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)iEULFDGHVDEmRHPEDUUD

Série Perfil de Projetos

9LWyULD
'H]HPEUR
2

680È5,2 

Página

1- Apresentação 3

2- Introdução 4

3- Enquadramento Técnico do Negócio 5

4- Projeto 6

5- Mercado 10

6- Detalhamento dos Investimentos 12

7- Aspectos Econômicos e Financeiros 15

8- Resultados Operacionais 20

9- Incentivos e Fontes de Financiamento 23

10- Fontes de Referências 25


3

 $35(6(17$d­2

Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que
se propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente
econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental
relevância para o bom desempenho do negócio.

A 6pULH 3HUILO GH 3URMHWRV tem como objetivo suprir de informações o empreendedor
disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxílio ao
investidor na elaboração de um plano de negócios que deve ser adaptado para cada
situação. E este é o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas e
dar as condições necessárias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bem
estruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado.

Este trabalho contém informações sobre o mercado, investimentos necessários à


atividade, previsão de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas
informações relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se
pretende atuar, contribuirá com eficiência maior para uma tomada de decisão segura e
com consideráveis perspectiva de sucesso.
4

 ,1752'8d­2

As oportunidades para se investir em um bom negócio não acontecem normalmente ao


acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construídas a partir de informações
levantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, é necessário
que o investidor faça os seus cálculos sobre o quanto ele vai distender – imobilizar – e
sobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o
cerca e conseqüentemente do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos esperados
da aplicação dos recursos é tarefa indispensável. Esse exercício de prospeção de um
negócio é chamado de projeto.
Na verdade, um projeto procura sistematizar informações, trabalhá-las e analisá-las de
tal forma a permitir concluir se determinada decisão de investimento é viável ou não.
Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo diferentes níveis de
complexidade e detalhamento. A idéia básica de perfil de projeto que servirá de
orientação para o presente trabalho busca simplificar a tarefa de sistematização de
informações e dos cálculos econômicos que servirão de subsídio à conclusão final
sobre a viabilidade do investimento.

O perfil aqui apresentado, uma Fábrica de Sabão em Barra, obedece os roteiros


tradicionais de projeto, sem no entanto aprofundar em detalhes técnicos. Serve, dessa
forma, como orientação metodológica e de gestão do processo de tomada de decisão. Há
uma preocupação com os pré-requisitos necessários para um bom negócio, como alguns
atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a visão prospectiva, alguns
aspectos dimensionais do negócio (tamanho, montante de recursos, etc.) e projeção de
resultados.

É bom deixar claro que os números refletem momentos, situações e locais específicos, o
que permite afirmar que para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso não
invalida o processo de cálculo e conclusões decorrentes. O perfil de projeto reflete uma
situação e local genéricos. O tamanho, por exemplo, é definido pela quantidade mínima
de produção necessária para viabilizar um empreendimento de uma unidade de
produção de sabão em barra com as características técnicas e operacionais aqui
definidas.

O presente perfil tem por finalidade mostrar a viabilidade de se estruturar


comercialmente uma Fábrica de Sabão em Barra, considerando-se os recursos
necessários, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeira parte faz o
enquadramento do negócio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida é feita uma
abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de orientação sobre
quais variáveis ou fatores a serem analisados. Já a parte econômica e financeira centra
atenção nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto é definida pela taxa
interna de retorno, tempo necessário para a amortização do investimento e o valor
presente líquido do fluxo de caixa.

Considerando os 16 municípios pesquisados na primeira fase, a indicação da


necessidade de uma Fábrica de Sabão foi detectada com maior ênfase no município de
São José do Calçado. Isso não invalida, no entanto, a adequabilidade do projeto para
outros municípios ou localidades. As adaptações que porventura se fizerem necessárias
ocorrerão por conta das especificidade de cada localidade.
5

 (148$'5$0(1727e&1,&2'21(*Ï&,2

 7,32'(1(*Ï&,2

Fábrica de Sabão em Barras

 6(725'$(&2120,$

Secundário

 5$02'($7,9,'$'(

Industrial

 352'8726$6(5(02)(57$'26

Sabão em Barra

 ,19(67,0(17235(9,672

Investimento Total R$66.322,54


Investimento Fixo R$57.000,00
Capital de Giro R$ 6.164,33
Reserva Técnica R$ 3.158,22

)$785$0(172$18$/(63(5$'2

R$ 239.675,00 (duzentos e trinta e nove mil seiscentos e setenta e cinco reais)

 Ë1',&(6'($9$/,$d­2

Ponto de Equilíbrio 35,24%


Valor Presente Líquido (a 15%) R$ 83.001,23
Taxa Interna de Retorno (anual) 42,52%
Pay-Back Time (anos) 3,03
Índice de Lucratividade das vendas 10%
6

 2352-(72
2%-(7,92

O objetivo do presente perfil de projeto é sistematizar e trabalhar um conjunto de


informações que permita ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantação
de uma Fábrica de Sabão em Barra, destinadas ao consumo residencial, comercial e
industrial.

