado


pelo consultor deverá ser apresentado em âmbito ampliado;

· Discutir com o CNRH sobre as propostas e contribuições aos relatórios apresentados


pelo consultor. Sendo aprovado em plenária, o documento será entregue pelo
consultor em seu formato final (versão final revisada).

7 – ESCOPO DO ESTUDO

Para a elaboração dos trabalhos referente a este Termo de Referência, que tem como
objetivo a contratação de um consultor, para desenvolvimento de estudos para a
definição de um número de indicadores e categorias que venham a servir de parâmetros
após a implementação da cobrança pelo uso da água.

Mediante suas observações, o consultor deverá orientar-se pelo seguinte escopo para a
realização de seus relatórios:

· a construção e consolidação de um diagnóstico descritivo sintético das condições


gerais dos indicadores do processo de cobrança pelo uso da água, do ponto de vista
das condições sociais, físicas, ambientais e econômicas. O diagnóstico deverá possuir
um rol de indicadores mínimos conforme categorias indicadas abaixo, bem como
outras sugestões de indicadores e categorias, e serão apresentados à CTCOB que fará
uma análise, sugerindo os indicadores de maior relevância.

INDICADORES POR CATEGORIA

Dimensão Social – corresponde, especialmente, aos objetivos ligados à satisfação das


necessidades humanas, melhoria da qualidade de vida e justiça social (abrangendo os
temas população, equidade, saúde, educação, habitação e segurança ocupacional,
estabilidade no emprego, direitos humanos). Abaixo segue alguns indicadores

1. consumo per capta de água urbana/rural (l/hab./dia)

2. domicílios sem ligação a rede de esgoto ou fossa séptica, por classe de renda (%)

3. retirada anual de água, segundo os diferentes usos (%)

4. internações hospitalares provenientes de doenças de veiculação hídrica (%)

5. percentagem de esgoto tratado no total de esgoto produzido segundo os tipos de


tratamento (%)

6. água tratada por domicílio

7. empregos gerados direto indiretamente

8. conflitos gerados pela demanda X disponibilidade


Dimensão Ambiental – diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação
ambiental, e está relacionada aos objetos de preservação e conservação do meio
ambiente, considerados fundamentais ao benefícios das gerações futuras (impacto dos
processos, produtos e serviços no ar, água, solo, biodiversidade e saúde humana).

1. extração de água subterrânea e superficial na bacia ou no principal manancial

2. nº de poços/ano perfurados da área da bacia ou região

3. taxa de crescimento das áreas irrigadas na área da bacia ou da região (%)

4. demanda para outorga de uso de água em projetos de irrigação no total de outorgas


(%)

5. diminuição da profundidade média dos principais rios da bacia ou região

6. índice qualidade de água - DBO/OD nas águas da bacia ou da região

Dimensão Econômico-Financeira – trata do desempenho macroeconômico e


financeiro e dos impactos do consumo de recursos materiais e uso de energia primária.
É um a dimensão que ocupa-se com os objetivos da eficiência dos processos produtivos
e com as alterações nas estruturas de consumo orientadas a uma reprodução econômica
sustentável a longo prazo (gastos e benefícios, criação de emprego, despesas com
investimento e desenvolvimento, informação financeira e respectivas declarações).

1. eficiência dos prestadores de serviços de saneamento (público e privado)

2. tarifação da poluição

3. investimento em esgotamento sanitário, abastecimento de água e coleta de lixo

4. criação de novos mecanismos para o financiamento do serviço de saneamento

5. criação de instrumentos econômicos

6. custo marginal de água tratada

7. custo marginal de esgoto tratado


8. custo marginal de operação de água tratada

9. custo marginal de operação de esgoto tratado

10. preço público unitário X arrecadação por segmento de usuário

Dimensão Institucional – diz respeito a orientação política, capacidade e esforço


despedindo para as mudanças requeridas para uma efetiva implementação do
desenvolvimento sustentável. Ressalta-se que é nesta seção que figura o indicador que
sintetiza o investimento em ciência e tecnologias de processos e produtos, importantes
chaves para busca de alternativas para o desenvolvimento sustentável (ratificação de
acordos, gastos com P&D, gasto público com proteção ao meio ambiente).

1. Investimento em P&D, gastos públicos X privados

2. desenvolvimento de projetos de reuso da água

3. gastos efetuados na prevenção e limpeza dos recursos hídricos

4. investimento em tecnologias mais limpas

Dimensão de Gestão – pode ser definida como sendo um conjunto de políticas,


programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a
segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente, buscando permanentemente a
melhoria da qualidade ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho de
qualquer organização pública ou privada (setores econômicos, comunidade, orgãos
ambientais).

1. gerenciamento integrado das bacias – fortalecimento dos comitês e agências

2. inclusão da educação ambiental e hábitos de higiene nos currículos escolares nas


áreas rurais

3. preservação efetiva das áreas de formação dos mananciais

4. regulamentação do uso da água segundo seus múltiplos usos

5. criação de um banco de dados integrados sobre os recursos hídricos


6. melhoria dos mecanismos de fiscalização ambiental

· a apresentação dos indicadores deverá seguir a metodologia do modelo DPSIR –


Força Motriz (Driving Force)/ Pressão (Pressure)/ Estado (State)/ Impacto (Impact)/
Resposta (Response) (ver anexo III) . Fazendo uma discussão sobre este modelo, de
modo que possa fornecer base de sustentabilidade econômica-social-ambiental para o
processo de cobrança pelo uso da água.

· este diagnóstico deverá estabelecer e destacar algumas relações de causa e efeito que
poderão ocorrer com a implantação da cobrança pelo uso da água;

· a identificação dos principais conflitos que poderão ocorrer com a implantação da


cobrança pelo uso da água;

· a identificação e destaque de questões relevantes, episódicas e permanentes, referente


aos indicadores da cobrança pelo uso dos recursos hídricos e suas consequências;

· o levantamento de programas de cobrança pelo uso da água, em execução e/ou


previstos.

· O relatório deverá seguir a estrutura do sumário apresentado abaixo, as contribuições


do consultor propostas quanto ao modelo do sumário, serão analisadas pela
Secretária de Recursos Hídricos e pelo Grupo de Trabalho da CTCOB, que poderão
aceitá-las. Sugerindo as mudanças que forem necessárias.

