Aplicação dos dispositivos FACTS na qualidade de Energia Elétrica
Autor: Angelo Leite da Silva
Resumo
Este artigo apresenta um estudo sobre a
aplicação de dispositivos FACTS (Flexible AC
Transmisison Systems) no controle do fluxo de
potência com o objetivo de uma melhor
qualidade de energia elétrica. O princípio de
operação desses dispositivos, em condições
ideais de regime permanente, está centrado nos
semicondutores de potência (IGBT´S, GTO´S,
IGCT´s). O artigo apresentará uma discussão
Introdução
Uma das alternativas encontradas pelo
setor energético para os problemas de aumento
de demanda falta de investimentos em
construções de transmissão e distribuição de
energia elétrica e baixa eficiência de qualidade
de energia elétrica foi à aplicação de dispositivos
estáticos, que não necessitam de postes móveis,
denominados de FACTS (Flexible AC
Transmission System), como por exemplo, os
compensadores estáticos de reativos.
A industrialização dos semicondutores de
alta capacidade de chaveamento, que operam
em alguns kV e kA, permitiu a aplicação em
equipamentos industriais e em sistemas elétricos
de transmissão e distribuição de energia nas
faixas de dezenas a centenas de MVA. O
comportamento destas chaves semicondutoras
permite realizar rápidas alterações nas
características elétricas do sistema de energia
elétrica.
Qualidade da Energia Elétrica
A qualidade de energia está
invariavelmente condicionada a alguns
paramentos onde os conceitos para o controle
destes dispositivos devem aproximar-se das
condições de um sistema elétrico trifásico ideal.
Professor Orientador: Ms. Jim Silva Naturesa*
Faculdade Politécnica de Jundiaí
sobre a possibilidade de aplicação de tais
dispositivos em linhas de distribuição de energia
elétrica.
Palavras-chave: Dispositivos FACTS
(Flexible AC Transmisison Systems),
Qualidade de Energia Elétrica, Semicondutores
de Potência.
Satisfazendo as características do sistema em
regime permanente [Deckman, 2001].
- Tensões e correntes alternadas, com
formas senoidais;
- Amplitudes constantes, nos valores
nominais;
- Freqüência constante, no valor síncrono;
- Tensões Trifásicas equilibradas;
- Fator de potencia unitários no
consumidor/carga;
-Perdas nulas na transmissão e
distribuição.
Alguns dos problemas encontrados nas
linhas de transmissão e distribuição de energia
elétrica estão indicados a seguir:
• Afundamento de Tensão ou Mergulho
de tensão (Voltage Sag): é uma redução do valor
rms da tensão (amplitude da forma de onda
senoidal) no período de um ciclo até um minuto;
normalmente é provocado pela entrada de cargas
temporárias com valores significativos em relação
ao nível de curto-circuito e geralmente
desaparece depois que a causa direta é removida.
• Elevação de Tensão (Voltage Swell): é
um aumento gradual do valor rms da tensão,
trata-se do efeito contrário ao afundamento,
sendo as principais causas as saídas temporárias * Bolsista
de cargas ou a conexão de um banco de FUNADESP
177
 capacitores.
• Cintiliação Luminosa (Flickers Efects):
é o efeito da variação de emissão luminosa
percebida visualmente, em decorrência de
flutuações na amplitude de tensão, onde tal
fenômeno está associado a operações de cargas
variáveis. A freqüência de flutuação está na
ordem de 0 a 30HZ com maior percepção aos
9Hz. Seus efeitos são subjetivos e acumulativos,
podendo afetar o sistema nervoso central,
provocando estresse e até crises epilépticas em
pessoas propensas.
• o a distorção do formato da forma de
onda senoidal; normalmente são causadas por
dispositivos não-lineares de conversão
eletromecânica de energia. Alguns dos
problemas conhecidos relacionados a distorção
harmônica são: o aquecimento e vibrações em
máquinas eletromecânicas, mal funcionamento
de equipamentos eletrônicos e erros de medição
em equipamentos de monitoração, indicação e
controle.
• Perdas de transmissão e distribuição,
devido aos efeitos térmicos causados por
variações de potência reativa nos barramentos
e efeitos elétricos como o corona nas linhas de
distribuição.
Existem outros problemas ligados a
perturbações e mau funcionamento dos sistemas
de transmissão e distribuição que podemos
enunciar, tais como: colapso de tensão, descarga
eletrostática, desequilíbrio de tensão, impulso da
tensão, interferência eletromagnética, inter-
harmônica, interrupção momentânea,
interrupção temporária, interrupção permanente,
micro-interrupção, oscilação eletromecânica,
transitória e sub-transitória, recorte de
comutação, ressonância, sub-sincrona, ruído,
sobre-tensão, sub-tensão, surto de tensão e
interferência telefônica. Porém os dispositivos
FACTS, em especial o SVC – o compensador
estático de reativos, estão sendo utilizados para
corrigir e compensar os problemas relacionados
ao déficit de potência reativa nos sistemas de
transmissão de energia elétrica.
178
Histórico dos dispositivos e tipos de
equipamentos FACTS
Os FACTS (Flexible AC Transmission
Sysrtem) apesar de serem equipamentos
relativamente novos, apresentam uma extensa
literatura, que começou a ser estudada por
diferentes grupos na década de 70 e
apresentaram algumas aplicações entre os anos
de 80 e 90.
Na década de 70 surgiram alguns projetos
em controle reativos que visavam a utilização de
“chaves estáticas” para sua conexão com os
sistemas de transmissão; tais chaves
semicondutoras que poderiam ser acionadas por
um controle de chaveamento nomeado como
Thyristor e IGBT.
Nesta época surgiram os primeiros
equipamentos FACTS que controlavam a injeção
e a absorção de potência reativa os TCR -
Thyristor Controlled Reactor (reativo), o TSC
- Thyristor Controlled Capacitor (capacitivo)
e SVC -Static Var Compensator (reativo e
capacitivo). Desta forma através do ângulo de
disparo dos tiristores se controlava
continuamente a potência reativa (indutiva e/ou
capacitiva).
O conceito adotado como FACTS foi
denominada por HINGORANI [1988], na
época vice-presidente do EPRI (Energy Power
Research Institute), pesquisando o uso e a
aplicação da eletrônica de potência em sistemas
de fluxo de potencia.
Os equipamentos FACTS foram divididos
em função de suas aplicações [GYUGUI 1988]:
- Equipamentos compensadores paralelos;
- Equipamentos compensadores série.
Na 1ª geração os dispositivos FACTS
usavam tiristores e IGBT´s ligados em ponte.
Algumas das figuras a seguir representam
exemplos de equipamentos ligados em paralelo
de 1ª geração, a figura 3.1 mostra o diagrama
de um SVC-TCR típico que compensa a
potencia reativa capacitiva, funcionando como
um reator continuamente variável.