 5(48,6,726'2(035((1'('25

O empreendedor é geralmente um agente econômico especial, as vezes sonhador, que


tem a capacidade de transformar boas idéias em um negócio rentável. É importante
lembrar que ninguém nasce com todas as habilidades desejáveis de um empreendedor,
ou seja, muitas das características pessoais positivas são adquiridas ou lapidadas com o
passar do tempo, seja pela vivência, seja por estudo e observação daquilo que acontece
no mundo em sua volta. No entanto, é sempre aconselhável que se disponha de um
mínimo de conhecimentos gerenciais e técnicos para levar à frente um empreendimento;

Dentre os aspectos fundamentais da personalidade desejados de um empreendedor


destacam-se:

- &ULDWLYLGDGH : aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacionamento de


problemas.

- /LGHUDQoD capacidade de inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades,


formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idéias, ouvir ,
aceitar opiniões, elogiar e criticar pessoas.

- 3HUVHYHUDQoD: capacidade de manter-se firme num dado propósito, sem deixar de


enxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viáveis até mesmo em
situações adversas.

- )OH[LELOLGDGH: poder de controle os seus impulsos para ajustar-se quando a situação


demandar uma mudança, rever posições estar aberto para estudar e aprender sempre.

- 9RQWDGHGHWUDEDOKDU: dedicação plena e entusiasmada ao seu negócio com tempo


e envolvimento pessoal, lembrando-se que um negócio é tocado com inspiração mas
também com muita transpiração.

- $XWRPRWLYDomR: vontade de encontrar a realização pessoal no trabalho e seus


resultados.

- )RUPDomR SHUPDQHQWH: capacidade de buscar um processo de permanente


atualização de informações sobre o mercado no qual ele se insere, tendências
7

econômicas em todos os níveis, e atualização profissional sobre novas técnicas


gerenciais.

- 2UJDQL]DomR: compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e


administrativo de forma lógica e racional , entender as alterações ocorridas no meio
ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas
mudanças.

- 6HQVR FUtWLFR: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-os


friamente através de questionamentos que levem a indicações de possíveis
alternativas de solução.

O empreendedor necessita possuir um visão global do negócio, que implica tanto o


conhecimento do mercado fornecedor, quanto do mercado final, canais e regras de
convivência com o mundo dos negócios. É importante que o empreendedor defina a sua
estratégia de atuação de tal modo a garantir de um lado o fornecimento de sua matéria-
prima e insumos indispensáveis e de outro, os canais de comercialização.

É importante, que o futuro investidor não seja levado pelo excesso de otimismo e
entusiasmo com expectativas de rápido retorno financeiro, deixando de lado a real
necessidade de um aprofundamento básico do negócio que se quer atuar e
principalmente sobre a tecnologia mais apropriada (fundamental o apoio de um
profissional especializado) para o desenvolvimento desse negócio, volume de
investimento necessário e recursos humanos para sua operacionalização.

 &21',&,&21$17(6/2&$&,21$,6

A viabilidade da implantação de uma Fábrica de Sabão em Barra, como de qualquer


outro negócio, está condicionada a uma análise detalhada sobre os aspectos locacionais
mais importantes para esta geolocalização.
No caso específico da Fábrica de Sabão em Barra, seu local de instalação não apresenta
maiores exigências, fora daquelas condições mínimas para o funcionamento de qualquer
atividade industrial, ou seja, boa disponibilidade de água, e existência de uma infra-
estrutura mínima composta de boa rede de energia elétrica; estradas de acesso em bom
estado de conservação, e relativa proximidade dos mercados consumidores. A
proximidade de fontes supridoras da matéria prima fundamental o “sebo bovino” é
desejável porém mais importante é a formalização de um contrato de suprimento dessa
matéria prima. É importante ainda que se disponha de um terreno de preferencia plano e
que possua área suficiente para a montagem do estabelecimento industrial com área de
manobras que facilitem o processo de carga e descarga de caminhões. Outro aspecto
importante a ser observado diz respeito às normas de controle de poluição ambiental.
Nesse caso é fundamental a observância da lei de zoneamento municipal e normas de
controle da Secretaria de Meio Ambiente.
8

 352&(662352'87,92

 2)/8;2*5$0$

$',d­2'$60$7e5,$635,0$6

6$321,),&$d­2

6(&$*(0

&257(

(0%$/$*(0

$50$=(1$*(0

'(6&5,d­2'2352&(662

O processo de fabrico do sabão em barra é relativamente simples consistindo


basicamente na Adição das Matérias Primas, Saponificação, Secagem, Corte,
Embalagem, e Armazenagem.
Ainda que a fabricação de sabão pareça ser a primeira vista um processo simples, esse
requer como qualquer outro processo uma prática intensa e largos conhecimentos
técnicos. Dessa forma aos iniciantes aconselha-se primeiro a busca de um auxiliar
químico para orientar o processo, ao mesmo tempo em que deve-se ir testando em
laboratório, ou em pequenas escalas o processo de fabricação, e as várias composições
de mistura possíveis.

ADIÇÃO DAS MATÉRIAS PRIMAS


A adição das matérias primas acontece por etapas e em proporções previamente
definidas pelo químico responsável, com o objetivo de fabricação de determinado
sabão. Inicialmente são colocadas as matérias primas gordas, como o sebo e/ou os óleos
vegetais e/ou animais, em tachos de aço inox que receberão carga de calor para realizar
o derretimento; posteriormente são colocados a soda líquida, o carbonato de sódio e
carbonato de cálcio e água em volume de 40% da mistura total.