RESUMO/SUMÁRIO DO RELATÓRIO FINAL

1. Apresentação
2. Introdução
3. Referencial teórico e metodológico
O modelo de validação do processo DSPIR
Os avanços dos modelos de acompanhamento do desenvolvimento ambiental
sustentável
4. Indicadores de sustentabilidade para monitoramento e gestão dos recursos
hídricos
4.1. Proposta de indicadores
4.2. Proposta de categorias
4.3. Matriz relacionando categorias e indicadores – modelo DSPIR
5. Conclusões e considerações

8 – RELATÓRIOS E PRODUTOS

Os seguintes relatórios deverão ser apresentados, como resultado de cada trabalho:

Produto 1 – Metodologia, (uma contextualização do modelo DPSIR). Este relatório


deverá apresentar a metodologia do trabalho e demonstrar através de um breve histórico
as principais características do modelo proposto e como sua aplicação servirá de
instrumento para a elaboração de indicadores no processo de implantação de cobrança
pelo uso da água. Este produto deverá ser apresentado a CTCOB, e a partir de
discussões poderá ser complementado.

Produto 2 - 1ª versão do Relatório (proposta de indicadores para discussão


ampliada no âmbito da CTCOB); Este relatório deverá conter uma versão preliminar
sugerindo um rol de indicadores, obedecendo ao modelo sugerido no produto anterior. O
produto deverá fornecer os indicadores por categorias (dimensão social, institucional,
ambiental, de gestão e econômico-financeira). Vale ressaltar que ao consultor cabe a
tarefa de propor outros indicadores e categorias. O relatório será apresentado a CTCOB,
que fará uma discussão sobre os indicadores e categorias propostos, podendo sugerir
novos e definir os de maior relevância para a implantação do processo de cobrança.

Produto 3 - 2ª versão do Relatório (para encaminhamento ao Plenário do CNRH);


Este relatório consistirá em incorporar as discussões e considerações ocorridas na
CTCOB, além das Condicionantes de Futuro, Ações Prioritárias e Estratégias dos
Atores. Deverá também consolidar a metodologia, dados e informações empregados, as
contribuições e preposições aos indicadores de cobrança pelo uso da água. Deverá ser
composto pelo documento de referência discutido junto a CTCOB e a consolidação de
base de dados e informações utilizadas na elaboração do relatório.

Produto 4 – Entrega do relatório final. Relatório final, contento proposta de um


conjunto de indicadores para avaliação da sustentabilidade do processo de cobrança
pelo uso da água. O produto deverá seguir o sumário apresentado no item 9 deste Termo
de Referência, apresentação do problema, introdução pertinente com o tema,
metodologia e referencial teórico, o modelo proposto e como o modelo evoluiu até o
atual, os indicadores de sustentabilidade propondo os de maior relevância e suas
categorias e fazendo uma relação entre os indicadores e categorias em uma matriz
seguindo o modelo DSPIR, e finalizando o relatório com suas conclusões e
considerações.

9 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

MÊS Data
Entrega
PRODUTO 2 3 4 5 6
1º versão
2º versão
3º versão
Versão Final

10 – FORMA DE APRESENTAÇÃO

Os relatórios deverão ser objetivos, em linguagem para perfeita compreensão, fazendo


referência às atividades realizadas em consonância com os Termos de Referência e
cronograma de trabalhos estabelecidos no contrato, de maneira que possam ser
avaliados, tanto o grau de avanço das atividades, como em relação a possíveis
dificuldades operacionais.

Deverão ser apresentados em uma via, sob forma de minuta e, uma vez aprovados pela
CTCOB, serão entregues em sua forma definitiva em XX vias originais por meio
impresso (papel formato A4) e com o conteúdo gravado em meio magnético, no formato
compatível com o programa OpenOffice (XX cópias em CD-Rom).

O documento denominado______________ deverá conter no mínimo XX páginas e no


máximo XX páginas.
O prazo de análise dos documentos, pelo contratante, será de XX dias após a entrega do
produto.

A elaboração dos relatórios deverão seguir as normas e procedimentos indicados no


“Guia de Elaboração de Relatórios Parciais e Final” do Projeto SRH/OEA. Não
serão aceitos, em hipótese alguma, os relatórios que estiverem fora dos referidos
padrões.

11 – INSUMOS TÉCNICOS FORNECIDOS PELO CONTRATANTE

Para permitir a consecução dos objetivos do trabalho de que tratam estes Termos de
Referência, a SRH/MMA facilitará o acesso do Contratado às informações disponíveis e
de seu interesse.

12 - INSUMOS ADMINISTRATIVOS FORNECIDOS PELO


CONTRATANTE
Será fornecido ao Contratado o “Guia de Elaboração de Relatórios Parciais e Finais do
Projeto SRH/OEA”, contendo informações e procedimentos estabelecido nos Padrões
da Organização dos Estados Americanos – OEA, para a confecção dos relatórios.

Eventuais custos com deslocamentos e hospedagem dos profissionais contratados para a


execução dos serviços técnicos poderão ocorrer, quando houver necessidade e interesse
da SRH/MMA, no âmbito do Projeto.

13 – PERFIL DO CONTRATADO

O profissional a ser contratado deverá ter formação acadêmica e experiência


profissional superior a vinte anos na área estatística e ambiental. Deverá possuir
experiências profissionais na Construção de Indicadores sócio-econômicos e
ambientais, bem como ter participado em trabalhos de consultoria na temática -
Indicadores Ambientais.

14 – OBRIGAÇÕES DO CONSULTOR
· O consultor deverá cumprir, dentro dos prazos previstos, as atividades elencadas nos
itens 5,6,7,e8, de acordo com o cronograma apresentado no ítem 9;

· Apresentar seguro de vida com vigência para o período de duração do contrato.

15 – RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONTRATANTE

Sr. Rodrigo Speziali de Carvalho – Coordenador Técnico do Projeto SRH/OEA

16 – REUNIÕES DE SUPERVISÃO E ACOMPANHAMENTO

Sempre que solicitado pela Contratante o consultor deverá participar de reuniões,


promovidas pela SRH/MMA, de acompanhamento e supervisão dos trabalhos.

17 - FORMA DE PAGAMENTO

O Contratado terá remuneração no valor total de R$ xx,xxxx,xx (xxxxxxx reais) para o


desenvolvimento dos produtos constantes neste Termo de Referência, dividido em
quatro parcelas.

Os pagamentos serão efetuados ao Contratado com base nos relatórios técnicos


(produtos) apresentados e aprovados pela SRH e pela USDMA/OEA:

- 1ª parcela de R$ X.XXXXX – mediante apresentação do Relatório


Preliminar, contento metodologia, análise do modelo sugerido para
implementação do processo de cobrança pelo uso da água.

- 2ª parcela – R$ X.XXX,00 - 1ª versão do Relatório (após discussão no


âmbito da CTCOB), deverá conter um rol de indicadores apresentados em
categorias de dimensão (social, institucional,ambiental, de gestão e
econômico-financeira).

