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Indicad Cobran Termos Referencia
Indicad Cobran Termos Referencia
2. CONTEXTO
Num passado não muito remoto, a água – assim como todos os recursos naturais - era
considerada um bem inesgotável, livre, portanto desprovido de valor econômico.
Entretanto, devido ao desenvolvimento urbano, à concentração espacial da indústria e à
expansão da agricultura comercial e das áreas irrigadas, alguns mananciais começaram a
dar sinais de esgotamento, tanto pelo volume de água demandada quanto pela
deterioração de sua qualidade.
Essa problemática ambiental promoveu a incorporação na política ambiental de
princípios jurídicos, econômicos e institucionais relativos ao meio ambiente, atribuindo
ao poder público uma gama de responsabilidades e imputando uma série de ações a
serem implementadas na preservação e na gestão do meio ambiente.
Neste contexto que a Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos foi promulgada. Essa política constitui um marco histórico para a
implementação de um sistema de gerenciamento das águas no país, pautada por um
modelo institucional descentralizado, com garantia de participação da sociedade civil
através dos Comitês de Bacias Hidrográficas.
O principal objetivo dessa política de recursos hídricos é garantir que a água seja um
bem assegurado, no sentido de estar disponível em quantidade e qualidade adequada
para a utilização das futuras gerações, e para isso foram adotados critérios de gestão dos
recursos hídricos que objetivam o controle e a racionalidade na utilização desses
recursos.
Essa cobrança pelo uso dos recursos hídricos visa reconhecer a água como um bem
econômico e proporcionar à sociedade a idéia de valor desse bem, incentivando o seu
uso racional, otimizando as suas múltiplas funções e implementando mecanismo de
descentralização da gestão e da política de recursos hídricos, uma vez que os recursos
arrecadados em cada bacia hidrográfica deverão ser gerenciados e aplicados
preferencialmente na própria bacia.
Neste contexto, ocorre uma discussão intrínseca a cobrança que consiste na utilização
do principio poluidor-pagador, que tem como objetivo final o controle da emissão de
carga poluidora nos corpos d’água a partir da determinação de um valor econômico para
tal emissão.
Por outro lado, institucionalmente, a Cobrança pelo Uso da Água é discutida no âmbito
do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH e de suas Câmaras Técnicas,
sendo o primeiro, órgão colegiado da estrutura regimental do Ministério do Meio
Ambiente, criado pela Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, com as alterações da Lei
no 9.984, de 17 de julho de 2000, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, na qualidade de órgão consultivo e deliberativo máximo, tendo a
Secretaria de Recursos Hídricos enquanto Secretaria-Executiva do Conselho, com as
seguintes competências:
O Conselho têm 9 (nove) Câmaras Técnicas aprovadas pelo seu Plenário, com os
seguintes temas: Águas Subterrâneas; Análise de Projeto; Assuntos Legais e
Institucionais; Ciência e Tecnologia; Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços;
Integração de Procedimentos, Ações de Outorga e Ações Reguladoras; Plano Nacional
de Recursos Hídricos; Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos e por fim, a Câmara
Técnica de Educação, Capacitação, Mobilização Social e Informação em Recursos
Hídricos.
A CTCOB é composta por dezessete membros natos, conforme dito anteriormente, com
indicação dos Conselheiros do CNRH. A SRH, enquanto representante do Ministério do
Meio Ambiente tem acento na Câmara e também exerce a função de secretaria-
executiva da mesma. A seguir estão descritos todos os membros da Câmara: Ministério
do Meio Ambiente – MMA, Ministério da Agricultura - MAPA, Ministério do Meio
Ambiente – ANA,Ministério da Integração Nacional Ministério de Minas e Energia,
Ministério das Cidades, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos de SP/RJ, Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos MG/ES: Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos
CE/BA, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos RS/SC, Conselhos Estaduais de
Recursos Hídricos PR/MT Usuário/Irrigantes, Usuário/Concessionárias e Autorizadas
de Geração Hidrelétrica,Prestadoras de Serviço Público de Abastecimento de Água e
Esgotamento Sanitário, Comitês, Consórcios e Associações Intermunicipais de Bacias
Hidrográficas, Organizações Técnicas e de Ensino e Pesquisa.