SAPONIFICAÇÃO
É o processo de formação do sabão por decomposição das gorduras em glicerina e
ácidos graxos. Para não tornar uma indústria muito poluente não será extraída a
9

glicerina, sendo então adicionados a soda cáustica o carbonato de cálcio e o carbonato


de sódio e água, formando então a massa saponificada. Esse processo acontece em fogo
médio com constante processo de mistura para cozinhar bem a massa até que a mesma
fique bem homogênea..

SECAGEM
A massa final ainda em forma líquida e despejada em formas com capacidade para 100
quilos onde deverá permanecer por 48 horas, tempo de resfriamento e consolidação do
sabão.

CORTE
Após 48 horas o sabão em um grande bloco é encaminhado para a máquina de corte. O
processo é mecânico e por pressão fazendo o bloco passar por entre fios finos de aço em
dimensões da barra de sabão. As tiras de sabão são então novamente cortadas para dar o
exato comprimento das barras, que deverão ter cerca de 200 gramas cada uma. As peças
que apresentarem defeitos visuais serão retiradas e posteriormente retornadas aos tachos
para nova fusão.

EMBALAGEM
O produto, sabão em barra, então é embalado em cinco peças de 200 gramas em uma
seladora e posteriormente colocados em caixas de papelão com 10 quilos cada.

ARMAZENAGEM
Estas caixas de papelão são então guardadas na área de armazenagem da fábrica onde
ficam aguardando a hora de embarque para o estabelecimento do cliente comprador.
10

 20(5&$'2

 0(5&$'22%-(72
O mercado objeto para o sabão em barra concentra-se na unidades familiares com poder
aquisitivo abaixo da média, assim como unidades comerciais (bares, restaurantes,
lanchonetes) ; unidades industriais e prestadoras de serviços (escolas, clubes, hospitais,
empresas de limpeza). É um mercado que cresce apesar da crise econômica, pois para
muitos consumidores, quanto mais caro for o sabão em pó maior o consumo do sabão
em barras por ser este último mais barato. O grande mercado para esse produto está
concentrado nas periferias dos grandes centros urbanos e nas regiões mais afastadas.
É importante ressaltar que a entrada de um produto em um mercado, já de certa forma
ocupado por concorrentes que produzem o mesmo produto ou produtos similares, vai
requerer estratégias bem definidas e bem trabalhadas de vendas. Portanto, ter um
produto de características e qualidade pelo menos igual às já comercializadas no
mercado é de fundamental importância
.
Em segundo lugar, a concorrência no mercado desses produtos, que não podem ter
uma grande diversificação ou que, pela escala pequena, não suportariam um grande
investimento em marketing, é inegavelmente realizada pela via do preço. Neste caso, o
conhecimento do mercado concorrente e principalmente das alternativas tecnológicas
para modificar o processo produtivo e assim reestruturar seu sistema de custos,
adaptando-o constantemente à realidade do mercado, são condições essenciais para que
se viabilize o lado mercadológico do produto. O grande ganho do produtor somente será
obtido com uma firma postura empresarial de se estabelecer uma política permanente
de busca de ganhos de produtividade e por decorrência de redução de custos.

 3(563(&7,9$6'20(5&$'2

A primeira pergunta que um potencial investidor precisa fazer a si próprio antes de


entrar no mercado de fabricação de sabão em barra, é para quem ele vai vender o seu
produto, e principalmente quais as características, hábitos, e desejos destes
consumidores. Assim, o mercado como sempre, é que irá determinar não só o tamanho
inicial do empreendimento como também o tipo de produto a ser oferecido e as formas
de comercialização.
A grande perspectiva do mercado para sabão em barra está na capacidade de se produzir
um produto a preço mais baixo que o oferecido pela concorrência. Nesse mercado a
concorrência é normalmente grande e é formado por empresas de grande porte, que não
tem no sabão o seu principal produto, correndo assim o risco de perder o foco de
atendimento ao pequeno cliente. Esse é com certeza o grande nicho de mercado em que
deve atuar o pequeno produtor de sabão em barra.

 &/,(17(6327(1&,$,6
Os clientes potenciais para a comercialização do sabão em barra é formado por
estabelecimentos comerciais em geral (supermercados, mercearias e armazéns de
periferia e interior), indústrias (fruto de demandas específicas das áreas de manutenção
e limpeza), e estabelecimentos de prestação de serviços (restaurantes, lanchonetes,
bares, escolas, hospitais) entre outros.
11

 )251(&('25(6
Os equipamentos que compõem o processo produtivo da fábrica de sabão podem e
devem ser adquiridos diretamente dos fabricantes, após análise de preço capacidade
técnica e operativa dos mesmos. No caso das matérias primas também é aconselhável a
compra direta dos frigoríficos e abatedouros, no caso do sebo, e diretamente da fábrica
para os demais insumos e embalagens. Em alguns casos porém, quando isso se tornar
impossível devido a existência de representantes regionais assim como devido a baixa
escala dos pedidos para não formar grandes estoques, a compra deve ser precedida de
intensa pesquisa de preço entre as opções disponíveis. Deve-se sobretudo caminhar para
a busca de insumos de produção regional, para reduzir o custo dos fretes.
12

 '(7$/+$0(172'26,19(67,0(1726

 (63(&,),&$d­2'26,19(67,0(1726),;26

O quadro 01 abaixo lista, quantifica e orçamenta o conjunto das obras civis, máquinas,
equipamentos, móveis e utensílios necessários para a implementação de uma fábrica de
sabão em barra. Deve-se atentar para o fato de que na hipótese do investidor já possuir
alguns destes itens aqui listados, estes deveriam ser retirados para não influir nas
análises de desembolso, ou pelo menos considera-los ao preço de mercado para que não
seja superestimado o valor do investimento total e consequentemente estes dados
adicionais não reduzam os índices de rentabilidade apresentados.

