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CONSIDERAÇÕES SOBRE O ERRO

Estive pensando sobre erros, erros humanos, existe algo que nos caracterize mais do que isso?
Nossa inata condição de errar? Errar significa se enganar, ou equivocar, ação movida por descuido
ou engano que produz resultado indesejado, ou de consequências danosas. Curioso pensar que o
erro está tão presente na história humana que sem ele nem haveria história humana, pelo menos
não da forma que a conhecemos.

Se errar é tão humano, e praticamente inevitável, porque nos irritamos tanto com pessoas que
erram? Porque tanta intolerância diante do erro, seja ele nosso ou de outrem? Talvez por causa de
nossa ilusão na busca pela perfeição, quando cremos que se todas as coisas fossem perfeitas não
haveriam então, dissabores. Todo ensino visa diminuir erros, iludimo-nos até mesmo com a ideia
de que se o ensino for bom e igualmente bom for o aluno, os erros podem ser eliminados.

Existe uma forma de eliminar o erro, mas não existe uma forma de fazê-lo sem errar, na verdade,
a repetição dos erros mostrará exatamente como fazer para parar de cometê-los, sendo assim, por
eliminação, o processo perfeito para evitar os erros, chegar mais perto da perfeição, é forçar o
erro à repetição até que se possa prevê-los e evita-los. Claro que essa constatação é de caráter
científico, mas podemos encontra-la também nas relações e vivência humana em geral.

Ao errarmos, de modo que esse erro prejudique alguém, ou ao sermos atingidos pelo erro de
alguém, de modo que nos afete de modo profundo, somos levados à considerar que errar é errado
por definição, por causa dos efeitos nocivos provocados por nós em pessoas amadas ou pessoas
indefesas diante de tal erro, ou dos mesmos efeitos provocados em nós através do erro de pessoas
próximas a nós, somos impactados com uma verdade, de que errar causa sofrimento, em
consequência abalos nas relações, a ponto de causar infelicidades, sendo assim, constatamos que
é necessário parar de errar, fechando assim o ciclo, errar leva a não errar.

Parece então que a conclusão lógica a essa linha de pensamento seria de que errar seja certo e até
deva ser buscado como prática normal, afinal se errar acaba por produzir em longo prazo
resultados que melhoram as pessoas e as coisas, quanto mais se erra mais produção positiva se
alcança. Mas não é assim, por definição atos de erros são errados. Não é o caminho certo para o
aprendizado a prática do erro em si, muito mais quando este seja praticado de forma irresponsável
ou descuidada, mas sim, a partir da observação quando este acontece.

O ser humano é uma espécie interessante, existe um vasto tesouro de sabedoria que pertence a
toda a raça, mas parece que a cada ser que nasce as experiências precisam ser repetidas, para que
cada um alcance sua cota de aprendizado, pouco se aproveita da sabedoria das gerações anteriores.
O que se pode aprender através de observação pode ajudar as pessoas a melhorarem seu
desempenho enquanto ser humano, seja em suas relações com os outros seres, ou como ser
espiritual em busca de realização para a alma, ou mesmo ao buscar atender suas necessidades
mais básicas. Claro que não é em tudo que a experiência de outro possa substituir a própria, por
exemplo: ninguém aprende a andar de bicicleta apenas lendo a experiência de outro ou apenas
observando. Podemos chamar com certeza de erros aqueles temíveis tombos e algumas
escoriações decorrentes deles, mas ninguém que queira dominar uma bicicleta por causa dos
claros benefícios que isso trará, se negará aos mesmos, ainda que se admita indesejáveis tais
tombos, face ao benefício buscado.
A FORMAÇÃO COMO FATOR DE COMPORTAMENTO

Existe um pensamento que tem afetado o comportamento das pessoas desta geração, para
entender isso melhor, precisamos saber que a história do comportamento humano passa por
ciclos temporários que são perfeitamente distinguíveis, suas causas e seus efeitos passam
despercebidos pela quase totalidade das pessoas, somente aqueles que se propõem a estudar
o comportamento humano é que podem perceber com mais detalhes as mudanças destes ciclos
comportamentais.