- 3ª parcela – R$ X.XXX, – 3ª versão do Relatório (para encaminhamento à


Plenária do CNRH), composto pelo documento de referência discutido na
CTCOB
e a consolidação de dados e informações utilizadas na elaboração do
relatório.

- 4ª parcela – R$ X.XXX – versão final do Relatório, que deverá ser


entregue a CTCOB que o encaminhará à SRH/MMA.

Quaisquer custos com a elaboração dos produtos constantes neste Termo de Referência,
sejam eles referentes à aquisição de dados, equipamentos, material de escritório, dentre
outros, ocorrerá por conta do contratado.

Após a aprovação dos relatórios e encaminhamento à UDSMA/OEA, o pagamento se


dará em, aproximadamente, sete dias úteis.

Os produtos, caso necessário, deverão ser ajustados pelo Contratado sem implicar em
despesas adicionais. Em caso de atraso na entrega dos Relatórios, será aplicada uma
retenção da parcela correspondente conforme apresentado, ressalvadas os acertos e
justificativas junto à GAP/SRH/MMA:

18 - LOCAL DE EXECUÇÃO DO TRABALHO

Os serviços poderão ser executados em qualquer parte do território nacional, e


eventualmente em Brasília/DF.

19 – ENDEREÇO DA CONTRATANTE
Secretaria de Recursos Hídricos – SRH/MMA
SGAN 601, Lote I, Ed. CODEVASF, 4º andar
CEP: 70830-901 Brasília/DF
Fone: (61) 4009-1008
Fax: (61) 4009-1821

20 – PROPRIEDADE

Todos os estudos, relatórios, pesquisas, informações ou outros materiais, incluindo


gráficos, arquivos, documentos e dados eletrônicos, independente dos meios de
informação em que se encontrem, produzidos pelo Contratado, sob este contrato,
pertencerão exclusivamente ao Contratante e serão incorporados ao acervo da SRH. O
Contratado não poderá reter tal informação ou suas cópias além do prazo deste Contrato
a não ser que expressamente se combine outra alternativa em seus Termos de Referencia
de seu Contrato.

21 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Contratado será responsável pelo pagamento de todos os encargos tributários, sociais


e trabalhistas, referentes a este contrato, de acordo com as leis brasileiras que regem a
contratação de autônomo. Não será proporcionado ao Contratado, seguro social (INSS),
por acidentes de trabalho, de saúde, de acidentes ou de vida, nem lhe será concedido
férias, licença por enfermidade ou qualquer outro emolumento durante a vigência do
Contrato.

Será vedado ao Contratado ceder quaisquer informações e/ou documentos, objetos deste
Contrato, sem prévia autorização do Contratante. O Contratado deverá executar as
atividades constantes neste Termo de Referência, de acordo com os mais elevados
padrões de competência e integridade profissional e ética.

22- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGENDA 21, Disponível em: http: //www.agenda21.org.br – Acesso em: fevereiro


2005.
ATLAS nacional do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. 262 P.
BRASIL EM NUMEROS 2000. Rio de Janeiro: IBGE, V. 8, 2000.
BRASIL. MMA/SRH. Recursos Hídricos: conjunto de normas legais. 3. ed. - Brasilia,
2004. 243 p.
DESENVOLVIMENTO humano e condições de vida: indicadores brasileiros. Brasilia,
DF: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 1998, 140 p.
ENAP, “Pesquisa: Experiências internacionais voltadas para a satisfação dos
usuários-cidadãos com os srrviços público”. Textos para Discussão nº 42, ENAP
– maio/2001, 65 p.
GUARNIERI, L.S.A, “Contabilidade e o desenvolvimento sustentável – um enfoque
nas informações contábeis, sociais e ambientais da indústra siderúrgica” tese de
mestrado em Ciências Contábeis, UFRJ. Rio de Janeiro, 2001.
IBGE, Indicadores de desenvolvimento sustentável – Brasil, 2002.
INDICADORES sociais: uma análise da década de 1980. Rio de Janeiro: IBGE, 1995.
368 p.
MACHADO, P.A.L. Direito ambiental brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1998. 894 p.
MARINHO, Alexandre e FAÇANHA, Luís Otávio, “Programas Sociais: efetividade,
eficiência e eficácia como dimensões, operacionais da avaliação”, Texto para
Discussão nº 787 – IPEA. Rio de Janeiro, abril/2001, 27 p.
NAÇÕES UNIDAS. Divisão para o desenvolvimento sustentável. Indicatours of
sustainable development: guidelines and methodologies [2001]. Disponível em:
http://www.un.org/esa/sustdev/isd.htm – Acesso em fevereiro 2005.
NOSSO futuro comum. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1998 . 430 P.
OCDE. Indicateurs Clés D'environnement de L'OCDE [ 2004]. Disponível em:
http://www.oecd.org./dataoecd/33/0/31558903.pdf – Acesso em fevereiro 2005.
OCDE. Intégrer les Conventions de Rio dans la Cooperation pour le Développement
[2003]. Disponível em: http://www.oecd.org./dataoecd/33/0/19989843.pdf
OLIVEIRA, Djalma Rebouças de, Planejamento Estratégico, conceitos, metodologias e
práticas. São Paulo: ATLAS, 1991.
PESQUISA: síntese de indicadores. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. 211 p.
SALGADO, Vivian Gullo, “Proposta de indicadores de ecoeficiência para o transporte
de gás natural”, tese de mestrado COPPE, UFRJ. Rio de Janeiro, 2004.
SANTOS, Marilene O.R.M. dos, “O impacto da cobrança pelo uso da água no
comportamento do usuário” tese de doutorado, COPPE, URFJ. Rio de Janeiro,
2002.
SINTESE de indicadores sociais, 1998. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. 205 p. (Estudos e
pesquisas. Informações Demográficas e Socioeconômicas, n. 1)
_________: 1999. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. 226 p. (Estudos e pesquisas. Informação
demográficas e socioeconômicas, n. 4)
_________: 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2001. 369 p. (Estudos e pesquisas. Informação
demográficas e socioeconômicas, n. 5)
TAKASHINA, Newton Tadachi e FLORES, Mário César Xavier, Indicadores de
Qualidade e do Desempenho. Editora: Qualitymark.
TRIGUEIRO, A et al, Meio ambiente no século 21: Especialistas falam da questão
ambiental nas suas áreas de conhecimento”, ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2003.
23 – ANEXOS

Anexo I

GRUPO DE TRABALHO DE TERMOS DE REFERÊNCIA PARA


ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO “MARCO ZERO”

Coordenação do GT:

· Demetrios Christofidis – Ministério da Integração Nacional

Relator:

· Decio Michellis Jr., Concessionárias e Autorizadas de Geração (Grupo REDE),


cobrceltins@uol.com.br,

Instituições e Seus Representantes:

· Célia Maria Ravazzani Ribeiro - Ministério da Integração Nacional

· Eduardo A. Cadavid – Ministério da Agricultura

· Fernado M. Cabral de V. Filho - Ministério da Integração Nacional

· Patrícia Helena Gambogi Boson - IBRAM


Índice
Grupo de Trabalho 2

1. – OBJETIVO
4

2. – JUSTIFICATIVA
4

3. - ATIVIDADES
5

3. 1. - Contextualização (Estado, Região e Bacia Hidrográfica)

3.2. - Caracterização da Região/Bacia Hidrográfica e

Hidrogeológica, Alvo das Medidas Decorrentes da Cobrança.