A CTCOB é uma das Câmaras mais ativas do CNRH, já tendo apresentado ao Plenário
pelo menos duas propostas de Resolução e uma Moção, sendo que a proposta de
regulamentação da Cobrança foi encaminhando à Câmara Técnica Institucional e Legal
– CTIL para análise e posterior envio ao Plenário do CNRH. Este trabalho foi concluído
com dois anos de discussão e negociação.
A CTCOB vem trabalhando mais quatro grupos de trabalho, sendo um destes criado
pelo CNRH sob a coordenação da Câmara conforme Resolução nº 41 do CNRH. Estes
grupos estão desenvolvendo diversos trabalhos e que deverão apresentar seus trabalhos
finais, no máximo, no primeiro semestre do próximo ano. Os referidos grupos estão
assim configurados:
3 – JUSTIFICATIVA
A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos surge como uma ferramenta a mais para
alcançar o Desenvolvimento Sustentável e que seria aplicada após a implementação e
aprovação dos outros instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos.
Que tem como um do seus principais objetivos fundamentados na Lei nº 9.433/97:
Vale destacar que os demais instrumentos de gestão de recursos hídricos deverão ser
implementados prioritariamente à cobrança, uma vez que o mesmo é diretamente
vinculado e dependente dos demais, sendo que os instrumentos de gestão se constituem
como pré-requisitos para a adoção do instrumento de cobrança pelo uso de recursos
hídricos, e enquanto não estiverem consolidados, não deverá ser implementado, pois o
seu resultado poderá não ser quantificado de forma adequada.
Por esse motivo, o relatório denominado “Marco Zero”, mesmo não sendo um
pressuposto legal, deverá ser elaborado com o objetivo de possibilitar a avaliação da
efetividade do instrumento de cobrança, e pressupõe o uso de Indicadores de cobrança
pelo uso de recursos hídricos, que possibilitará avaliar o impacto da cobrança em seus
mais diferenciados usos.
4 - OBJETIVO GERAL
5 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· avaliar os indicadores, tendo em vista os diferentes usos da água, de forma que eles
possam efetivamente possibilitar o acompanhamento da situação das bacias
hidrográficas;
6 – ATIVIDADES
7 – ESCOPO DO ESTUDO
Para a elaboração dos trabalhos referente a este Termo de Referência, que tem como
objetivo a contratação de um consultor, para desenvolvimento de estudos para a
definição de um número de indicadores e categorias que venham a servir de parâmetros
após a implementação da cobrança pelo uso da água.
Mediante suas observações, o consultor deverá orientar-se pelo seguinte escopo para a
realização de seus relatórios:
2. domicílios sem ligação a rede de esgoto ou fossa séptica, por classe de renda (%)
2. tarifação da poluição
· este diagnóstico deverá estabelecer e destacar algumas relações de causa e efeito que
poderão ocorrer com a implantação da cobrança pelo uso da água;
1. Apresentação
2. Introdução
3. Referencial teórico e metodológico
O modelo de validação do processo DSPIR
Os avanços dos modelos de acompanhamento do desenvolvimento ambiental
sustentável
4. Indicadores de sustentabilidade para monitoramento e gestão dos recursos
hídricos
4.1. Proposta de indicadores
4.2. Proposta de categorias
4.3. Matriz relacionando categorias e indicadores – modelo DSPIR
5. Conclusões e considerações
8 – RELATÓRIOS E PRODUTOS
9 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MÊS Data
Entrega
PRODUTO 2 3 4 5 6
1º versão
2º versão
3º versão
Versão Final
10 – FORMA DE APRESENTAÇÃO
Deverão ser apresentados em uma via, sob forma de minuta e, uma vez aprovados pela
CTCOB, serão entregues em sua forma definitiva em XX vias originais por meio
impresso (papel formato A4) e com o conteúdo gravado em meio magnético, no formato
compatível com o programa OpenOffice (XX cópias em CD-Rom).