A figura 3.2 mostra o diagrama de um
SVC-TCS típico que compensa a potencia
reativa indutiva, funcionando como um capacitor
continuamente variável.
A Figura 3.3 mostra um SVC com a
combinação dos equipamentos TCR e TCS,
desta forma o circuito de controle tem autonomia
de controlar tanto a potência reativa capacitiva
como a potência reativa indutiva; assim cada
parte do circuito injeta e ou absorve a potencia
reativa a cada instante que o barramento
requerer, fazendo que tanto o capacitor como o
reator seja continuamente variado.
Podemos representar também alguns
equipamentos ligados em série da primeira
geração, na figura 3.4 está representado o TSSC,
com a capacidade de controle do fluxo de
corrente, normalmente aplicados nas inter-
conexões de sistemas de distribuição,
propiciando a conexão a outros sistemas de
forma gradual causando menor impacto possível
com relação as variações e perturbações no
sistema [Cavaleri].
Podemos representar também alguns
equipamentos ligados em série da primeira
geração, na figura 3.5 está representado o
TSCS, com as características semelhantes ao
TSSC com a aplicação de reatores e capacitores
de acoplamento e normalmente aplicados nas
inter-conexões de sistemas de distribuição,
propiciando a conexão a outros sistemas de
forma gradual causando menor impacto possível
com relação as variações e perturbações no
sistema [Cavaleri].
179

