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Informações do documento
Documento nº: 03
Descrição: Descrição funcional dos elementos de refrigeração, tais como, compressor, condensador,
válvula de expansão e evaporador.
Conteúdos
1. Compressores .......................................................................................................................................................2
1.1. Compressores alternativos/pistão.................................................................................................................2
1.2. Compressores de parafuso...........................................................................................................................6
2. Evaporadores e Condensadores...........................................................................................................................9
2.1. Coeficiente geral de transferência de calor.................................................................................................10
2.2. Quedas de pressões, coeficiente de transferência de calor dentro dos tubos............................................11
2.3. Quedas de pressões, coeficiente de transferência de calor dentro da concha...........................................12
2.4. Condensadores ..........................................................................................................................................13
2.4.1. Capacidade do condensador .............................................................................................................13
2.4.2. Coeficiente de condensação..............................................................................................................13
2.4.3. Factor de entupimento .......................................................................................................................14
2.4.4. Desuperheating..................................................................................................................................14
2.4.5. Desempenho do condensador ...........................................................................................................15
2.4.6. Ar e não condensáveis.......................................................................................................................16
2.5. Evaporadores .............................................................................................................................................16
2.5.1. Ferver dentro da shell ........................................................................................................................16
2.5.2. Ferver dentro dos tubos .....................................................................................................................17
2.5.3. Performance do evaporador ..............................................................................................................17
2.5.4. Queda de pressão nos tubos .............................................................................................................18
3. Dispositivos de Expansão ...................................................................................................................................18
3.1. Tubos capilares ..........................................................................................................................................18
3.2. Válvulas de expansão de pressão constante..............................................................................................19
3.3. Válvulas de nível.........................................................................................................................................19
3.4. Válvulas de expansão termoestática ..........................................................................................................20
3.5. Válvulas electrónica de expansão ..............................................................................................................21
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Redução do consumo energético de um
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1. Compressores
Existem basicamente 4 tipos de compressores de refrigeração são: alternativos, parafuso, centrífugo e axiais.
Outra característica usada habitualmente é serem hermeticamente fechados, semi-hermeticos ou abertos.
E as duas grandezas mais importantes para caracterização do seu desempenho são a capacidade de refrigeração
e a potência
Onde Vn é o volume nocivo ou espaço nocivo na câmara do pistão e Pd é a pressão de descarga. Volume nocivo
é o espaço entre a fase do pistão e a placa da válvula de descarga no ponto morto superior do curso do pistão, esta
folga deve ser o menor possível, de modo a forçar a maior quantidade possível de vapor do refrigerante comprimido
a passar pela válvula de descarga. Pode ser representado como uma percentagem do volume que é deslocado pelo
pistão.
Vnocivo
Percentagem de volume nocivo = m = • 100 ( 1.1 )
Vtotal − Vnocivo
A percentagem volume nocivo, (m), é uma característica de constante para um dado compressor
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O desempenho do compressor é definido através da sua eficiência volumétrica, esta é definida por dois tipos,
eficiência volumétrica teórica , (η v ) ,e eficiência volumétrica real, (ηvr ).
V −V V −V
η v = total sucção
• 100 = 3 1 • 100 ( 1.2 )
V
total − Vnocivo V3 − Vn
Podemos ainda expressar em termos de m
V −V +V −V V −V Vn V1
η v = 3 n n 1 • 100 = 100 − 1 n • 100 = 100 − − 1 • 100 ( 1.3 )
V3 − Vn V3 − Vn V3 − Vn Vn
V1
η vc = 100 − m − 1 ( 1.4 )
Vc
Se é assumido que a expansão entre Vn e V1 é isentrópica
V1 vsuc
= ( 1.5 )
Vn vdes
onde, vsuc corresponde ao volume especifico do gás refrigerante na zona de sucção do compressor, v des
corresponde ao volume especifico do gás refrigerante na zona de descarga.
Passamos a ter a eficiência volumétrica livre expressa pelos volumes de sucção e descarga
v
η v = 100 − m s − 1 ( 1.6 )
vd
A eficiência volumétrica real é diferente da teórica, segundo [5], devido à falta de consideração de efeitos, tais
como:
• Efeitos de variação de temperatura do refrigerante ao entrar no cilindro
• Variação de pressão que ocorre quando o refrigerante passa através da válvula de admissão
• Fugas de refrigerante através das válvulas de admissão e descarga do compressor
Onde apresenta uma relação de ηv com ηvr , apresentada em ( 1.7 ).