3.3 - Caracterização dos Mananciais Utilizados Associados aos

Grupos Humanos Beneficiários dos Sistemas Que Serão Alvo de

Recebimento de Recursos de Cobrança

3.4. - Caracterização da População dos Municípios Objeto da

Implantação do Instrumento de Cobrança Pelo Uso de

Recursos Hídricos.

3.5. - Caracterização das Localidades Selecionadas Para Serem

Atendidas Pelos Sistemas Que Receberão Apoio de Projetos

Suportados Com Recursos da Cobrança.


10

3.6. - Consultas Interinstitucionais aos Órgãos Gestores de

Políticas Públicas

11

3.7 - Prazo De Execução

15

3.8. - Referências Bibliográficas

15
1. - OBJETIVO

Elaborar o diagnóstico referencial denominado “Marco-Zero”, necessário a


transparência, aumento de contabilidade, monitoramento e avaliação do impacto
decorrente da implantação do Instrumento de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos,
e dos projetos e obras financiadas com recursos arrecadados com a cobrança de maneira
a ter claro conhecimento da situação atual que se pretende alterar e permitir a
retroalimentação decorrente dos demais instrumentos da Política Nacional de Recursos
Hídricos.

2. - JUSTIFICATIVA

Os instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos , consubstanciados


pela Lei nº 9.433/97, são:

1. Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos;

2. Planos de Recursos Hídricos (Nacional, Estaduais, de bacias);

3. Enquadramento dos Corpos de Água em Classes;

4. Outorga dos Direitos de Uso dos Recursos Hídricos;

5. Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos.

A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos surge como uma ferramenta a mais para
alcançar o Desenvolvimento Sustentável e que seria aplicada após a implementação e
aprovação dos anteriores quatro instrumentos, tendo como principais objetivos dentre
os fundamentos da Lei nº 9.433/97:

“I - Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação


de seu real valor;

II - Incentivar a racionalização do uso da água;

III - Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e


intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos. “
Na situação em que os instrumentos de gestão que se constituem como pré-requisitos
para adoção do instrumento de cobrança pelo uso de recursos hídricos não estiverem
realizados, concluídos e aprovados, inexistem condições para tomada de decisão sobre a
forma, a amplitude, a abrangência e sobre o valor da cobrança , entre outros, motivo
pelo qual entende-se que há necessidade de definir um relatório suficiente para permitir
o início do processo de implantação do instrumento de cobrança.

O relatório “Marco-Zero” é necessário com vistas a permitir avaliar o impacto do


instrumento de cobrança na vida das populações envolvidas e nos ecossistemas , bem
como, ter a posição quanto ao alcance dos objetivos propostos caracterizando com
aprofundamento as condições atuais dos sistemas de infra-estrutura hídrica, de saúde,
etc, dessas populações e dos ecossistemas, visando conhecer posteriormente, as
alterações decorrentes da cobrança pelo uso de recursos hídricos, dando transparência e
direcionando o retorno financeiro de arrecadação da cobrança à população.

A proposta destina-se a aferição do instrumento de gestão “Cobrança pelo Uso de


Recursos Hídricos”, ou seja, o diagnóstico será referência para uma análise do “antes” e
do “depois” da cobrança para uma determinada bacia hidrográfica onde o retrato dos
recursos hídricos era “a”, depois da cobrança “d”. Desta forma “d” pode ser pior, ou
melhor, que “a”, sendo o saneamento apenas um dos indicadores a comparar “a” e “d”,
devendo entretanto, serem levantados todos os setores que serão objeto da cobrança,
principalmente aqueles que possam estar envolvidos com o alcance dos objetivos que
inspiram a implantação da cobrança, como economicidade, racionalização do uso,
melhora da disponibilidade (quantitativa e qualitativa) da água e a solução financeira da
cobrança como recurso para cobrir o déficit de aplicação pública tanto na área de
saneamento como em outros programas e intervenções contemplados nos planos.

Ocorrerão tantos relatórios “Marco-Zero” ou tantos componentes (capítulos, itens) no


relatório quantos forem necessários, um para cada setor, região ou a cada oportunidade
que se pretender aplicar o instrumento de cobrança a um determinado setor, finalidade
ou região, assim, por exemplo, se daqui a dois anos for proposta a cobrança pelos
lançamentos das agroindústrias deveria haver um relatório “Marco-Zero” para o
cenário da época e direcionado aos aspectos que envolvem a situação que se pretende
alterar com a cobrança.
3. - ATIVIDADES

1 Produção de relatório técnico/analítico “Marco-Zero”, correspondente a região de


abrangência, contendo um conjunto básico de informações necessárias à
caracterização das condições atuais de saneamento básico e da situação
socioeconômica e das demais finalidades objeto da proposta de cobrança das
populações alcançadas.

2 O relatório “Marco-Zero” deve conter análise comparativa das informações


coletadas, cotejando os distintos níveis de abrangência. Nesse sentido, propõe-se a
elaboração, para dar suporte a análise de uma matriz-síntese, contendo informações,
indicadores e índices prioritários, comuns à localização do estudo, região, Estados e
Municípios abrangidos com o instrumento.

3 Quando ocorrer a inexistência de informações atualizadas e fidedignas, da região de


abrangência, do plano da situação atual de dados estatísticos, índices e indicadores
para possibilidade de alguns sistemas, devem ser realizadas visitas diretas as estações
de tratamento e entrevistadas famílias e entidades representativas de grupos que
utilizam diferentes fontes de água e que têm diferentes características de lançamento
e capacidades de armazenamento. As informações registradas e analisadas devem ser
consolidadas e apresentadas, também, em matriz-síntese.

4 Recomenda-se a utilização de séries históricas, mais recentes, para os indicadores,


sempre que os dados disponíveis apresentem distorções frente àqueles com os quais
estejam sendo comparados. Desse modo, torna-se possível, também, verificar sua
tendência atual bem como a construção de gráficos para melhor visualização dos
possíveis cenários.