Na figura 3.6 temos representado um
exemplo de equipamento da primeira geração
utilizando conceitos de integração dos
equipamentos série-paralelo em linhas diferentes
resultando no IPFC (Interline Power Flow
Controller) [Cavaleri].
Funcionamento dos sistemas FACTS
As principais funções dos dispositivos
FACTS nas redes de energia elétrica são:
- Aumentar a capacidade de transmissão
e distribuição de potência; diminuindo as perdas
por problemas relacionados à falta de controle
de reativos.
- Controlar diretamente o fluxo de potência
em rotas específicas; possibilitando a ligação dos
FACTS como um dispositivo de controle nos
lugares das chaves eletromecânicas.
Tais fluxos de potências, porém
apresentam limitações geradas pelos seguintes
fatores:
180
- Estabilidade; devido a perturbações
provenientes do sistema como aumento de carga,
variações e picos por curto-circuito e transientes
devido a conexão de bancos de capacitores ou
reatores e descargas elétricas.
- Fluxos paralelos ou de malha; devido a
ramificações que um sistema de transmissão ou
distribuição é composto.
- Limites de tensão; devido à limitação de
projeto das instalações quanto ao meio de
transporte de energia.
- Limites térmicos de linhas e/ou
equipamentos; devido a problemas gerados pela
falta de controle de reativos ou harmônicos que
esta associada ao sistema de transmissão ou
distribuição.
Por exemplo, o Compensador Estático de
Reativos - SVC (Static Var Compensator -
Compensador Estático de Reativos), pode gerar
ou absorver potência reativa da rede; antes de
surgir o SVC, por volta de 1960, era necessário
que a compensação fosse feita por dispositivos
compensadores síncronos, tendo suas perdas de
potência ativa supridas pela própria rede. A
aplicação de um dispositivo como este maximiza
a capacidade de potencia da rede tornando as
perdas por reativos em níveis aceitáveis.
Grande parte dos consumidores de médio
grande porte são obrigados a controlar a potencia
reativa pontualmente e que normalmente aplicam
o controle através de chaves eletromecânicas
(On/Off), exemplo desta aplicação é usado nos
controladores de demanda onde há necessidade
de chavear bancos de capacitores, ligando 100%
de sua potencia reativa e retirando na sua
totalidade quando é desconectado do
barramento.
Por outro lado um SVC típico é composto
por dois dispositivos: TCR - reatores chaveados/
controlados à tiristor e o TCS - capacitores
chaveados/controlados à tiristor. Desta forma o
controle é realizado pelo chaveamento dos
capacitores e dos reatores assim a saída reativa
pode ser continuamente variada entre os valores
indutivos e capacitivos na faixa de operação do
dispositivo.
Desta forma, os problemas ligados à
qualidade de energia são suscetivelmente
minimizados, pois tais chaveamentos (On/Off)
implicavam em perturbações no barramento
como afundamento de tensão, transientes e
cintilação luminosa se comparado ao
chaveamento linear e uniforme dos tiristores.
Exemplos de sistemas FACTS
A seguir apresentaremos de forma mais
detalhada dois tipos de sistemas FACTS: o SVC
e o STATCOM.
SVC (Static Var Compensator)
O SVC, mostrado na figura 5.1 [Naturesa,
2001], é normalmente operado para regular a
tensão da linha de transmissão e ou distribuição
no ponto onde é conectado com melhoria da
estabilidade transitória (primeira oscilação);
proveniente de conexão dos reativos capacitivos
ou indutivos de forma suave evitando problemas
com transientes no momento das conexões
diretas das chaves eletromecânicas, e da
estabilidade dinâmica (amortecimento);
proveniente de operação contínua dos
dispositivos provocando uma regulação
constante de reativo capacitivo ou indutivo
melhorando a qualidade de tensão do
barramento. Operando assim fora da faixa de
transitórios e de forma contínua.
A figura 5.2 representa genericamente a
malha de controle para o SVC, onde se o Var
do barramento apresentar características
capacitivas o lado superior iniciará a inflação de
Var Indutivo em função do set point do cos-fi
realimentado pela tensão (V.Bus), corrente (I-
Bus) e o cos-fi real do barramento. O mesmo
acontece com a parte inferior onde iniciará a
injeção do Var Capacitivo, que em média grande
parte do tempo é indutivo (ex: motores de
indução), pela injeção de capacitores no
barramento.
O STATCOM
Assim como o SVC, o STATCOM tem a
função de controlar o Var capacitivo e indutivo,
porém sua eficiência é superior. Na figura 5.3
pode-se visualizar a curva característica do
dispositivo que comparada ao SVC mostra
maior autonomia de controle para diferentes
tensões no barramento e operação fora da faixa
dos transitórios [Cavaliere].
181
 Genericamente é mostrada na figura 5.4 a
malha de controle do STATCOM, onde será
controlado (mantido em estabilidade) a tensão e
fase no barramento através do chaveamento de
tiristores dos inversores.
Topologia do STATCOM
O STATCOM é dividido em
componentes (fontes CC, capacitores,
transformadores, reatores, pontes de
semicondutores - chaves comutadas), onde cada
componente é dimensionado em função da
aplicação e dos níveis de tensão e corrente do
sistema [Cavaliere].
Fonte CC
A fonte C.C. pode ser aplicada nos
dispositivos FACTS porem para simular uma
fonte são comumente conectados capacitores
que tem a capabilidade de armazenar energia.
Os capacitores são ligados ao barramento CC
do inversor e é essa energia armazenada que
será aplicada na operação dos dispositivos para
compensar e melhorar as características de
energia elétrica.
Inversores
Os inversores são um conjunto de chaves
semicondutoras com capacidade de corte e
condução, e tem por função a geração de tensão
alternada a partir de uma fonte de corrente
contínua nos terminais do lado do barramento
CC.
Chaves Comutadas
As chaves utilizadas nos inversores são,
atualmente, os GTO´s (Gate Turn Off
182
Thyristor), IGBT´s (Insuleted Gate Bipolar
Transistor) e IGCT´s (Integrated Gate
Comutated Thyristors)1.
Os IGBT´s podem operar com valores da
ordem de 3,2 kV e 1,2 kA, freqüência de 2 kHz
e alguns MW. Os GTO´s e IGCT´s, operam com
potência maior (6,6 kV e 3kA), freqüência de
até 1kHz e geralmente são aplicados na
freqüência da rede.
Transformadores
No STATCOM os transformadores são
utilizados para duas funções; conexão do
equipamento ao sistema CA, normalmente
“casando” as tensões de operação do
equipamento de forma a atender limites das
chaves dos inversores com a rede; eliminar alguns
harmônicos gerados pelos inversores através de
formas especiais de ligações, assim reduzindo o
conteúdo de harmônicos inseridos na rede.
Construção
Os circuitos de controle e disparo
dependem da Fonte CC, dos inversores das
chaves comutadas, dos transformadores de
acoplamento e zigue-zague para defasagem,
listados anteriormente para seu perfeito
funcionamento, porem é necessária as medições
das características elétricas, os TC´s
(Transformadores de Corrente) e os TP´s
(Transformadores de Potência) medindo
respectivamente tensão e corrente para executar
os cálculos on-line e iniciar o chaveamento dos
semicondutores de forma ordenada a cada nova
necessidade do sistema de transmissão e
distribuição de energia elétrica.
Os STATCOM´s podem ser construídos
em ponte de tiristores (inversores), onde cada
inversor possui 6 tiristores. Desta forma temos:
- STATCOM 6 pulsos (Figura 5.5); é
nomeado assim devido seu dispositivo eletrônico
de chaveamento comandar um inversor que é
composto por seis tiristores e este conectado a
um transformador de acoplamento para conexão
ao barramento.