Para permitir a consecução dos objetivos do trabalho de que tratam estes Termos de
Referência, a SRH/MMA facilitará o acesso do Contratado às informações disponíveis e
de seu interesse.
13 – PERFIL DO CONTRATADO
14 – OBRIGAÇÕES DO CONSULTOR
· O consultor deverá cumprir, dentro dos prazos previstos, as atividades elencadas nos
itens 5,6,7,e8, de acordo com o cronograma apresentado no ítem 9;
17 - FORMA DE PAGAMENTO
Quaisquer custos com a elaboração dos produtos constantes neste Termo de Referência,
sejam eles referentes à aquisição de dados, equipamentos, material de escritório, dentre
outros, ocorrerá por conta do contratado.
Os produtos, caso necessário, deverão ser ajustados pelo Contratado sem implicar em
despesas adicionais. Em caso de atraso na entrega dos Relatórios, será aplicada uma
retenção da parcela correspondente conforme apresentado, ressalvadas os acertos e
justificativas junto à GAP/SRH/MMA:
19 – ENDEREÇO DA CONTRATANTE
Secretaria de Recursos Hídricos – SRH/MMA
SGAN 601, Lote I, Ed. CODEVASF, 4º andar
CEP: 70830-901 Brasília/DF
Fone: (61) 4009-1008
Fax: (61) 4009-1821
20 – PROPRIEDADE
21 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Será vedado ao Contratado ceder quaisquer informações e/ou documentos, objetos deste
Contrato, sem prévia autorização do Contratante. O Contratado deverá executar as
atividades constantes neste Termo de Referência, de acordo com os mais elevados
padrões de competência e integridade profissional e ética.
Anexo I
Coordenação do GT:
Relator:
1. – OBJETIVO
4
2. – JUSTIFICATIVA
4
3. - ATIVIDADES
5
Recursos Hídricos.
Políticas Públicas
11
15
15
1. - OBJETIVO
2. - JUSTIFICATIVA
A Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos surge como uma ferramenta a mais para
alcançar o Desenvolvimento Sustentável e que seria aplicada após a implementação e
aprovação dos anteriores quatro instrumentos, tendo como principais objetivos dentre
os fundamentos da Lei nº 9.433/97:
· legislação básica;
· estacionalidade/regularidade do abastecimento;
· número de famílias;
· número de domicílios;
· ocupação produtiva das pessoas e principal origem da renda atual;
· estações hidrometeorológicas,
· ações de reflorestamento,
· controle de erosão,
· sensoriamento remoto,
· plataforma de coleta de dados hidrometeorológicos,
Este levantamento deverá ocorrer nos três níveis da administração pública (união,
estados e municípios) e conter informações sobre:
1 MINISTÉRIOS
1.3 Cidades
1.3.1 Secretário Nacional de Habitação
1.3.2 Secretária Nacional de Programas Urbanos
1.3.3 Secretário Nacional de Saneamento Ambiental
1.3.4 Secretário Nacional de Transporte Urbano
1.5.1 Exército
1.5.1.1 Diretoria de Obras Militares
1.5.1.2 Diretoria de Obras e Cooperação
1.5.2 Marinha
1.5.2.1 Capitania dos Portos
1.5.2.2 Diretoria de Engenharia Naval (DEN)
1.5.2.3 Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)
1.5.2.4 Diretoria de Portos e Costas (DPC)
1.5.2.5 Diretoria de Saúde da Marinha (DSM)
1.5.2.6 Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)
1.5.2.7 Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM)
1.8 Educação
1.8.1 Secretaria de Educação Média e Tecnológica - SEMTEC
1.8.2 Secretaria de Educação Superior - SESU
1.8.3 Secretaria de Educação Especial - SEESP
1.8.4 Secretaria de Educação a Distância - SEED
1.8.5 Conselho Nacional de Educação - CNE
1.8.6 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE
1.8.7 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP
1.8.8 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