O que é relevante nesta constatação é que gostamos de pensar que somos senhores de nossos
destinos e que nossas ações e modo de viver e fazer as coisas são decisões puramente de nossa
vontade e consciência, gostamos de pensar que conduzimos e não que somos conduzidos.
Interessante notar que em sua maioria o ser humano atual viaja nessa envolvente nave de
tendência comportamental e nem se dá conta que esse fator existe.

O que nos faz julgar se alguma coisa é normal ou não, aceitável ou reprovável, são as
informações que recebemos ao longo da vida, durante toda ela. Não há um tempo, um período
da vida quando poderemos nos considerar já completamente formados a ponto de não
recebermos mais nenhuma influência do cotidiano. Os fatores que influem na recepção dessas
informações ou influências vão desde as tendências naturais do ser, que pode ser inclinado a
observar, por exemplo, uma área específica da vida, podendo ser um gosto musical, uma
formação religiosa, formação acadêmica, cultural, regional, ou mesmo imposta por força maior
podendo ser uma situação de restrição de informação geral ou saturação forçada de uma
específica.

Um exemplo disso poderia ser aquela pessoa que viveu desde o nascimento em uma região em
que andar seminu é não somente normal, como é indicado como padrão de respeito às tradições
locais, para essa pessoa não há dúvidas de que faz a coisa certa quando sai em público em sua
própria comunidade sem nem ao menos se lembrar que não está usando nada para cobrir sua
nudez. Se essa mesma pessoa fosse levada a conviver por algum tempo em uma comunidade
onde o contrário desse comportamento é que seja considerado normal, em que se apresentar
em público sem cobrir a nudez é comportamento reprovável, até que essa pessoa conseguisse
se adaptar, assimilar as novas regras de comportamento haveria com certeza alguns traumas,
algum incômodo com certeza ocorreria, certa confusão entre a informação comportamental
recebida ao longo das fases anteriores de sua vida e a que passou a viver no presente momento.
Por fim, se a condição de mudança se mantiver, tal pessoa acabará por manifestar em seu novo
estágio de vida um comportamento alterado, mais que isso, em sua impressão acerca do que é
normal ou não para si na nova sociedade onde foi inserida, tal pessoa se sentirá plenamente
confortável com a nova situação, a mesma que antes lhe causava grande constrangimento.

Derli Oliveira de Lima


A FILOSOFIA E A TEOLOGIA

A Questão que hoje se vê do debate entre a existência ou não de Deus, é meramente filósofica,
defender a existência de Deus contra a posição ateísta de que tal existência é uma falácia, é
acima de tudo, uma argumentação ou no mínimo um posicionamento de idéias ou métodos
filosóficos. A falta de conhecimento da história da filosofia secular e da filosofia cristã, põe tal
discussão em patamares populares e a faz por demais simplificada executada de forma
desregulada e desrespeitosa.

A filosofia sempre debateu a questão da existência ou não das coisas, a questão filosófica
sempre foi tratar do provável ou improvável, das origens das coisas, das causas e dos efeitos.
Um dos pensadores primeiros, reconhecido como um dos fundadores da filosofia, Platão, tinha
uma maneira de pensar a existência de tudo, onde considerava uma mistura entre o mundo
físico e o metafísico onde um produziu o outro sem que não subsistem os mesmos um sem o
outro.

Sabendo-se que ninguém é original em seus pensamentos, todos nós formulamos nossa auto-
característica de retalhos das gerações passadas, a forma como pensamos, o que pensamos,
tudo isso é herdado, gostemos ou não disso, isso é indiscutível, facilmente comprovável pela
observação quando essa examina a transição entre gerações e a tranferência de seus costumes.
Seríamos quem somos, pensaríamos como pensamos, formularíamos nossos pensamentos tal
qual fazemos hoje, seja na individualidade ou na coletividade, se a gama de heranças filosóficas,
incluídas aí todas as suas influências ou subdivisões, que chegou até nós fosse diferente?

Alguns cristãos podem argumentar que o estudo da filosofia é perda de tempo e que suas razões
podem ser atribuídas à mera vaidade ou ainda como a busca pelo compreensão da existência, a
busca pelas respostas que expliquem as questões das coisas existentes, como sendo essa última
uma forma própria da mente que fracassou em sua capacidade de crer. O que seria a maneira
de classificar tal investigador como sendo um descrente, não podendo assim receber a
designação de cristão.