0,79η v ≤ η vr ≤ 0,90η v ( 1.7 )
A eficiência volumétrica real é definida em [2] como
Caudal (q )
η vr = ( 1.8 )
Velocidade do deslocamen to (V D )
Em que a velocidade de deslocamento corresponde ao volume por unidade de tempo que é percorrido pelo
pistão, nos seus movimentos de sucção, ( VD ).
VD = V n ( 1.9 )
Um dos factores que influencia a eficiência volumétrica teórica é o caudal mássico que é bombeado pelo
compressor. O caudal mássico é análogo ao volumétrico, mas mede a massa que atravessa uma área por unidade
de tempo. Podemos encara-lo como o caudal medido na zona de sucção do compressor a dividir pelo volume
específico do refrigerante nesse local.
q
m& = ( 1.10 )
vs
Em que v s representa o volume específico do gás refrigerante na zona de sucção do compressor. Utilizando a
definição de eficiência volumétrica ( 1.8 ) obtemos uma relação entre o caudal mássico e a eficiência volumétrica.
η vr
m& = VD ( 1.11 )
vs
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O compressor possui uma capacidade de refrigeração que é determinada pelo produto do caudal mássico com
o efeito de refrigeração
C Ref = m& (h 1 − h 4 ) ( 1.12 )
O efeito de refrigeração, (h1 − h4 ) , consiste na variação na entalpia do refrigerante quando passa pelo
evaporador.
O requisito de potência para o compressor consiste no produto do caudal mássico com o trabalho isentrópico
da compressão:
P = m& ∆hi ( 1.13 )
Como iremos verificar, a capacidade de refrigeração e potência de compressão estão intimamente
relacionados com as temperaturas (olhando para o diagrama PH percebemos que está associado a uma pressão) do
evaporador e condensador.
Agora iremos ver os efeitos que a influencia do evaporador e o condensador tem para o compressor.
O efeito que a temperatura do evaporador (pressão de sucção do compressor)
Figura 1.2 – Influencia que a temperatura do evaporador tem sobre o compressor [3]
A percentagem de volume livre foi considerada de 4%.
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O motor seleccionado para trabalhar num determinado ponto de funcionamento, pode ficar em regime de
sobrecarga se tiver que operar perto do pico de potência. Por vezes os motores são sobredimensionados de forma a
poderem atravessar o pico da curva de potência. Mas para evitar aumentar o motor, a pressão de sucção é por
vezes diminuída artificialmente, quer por estrangulamento do gás de sucção, ou por, retirar a carga a cilindros,
enquanto a temperatura do evaporador desce a um nível abaixo da curva de pico de potência.
No condensador temos
Figura 1.3 - Influencia que a temperatura do condensador tem sobre o compressor [3]
A percentagem de volume livre foi considerada de 4%
Tanto o evaporador como o condensador na curva de potência requisitada pelo compressor, têm dois pontos
nulos, onde as temperaturas do evaporador e do condensador são iguais e na ocasião onde o caudal mássico é
nulo, também têm uma curva de pico.
A maioria dos sistemas de refrigeração opera no lado esquerdo do pico de potência, para que um aumento de
temperatura do evaporador ou condensador, resulte num aumento de potência.
A eficiência da compressão adiabática do compressor é definida por
trabalho isentropic o de compressão
ηa = ( 1.14 )
trabalho actual de compressão
Os factores que reduzem esta eficiência são devida à fricção mecânica entre as peças do compressor, à perda
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de pressão na passagem pelas válvulas e outras perdas devido a passagens estreitas e ao aquecimento do gás
durante a compressão (em vez de ser adiabático).
O coeficiente de performance, depende da combinação das temperaturas do condensador e do evaporador, .
capacidade refrigerante C Ref Te
COP = = = ( 1.15 )
potência de compressão P Tc − Te
A diferença existente entre o COPCarnot que é o ideal e o COPactual, é devido à ineficiência da compressão
adiabática, a utilização de uma válvula de expansão em substituição de um motor de expansão, e a compressão de
em vez de ser líquida é seca.
