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Sexta-feira, 23 de Agosto de 2013 I Série – N.

º 162

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 370,00
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SUMÁRIO nómico e social do País e a observância dos princípios que


conformam a Administração Pública, estabelecidos pela Lei
Presidente da República n.º 17/90, de 20 de Outubro, e na Constituição da República
Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/13:
Estabelece as regras de criação, estruturação, organização e extinção
de Angola;
dos Serviços da Administração Central do Estado e dos demais orga- Havendo ainda a necessidade de dar cumprimento às
nismos legalmente equiparados. — Revoga o Decreto-Lei n.º 13/94,
recomendações do Estudo sobre a Macro-Estrutura da
de 1 de Julho, e todas as disposições que contrariem o disposto no
presente Diploma. Administração Pública e da Resolução n.º 93/06, de 29
Decreto Presidencial n.º 120/13: de Novembro, que aprova as Medidas de Revitalização
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério do Planeamento e do do Programa de Reforma Administrativa do Governo de
Desenvolvimento Territorial, transfere a tutela do Fundo de Apoio
Social (FAS) para o Ministério da Administração do Território e Angola;
extingue a Unidade Técnica Administrativa para a Cooperação O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
ACP/CE (UTA-ACP/CE) e, consequentemente, revogado o Decreto
Presidencial n.º 29/86, de 3 de Março. — Revoga toda a legisla-
nea e) do artigo 120.º e do n.º 2 do artigo 125.º, ambos da
ção que contrarie o disposto no presente Diploma, nomeadamente o Constituição da República de Angola, o seguinte:
Decreto Presidencial n.º 23/11, de 19 de Janeiro.
Decreto Presidencial n.º 121/13:
CAPÍTULO I
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da Justiça e dos Direitos Disposições Gerais
Humanos. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no
presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º 236/12, ARTIGO 1.º
de 4 de Dezembro. (Objecto)

Decreto Presidencial n.º 122/13: O presente Diploma estabelece as regras de cria-


Aprova o Estatuto do Pessoal da Carreira Tributária. ção, estruturação, organização e extinção dos Serviços da
Ministério do Comércio Administração Central do Estado e dos demais organismos
Despacho n.º 1940/13: legalmente equiparados.
Encerra, a partir do dia 15 de Agosto de 2013, todas as infra-estruturas
ARTIGO 2.º
comerciais, industriais e agro-pecuárias estatais e privadas existen-
(Âmbito)
tes no ex- Complexo Têxtil Nelito Soares, vulgo “Makambira”.
O presente Diploma aplica-se aos departamentos minis-
teriais e aos serviços legalmente equiparados.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ARTIGO 3.º
(Noção)

Os Serviços da Administração Central do Estado são


Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/13
de 23 de Agosto aqueles cujas atribuições e competências, inseridas na fun-
Considerando a necessidade de se ajustar o modo de ção executiva do Estado, são exercidas a nível de todo o
criação, estruturação e extinção dos órgãos e serviços da território nacional e se organizam, em regra, em departa-
Administração Central do Estado ao actual contexto eco- mentos ministeriais.
2138 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 4.º SECÇÃO II