É sabido que o entendimento das gerações de pensadores acabam por formar, juntamente com
outros fatores a geração seguinte, no sentido em que será a base inicial de seu pensamento,
pois ninguém consegue partir do nada absoluto para chegar a um fim qualquer, porque sem
proposição qualquer que seja, não haverá motivação ou justificação para a continuidade do
empreendimento.

Sem parâmetros culturais não se tem uma rota a seguir, a comparação é extremamente
necessária a qualquer formulação argumentativa pois atende aos anseios óbvios da
comprovação e da certificação, se não houver dados comparativos não haverá comprobalidade
das conjecturas que lhes deem autoridade. Os estabelecimentos conceituais forjados nas
mentes dos antepassados formam o arcabouço de toda a forma do pensar atual. O vaidoso
pensador da era atual gosta de imaginar ser ele o “criador” único de suas conjecturas, e que
essas tais surgem de seu brilhantismo próprio, sem qualquer influência externa. Em todas as
áreas do saber, alguém passou antes de nós, e deixou um lastro cultural de resultados
experienciais sobre coisas que o pensador atual eventualmente ainda não teve, e que portanto,
não poderia afirmar ou mesmo conceber. Todo saber tem como base, ainda que não claramente
perceptível um remanescente cultural que o influencie, e isso claro, vem do passado.

A busca pelo conhecimento filosófico se justifica a partir da constatação de que o ser atual é um
resultado de seus antepassados, isso no que diz respeito ao ser conceitual, o ser que pensa e
formula conjecturas especulativas. Tudo o que alguém é no presente apresenta traços
subjacentes das culturas que o antecedem, ainda que imperceptíveis ou não desejadas, lá estão,
depositadas no mais íntimo das consciências tais traços influenciadores e determinadores de
personalidades.

Excitante pensar nas infinitas possibilidades, nas numerosas variáveis existentes nos resultados
do que poderia ser, do que certa geração experimenta ou poderia experimentar, pois que isso
dependeria das influências que incidiram sobre tal geração, e no modo que essas influências
sobre si trabalharam. Poderíamos ser alguém completamente diferente, isso pode soar de
maneira inimaginável, é difícil compreender o que não se experimentou, o ser humano tem uma
necessidade lógica de se auto explicar, de justificar sua existência tal como é, como sendo a
única possível. Porém, permitindo-se usar a imaginação poderíamos viajar por este vasto
universo de possibilidades, onde encontraríamos esse personagem completamente alterado de
nós mesmos, o que nos leva à pergunta: seria esse ser nós mesmos? Teria a mesma consciência
de ser que nós temos? O sentimento de excitação por si só de tal conjectura já justificaria tal
jornada imaginativa.
DEVANEIOS!

A vida é um fluxo, fluindo pela eternidade, composta de momentos, correndo pelo corredor do
tempo, emergindo em sua superfície, quais lampejos passageiros de sua luz vital, os seres que
parecem ter luz e significado próprio, mas são nada mais que pequenos brotos de vida inseridos
na grande torrente chamada vida que jorra pela eternidade. Nós, esses pequenos lampejos,
nascemos com destino e tempo certo, de expressar a beleza da existência por breve e
apaixonante fração de tempo.

A vida é o tempo, o tempo é a vida, a eternidade é o tempo, o não tempo é a eternidade, nele
estão inseridos os seres, sem, no entanto, o perceberem, seus efeitos podem ser sentidos, mas
sua realidade é um mistério cuja interpretação é vedada aos seres existentes. Não há razão na
existência do ser humano, senão a de dar expressão à maravilha esplendorosa da vida, viver é
dar seguimento ao grande propósito da coisa chamada vida. Existir é o propósito máximo pelo
qual deve o ser humano ser grato. Não é sem sentido o surgimento fugaz no cenário da
eternidade, no palco da existência, fazemos parte, todos os seres, de antes ou de depois, uma
vez que o fluxo do tempo é contínuo, de uma mesma coisa, estão todos os seres ligados ao
mesmo propósito e ao mesmo sentido: dar expressão ao imenso caudal da vida.