5 Os itens a seguir, contendo blocos de informações para os distintos níveis de


abrangência, não estão sugerindo análises compartimentadas, mas apontam as
informações que devem ser priorizadas no estudo. Ao mesmo tempo, chama-se
atenção para o fato de que existem particularidades, próprias de cada realidade, que
devem ser ressaltadas nas análises daquelas finalidades que serão alvo de cobrança
pelo uso de recursos hídricos.

6 Destinam-se a levantar dados que possam posteriormente, aferir grau de


economicidade e de racionalização do uso da água, a adequada aplicação em
programas e projetos a partir de uma análise de custo/benefício, em cada setor e
finalidade a ser objeto da cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

7 No caso das estações de tratamento de água para atendimento a populações,


indústrias e agro-indústrias, é recomendável a utilização de dados de custos de
administração, operação e manutenção, mês a mês, dos últimos três anos, de maneira
a observar-se em que aspecto haverá melhoria na qualidade de água a ser no futuro,
com a melhoria de água bruta na bacia e o que representa em economia no
tratamento de modo que haja a redução da tarifa e ela seja revertida ao consumidor.

8 Sugere-se como metodologia aplicar a proposta em duas ou três bacias piloto de


forma que possam oferecer características bem diversas no campo de sócio-
economia, ambiental, da disponibilidade hídrica (quantitativa e qualitativa) , etc.,
enriquecendo a análise comparativa. A proposta de se aplicar em bacia piloto visa
também apoiar a própria proposta, ou seja, se os indicadores são adequados, grau de
dificuldade de aplicação, etc.

3. 1. - CONTEXTUALIZAÇÃO (Estado, região e bacia hidrográfica)

· Propõe-se contextualizar (um item apenas das atividades) de forma a atender as


sugestões dadas. Ou seja, um escopo mais abrangente de análise comparativa, além
do saneamento e uma contextualização que justifique a seleção das bacias pilotos ou
sub-bacias.

· Imagina-se um cenário em que todas as bacias terão um Sistema de Gestão de


Recursos Hídricos instalado onde um mínimo de uniformidade possa ocorrer de
forma a não viciar a análise comparativa. Sem esse mínimo de informações
possivelmente a cobrança pode sofrer atrasos e o relatório do projeto piloto perder
sua validade. O ideal é selecionar bacias que estão em fase de implantação da
cobrança e dessa forma , em curto prazo, avaliar esse Termo de Referência e assim
após os enriquecimentos da experiência ser adotado como padrão.

· Deve-se destacar informações chave e indicadores que estão mais relacionados à


problemática a ser resolvida pela adoção do instrumento de cobrança e considerar o
caráter referencial do estudo, de modo a permitir análises comparativas entre o
Estado e a Região e os Municípios abrangidos pelos instrumentos com destaque a
cobrança e os respectivos Estados nos quais estão localizados.

· O trabalho deve caracterizar os instrumentos legais e administrativos de


gerenciamento dos recursos hídricos, no âmbito dos estados, e comentar a
suficiência, adequação e estágio atual de implementação dos diversos princípios e
instrumentos de gestão no âmbito das duas dominialidades de água.

Algumas indicações institucionais, organizacionais e legais são:

· legislação básica;

· instrumentos técnicos e financeiros de gerenciamento da água de domínio da União


e Estados;

· sistemas de informações, Planos de Bacias, Enquadramento;

· sistema de outorga e cobrança;

· funcionamento do Conselho Estadual de Recursos Hídricos;

· os Comitês de Bacias Hidrográficas, em diversas ordens, as Associações de


Usuários, caracterizando sua participação no gerenciamento dos recursos
hídricos;

· enumeração e caracterização de outras formas de organização de usuários de


água;

· identificação da existência de programas informativos e de educação ambiental,


focalizando os recursos hídricos;

· indicação de outros instrumentos setoriais existentes (planos, sistemas de


informações, cadastros de usuários, etc).

CARACTERIZAÇÃO DA SOCIO-ECONOMIA DO ESTADO, REGIÃO,


BACIA:
· conforme item 3.4

CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO DE


ABRANGÊNCIA DA COBRANÇA.

· potencial hídrico, contemplando quantitativa–qualitativamente os principais


mananciais superficiais e subterrâneos existentes e potenciais (sustentabilidade
hídrica);

· abrangência de atuação das Prestadoras de Serviço de Distribuição de água, de


coleta e tratamento de esgotos;

· atuação das demais empresas (SAAEs, FUNASA, etc.);

· previsão de investimentos para expansão de sistemas de abastecimento de água e


esgotamento sanitário e outros sistemas;

· programas de redução de perdas, de melhoria de qualidade de água;

· caracterização dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,


contemplando, pelo menos, as seguintes informações e indicadores, conforme item
CARACTERIZAÇÃO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS ASSOCIADOS AOS
GRUPOS HUMANOS BENEFICIÁRIOS DOS SISTEMAS QUE SERÃO ALVO DE
RECEBIMENTO DE RECURSOS DE COBRANÇA..

3.2. - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO/BACIA HIDROGRÁFICA


E HIDROGEOLÓGICA, ALVO DAS MEDIDAS DECORRENTES
DA COBRANÇA.
· população total, atual, da bacia bidrográfica e/ou hidrogeológica;

· potencial hídrico, Mananciais e Prestadoras de Serviço de Distribuição de Água;

· organizações de usuários de água (Associações, Grupos Gestores e/ou Comitês).

3.3 - CARACTERIZAÇÃO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS


ASSOCIADOS AOS GRUPOS HUMANOS BENEFICIÁRIOS DOS
SISTEMAS QUE SERÃO ALVO DE RECEBIMENTO DE
RECURSOS DE COBRANÇA.
· população total por município atendido pelos sistemas e taxa média geométrica de
crescimento - 80/91e 91/2000;

· potencial hídrico (vazão média regularizada do manancial);

· organizações de usuários de água (Associações, Grupos Gestores e/ou Comitês,


outras formas de organização );
· caracterização dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário
existentes:

· população atendida pelo serviço de abastecimento de água;

· índice de atendimento de água;

· consumo médio “per capita”;

· extensão da rede de água;

· quantidade de ligações ativas de água;

· quantidade de ligações ativas providas de medidores;

· volume de água faturado pelas companhias (m³/mês);

· custo médio de operação e manutenção (R$/m³),por componente;

· índice de perda de faturamento de água;

· consumo médio de água por economia (m³/mês);

· volume de água disponibilizada para distribuição pelos sistemas de abastecimento


(m3/mês);

· volume total utilizado (m3 );

· índices de perda na distribuição;

· tarifa média praticada (R$/m³ );

· tipos de controle de qualidade da água;

· estacionalidade/regularidade do abastecimento;

· população atendida pelo serviço de esgoto;

· quantidade de ligações ativas de esgotos;

· índice de atendimento por rede de esgoto e por tratamento;

· principais deficiências (indicadores);

· principais experiências de sucesso (indicadores);

· características decorrentes de sazonalidade que farão parte das prioridades no


recebimento de recursos de cobrança.