4XDGUR
,QYHVWLPHQWRV)L[RVHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH 9DORU8QLWiULR 9DORU7RWDO
1 Terreno (500m2) 1 5.000,00 5.000,00
2 Construção Civil Galpão (120m²) 1 24.000,00 24.000,00
3 Tacho de mistura e cozimento a gás 2 2.000,00 4.000,00
4 Máquina de corte 1 2.500,00 2.500,00
5 Bancada para embalagem 1 500,00 500,00
6 Formas para resfriamento p/100 kg 20 200,00 4.000,00
7 Balança de Mesa (30kg) 1 500,00 500,00
8 Utensílios em geral 1 1.500,00 1.500,00
9 Equipamentos de Escritório 1 2.500,00 2.500,00
10 Veículo Utilitário 1 10.000,00 10.000,00
11 Empacotadeira seladora manual 1 1.500,00 1.500,00
12 Outros 1 1.000,00 1.000,00
7RWDO 57.000,00

 (67,0$7,9$'2&$3,7$/'(75$%$/+2

O Capital de Trabalho, também chamado de Capital de Giro ou Circulante, compreende


o volume de recursos financeiros necessários para sustentar o processo operacional da
industria, aí compreendido desde a compra das matérias primas, seu processamento
industrial e a sistemática de comercialização dos produtos finais. É o oxigênio da
empresa. Tecnicamente ele é calculado tendo como base premissas a respeito dos
vários itens que geram necessidade de caixa e de outros que geram recursos, calculados
para um período de 30 dias.

Os cálculos dos valores do capital de giro necessário para o financiamento das vendas, e
produtos em processo de elaboração foram realizados tendo como base o custo total
menos a depreciação. O Caixa Mínimo está estimado como sendo um volume de
recurso suficiente para cobrir 1 (um) dia de faturamento.
O processo de comercialização proposto para este empreendimento prevê um prazo
médio de vendas de 20 dias. O estoque está estimado em : 15 dias para matéria-prima e
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embalagens, de 5 dias de produto acabado e de 2 dias para os produtos em processo de


elaboração.
No processo operacional também são gerados recursos que podem ser assim
considerados. A compra de matéria- prima e das embalagens deverá será feita com um
prazo médio de 30 dias. A proposta básica para a operação deste negócio é a de se evitar
o desconto de duplicatas para também fugir dos altos custos financeiros. Os itens
Impostos, Energia, Mão de Obra e Encargos são pagos com um prazo médio de 15 dias
- considerando que há utilização de mão de obra, energia, vendas, e consequentemente
impostos, do dia primeiro até o dia 30, e que os desembolsos correspondentes a estes
fluxos econômicos só ocorrem após esta data final.
O valor estimado como Capital de Giro necessário para a boa operacionalidade do
empreendimento nos moldes das políticas de Estoque, Produção e Comercialização
propostas é definido pela diferença entre o Sub-Total Necessidades e o Sub-Total
Recursos, conforme Quadro 02 abaixo.

4XDGUR
(VWLPDWLYDGR&DSLWDOGH*LURHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 3UD]R0pGLRHPGLDV &DSLWDOGH*LUR
1 Necessidade
1.1 Caixa Mínimo 1 665,77
1.2 Financiamento das Vendas 20 10.130,93
1.3 Estoque Matéria Prima 15 6.049,20
1.5 Estoque Produto Acabado 5 2.532,73
1.6 Produtos em Processo 2 1.013,09
Sub- Total 20.391,73

2 Recursos
2.1 Fornecedores
2.1.1 Matéria-prima 30 12.098,40
2.1.2 Outros insumos 30 580,00
2.2 Desconto de Duplicatas -
2.3 Outras Despesas 15 1.549,00
Sub-Total 14.227,40

3 Capital de Giro Adicional 6.164,33

%DVHGHFiOFXORSILQDQFLDPHQWRGHYHQGDHSURGXWRVDFDEDGRV 15.196,40

 (67,0$7,9$'$5(6(59$7e&1,&$

O presente perfil propõe que no cálculo dos Investimentos Totais, seja incluída uma
Reserva Técnica, como garantia de qualquer eventualidade de sub-estimativa de
necessidade de capital ( seja de capital fixo ou de trabalho), equivalente a 2% da soma
do Capital Fixo mais o Capital de Trabalho.
14

 48$'52'(,19(67,0(172727$/

O Investimento Total necessário para a implantação deste negócio é estimado pela soma
dos Investimentos em Capital Fixo, Capital de Giro mais a Reserva Técnica conforme
apresentado no quadro 03 abaixo. É importante lembrar, que este investimento é um
quase máximo, porém não representa necessariamente o desembolso pois na hipótese do
empreendedor já possuir alguns destes bens os mesmos não serão obviamente
adquiridos novamente.