Mas a utilidade do COPCarnot é que nos permite obter uma estimativa do COP, embora seja grosseira. Segundo
[2] podemos utilizar para obter
COPactual ≈ (COPCarnot )(η a )(0.85) ( 1.16 )
Podemos então estimar a potência necessária
C ref
P= ( 1.17 )
COPactual
Controlo da capacidade
Quase todos os sistemas de refrigeração têm que suportar cargas térmicas variáveis.
Se um sistema de refrigeração está a funcionar em modo de regime permanente e a carga de refrigeração
diminui, a resposta inerente ao sistema é diminuir a temperatura e pressão do evaporador. Esta alteração de
condição no evaporador resulta numa redução na capacidade do compressor, que ao fim de algum tempo irá igualar
com a diminuição de carga de refrigeração.
Existem diversos métodos para reduzir a capacidade do compressor:
• O compressor arranca e pára em ciclos conforme a necessidade, normalmente só utilizado em sistemas
pequenos.
• Regulação de contra-pressão que estrangula o gás de sucção entre o evaporador e o compressor de forma
a manter o evaporador a pressão constante. Este método permite um bom controlo da temperatura do
evaporador mas é ineficiente.
• Utilizando um bypass para o gás de descarga de volta para a linha de sucção, normalmente permite uma
redução precisa da capacidade, mas este método é ineficiente e o compressor fica a trabalhar muito quente.
É preferível criar o bypass que leva o gás de descarga para a entrada o evaporador.
• Utilizando cilindros sem carga num compressor multicilindros, onde automaticamente a válvula de sucção é
deixada aberta ou o gás de descarga é desviado do cilindro de volta para a linha de sucção antes da
compressão.
• Regulação da velocidade do motor, pouco utilizado no passado, principalmente realizado por comutação de
número de pólos do motor, mas devido a estudos como [10] e [11] actualmente (pelo menos desde 2001) já
existe no mercado compressores preparados para a variação de velocidade, como exemplo, a série VCC
(compressor de capacidade variável) da Embraco que já está na sua terceira geração ou então a série VTZ
da Danfoss
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Proporções de volume típicas normalmente encontradas na industria variam entre 2 a 5.5, dependendo do
design.
A eficiência de um compressor de parafuso depende fortemente da combinação entre a proporção das pressões
num ponto de funcionamento e a proporção de volume inerente ao compressor.
Tipicamente podemos ver
Figura 1.6 – Influência que a proporção de volume inerente tem sobre a eficiência de compressão
O pico da curva de eficiência é atingido quando a pressão na cavidade durante a compressão aumenta até ao
ponto em que é igual à pressão da linha de descarga, e nesse momento a porta de descarga é aberta.
As curvas de eficiência atingem o seu máximo a valores de proporções de pressão ligeiramente desfasados dos
valores indicados pelas proporções de volume, sito acontece devido:
- é efectuado algum arrefecimento durante a compressão, em vez da compressão ser adiabática.
- como existem algumas fugas de refrigerante, a proporção de pressão ideal nunca é atingida.
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Nos compressores de pistão a temperatura do condensador influencia mais o requisito de potência que a
temperatura do evaporador, o que é o oposto dos compressores recíprocos, onde a temperatura do evaporador tem
mais influência.
Os compressores de parafuso podem operar confortavelmente por um intervalo de velocidades de 1800 até
4500 rpm, o que indica que podemos utilizar facilmente controlo por variação de velocidade para regularmos a
capacidade de refrigeração.
O mais usual é a utilização de uma solução mais económica, é a utilização de uma válvula de deslizamento que
fica embutida dentro do capsulamento do compressor, onde se move axialmente. À medida que a válvula é aberta,
ela adia a posição onde a compressão é iniciada. A desvantagem é que este método só consegue modular uma
redução cerca de 10% da capacidade total, onde teremos perda de eficiência quando a capacidade é reduzida.
2. Evaporadores e Condensadores
Existem inúmeros trabalhos a estudar apenas o condensador ou o evaporador, onde as dinâmicas físicas são
descritas ao pormenor. Mas nesta dissertação o condensador e o evaporador são componentes genéricos, não
directamente controláveis e que possuem uma capacidade de transferir calor que varia conforme determinadas
condições.
Os tipos de condensadores e evaporadores mais utilizados são, os permutadores de calor shell-and-tube e os
finned-coil.