(Princípios de organização) Estrutura dos Serviços Centrais

A criação e estruturação dos serviços públicos devem ARTIGO 10.º


reger-se pelos princípios da racionalidade, da objectividade, (Estrutura dos Serviços Centrais)
da proporcionalidade e da flexibilidade, tendo sempre em 1. Os Serviços Centrais compreendem os Órgãos e
vista o cumprimento, com eficiência e eficácia, dos objecti- Serviços de Apoio e os Serviços Executivos Directos.
vos e fins legalmente atribuídos. 2. Os Órgãos e Serviços de Apoio estruturam-se, quanto
a sua natureza, em Órgãos de Apoio Consultivo, Serviços de
CAPÍTULO II
Estruturação dos Serviços Centrais Apoio Técnico e Serviços de Apoio Instrumental.
3. Os Serviços de Apoio Técnico revestem sempre a
SECÇÃO I
Organização de Sistema de Funções Comuns ou Transversais
forma de gabinetes técnicos e caracterizam-se, em regra, pela
inexistência de unidades internas de serviço, com excepção
ARTIGO 5.º da Secretaria Geral, do Gabinete de Recursos Humanos e do
(Sistema de funções)
Gabinete de Inspecção.
1. São organizados sob forma de sistema, as funções 4. Os Serviços Executivos directos são os que têm sob
administrativas comuns ou transversais à actividade dos sua responsabilidade a execução das atribuições fundamen-
órgãos centrais e locais da Administração Central do Estado tais e específicas dos departamentos ministeriais e revestem
que, por decisão do Titular do Poder Executivo, está sujeita a forma de direcções nacionais ou de gabinetes técnicos nos
à regulação e coordenação de um organismo central. termos do artigo 23.º do presente Diploma.
2. Para efeitos do presente Diploma, são consideradas 5. As direcções nacionais estruturam-se internamente em
funções susceptíveis de serem estruturadas sob a forma de departamentos.
sistema as actividades relativas à gestão do orçamento, plane- ARTIGO 11.º
amento, recursos humanos, estatística, intercâmbio e relações (Critérios de estruturação)
internacionais, tecnologias de informação e património. Para a estruturação dos serviços devem ser considerados
ARTIGO 6.º os seguintes critérios:
(Elementos dos sistemas)
a) Nível de responsabilidade de cada unidade orgânica
Os sistemas são integrados por órgãos centrais e serviços ou de serviço para a consecução dos objectivos
sectoriais e locais de acordo com a natureza e a finalidade globais do órgão ou organismo;
de cada função. b) Âmbito e grau de diversidade e complexidade das
ARTIGO 7.º actividades acometidas a cada unidade orgânica;
(Regulamentação)
c) Coeficiente de enquadramento dos efectivos dentro
O Titular do Poder Executivo, sob proposta dos departa- de cada unidade orgânica estabelecido através
mentos ministeriais que tiverem a seu cargo funções comuns da relação de proporcionalidade entre o número
ou transversais, de acordo com o artigo 5.º do presente de cargos de direcção e chefia e o número de
Diploma, aprova a legislação sobre as normas de organiza- pessoal das carreiras técnicas e administrativas.
ção e funcionamento do respectivo sistema.
SECÇÃO III
ARTIGO 8.º Órgãos e Serviços de Apoio
(Dupla subordinação)
ARTIGO 12.º
Os órgãos e os serviços sectoriais e locais encarre- (Órgãos de Apoio Consultivo)
gados da execução de funções organizadas sob a forma 1 Os Órgãos de Apoio Consultivo têm actuação periódica
de sistema estão sujeitos às orientações, normas e regula- aos quais cabe em geral o exercício de funções de análise e
mentos de índole técnica e metodológica do organismo assistência com vista a auxiliar os titulares dos departamen-
central responsável pelo respectivo sistema, sem prejuízo tos ministeriais na definição dos planos e programas anuais
da subordinação institucional e administrativa do titular do e plurianuais do sector, bem como na avaliação dos respec-
departamento ministerial em cuja estrutura administrativa tivos resultados de acordo com o estabelecido no Programa
estejam integrados. do Executivo.
ARTIGO 9.º 2. Constituem órgãos de Apoio Consultivo os seguintes:
(Direcção, coordenação e fiscalização dos serviços) a) Conselho Consultivo;
Compete ao titular do departamento ministerial, na base b) Conselho de Direcção.
do princípio da direcção individual e da responsabilidade 3. O Conselho Consultivo é o órgão de apoio do titular
pessoal, assegurar e promover, nos termos da lei, a gestão, do departamento ministerial, integrado por quadros dos ser-
a coordenação e a fiscalização da actividade de todos os viços centrais e locais do respectivo sector e que se destina a
órgãos e serviços integrados no respectivo Ministério. conhecer e apreciar os assuntos a ele submetidos.
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4. O Conselho de Direcção é o órgão de consulta peri- a) Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-


ódica do titular do departamento ministerial, ao qual cabe tração do Património;
apoiar o titular na coordenação das actividades dos diver- b) Departamento de Relações Públicas e Expediente;
sos serviços. c) Centro de Documentação e Informação.
5. O Conselho Consultivo reúne-se, em regra, 2 (duas) 4. Cada departamento referido no número anterior pode
vezes por ano, devendo a primeira reunião ocorrer no ter até duas secções.
primeiro trimestre de cada ano civil com o objectivo de pro- 5. O Centro de Documentação e Informação é equipa-
ceder, dentre outras matérias, à apreciação das actividades rado a departamento.
programadas e a segunda reunião no último trimestre para ARTIGO 15.º
apreciar e balancear o cumprimento do plano anual de acti- (Gabinete de Recursos Humanos)