· programas de redução de perdas;


· programas de revitalização e de melhoria de qualidade;

· programas de educação ambiental e campanhas informativas sobre uso dos


recursos hídricos;

· previsão de investimentos para expansão dos sistemas de abastecimento de água e


esgotamento sanitário;

· programas da área de saúde (campanhas de vacinação etc).

3.4. - CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DOS MUNICÍPIOS


OBJETO DA IMPLANTAÇÃO DO INSTRUMENTO DE
COBRANÇA PELO USO DE RECURSOS HÍDRICOS.
· renda “per capita” e por família e faixas de renda;

· indigência relativa; Qualidade de Vida;

· índice de Desenvolvimento Humano (IDH), nacional, regional, estadual e


municipal;

· taxa de analfabetismo( pessoas com 15 anos e mais);

· crianças de 7 a 14 anos que não freqüentam a escola;

· mortalidade infantil (por mil nascidos vivos);

· mortalidade por doenças de veiculação hídrica;

· custos decorrentes de doenças de veiculação hídrica.

3.5. - CARACTERIZAÇÃO DAS LOCALIDADES SELECIONADAS


PARA SEREM ATENDIDAS PELOS SISTEMAS QUE RECEBERÃO
APOIO DE PROJETOS SUPORTADOS COM RECURSOS DA
COBRANÇA.
Sugere-se analisar as particularidades das comunidades, comparativamente aos
condicionantes e índices identificados nas sedes municipais. Orienta-se para que haja
visitas diretas a famílias e entidades representativas de grupos que utilizam diferentes
fontes de água e que disponham de diferentes capacidades de utilização, armazenamento
e disposição de resíduos.

· número de famílias;

· número de domicílios;
· ocupação produtiva das pessoas e principal origem da renda atual;

· fontes e meios utilizados para o abastecimento de água e outras finalidades e, suas


respectivas distâncias;

· regularidade do abastecimento, no atendimento;

· quantidade de água consumida por família e por pessoa/dia (estimativas) e utilizada


para outros fins e lançamento;

· qualidade da água e existência de controle dessa qualidade;

· práticas associativas e de cooperação existentes entre grupos, associadas ou não ao


abastecimento de água;

· programas sociais de apoio governamental à famílias carentes e número de famílias


beneficiadas;

· atendimentos de vacinação, educação, higiene, saneamento, ambiental etc., que


possam apresentar sinergia com os propostos de implantação do instrumento de
cobrança.

3.6. - CONSULTAS INTERINSTITUCIONAIS AOS ÓRGÃOS


GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Recomenda-se um levantamento setorial sistêmico, através de consultas
interinstitucionais aos órgãos gestores de políticas públicas, nos três níveis (união,
estados e municípios) das intervenções e ações na Bacia:

1. Planos, programas e projetos de obras de infra-estrutura hídrica ou que contribuam


direta ou indiretamente para melhoria da quantidade, qualidade ou prevenção de
eventos críticos na gestão de recursos hídricos.

2. Outras intervenções e ações tais como:

· estações hidrometeorológicas,

· estações de monitoramento ambiental,

· ações de reflorestamento,

· recuperação de áreas degradas, matas ciliares e de galeria,

· controle de erosão,

· sensoriamento remoto,
· plataforma de coleta de dados hidrometeorológicos,

· planejamento de gestão de recursos hídricos,

· sistemas de vigilância/alerta e prevenção de eventos críticos

· capacitação na gestão de recursos hídricos e meio ambiente,

· ações coordenadas ou integradas com a gestão de recursos hídricos, inclusive de


educação ambiental/gestão de recursos hídricos.

Este levantamento deverá ocorrer nos três níveis da administração pública (união,
estados e municípios) e conter informações sobre:

· Descrição Sumária da Ação/Intervenção

· Montante a ser Aplicado

· Fontes dos Recursos

· Prazo de início e conclusão

Citam-se, neste caso, órgãos gestores de políticas públicas nacionais


para orientação da consulta e quando aplicável o seus
correspondentes nas esferas estaduais e municipais, tais como:

1 MINISTÉRIOS

1.1 Agricultura, Pecuária e Abastecimento


1.1.1 Secretaria de Política Agrícola - SPA
1.1.2 Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo - SARC
1.1.3 Coordenação-Geral de Infra-Estrutura Rural - CIER
1.1.4 Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA
1.1.5 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

1.2 Casa Civil da Presidência da República


1.2.1 Censipam - Centro Gestor e Operacional do Sistema de Vigilância da Amazônia

1.3 Cidades
1.3.1 Secretário Nacional de Habitação
1.3.2 Secretária Nacional de Programas Urbanos
1.3.3 Secretário Nacional de Saneamento Ambiental
1.3.4 Secretário Nacional de Transporte Urbano

1.4 Ciência e Tecnologia


1.4.1 Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia - CCT
1.4.2 Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio
Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia,Climatologia e
1.4.3 Hidrologia
1.4.4 Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN
1.4.5 Agência Especial Brasileira - AEB
1.4.6 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq
1.4.7 Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
1.4.8 Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social
1.4.9 Secretaria de Política de Informática e Tecnologia
1.4.10 Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento
1.4.11 Secretaria de Políticas Estratégicas e de Desenvolvimento Científico
1.4.12 Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa
1.4.13 Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF
1.4.14 Centro de Pesquisas Renato Archer - CenPRA
1.4.15 Centro de Tecnologia Mineral - CETEM
1.4.16 Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN
1.4.17 Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT
1.4.18 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
1.4.19 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
1.4.20 Instituto Nacional de Tecnologia - INT
1.4.21 Observatório Nacional - ON

1.5 Defesa (Comandos: Exército, Marinha e Aeronáutica)

1.5.1 Exército
1.5.1.1 Diretoria de Obras Militares
1.5.1.2 Diretoria de Obras e Cooperação

1.5.2 Marinha
1.5.2.1 Capitania dos Portos
1.5.2.2 Diretoria de Engenharia Naval (DEN)
1.5.2.3 Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)
1.5.2.4 Diretoria de Portos e Costas (DPC)
1.5.2.5 Diretoria de Saúde da Marinha (DSM)
1.5.2.6 Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)
1.5.2.7 Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM)

1.6 Desenvolvimento Agrário


1.6.1 Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT
1.6.2 Núcleo de Estudos Agrários Desenvolvimento Rural – NEAD
1.6.3 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
1.6.4 Secretaria da Agricultura Familiar – SAF
1.6.5 Secretaria de Reforma Agrária - SR
1.7 Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
1.7.1 BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
1.7.2 Secretaria de Desenvolvimento da Produção - SDP
1.7.3 Secretaria de Tecnologia Industrial - STI