Figura 2.1 – a,b,c representam permutadores shell-and-tube; d,e,f representam finned-coil, [2]e [3]
As leis que regulam o fluxo de água através da shell Figura 2.1 b),e por cima do tube bundle Figura 2.1 c), são as
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Figura 2.2 - Ilustração em corte seccional de um permutador de calor refrigerado a água, [3]
q = α o Ao (t o − t os ) ( 2.18 )
q = Am (t os − t is )
k
( 2.19 )
x
q = α i Ai (t is − t i ) ( 2.20 )
q = U i Ai (t o − t i ) ( 2.22 )
ou seja,
U o Ao = U i Ai ( 2.23 )
o valor de U está sempre associado a uma área. Podemos obter o valor de Uo e Ui através
= (t o − t os ) + ((t os − t is ) + (t is − t i ) = t o − t i
q qx q
+ + ( 2.24 )
α o Ao kAm α i Ai
q q
to − ti = = ( 2.25 )
U o Ao U i Ai
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1 1 1 x 1
= = + + ( 2.26 )
U o Ao U i Ai α o Ao kAm α i Ai
1 1
Uma interpretação física dos termos pode ser considerada que e são os valores de resistência
U o Ao U i Ai
total dos coeficientes de transferência de calor entre a água e o refrigerante. Esta resistência total é a soma das
diversas resistências individuais, onde
1
é a resistência do refrigerante para o exterior do tubo
α o Ao
x
é a resistência do tubo
kAm
1
é a resistência da superfície interna do tubo para a água
α i Ai
Em determinados pontos no permutador de calor, o fluxo de calor pode ser expresso pela resistência térmica e a
diferença de temperatura entre fluidos.
∆t
q= ( 2.27 )
Rtot
1 ln(ro / ri ) 1
Rtot = + + ( 2.28 )
α 1 A1 2πkl α 2 A2
Contudo como a temperatura de um ou dois fluidos pode variar à medida que flui através do permutador de calor,
analise é difícil a menos que se determine a diferença média de temperatura, que caracterizará a performance geral
do permutador de calor. A prática mais usual é a utilização da diferença média-logaritmica de temperatura (LMDT) e
um factor de configuração que depende com a fluidez permitida através do permutador de calor.
∆t A − ∆t B
LMTD = ( 2.29 )
ln(∆t A / ∆t B )
Onde ∆t A = diferença de temperatura entre dois fluidos na posição A
∆t B = diferença de temperatura entre dois fluidos na posição B
A expressão para o coeficiente de transferência térmica dos fluidos que circulam dentro de tubos
Nu = C Re n Pr m ( 2.30 )
Como a queda de pressão em tubos direitos no evaporador ou condensador apenas representam 50 a 80% da
queda total de pressão, dados experimentais ou de catalogo sobre a queda de pressão em função de uma razão
de fluxo são necessários.
As outras contribuições para queda de pressão resultam de mudanças de área de fluxo e direcção, mas são
exactamente proporcionais ao quadrado da razão do fluxo, assim se uma queda de pressão, ∆p1, e a razão de
fluxo, w1 são conhecidos, então a queda de pressão ∆p2 numa diferente razão de fluxo pode ser prevista:
2
w
∆p 2 = ∆p1 2 ( 2.33 )
w1
A queda de pressão do liquido que circula pela concha é difícil de prever analiticamente, mas sabendo
experimentalmente um valor de pressão para uma razão de fluxo, na mesma forma indicada na ultima secção
podemos fazer previsões de queda de pressão para outras razões de fluxo podem ser efectuadas com bastante
previsão.
Quando um dos fluidos no condensador ou evaporador é um gás, as propriedades do ar em comparação com as
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dos líquidos, tal como a água, apresentam variações de coeficientes de transferência de calor na ordem de um
decimo até um vigésimo do coeficiente de transferência da água.
2.4. Condensadores
Nos condensadores, os fluidos para os quais o calor é rejeitado, normalmente é água ou ar. Quando o
condensador é arrefecido a água, a água é depois dirigida para uma torre de arrefecimento para a rejeição final de
calor para a atmosfera.