4XDGUR
(VWLPDWLYDGR,QYHVWLPHQWR7RWDOHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Investimento Fixo 57.000,00
2 Capital de Giro 6.164,33
3 Reserva Técnica 3.158,22
,QYHVWLPHQWR7RWDO 66.322,54
15

 $63(&726(&21Ð0,&26(),1$1&(,526

35(9,6­2'26&86726

A definição de custos trabalhada no presente perfil considera como tal a “remuneração


de todos os recursos efetivamente utilizados no processo produtivo”. Por outro lado,
para efeito da classificação dos custos do empreendimento será utilizada a metodologia
clássica da sub-divisão dos custos em custos fixos e custos variáveis.

 &86726),;26

Serão classificados como Custos Fixos a remuneração dos recursos efetivamente


utilizados no processo, e que não dependam da quantidade produzida.
Como primeiro elemento de conformação dos Custos Fixos, derivado da remuneração
legal dos investimentos fixos, temos a Depreciação, que é calculada de acordo com os
percentuais anuais permitidos pela legislação fiscal. Estes valores aparecem no quadro
04 a seguir.

4XDGUR
'HSUHFLDomRDQXDOHP5

9LGD 9DORU 'HSUHFLDomR


,WHP 'LVFULPLQDomR 'HSUHFLDomR
ÒWLO 7RWDO $QXDO
1 Terreno (500m2) 0 5.000,00 -
2 Construção Civil Galpão (120m²) 25 4 24.000,00 960,00
3 Tacho de mistura e cozimento a gás 10 10 2.000,00 200,00
4 Máquina de corte 10 10 2.500,00 250,00
5 Bancada para embalagem 10 10 500,00 50,00
6 Formas para resfriamento p/100 kg 10 10 200,00 20,00
7 Balança de Mesa (30kg) 10 10 500,00 50,00
8 Utensílios em geral 5 20 1.500,00 300,00
9 Equipamentos de Escritório 5 20 2.500,00 500,00
10 Veículo Utilitário 5 20 10.000,00 2.000,00
11 Empacotadeira seladora manual 5 20 1.500,00 300,00
12 Outros 5 20 1.000,00 200,00
7RWDO 51.200,00 4.830,00

O quadro 05, a seguir, apresenta de forma discriminada todos os itens que compõem os
Custos Fixos Mensais do empreendimento, a partir das propostas básicas de
funcionamento do negócio.
16

4XDGUR
&XVWRV)L[RV0HQVDLVHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Depreciação 402,50
2 Pessoal c/ encargos escrit. 480,00
3 Honorários Contador 270,00
4 Aluguel -
5 Energia Elétrica 200,00
6 Água 50,00
7 Telefone (aluguel e conta) 150,00
8 Manutenção 228,00
9 Retirada Proprietário 500,00
10 Despesas Administrativas 100,00
7RWDO 2.380,50

 &867269$5,È9(,6

As premissas básicas do funcionamento deste negócio e os coeficientes técnicos


utilizados para o estudo de determinação de seus custos variáveis serão demostrados a
seguir no quadro 06. De acordo com esses dados diariamente a fábrica produzirá cinco
tachos de sabão, com produção individual de 200 quilos, gerando 1.000 quilos do
produto por dia que será dividida em 5.000 barras de 200 gramas cada. O regime de
trabalho proposto para o processo produtivo é de 8 horas por dia 20 dias por mês.

4XDGUR
&RHILFLHQWHVWpFQLFRVDIDEULFDGHVDEmRHPEDUUD

Produção diária em tacho 5


Dias por mês de produção 20
Produção mensal em tacho 100
Produção de sabão por tacho em kg 200
Produção mensal de sabão em kg 20000
Um quilo de sabão = barras 5
Uma barra de sabão em gramas 200
Perda de peso estimada na secagem de 48 horas 5%

Os custos variáveis podem ser assim desagregados. Primeiro, pessoal (e seus


respectivos encargos) que atende diretamente os setores da produção. Em segundo
lugar, e item de maior expressão econômica, a matéria prima e embalagem que juntos
representam 91,5% dos custos variáveis por ano. Considerando a produção de vinte dias
por mês, ou seja, 100 tachadas de sabão, teremos uma situação de custo variável mês
conforme descrita no quadro 07.
17

4XDGUR
&XVWRV9DULiYHLVPrVHP5

6DOiULR &XVWR &XVWR


,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH
8QLWiULR 0HQVDO $QXDO
1 Técnico 1 400 400 4.800
2 Ajudante 2 150 300 3.600
3 Encargos Sociais(%) 60% 420 5.040
3HVVRDO7RWDO  