1.8 Educação
1.8.1 Secretaria de Educação Média e Tecnológica - SEMTEC
1.8.2 Secretaria de Educação Superior - SESU
1.8.3 Secretaria de Educação Especial - SEESP
1.8.4 Secretaria de Educação a Distância - SEED
1.8.5 Conselho Nacional de Educação - CNE
1.8.6 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE
1.8.7 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP
1.8.8 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

1.9 Fazenda
1.9.1 Banco do Brasil
1.9.2 Banco da Amazônia - Basa
1.9.3 Banco do Nordeste
1.9.4 Caixa Econômica Federal

1.10 Integração Nacional


1.10.1 Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional
1.10.2 Departamento de Planejamento de Desenvolvimento Regional
1.10.3 Departamento de Gestão dos Fundos de Desenvolvimento Regional
1.10.4 Secretaria Nacional de Defesa Civil
1.10.5 Departamento de Resposta aos Desastres e de Reconstrução
1.10.6 Departamento de Minimização de Desastre
1.10.7 Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica
1.10.8 Departamento de Projetos e Obras Hídricas
1.10.9 Secretaria de Programas Regionais
1.10.10 Agência de Desenvolvimento da Amazônia - ADA
1.10.11 Agência de Desenvolvimento do Nordeste - Adene
1.10.12 Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba-
1.10.13 Codevasf

1.11 Justiça
1.11.1 FUNAI Fundação Nacional do Índio

1.12 Meio Ambiente


1.12.1 ANA - Agência Nacional de Águas
1.12.2 SCA / PPG7- Secretaria de Coordenação da Amazônia / PPG7
1.12.3 SQA - Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos
1.12.4 SRH - Secretaria de Recursos Hídricos
1.12.5 Secretaria de Biodiversidade e Florestas (Sbf)
1.12.6 Secretaria de Políticas Para o Desenvolvimento Sustentável (Sds)
1.12.7 Secretaria de Coordenação da Amazônia (Sca)
1.12.8 Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)
1.12.9 Conselho Nacional da Amazônia Legal (Conamaz)
1.12.10 Conselho Nacional de Recursos Hídricos (Cnrh)
1.12.11 Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
1.12.12 (Ibama)

1.13 Minas e Energia


1.13.1 Secretaria de Minas e Metalurgia
1.13.2 Secretaria de Energia
1.13.3 Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM
1.13.4 Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
1.13.5 Agencia Nacional do Petróleo - ANP
1.13.6 Petrobrás
1.13.7 Eletrobrás
1.13.8 Companhia de Pesquisa de Recursos Minerias - CPRM

1.14 Planejamento, Orçamento e Gestão


1.14.1 Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI
1.14.2 Diretoria do Departamento de Investimentos Estratégicos
1.14.3 Secretaria de Assuntos Internacionais

1.15 Relações Exteriores


1.15.1 Subsecretaria-Geral da América do Sul
1.15.2 Departamento de Integração (DIN)
1.15.3 Departamento da Ámerica do Sul (DAS)
1.15.4 Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos
1.15.5 Departamento Econômico (DEC)
1.15.6 Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos (SGAP)
1.15.7 Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais (DME)

1.16 Saúde
1.16.1 Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS
1.16.2 Fundação Nacional da Saúde
1.16.3 Fundação Oswaldo Cruz
1.16.4 Fundo Nacional de Saúde
1.16.5 Anvisa
1.16.6 Conselho Nacional de Saúde

1.17 Transportes
1.17.1 Secretaria de Fomento Para Ações de Transportes
1.17.2 Secretaria de Política Nacional de Transportes
1.17.3 Secretaria de Gestão de Programas de Transportes
1.17.4 Departamento de Programas de Transportes Aquaviários
1.17.5 Companhia de Navegação do São Francisco - Franave

1.18 Turismo
1.18.1 Secretaria de Programas de Desenvolvimento do Turismo
1.18.2 Departamento de Programas Regionais de Desenvolvimento
1.18.3 Departamento de Promoção de Investimentos no Turismo
1.18.4 Fóruns Estaduais de Turismo

1.19 Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome


1.19.1 Secretaria de Planejamento Estratégico
1.19.2 Secretaria de Programas

2 SECRETARIAS

2.1 Especial de Aqüicultura e Pesca


2.1.1 SUPLAP - Subsecretaria de Planejamento Aqüicultura e Pesca
2.1.2 SUDAP - Subsecretaria de Desenvolvimento de Aqüicultura e Pesca
2.1.3 COGEAC - Coordenação Geral de Aqüicultura Continental

2.2 Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social


2.2.1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES
Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social -
2.2.2 SEDES

2.3 Especial de Políticas para as Mulheres


2.3.1 Subsecretaria de Monitoramento de Programas e Ações Temáticas
2.3.2 Conselho Nacional dos Direitos da Mulher – CNDM

3 JUDICIÁRIO
3.1 Ministério Público Federal
3.2 Ministério Público Estadual

Termos de Ajustamento de Conduta e sentenças judiciais com obrigação de fazer ações


em defesa da qualidade e ou quantidade dos recursos hídricos, incluindo ações de
despoluição e recuperação de áreas degradadas.

Deverão também, em conseqüência destes levantamentos, serem explicitados os


rebatimentos nas condicionantes e diretrizes a serem aplicados nos processo de outorga
e de licenciamento ambiental através de sugestões específicas de medidas gerais
compensatórias, indenizatórias e mitigadoras de impactos sobre os recursos
hídricos/meio ambiente.

3.7 - PRAZO DE EXECUÇÃO


O prazo de execução deve ser tal que, o relatório técnico/analítico “Marco-Zero”
correspondente a região de abrangência esteja concluído e aprovado, antes do início da
aplicação do instrumento de cobrança pelo uso de recursos hídricos. Ficando restrita a
aplicação da cobrança ao prazo de 2 (dois) anos, findo o qual só poderá continuar a ser
aplicada a cobrança pelo uso de recursos hídricos se os demais instrumentos de gestão
estiverem concluídos e aprovados.