Por isso, estar presente ou estar ausente faz parte do mesmo propósito, assim, mortos ou vivos,
somos todos frutos da mesma árvore, a percepção do ser humano é que é limitada, estão todos
ao mesmo tempo, fazendo parte da mesma realidade. Por isso permanece a lembrança dos que
se foram, apesar de não presentes nessa dimensão limitada da percepção humana,
erroneamente chamada de vida, permanecem presentes completando o fluxo que corre pela
eternidade, do ponto de vista eterno, sua influência marca com o mesmo valor daqueles que
ora se projetam na superfície do rio da vida, os que emergiram ou submergiram existem
simultaneamente.

Na união de todos os seres humanos, de antes ou de depois, se constitui a vida, não há seres
sem a vida, não há vida sem os seres, no imenso e poderoso turbilhão da existência não se
computa antes ou depois, tudo é o mesmo, tudo é igual. A noção de tempo e de lugar, que têm
os seres é ilusória, é limitada, é conveniente, é momentânea, desse modo encontra o ser
humano a razão, ou seja: compreensão e lucidez para interpretar os fatos da vida, para assim
usufruir da dádiva da existência, é desse modo que contribui com o fluxo da vida, que corre pela
eternidade, existindo.
QUANDO A FÉ PARECE FALHAR

Cansado da mesmice? Das promessas fantásticas, repetidas e que nunca se cumprem?

Quer se livrar desta sensação ruim de vazio, insatisfação e incerteza em questões espirituais de
sua vida? Sensação ainda mais complicada por se tratar da área em que deveria exatamente
garantir o contrário: realização, satisfação e certeza absoluta de que tudo está bem, tudo está
resolvido, pois está nas mãos daquele que tudo pode, o Senhor Jesus Cristo.

Homens e mulheres, líderes que oferecem uma mensagem atraente, realmente apetecível,
muito agradável no começo, que entusiasma, traz alegria, verdadeira empolgação, que se
mostram fortes, especiais, que possuem a verdadeira resposta para os males da vida. Levando
a acreditar que se as pessoas, forem como eles, imitando seu modo de viver, encontrarão as
respostas para todas as questões da vida, estão na verdade vendendo um evangelho que não é
o do Senhor Jesus, pois não está baseado na pessoa dele, e sim no brilho e na capacidade do
próprio líder.

Quantos estão fora das igrejas, desanimados, apagados, tendo desistido de crer porque
acreditaram em pessoas assim, pastores, pregadores, profetas, milagreiros que fizeram
promessas, isso se estende até mesmo à denominações, igrejas ou estilos de vida que fizeram
crer que tinham a resposta final, tendo sido esta exatamente a isca que atraiu muitos, o desejo
de encontrar resposta para as grandes questões da vida, encontrar descanso para a grande
batalha para se encontrar? Por isso veio a apatia espiritual, a falta de vontade para continuar
crendo, porque o investimento foi alto, a confiança foi absoluta e, às vezes ainda dói até mesmo
lembrar e ter de admitir que o grande sonho vendido não se realizou, é difícil admitir que aquilo
em que se acreditou por tanto tempo e com tanta intensidade não era verdade.

Assim, o que resta para muitas pessoas, é a apatia, a inércia espiritual, em muitos casos a
sensação que fica é a de uma culpa que não é justificada, de que as coisas deram errado porque
não conseguem atingir o “alto” padrão espiritual necessário, porque não merecem receber as
bênçãos, e as promessas são reais mas não se cumpriram porque não conseguiram cumprir o
que se exige. E toda a empolgação inicial, toda a alegria dá lugar a esse sentimento de vazio, de
decepção e desânimo porque afinal, levadas que foram a crer, essas pessoas agora não
conseguem mais crer e por isso o melhor, ou pelo menos o que resta é ficar assim, estagnados,
até ver o que acontece.

Porém cada vez mais essa mensagem precisa de remendos, explicações e desculpas para
continuar valendo pois não se sustentam pela experiência, se mostram cada vez menos
realidade, cada vez menos verdade, causando um sentimento de montanha russa espiritual, um
dia parece que se esteve no próprio céu, para no outro o vazio voltar, e a mensagem precisar de
mais alguns remendos, pois já não responde à questões da realidade.
PORQUE BUSCAR O CONHECIMENTO?