Uma equação anterior com algumas modificações é largamente utilizada nos condensadores horizontais de
shell-and-tube. O produto do números de tubos numa fila vertical multiplicada pelo diâmetro dos tubos substitui o
comprimento vertical do prato L. Foi White por teste experimentais que descobriu que o coeficiente é 0.63 e Goto
mediu 0.65, então a equação de N tubos de diâmetro D na fila vertical é
1/ 4
g ρ 2 h fg k 3
hc = 0.64 ( 2.36 )
µ ∆t N D
A equação ( 2.36 ) é aplicada à condensação de película laminada, que é um dos dois tipos de
condensação. O outro tipo de condensação é a condensação de película turbulenta. Na condensação pelicular
laminada o líquido condensado é espalhado por toda a superfície do condensador, na condensação pelicular
turbulenta o líquido condensado agrupa-se em glóbulos (gotas), deixando parte do vapor em contacto directo com a
superfície. A condensação pelicular turbulenta fornece um coeficiente de transferência de calor mais elevado, mas
apenas pode ocorrer em superfícies limpas. Para prevenir, considera-mos então que a performance do condensador
é prevista que seja baseada em condensação pelicular laminada.
O mecanismo de condensação é complexo e a figura seguinte mostra valores relativos do coeficiente de
condensação através do tubo.
2.4.4. Desuperheating
Quando o refrigerante condensa a pressão constante, a sua temperatura só é constante na parte de
condensação. Porque o vapor que provêm do compressor é sobreaquecido, a sua distribuição é a seguinte
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2.5. Evaporadores
Na maioria dos evaporadores de refrigeração o refrigerante ferve dentro dos tubos e arrefece o fluido que passa
pelo exterior dos tubos. Os evaporadores que fervem o refrigerante dentro dos tubos são habitualmente
denominados de evaporadores de expansão directa.
Os evaporadores de expansão directa são utilizados normalmente utilizados em ares condicionados, alimentados
por uma válvula de expansão que regula o fluxo do líquido, de forma que o vapor do refrigerante sobreaquecido saia
do evaporador. Outro conceito é a recirculação de liquido ou sobrealimentação de liquido no evaporador, onde
algum liquido ferve no evaporador e o resto inunda pela saída, o liquido pode ir para um reservatório onde o liquido
do evaporador é separado e o vapor flui para o compressor.
q
= hr = C∆t 2 a 3 ( 2.40 )
A∆t
Onde hr é o coeficiente de fervedura, W/(m2*K). O valor de hr aumenta à medida que a diferença de temperatura
aumenta, onde fisicamente é devido a uma maior agitação. As perturbações libertam bolhas de vapor a partir da
superfície do metal e permitem que o liquido entre em contacto com o metal. Mas à medida que a taxa de
evaporação aumenta até ao seu máximo, ponto B, onde existe quantidade enorme de vapor que cobre a superfície
do metal de forma a que o liquido não consegue permanecer em contacto com o metal, um aumento na diferença de
temperatura diminui a taxa de transferência de calor.
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3. Dispositivos de Expansão
O dispositivo de expansão cumpre dois objectivos:
• Reduzir a pressão do refrigerante líquido
• Regular o caudal de fluido do refrigerante para o evaporador
O compressor e o dispositivo de expansão devem funcionar em equilíbrio entre a sucção e a descarga, de forma
que permita o compressor bombear do evaporador, o mesmo caudal de refrigerante que o dispositivo de expansão
alimenta o evaporador. Uma condição de fluxo desbalanceada entre estes componentes deve ter uma duração
bastante reduzida. O funcionamento prolongado em desequilíbrio poderá originar o encharcamento do evaporador
ou a sua secura.
Existem diversos tipos de dispositivos de expansão, tais como:
• Válvulas de expansão de pressão constante
• Válvulas de expansão termostática
• Válvulas electrónicas de expansão
• Tubos capilares
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O tubo capilar consegue regular a quantidade de fluido refrigerante que entra no evaporador baseado no
princípio de que uma massa de refrigerante no estado líquido passará mais facilmente através de um capilar que a
mesma massa de refrigerante no estado gasoso.
Consequentemente, se o vapor do refrigerante não condensado entra no capilar, o fluxo de massa será reduzido,
permitindo ao refrigerante mais tempo de arrefecimento no condensador. Por outro lado, se o refrigerante líquido for
acumulando no condensador, a pressão e a temperatura aumentarão, resultando em um aumento de fluxo de massa
de refrigerante.
A sua grande vantagem é o reduzido custo. O grande inconveniente resulta de não ser possível qualquer ajuste
para variações de pressão de descarga, pressão de sucção, ou de carga térmica.
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momentaneamente permite o compressor bombear um maior fluxo, do que a válvula que estava a alimentar.
