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HISTÓRIA DO KOBUDÔ DE OKINAWA

 HISTÓRICO
 BO
 KENJUTSU
 SHURIKEN
 TAMESHIGIRI
 KATANA
 MIYAMOTO MUSASHI
 TANTO
 KUSARI
 HEIHO
 DOWNLOAD
 VIDEOS

 A História do Kobudo de Okinawa é muito difícil de se


contar, porque quase todos os documentos sobre esta Arte Marcial foram
destruídos nos combates, bombardeios e incêndios que aconteceram durante a
segunda guerra mundial.
Entretanto, no século XII , apareceram senhores regionais chamados Aji, com
suas forças emergidas de seus castelos fortificados chamados Gusuku. Logo
estas forças foram divididas em três pequenos reinos, mantiveram guerras
contínuas e internas de 1326 até 1429. Esta foi a melhor época para o
desenvolvimento das Artes Marciais, perfeitas técnicas de combate. Em 1429,
Sho Hashi uniu à ilha de Okinawa e formou o Reino do Ryukyu. Durante os
séculos XIV e XVI, um período conhecido como a “Idade Dourada do
Comércio”, o Reino florescia como um centro de comércio com a China e
outras nações. Entretanto, este comércio foi constantemente ameaçado por
piratas, então os marinheiros de Okinawa necessitados em proteger-se em
terras estrangeiras desenvolveram técnicas de autodefesa.

Cerca 1580, Toyotomi Hideyoshi


declarou mais vez uma lei que se proibiu a posse de armas, a fim de restaurar
a paz e prosperidade no Reino do Ryukyu pobre. Isto ajudou prevenir a perda
desnecessária de vidas dentre as pessoas e conter as guerras civis. Esta lei
deixou mais uma vez os okinawanos sem defesas contra os Samurais
japoneses, estes os únicos a ter permissão portar armas.

Em 1609, o Clã Satsuma atacou e


varreu as defesas de Okinawa. Os nativos utilizavam apenas punhais,
ineficazes contra o grande arsenal samuraico e navios de guerra. Os únicos
instrumentos que os fazendeiros e pescadores tinham eram as ferramentas
simples de trabalho.
As Artes Marciais únicas de Okinawa, o Karatê-Do (To-De) e o Kobudo (Ti-
Gua) nasceram nesta época. Por longos anos, as técnicas de Artes Marciais
Orientais foram incorporadas ao Okinawa Karatê-Do e Kobudo para
estabelecer o que conhecemos hoje. Os métodos chineses de luta (Kempo ou
Chuan-Fa) foram uma combinação de técnicas com mãos vazias e com armas,
como exemplo o San-ku-chu, antecessor do Sai. As técnicas de bastão já eram
utilizadas por okinawanos para proteção contra agressores. Algumas novas
armas foram feitas usando como ferramentas os utensílios dos agricultores, por
exemplo, o Nunchaku, a Tonfa e o Kamá que foi a única ferramenta com
lâmina de metal utilizada naquela época.

Estilos distintos e variados


emergiram durante a Era do Reino Ryukyu: o Shuri-Te (Shorin-Ryu) foi
centralizado em Shuri, capital do Reino Ryukyu, Naha-Te (Shorei-Ryu e Goju-
Ryu) no centro comercial de Naha, e Tomari-Te (Motobu-Ryu e Matsubayashi-
Ryu) no distrito portuário de Tomari localizado entre Shuri e Naha. Cada estilo
teve seus mestres, os quais, estabeleceram às tradições preservadas até os
nossos dias.

As técnicas de Karatê-Do e Kobudo foram, por suas naturezas guardadas em


segredo. Assim, há poucos registros históricos, sendo que foram praticamente
passadas oralmente de pai para filho ou de mestre para discípulo. Desde a
invasão pelos Satsuma, Okinawa foi controlada por um governo fraco sob rédia
do Shogunato, até a restauração Meiji, na metade do século 19 onde, seguiu-
se a dissolução do reino, e em 1879 acontece à anexação de Okinawa a nação
japonesa como uma prefeitura (Estado), novas instituições de Karatê-Do e
Kobudo foram incorporadas ao sistema Meiji de educação pública.
Lá seguindo um movimento de modernização
educacional foram feitas apresentações dessas Artes Marciais ao público geral:
durante a Era Taisho (cerca 1910-1926), demonstrações foram feitas por todo
o Japão continental, e nos anos da Era Showa as escolas ou estilos – Ryu
foram criados, como exemplo:
Shorin-Ryu, Shorei-Ryu, Goju-Ryu, Uechi-Ryu, Isshin-Ryu, Ryuei-Ryu e
Matsubayashi-Ryu. Hoje existem muitas sub-escolas (ryuha) e facções (kaiha).
Cada uma contando vantagem por possuir Kata distinto, mas, sempre derivado
dos movimentos básicos (Kihon-Kata) comuns para todas escolas como uma
sistematização de técnicas de ataque e defesa.