&XVWR &XVWRS
'LVFULPLQDomR 4WGH
8QLWiULR 7DFKR
3RU7DFKR NJ R$ R$
1 - Sebo (kg) 100 0,87 87,00
2 - Soda Caustica (kg) 30 0,45 13,50
3 - Carbonato de Sódio ( kg) 13 0,48 6,24
4 - Carbonato de cálcio (kg) 7 0,05 0,35
5 - Água (litro) 60 0,04 2,40
6 - Gas GLP(kg) 3 1,26 3,78
7 - Filme plástico (kg) 0,066 29,00 1,91
8- Caixa de Papelão de 10 kg 20 0,29 5,80
7RWDO 

&XVWR9DULiYHOPrV WDFKRVPrVHP5
&XVWR9DU &XVWR9DU
'LVFULPLQDomR 4WGH
8QLWiULR 7RWDO
Pessoal total 1.120 1.120
Produção (tachos/mês) 100 121 12.098
7RWDO 13.218

 &8672727$/$18$/(81,7È5,2

O custo total mensal do empreendimento e o custo unitário por quilo de sabão em barra
produzido está explicitado no quadro 08 pela soma dos custos fixos e dos custos
variáveis. O cálculo do custo unitário foi realizado a partir das seguintes premissas.
Produção total de sabão em barra em quilo por mês é igual a produção em quilo de um
tacho vezes a produção em quilos por tacho, vezes o número de dias no mês em que se
produzirá sabão, totalizando 20.000 quilos por mês. Considerando que o peso de cada
barra de sabão será de 200 gramas, o total de barras a ser produzido por mês será de
100.000 barras. Desta forma encontra-se o custo unitário por quilo dividindo-se o custo
total operacional mensal conforme aqui proposto pela produção mensal em quilos.
18

4XDGUR
&XVWRV7RWDLV$QXDLVHP5

,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO


1 Custos Fixos 2.380,50
2 Custos Variáveis 13.218,40
3 Custo Totais Operacionais Mensais 15.598,90

Produção de sabão em barra por tacho em kg 200


Número de Tachos por mês 100
Produção de sabão em barra por mês em kg 20.000
Custo de produção por kg em R$ 0,78
Custo de produção por barra de 200 gramas em R$ 0,16

 35(9,6­2'$5(&(,7$

 '(7(50,1$d­2'$60$5*(16'(9(1'$

O quadro 09, a seguir, apresenta a composição da margem de venda, englobando as


despesas tributárias – impostos estaduais e federais – as despesas de comercialização e a
margem de lucro bruta esperada pelo empreendedor.
Considerando-se a faixa de faturamento do empreendimento optou-se por enquadrá-lo
no Sistema Simples de tributação - Estadual e Federal – para efeito de determinação dos
percentuais de taxação.

4XDGUR
0DUJHQVGH&RPHUFLDOL]DomR
,WHP 'LVFULPLQDomR 3HUFHQWXDO
1 Tributos 7,9%
1.1 Simples Federal 5,4%
1.2 Simples ICMS 2,5%

2 Comercialização 4,0%
2.1 Comissões s/ vendas 4,0%
2.2 Publicidade 0,0%

3 Margem de lucro 10,0%


7RWDO 21,9%

 '(7(50,1$d­2'2635(d26%È6,&26'(9(1'$

Para o cálculo dos preços de venda dos produtos foram considerados os seguintes
critérios:
a- Os custos unitários, ou custos médios por quilo;
b- A margem de venda definida no quadro 09 ( mark-up);
c- Preço de venda nos pontos finais de mercado de produtos semelhantes.
19

Assim, o quadro 10 apresenta como sugestão o seguinte preço de venda para o quilo do
sabão em barra, cinco barras de 200 gramas.

4XDGUR
3UHoRGH9HQGD6XJHULGR

&XVWR 3UHoRGH
,WHP 'LVFULPLQDomR 8QLWiULR 0DUNXS YHQGD
2SHUDFLRQDO VXJHULGR
1 Sabão em Barra (kg) 0,78 0,781 1,00

 (67,0$7,9$'$5(&(,7$727$/

A receita total, anual, foi calculada levando-se em consideração o preço definido no


quadro 10 e a produção anual de sabão em barra em quilos obtida conforme quadro 06.
A receita total operacional anual é então calculada pela multiplicação do volume
produzido pelo preço médio, conforme quadro 11.

4XDGUR
5HFHLWD7RWDO2SHUDFLRQDO$QXDOHP5
4XDQWLGDGH 3UHoR 5HFHLWD 5HFHLWD
,WHP 'LVFULPLQDomR 0HQVDO 8QLWiULR 0HQVDO $QXDO
1 Sabão em Barra (kg) 20.000 0,999 19.972,98 239.675,80
7RWDO 20.000 19.972,98 239.675,80
20

 5(68/7$'223(5$&,21$/$18$/

48$'52'(5(68/7$'2

O resultado operacional do empreendimento aparece discriminado no quadro 12 abaixo.


Deve-se também ressaltar que a capacidade de pagamento de um empreendimento é
encontrada pela soma do resultado líquido operacional após os impostos adicionados ao
valor da Depreciação, pois esta não representa saída de caixa.