Por causa da imensa multidão de interesseiros que têm se levantado nos últimos tempos, que
olham para a grande massa de "crentes" como sendo facilmente manejáveis conduzindo-os a
armadilhas onde são espoliados a fim de sustentar a fome de riquezas e sua luxúria. Mas
segundo a escritura existe meio de proteção para esses ladrões e falsos pastores: é o
conhecimento da verdade, que está à disposição de quem quiser conhecer a verdadeira
PALAVRA DE DEUS, não são vítimas inocentes aqueles que não conhecem a profundidade da
Palavra, são considerados culpáveis por negligenciarem a verdade, são culpados e estão
desprotegidos por sua própria preguiça, por isso Deus não fará nada para protegê-los desses
lobos, pois Ele já o fez, dando as escrituras. "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós
disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores". Mateus 7:15. e “Cuidai,
pois, de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que depois
da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre
vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si".
Atos 20:28-30

Esses lobos sabem o que dizer, usam palavras que as pessoas querem ouvir, e jogam com a
vaidade do povo e sua luxúria, com seu desespero(dor) e sua preguiça para o trabalho e
indisposição para a luta, querendo sempre ouvir palavras que soam boas ao ouvido e enganam
o coração interesseiro e egocêntrico. Veja o que diz o filósofo Francis Bacon a esse respeito: A
compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos
afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas “ciências conforme a nossa
vontade”. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim,
ele rejeita:

- Coisas difíceis pela impaciência de pesquisar;

- Coisas sensatas, porque diminuem a esperança;

- As coisas mais profundas da natureza, por superstição;

- A luz da experiência, por arrogância e orgulho;

- Coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do povo.Em suma, inúmeras
são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o
entendimento.

Algumas pessoas acreditam que alegar diante de Deus a ignorância, os livrará do juízo, mas o
texto aqui exposto mostra que não buscar o conhecimento do que nosso Deus nos ordenou é o
mesmo que "rejeitar" que significa recusar-se a obedecer, e passível de juízo e condenação tal
atitude. "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto
rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de
mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos".
Oséias 4:6
´Infelizmente muitos indoutos, preguiçosos e ignorantes pregam que a “letra mata”, que não
devemos ser sábios, para sermos como crianças que acreditam em tudo. A Bíblia nunca disse
isso, muito pelo contrário, veja o exemplo do versículo acima de Oséias, esses
pregadores/sacerdotes devem inclusive serem descartados, pois estão pregando uma heresia
sem tamanho no nosso meio, e prejudicando o rebanho de Deus. É para ser criança na inocência
e adulto no entendimento, e esses ignorantes pregam quase que o contrário. `

A tarefa é por demais pesada, a de viver uma vida no ofício de falar a verdade a um povo que se
acostumou a ouvir coisas agradáveis e sedutoras, Em II Timóteo 4.3-4 o apóstolo Paulo diz:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos
da verdade, voltando às fábulas.” é pesada a tarefa porque a verdade choca, remove os
conformismos e desvia a atenção de si mesmo e também revela que a posição de inocentes
ignorantes não é tão inocente assim, ela é vista por Deus como abandona dos seus estatutos.
ainda mais quando essas coisas vêm recheadas de versos bíblicos escolhidos com a maestria dos
vigaristas em preparar armadilhas para roubar a vítima gananciosa, isolando porções da
escritura e torcendo-lhes o sentido para corroborarem suas afirmações absurdas que levam o
pensamento cristão cada vez mais para longe do temor a Deus anulando quase que
completamente o primeiro mandamento de por Deus em primeiro lugar antes de tudo, inclusive
de nós mesmos.

Propor-se a pregar a verdade(') é atrair para si críticas sem fim e perder seguidores, é ver os
bajuladores ganharem cada vez mais elogios e gratificações enquanto olham para o pregador
comprometido como quem quer bancar o sabichão e alguém orgulhoso e criador de caso, sim,
dura é a tarefa, como foi para Ezequiel e Jeremias.

Obs. Mesmo nossa "verdade" (*) é pálida diante da revelação completa daquilo que o Senhor
Deus vê como verdade, carecemos muito de prosseguir examinando e conhecendo mais, o que
podemos fazer é caminhar na pálida luz do pouco que alcançamos enquanto buscamos esse
mais. Mesmo essa pouca luz nos deixa estarrecidos diante da cegueira da maioria da igreja
quanto a miséria e culpa que trazem para si mesmos, por isso prosseguimos teimosos na prática
da indesejável tarefa de falar o que não querem ouvir.

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