Treinamento rigoroso por anos de Karatê-Do e Kobudo cultiva um grande vigor


espiritual e físico. Assim essas artes tradicionais contribuem para construir um
caráter forte, um sentido de responsabilidade social e o desenvolvimento
saudável de corpos e mentes, ofertam estas disciplinas marciais e agora
esportivas, o Okinawa Karatê-Do e Kobudo hoje dão inspiração para pessoas
por todo o mundo.

O Kobudo Moderno foi


introduzido por Shinko Matayoshi (1888 – 1947), este de uma família rica da
região de Naha. Seu treinamento do Kobu-Jutsu começou na adolescência e
incluía Bo-Jutsu, Kamá-Jutsu, Eku-Jutsu, Tonfa-Jutsu e Nunchaku-Jutsu. Na
idade de 22 anos, ele se aventurou na Manchúria pelo norte do Japão.

Lá ele uniu-se um bando de bandidos e aprendeu várias outras artes de armas,


incluindo o arco e flecha (Yabusame), fazendo de seu método único entre
outros estilos de Okinawa de Kobu-Jutsu. Mais Tarde, voltou a Okinawa,
trazendo de Fuchou e Xangai (China), mais artes de armas além de
acupuntura, ervas medicinais e uma outra forma de Boxe Shaolin (Shoreiji-
Kempo). Shinko Matayoshi, junto com Gichin Funakoshi (precursor do Karatê-
Do japonês – Shotokan), foram os primeiros a demonstrar o Okinawa Kobudo
no Japão continental em 1915.

Em 1921, com a visita do Imperador Hirohito em Okinawa, Matayoshi mostra o


seu Kobudo em uma demonstração de Karatê-Do Goju-Ryu do Mestre Chojun
Miyagi. Shimpo Matayoshi (1922- 1997), Hanshi 10º Dan, filho de Shinko,
começa seu treinamento de Artes Marciais em idade de oito anos sob a tutela
de Chotoku Kyan (Shorin-Ryu).
Em 1934, começou a treinar Karatê-Do e Kobudo sob a tutela do pai. Em 1935,
passa a estudar com o Mestre Gokenki , chinês radicado em Okinawa,
aprendendo o Katá Hakutsuru (Forma da Garça Branca) que a seu pai tinha
sido ensinado. Depois da morte do pai, ele continuou o legado, assumido as
responsabilidades e técnicas ensinadas.
Em 1970, ele forma a Federação de Kobudo de Okinawa (Zen Okinawa
Kobudo Renmei) e até sua morte em 1997, foi o conselheiro técnico para todos
estilos do Okinawa Kobudo.
Ele foi também o único karateca a aprender o Kata Hakutsuru diretamente de
um mestre Chinês autêntico.
Em suas viagens demonstrando seu estilo único de Kobudô , ele foi
constantemente solicitado a demonstrar o Hakutsuru, o qual, ele nunca ensinou
abertamente para qualquer um. Seu conhecimento sobre a Forma da Garça
Branca foi incomparável.

KOBUDÔ KYOKUSHINKAIKAN
A paixão por armas okinawanas que via em filmes de artes marciais, levou o
Professor José Koei Nagata a desenvolver um método próprio de Kobudô.
Exaustivas técnicas aprimoradas através de livros, fitas de vídeo e com o
Professor David Valentim (Kobudô Shinshukan) em conjunto com suas
experiências pessoais, formulou–se o Kobudô Kyokushinkaikan.
Baseado em estudo da arte de Okinawa Kobudô, desenvolveu e aprimorou
técnicas de Bô, Kama, Nunchaku, Sai, Katana, etc.

O Kobudô Kyokushinkaikan tem a pedra fundamental o estilo de Okinawa, mas


também há aspectos modernos com a complementação da arte filipina de
escrima / Kali.
O professor José Koei Nagata inclusive já competiu em Torneios de Kobudô e
chegou a ganhar em alguns deles (Sulamericano e Ultimate Test – Estados
Unidos).
Também ministrou em diversas cidades brasileiras cursos voltados a
segurança pessoal no caso da Tonfa (Cacetete americano), que é uma arma
muito eficaz e dinâmica.

A arma Tonfa foi incorporada pelos nortes americanos que adaptaram para uso
na área de segurança e Defesa Pessoal, porisso a Tonfa é conhecido
mundialmente como cacetete americano.

O Kobudô Kyokushinkaikan, arma Tonfa foi adaptado dos movimentos do


Kihon Geiko e ainda com conceitos de Kali / Escrima Filipina. Utilizando
movimentos circulares, de sabaki (esquivas), além de torções e imobilizações;
a tonfa é uma arma muito requisitada para cursos e palestras.
O uso da Tonfa é bem dinâmica utilizando-a como bloqueio, e com fortes
ataques com a parte lateral da haste e com as pontas. Há também aplicações
giratórias em que multiplica a força aplicada. Pode-se, inclusive, fazer torções e
aplicações de chaves. Assim a Tonfa, tendo aplicações variadas e completas,
foi adotada por diversas forças policiais de todo o globo terrestre.
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