Se a carga de refrigeração diminui, a pressão de sucção diminui e o nível sobe comandado a válvula para
fechar.
Estas válvulas não devem ser utilizadas em evaporadores de tubo contínuo, onde é impossível estabelecer um
nível de refrigerante pelo qual deve ser controlado.
Figura 3.2 – Representação em corte dos diversos componentes que constituem a válvula termoestática
Uma característica típica da válvula de expansão térmica ao alimentar o evaporador a baixa temperatura é
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mostrada na figura seguinte. Se é necessário uma diferença de pressão de 100kPa entre o bulb e o evaporador para
abrir completamente a válvula, o gás de sucção deve estar 5K sobreaquecido quando o evaporador estiver a 5ºC. Se
a mesma válvula alimenta o evaporador quando este opera a -30ºC, o valor de sobreaquecimento requerido para
fornecer 100kPa de pressão de diferença é de 12K.
Figura 3.3 – Representação da compensação que é necessário efectuar quando opera em dois ponto diferentes
Uma solução para resolver os problemas de operar a baixa temperatura é usar uma válvula com carga cruzada,
por exemplo, a válvula ter um power fluid diferente do refrigerante dentro do sistema.
O power fluid é seleccionado de forma que as suas propriedades sejam próximas do refrigerante (ver figura
seguinte). As características do power fluid são escolhidas para que o sobreaquecimento necessário para abrir a
válvula seja aproximadamente constante por toda a região de operação.
válvulas de expansão como uma duração de vida de milhões de ciclos. Mesmo que a válvula esteja toda
completamente aberta ou fechada, esta opera de forma que uma variável coincida com o objectivo pulsando a
abertura da válvula periodicamente, a duração de cada abertura é controlada electronicamente.
As válvulas operadas por motores passo-a-passo, comutam o motor passo-a-passo electronicamente, onde a
posição é discretamente incrementada por pequenas fracções de revolução.
Quando utilizado para válvulas de expansão, é utilizado um parafuso sem-fim de forma a poder alterar o
movimento rotativo do rotor para movimento linear adequado para mover opino da válvula ou poppet. O sem-fim
pode estar directamente acoplado ao rotor ou pode ter uma caixa de engrenagem entre o motor e o sem-fim.
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Referências
[1] H.M. Nussenzveig, “Curso de Física Básica, vol.II –Fluídos; Oscilações e Ondas; Calor”,
Editora Edgard-Blucher, 1986.
[2] Wilbert F. Stoecker, “Industrial refrigeration handbook”, New York : McGraw-Hill, 1998
[3] Stoecker W.F., Jones, J. W.,”Refrigeration and air conditioning” 2ª edição, Auckland:
McGraw- HillBook Company,1982.
[4] ASHRAE ,“HVAC Fundamentals Handbook”, Amer Society of Heating 1997
[5] Luís Júnior (2009, Março 10),“Introdução a máquinas Térmicas-Refrigeração” ISBN: 978-85-
908775-0-9 [online], Disponível em: http://www.martinelli.eng.br/ebooks.htm
[6] Rasmussen, B. P.”Control-oriented modelling of transcritical vapor compression systems.”
Dept. of Mechanical and Industrial Engineering, University of Illinois at Urbana, 2002.
[7] Rasmussen, B. P., ”Dynamic modeling and advanced control of air contioning and
refrigeration systems.”, Dept. of Mechanical and Industrial Engineering, University of Illinois
at Urbana-Champaign, 2005
[8] Bertulan,C.A.; “1ª lei da termodinâmica”- Projecto de ensino de física à distância.
Disponível em http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/calor/calor.html. Acesso em 22/02/2008.
[9] Bertulan,C.A.; “A segunda lei da termodinâmica”-Projecto de ensino de física à distância.
Disponível em http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/segunda_lei/ /segunda_lei.html. Acesso em
22/02/2008.
[10] R.N.N. Koury, L. Machado, K.A.R. Ismail, “Numerical simulation of a variable speed
refrigeration system”, International Journal of Refrigeration, Volume 24, Número 2, pág. 192-
200, Maio 2001
[11] Qureshi T.Q.; Tassou S.A.,”Variable-Speed Capacity Control in Refrigeration Systems”,
Applied Thermal Engineering, Volume 16, Número 2, , pág. 103-113 Fevereiro 1996