4XDGUR
5HVXOWDGR2SHUDFLRQDO$QXDOHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Receita Operacional de Vendas 239.675,80

2 Custos Totais 215.708,22


2.1 Custos Fixos 28.566,00
2.2 Custos Variáveis 158.620,80
2.3 Custos de Comercialização 9.587,03
2.4 Custos Tributários 18.934,39

3 Lucro Operacional antes IR 23.967,58


4 Imposto de Renda(SIMPLES)* -

5 Lucro Líquido 23.967,58


6 Depreciação 4.830,00
7 5HVXOWDGRRX&DSDFLGDGHGH3DJDPHQWR 28.797,58
Na opção pelo Simples, o Imposto de Renda está incluído nos custos tributários

)/8;2'(&$,;$'2(035((1',0(172

Os seguintes critérios foram utilizados para a elaboração do quadro 13, que apresenta o
fluxo de caixa anual do empreendimento:
a- Vida útil para a análise financeira de dez anos;
b- O valor total do investimento inicial, dado pela soma dos investimentos fixos,
investimentos em capital de trabalho e a reserva técnica.
c- Valor residual do investimento fixo ao final de 10 anos, considerando as taxas legais
de depreciação no quadro 04;
d- Resultado líquido anual - capacidade de pagamento -, conforme quadro 12;
e- Cálculo da produção anual levou em consideração, 100 tachos por mês e 12 meses
por ano do ano 1 em diante;
f- O saldo líquido anual foi calculado tomando-se como base o resultado líquido mais
o valor residual do investimento e menos o investimento total;
g- Os valores do fluxo de caixa descontado foram encontrados a partir da utilização de
uma taxa de juros imputada de 15% ao ano, denominada custo de oportunidade.
21

4XDGUR
)OX[RGH&DL[DGR(PSUHHQGLPHQWRHP5
,QYHVWLPHQWR 9DORU5HVLGXDO 5HVXOWDGR 6DOGR )OX[RGH&DL[D
$QR
7RWDO GR,QYHVWLPHQWR /tTXLGR /tTXLGR 'HVFRQWDGR
0 66.322,54 - (66.322,54) (66.322,54)
1 - 28.797,58 28.797,58 25.041,37
2 - 28.797,58 28.797,58 21.775,11
3 - 28.797,58 28.797,58 18.934,88
4 - 28.797,58 28.797,58 16.465,11
5 - 28.797,58 28.797,58 14.317,49
6 - 28.797,58 28.797,58 12.449,99
7 - 28.797,58 28.797,58 10.826,08
8 - 28.797,58 28.797,58 9.413,98
9 - 28.797,58 28.797,58 8.186,07
10 - 19.400,00 28.797,58 48.197,58 11.913,70

VPL 83.001,23
TIR 42,52%
Custo de Oportunidade (Anual) 15%
7HPSRGH5HFXSHUDomRGR&DSLWDOHPDQRV 3,03

,1',&(6),1$1&(,526'2(035((1',0(172

 32172'(1,9(/$0(172

O ponto de nivelamento é também chamado de ponto de equilíbrio e será aqui definido


pelo nível de produção (ou de faturamento) mínimo para que a empresa comece a gerar
lucros. Na formulação matemática este ponto é encontrado pela divisão dos Custos
Fixos pela diferença entre a Receita Total e os Custos Variáveis. Para o presente perfil
temos que o ponto de nivelamento está estimado em , Quadro 14, mostrando
uma boa relação entre os custos fixos e os variáveis que permite uma boa flexibilização
do processo de produção e comercialização.

 9$/2535(6(17(/Ë48,'2

O Valor Presente Líquido foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de
15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejo
do empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo menos 15% ao ano. A
partir da determinação deste percentual é então calculado o valor atual (presente ou
descontado) de todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos valores são então
somados para encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente perfil o VPL está
calculado em 5 , conforme Quadro 14, significando que os resultados
obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda permitem
aumentar o valor da empresa daquela importância.
22

 7$;$,17(51$'(5(72512

É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de
remuneração anual do empreendimento. Neste perfil a Taxa Interna de Retorno é de
ao ano,conforme Quadro 14, representando um caso em que o investimento do
empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento
apresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial feito superior a taxa média de
atratividade do mercado. Em síntese o projeto é considerado viável.

 3$<%$&.7,0(287(032'(5(&83(5$d­2'(6&217$'2

Este indicador tem a mesma função do tempo de recuperação do capital investido


calculado da forma simples, sendo que a única e substancial diferença é que seu cálculo
é realizado com os valores do fluxo de caixa descontados a partir da taxa mínima de
atratividade, ou do custo de oportunidade do capital. A vantagem deste indicador sobre
o simples, é que ele leva em consideração em seu cálculo o valor do dinheiro no tempo.
Assim, de acordo com os dados apresentados do Quadro 14 o Tempo de Recuperação
do Capital (Descontado) do presente perfil é de  DQRV, indicando o período de
tempo que seria necessário para a recuperação do capital investido.

 Ë1',&('(/8&5$7,9,'$'('$69(1'$6

É uma medida de avaliação econômica e um dos fatores que influencia a Taxa de


Retorno do Investimento. Expressa em uma taxa (%), é encontrada pela divisão do
Lucro Líquido Operacional pelo valor das Vendas Totais. Com base nos dados anuais,
este perfil apresenta um “índice de lucratividade das vendas” de  , conforme
explícito no Quadro 14.