3.8. - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Devem ser apresentadas todas as bases de informações e de referências que servirem de


suporte ao relatório “Marco –Zero”.
Anexo II

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Documento de Base de Referência do Plano Nacional de Recursos Hídricos, que pode


ser obtido em http:pnrh.cnrh-srh.gov.br/;
Brasil, Ministério do Planejamento (2003). Plano Plurianual 2004 – 2007;
Minstério das Cidades (2004). Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento;
Diagnósticos de 2001,2002 e 2003, que podem ser obtidos em
http://www.snis.gov.br/index.htm;
Aneel (1999) e Ana (2001). O Estado das Águas no Brasil;
Plano do Extensão do Setor Elétrico 2015;
Gestão de Recursos Naturais MMA/IBAMA 2000;
Cidades Sustentáveis MMA/IBAMA 2000;
Gestão da Água no Brasil UNESCO 2003;
Geo Brasil, Perspectivas do Meio Ambiente no Brasil IBAMA 2002;
Gerenciamento de Recursos Hídricos, Banco Mundial 1998;
Visão Geral da Prestação dos Serviços de Água e Esgoto Ministério das Cidades 2002;
Brasil, Ministério do Planejamento (1999). Estudo dos Eixos Nacionais de Integração e
Desenvolvimento. CD-Rom;
Brasil, Minas Gerais 2002. Legislação de Recursos Hídricos 1º edição – Belo Horizonte,
MG, 402 P.;
Brasil, Ministério do Meio Ambiente, 2004. Recursos Hídricos, Conjunto de Normas
Legais. 3º Edição – Brasília, DF, 243p.;
Planilha do Sistema de Informação de Potencial Hidrelétrico – SIPOT, Projeto de
Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia – Tocantins (PRODIAT), coordenado
pelo Ministério do Interior/OEA;
Programa de Levantamento Geológico das Bacias do Brasil, MME;
Decreto-Lei 7.841, de 08 de agosto de 1945: Código de Águas Minerais;
Decreto-Lei 227, de 28 de agosto de 1967: Código de Minas;
Resolução do CNRH nº 29, de 11 de dezembro de 2002, que estabelece diretrizes para
outorga de usos de recursos hídricos para aproveitamento de recursos naturais;
Documento fornecido pelos Órgãos Gestores dos Estados e demais Instituições.
Anexo III

A OCDE-Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Algumas das mais importantes considerações que a OCDE11 discute nos avanços para a
definição de formas de acompanhamento do desenvolvimento ambientalmente
sustentável é que ele é um processo complexo e multidimensional. A crescente demanda
e interesse pelo desenvolvimento sustentável, somadas às preocupações de setores
organizados da sociedade, face às ameaças que pesam sobre o meio ambiente, levaram
os governos a reexaminar os meios que eles dispõem para avaliar e fiscalizar o estado
do meio ambiente e também suas performances ambientais e, ainda, avaliar em que
medida necessitam colocar em prática suas políticas nacionais de meio ambiente para
cumprir seus contratos internacionais. Dentro deste contexto, os indicadores de meio
ambiente aparecem mais e mais como os instrumentos indispensáveis para traçar e
seguir o caminho para um futuro duradouro.

A OCDE aponta alguns critérios básicos como forma de orientar a seleção de


indicadores. São eles: a relevância política (facilidade de interpretação, capacidade de
apontar tendências e responder às mudanças, estabelecer padrões ou valores
comparáveis com as condições ambientais), a confiabilidade analítica ( fundamentação
técnica e termos científicos) e a mensurabilidade ( os indicadores devem ser calculados
a partir de dados quantificáveis disponíveis ou disponíveis a um custo razoável; os
dados devem ser confiáveis; tanto os dados quanto os indicadores devem ser passíveis
de atualização em intervalos regulares) (OCDE, Documento Web).

Historicamente a OCDE, desde 1991, quando seu Conselho aprovou a Recomendação


de que o Comitê de Políticas de Meio Ambiente continuasse a desenvolver indicadores
confiáveis, mesuráveis e pertinentes, tem contribuído de forma ímpar na busca pelo
aperfeiçoamento dos estudos por indicadores que propiciem as condições de gerenciar o
desenvolvimento.

O primeiro grande marco apresentado pela Organização foi o Corpo Central dos
Indicadores de Meio Ambiente, cujos resultados ultrapassaram os objetivos iniciais de
exames de performances ambientais, estruturou os indicadores segundo temas
ambientais, os quais também forneceram uma base para a elaboração de indicadores de
sustentabilidade ambientais.

A maior parte desse documento apresenta o modelo PER-Pressão-Estado-Resposta


(Figura 1), que assenta-se sobre a noção de causalidade das pressões que as atividades
humanas exercem sobre o meio ambiente, modificando a qualidade e a quantidade dos
recursos naturais (o estado do meio ambiente). A sociedade responde a estas mudanças,
adotando medidas de políticas de meio ambiente, econômicas e setoriais (respostas da
sociedade ).

Se o modelo PER evidencia estas ligações, por outro lado ele tende a sugerir uma
linearidade nas relações na interação atividade humana e meio ambiente. No entanto, as
relações dentro dos ecossistemas e dentro das interações meio ambiente-economia são
bem mais complexas.
Acompanhando a estruturação do modelo PER (Pressão-Estado-Resposta) na
construção de indicadores, foi fundamental a definição dos indicadores e a determinação
de suas funções apresentadas no Quadro 1.
Esse mesmo documento também apresentou os critérios gerais para seleção dos
indicadores, uma vez que estes podem servir a diferentes necessidades. Os
critérios,apresentados no Quadro 2 são os seguintes: de pertinência política, de exatidão
da análise e da mensuralidade.

Para dar conta das relações sociedade-meio ambiente o modelo PER (Pressão-Estado-
Resposta), divulgado pela OECD, foi ampliado para Pressão-Estado21 Impacto/Efeito-
Respostas, ou modelo P-E-I/E-R ou, ainda modelo DPSIR: Força-Motriz (Driving
Force)/ Pressão(Pressure) / Estado (State)/ Impacto (Impact)/Resposta (Response).

· Os indicadores das Forças motrizes são determinados por fatores que influenciam
uma série de variáveis pertinentes. Exemplos: o número de carros por habitante;
produção industrial total.

· Indicadores de Pressão descrevem as variáveis que diretamente causam (ou podem


causar) problemas ambientais. Exemplos: emissões tóxicas, CO2 emissões, ruídos
causados pelo tráfico da estrada; o espaço de estacionamento requerido por carros;

· Os indicadores de Estado mostram a atual condição do ambiente. Exemplos: a


concentração de chumbo em áreas urbanas; os níveis de ruído nas proximidades das
principais estradas; a temperatura global.

· Os indicadores dos Impactos descrevem os efeitos das mudanças de estado.


Exemplos: a porcentagem de crianças que sofrem de problemas de saúde; a
mortalidade devido a ataques de coração; o número das pessoas que sofrem fome
devido a mudança no clima, que provocaram perdas de colheita.

· Os indicadores de Resposta demonstram os esforços de sociedade para resolver os


problemas. Exemplos: a porcentagem de carros com conversor catalíticos; níveis
máximo de ruído permitido nos carros; o nível de preço de gasolina; a renda que
vem de coletas de poluição; o orçamento gasto para pesquisa de energia solar.

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