- STATCOM 12 pulsos com defasagem
30° (Figura 5.6); é nomeado assim devido seu
dispositivo eletrônico de chaveamento comandar
dois inversores que é composto por seis tiristores
cada inversor, ou seja, doze tiristores no total.
Cada inversor ligado a um transformador zigue-
zague possibilitando uma defasagem de 30° e
estes conectados a um transformador de
acoplamento para conexão ao barramento.
Na figura 5.7 está demonstrado um
exemplo de referência das grandezas elétricas e
as ligação dos transformadores zigue-zague com
relação a estrutura magnética dos para redução
de harmônicos de um STATCOM 12 pulsos.
Podemos encontrar STATCOM´s mais
complexos como os de 24 pulsos com
defasagem 15° e STATCOM´s de 48 pulsos que
operam com defasagem de 7,5° em cada um de
seus oito inversores. Portanto a vantagem de
STATCOM´s mais complexos e mais robustos
é a qualidade e capacidade de controle associado
ao numero de inversores em função de melhores
condições de operação e capacidade de
maximizar os ganhos com a qualidade de energia
elétrica.
Os tiristores, que controlam os
STATCOM´S, quando chaveados produzem
harmônicas. As harmônicas de ordem menores
podem ser eliminadas a medida que implantamos
STATCOM´s com mais inversores. Na figura 5.9
é mostrado a amplitude de tensão fase-fase e o
espectro de harmônicos que o STATCOM 6
pulsos gera; se comparado com a figura 5.10 -
que mostra os mesmos gráficos para o
STATCOM 48, percebemos a diminuição das
freqüências harmônicas.
183