4XDGUR
ËQGLFHV)LQDQFHLURVGR(PSUHHQGLPHQWR

,WHP 'LVFULPLQDomR 5HVXOWDGR

1 Ponto de Equilíbrio ou Break-Even Point % do faturamento 35,24

2 Valor Presente Líquido para i anual de 15% 83.001,23

3 Taxa Interna de Retorno anual 42,52%

4 Tempo de Recuperação Descontado ou Pay Back Time em anos 3,03

5 Índice de Lucratividade das Vendas em % 10%


23

 ,1&(17,926()217(6'(),1$1&,$0(172

,1&(17,926),6&$,6327(1&,$,6

Para credenciar-se aos recursos do FUNRES e portanto receber recursos do FUNRES -


Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo, comumente chamado de Incentivo
Fiscal, é necessário que a empresa seja constituída sob a forma de sociedade anônima,
requerendo para tanto procedimentos legais mais custosos, não compatíveis com este
tipo de empreendimento. A disponibilidade de recursos FUNRES para micro e pequenas
empresas é para financiamentos, conforme explicado em seguida.

)217(6'(),1$1&,$0(172327(1&,$,6

As linhas de financiamento direcionadas às micros e pequenas empresas geralmente não


apresentam muita variação. No caso específico do Espírito Santo elas tem como fonte
básica recursos do FUNRES, relativamente limitados, e do BNDES, que são repassados
por bancos credenciados sejam eles públicos ou privados. As condições apresentadas
não diferem muito. Todas usam a TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo como taxa
básica de juros, acrescida de uma taxa fixa que pode variar de 4 a 6 por cento ao ano.

A linha do BNDES mais difundida é chamada de BNDES/ AUTOMÁTICO que é


operada pela maioria dos bancos públicos( Banco do Brasil, Banestes e Bandes) e
também pelos bancos privados.

No Espírito Santo, o Bandes opera também a linha FUNRES/ PROPEN/MIPEQ,


orientada para pequenos investimentos, não podendo o financiamento ultrapassar o
valor de R$ 25.000,00.

A seguir são apresentadas duas linhas básicas de financiamento.

%1'(6$8720È7,&2

Agente Operador
Operado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados.

Objetivo
Financiamento a investimentos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos novos
de fabricação nacional, importação de máquinas e equipamentos, e capital de giro
associado ao investimento fixo.

Beneficiários
Empresas privadas, pessoais físicas residentes e domiciliadas no País, entidades da
administração pública direta e indireta, e demais entidades que
contribuam para os objetivos do Sistema BNDES.
24

Itens Financiáveis

Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias já existentes;


máquinas e equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenos
porte poderão ser apoiados máquinas e equipamentos de qualquer natureza); animais
para revenda, formação de pastos em Áreas de Preservação Ambiental. Capital de giro
associado ao investimento fixo. Despesas pré-operacionais.

Condições Operacionais
Limite Máximo:: Investimentos limitados a R$ 7 milhões, por empresa, por ano.
Participação: Equipamentos nacionais ou importado: até 100%.
Outros itens: - microempresas e empresas de pequeno porte e programas de
desenvolvimento regional: até 90% e demais casos: até 70%. A participação está
limitada a 50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do
Patrimônio Líquido Ajustado do BANDES, o que for menor.
No caso de Bancos privados não há esta limitação. Neste caso, o financiamento será
analisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco.

Prazo:
O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do
empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.

Taxas de Juros:
Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP.
Média e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP.
IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação.
Custo de Análise de Projeto: Isento.

Garantias
Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como
garantia deverão ter seguro.
Pessoais: Aval ou fiança de terceiros.
Fundo de Aval

)815(63523(10,3(4

Subprograma de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Agente Operador
Somente o Bandes.

Objetivo
Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos
setores industrial, agro-industrial, de comércio e serviços, visando implementar política
de geração de empregos e renda.

Beneficiários
Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual,
relativa ao último exercício social, e empresas novas, classificadas com base na previsão
25

da receita, da mesma forma, verificadas, em ambas situações o número de empregados,


observados os seguintes parâmetros:
a. 0LFURHPSUHVDV: cujas receitas operacionais líquidas sejam de até 250.000 UFIR, e
tenham até 19 empregados, no caso de indústria, e 9, no caso de comércio e
serviços;

b 3HTXHQDV HPSUHVDV: cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e
até 750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a
49, no caso de comércio e serviços.

Itens Financiáveis
Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do
investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas; máquinas e
equipamentos novos e usados; móveis e utensílios novos e usados.

Condições Operacionais
Limite Máximo: R$ 25.000,00, por tomador.
Participação: Até 80% do total financiável, condicionado à política de risco do
BANDES.
Prazo: Até 48 meses, incluindo a carência de até 12 meses.
Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP.
Obs: O BANDES poderá cobrar Custo de Análise de Projeto, conforme Tabela de
Ressarcimento de Custos, com exceção das micro empresas.
IOF: Isento.

Utilização do Crédito
Em uma ou em várias parcelas periódicas, fixadas em função do cronograma físico-
financeiro do empreendimento.

Forma de Pagamento
Amortização mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no período da
carência, trimestralmente.

Garantias
Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os
bens dados em garantia deverão ter seguro.

 )217(6'(5()(5Ç1&,$
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO – David Lord Tuch (SENAC/CEATEL)

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