1.9 Fazenda
1.9.1 Banco do Brasil
1.9.2 Banco da Amazônia - Basa
1.9.3 Banco do Nordeste
1.9.4 Caixa Econômica Federal
1.11 Justiça
1.11.1 FUNAI Fundação Nacional do Índio
1.16 Saúde
1.16.1 Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS
1.16.2 Fundação Nacional da Saúde
1.16.3 Fundação Oswaldo Cruz
1.16.4 Fundo Nacional de Saúde
1.16.5 Anvisa
1.16.6 Conselho Nacional de Saúde
1.17 Transportes
1.17.1 Secretaria de Fomento Para Ações de Transportes
1.17.2 Secretaria de Política Nacional de Transportes
1.17.3 Secretaria de Gestão de Programas de Transportes
1.17.4 Departamento de Programas de Transportes Aquaviários
1.17.5 Companhia de Navegação do São Francisco - Franave
1.18 Turismo
1.18.1 Secretaria de Programas de Desenvolvimento do Turismo
1.18.2 Departamento de Programas Regionais de Desenvolvimento
1.18.3 Departamento de Promoção de Investimentos no Turismo
1.18.4 Fóruns Estaduais de Turismo
2 SECRETARIAS
3 JUDICIÁRIO
3.1 Ministério Público Federal
3.2 Ministério Público Estadual
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Algumas das mais importantes considerações que a OCDE11 discute nos avanços para a
definição de formas de acompanhamento do desenvolvimento ambientalmente
sustentável é que ele é um processo complexo e multidimensional. A crescente demanda
e interesse pelo desenvolvimento sustentável, somadas às preocupações de setores
organizados da sociedade, face às ameaças que pesam sobre o meio ambiente, levaram
os governos a reexaminar os meios que eles dispõem para avaliar e fiscalizar o estado
do meio ambiente e também suas performances ambientais e, ainda, avaliar em que
medida necessitam colocar em prática suas políticas nacionais de meio ambiente para
cumprir seus contratos internacionais. Dentro deste contexto, os indicadores de meio
ambiente aparecem mais e mais como os instrumentos indispensáveis para traçar e
seguir o caminho para um futuro duradouro.
O primeiro grande marco apresentado pela Organização foi o Corpo Central dos
Indicadores de Meio Ambiente, cujos resultados ultrapassaram os objetivos iniciais de
exames de performances ambientais, estruturou os indicadores segundo temas
ambientais, os quais também forneceram uma base para a elaboração de indicadores de
sustentabilidade ambientais.
Se o modelo PER evidencia estas ligações, por outro lado ele tende a sugerir uma
linearidade nas relações na interação atividade humana e meio ambiente. No entanto, as
relações dentro dos ecossistemas e dentro das interações meio ambiente-economia são
bem mais complexas.
Acompanhando a estruturação do modelo PER (Pressão-Estado-Resposta) na
construção de indicadores, foi fundamental a definição dos indicadores e a determinação
de suas funções apresentadas no Quadro 1.
Esse mesmo documento também apresentou os critérios gerais para seleção dos
indicadores, uma vez que estes podem servir a diferentes necessidades. Os
critérios,apresentados no Quadro 2 são os seguintes: de pertinência política, de exatidão
da análise e da mensuralidade.
Para dar conta das relações sociedade-meio ambiente o modelo PER (Pressão-Estado-
Resposta), divulgado pela OECD, foi ampliado para Pressão-Estado21 Impacto/Efeito-
Respostas, ou modelo P-E-I/E-R ou, ainda modelo DPSIR: Força-Motriz (Driving
Force)/ Pressão(Pressure) / Estado (State)/ Impacto (Impact)/Resposta (Response).
· Os indicadores das Forças motrizes são determinados por fatores que influenciam
uma série de variáveis pertinentes. Exemplos: o número de carros por habitante;
produção industrial total.