Conclusão
Como os dispositivos FACTS são
equipamentos relativamente recentes no mercado
brasileiro, diversos modelos matemáticos estão
em desenvolvimento. Nesse trabalho foram
abordados os princípios de funcionamento de
alguns desses dispositivos, em especial o SVC -
compensador estático de reativos e o
STATCOM. Foram apresentados também
alguns dos problemas relacionados a qualidade
de energia elétrica que atingem as redes de
distribuição de energia elétrica, como por
exemplo, harmônicas, flickers, subtensões e
sobretensões.
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Notas
1
Dados característicos de funcionamento são
abordados no capitulo 7- Anexos
Anexos
Semicondutores de potência
Os tiristores são amplamente usados na
eletrônica, seja na construção de fontes
chaveadas ou nos acionamentos para motores
de corrente alternada e corrente continua. A
busca de novas tecnologias em semicondutores
desenvolveram melhores IGBT´s e
confeccionaram chaves estáticas com maior
capacidade de corrente e tensão como os GTO´s
e os IGCT´s. A seguir estão indicados os
principais semicondutores utilizados.
Os IGTB‘s
Os IGBT´s (Insulated gate transistor
bridge) são pontes de semicondutores composto
basicamente por transistores de potência. Estes
semicondutores são aplicados como chaves
estáticas que comutam em alta velocidade e com
capacidade de corte de dezenas de amperes.
Ao contrário dos tiristores não depende da
polarização da onda para conduzir. São
comumente usados quando requer controle de comutação, porém em contrapartida ainda requer
disparo em PWM (Pulse Wave Modulation). snubber apenas aplicada à carga como o GTO
Este tipo de semicondutor quando aplicado nos para limitar a velocidade de subida da corrente
FACTS pode controlar as características anodica, evitando assim a sua queima.
elétricas e por operar em PWM tem como
propiciar um controle nas harmônicas de ordem
menores. Algumas vantagens deste semicondutor
são: apresentam maior área de silício e são de
fácil controle, porém em contrapartida apresenta
perdas de condução e dificuldade de operação
acima de 50KHz.

Os GTO‘s

Os GTO´s (Gate Turn-Off Thyristor) são

chaves de estado sólido que apresentam uma
reestruturação dos substratos do SCR tornando
o semicondutor uma chave controlada pelo gate
tanto para o ligamento quanto para o
desligamento. Como se trata de um SCR
especial, seu gate recebe um sinal apropriado
para a condução. Porém para aplicação deste
tipo de equipamento requer a associação de
¨Snubbers¨ (Circuitos de Amortecimento), tanto
nas cargas para limitar a velocidade de subida
da corrente anódica no momento do disparo
quanto no próprio GTO para limitar a velocidade
de subida da tensão anódica no momento do
desligamento principalmente com cargas
indutivas. Algumas vantagens deste semicondutor
são apresentar maior área de silício por KVA e
operar com tensões e correntes muito altas,
porém em contrapartida seus circuitos de
controle de disporá são complexos, apresentam
perdas de comutação e exige o uso de Snubbers.

Os IGCT´s

Os IGCT´s (Integrated Gate Controlle

Thyristor) são chaves com seus substratos
modificados, tornando a ligação do gate
integrada ao catodo dando o nome “Integrated
Gate”, desta forma toda a corrente de catodo
também é transferida ao gate de modo que a
junção catódica fica quase instantaneamente
polarizada no sentido inverso. Algumas vantagens
deste semicondutor são apresentar operação em
potencias elevadas, com boa velocidade de

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