vidades e demais tarefas acometidas ao sector. 1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço res-
6. O Conselho de Direcção reúne-se, em regra, tri- ponsável pela concepção e execução das políticas de gestão
mestralmente, com o objectivo de acompanhar e avaliar a dos quadros do Ministério, nomeadamente nos domínios do
execução do programa das actividades dos diversos servi- desenvolvimento pessoal e de carreiras, recrutamento, ava-
ços do sector. liação de desempenho, rendimentos, entre outros.
7. O Conselho Consultivo e o Conselho de Direcção são 2. Para efeitos de coordenação metodológica, o Gabinete
integrados por quadros do respectivo departamento ministe- de Recursos Humanos articula a concepção e execução
rial e podem integrar a título de convidados, outras entidades das políticas de gestão de quadros mediante concertação
não vinculadas ao departamento ministerial, mas cuja parti- metodológica com o serviço competente do departamento
cipação se reconheça conveniente e útil. ministerial encarregue pela Administração Pública.
8. Compete ao titular do departamento ministerial 3. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um
aprovar o regulamento de funcionamento dos respectivos Director Nacional, cuja nomeação é antecedida de parecer
Conselhos Consultivo e de Direcção. prévio do titular do departamento ministerial responsável
SECÇÃO IV pela Administração Pública.
Serviços de Apoio Técnico
4. O Gabinete de Recursos Humanos tem a seguinte
ARTIGO 13.º estrutura interna:
(Missão) a) Departamento de Gestão por Competências e
1. Os Serviços de Apoio Técnico têm a missão de assistir Desenvolvimento de Carreiras;
e apoiar na especialidade os demais serviços do departa- b) Departamento de Formação e Avaliação de Desem-
mento ministerial em que estão integrados com vista ao penho;
cumprimento das tarefas que lhes são acometidas, bem c) Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de
como de executar as actividades específicas inerentes à sua Dados.
natureza. 5. O Gabinete de Recursos Humanos não possui secções
2. Constituem Serviços de Apoio Técnico os seguintes: e integra o sistema de funções de recursos humanos previsto
a) Secretaria Geral; no artigo 5.º do presente Diploma.
b) Gabinete de Recursos Humanos; ARTIGO 16.º
c) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística; (Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)
d) Gabinete de Inspecção; 1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é
e) Gabinete Jurídico;
um serviço de apoio técnico de carácter transversal que tem
f) Gabinete de Intercâmbio;
como funções principais a preparação de medidas de política
g) Gabinete de Tecnologias de Informação.
e estratégia do sector respectivo, de estudos e análise regu-
ARTIGO 14.º
(Secretaria Geral)
lar sobre a execução geral das actividades dos serviços, bem
como a orientação e coordenação da actividade de estatís-
1. A Secretaria Geral é o serviço que se ocupa do registo,
tica, dentre outras.
acompanhamento e tratamento das questões administrativas,
2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
financeiras e logísticas comuns a todos os demais serviços
do respectivo departamento ministerial, nomeadamente do compreende a seguinte estrutura interna:
orçamento, do património, das relações públicas e da docu- a) Departamento de Estudos e Estatística;
mentação e informação. b) Departamento de Planeamento;
2. A Secretaria Geral está integrada no sistema de fun- c) Departamento de Monitoramento e Controlo.
ções do orçamento nos termos do artigo 5.º do presente 3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística está
Diploma. integrado no sistema de funções de planeamento e estatística
3. A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura interna: nos termos do artigo 5.º do presente Diploma.
2140 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 17.º 2. Constituem Serviços de Apoio Instrumental, os seguintes:


(Gabinete de Inspecção)
a) Gabinete do Ministro;
1. O Gabinete de Inspecção é o serviço que acompanha, b) Gabinete do Secretário de Estado ou do Vice-Minis-
fiscaliza, monitora e avalia a aplicação dos planos e progra-
tro.
mas aprovados para o sector, bem como o cumprimento dos
princípios e normas de organização, funcionamento e activi- 3. O regime jurídico de organização, funcionamento e do
dades dos serviços do respectivo departamento ministerial. pessoal dos Serviços de Apoio Instrumental é estabelecido
2. O Gabinete de Inspecção nos departamentos minis- em Diploma próprio.
teriais cuja actividade inspectiva tem carácter transversal SECÇÃO VI
denomina-se Inspecção Geral ocupando-se simultaneamente Serviços Executivos Directos
das atribuições gerais e do respectivo sector.
ARTIGO 23.º
3. O Gabinete de Inspecção tem a seguinte estrutura (Natureza)
interna:
a) Departamento de Inspecção; 1. Os Serviços Executivos Directos são incumbidos de
funções operacionais de preparação, condução, execução e
b) Departamento de Estudos, Programação e Análise.
controlo das medidas de política e dos planos e programas
ARTIGO 18.º
(Gabinete Jurídico) do respectivo departamento ministerial.
2. Os Serviços Executivos Directos podem, quanto à
O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio técnico ao qual
natureza e ao conteúdo da sua estrutura, revestir a forma de
cabe realizar toda a actividade de assessoria e de estudos nos
Direcção Nacional ou de Gabinete Técnico.
domínios legislativo, regulamentar e do contencioso.
3. Os Serviços Executivos Directos revestem a forma
ARTIGO 19.º
(Gabinete de Intercâmbio) de Direcção Nacional quando têm sob sua responsabilidade
a execução directa das medidas e tarefas relacionadas com
1. O Gabinete de Intercâmbio é o serviço encarregue de
o cumprimento das atribuições e competências do departa-
apoiar a realização das tarefas nos domínios das relações
mento ministerial em que se integram.
internacionais e da cooperação externa.
2. O Gabinete de Intercâmbio está integrado no sistema 4. Os Serviços Executivos Directos revestem a forma de
de funções de relações exteriores nos termos do artigo 5.º do gabinete técnico quando desenvolvem predominantemente,
presente Diploma. funções de concepção, coordenação e acompanhamento de
políticas, planos e programas, bem como orientações téc-
ARTIGO 20.º
(Gabinete de Tecnologias de Informação) nicas e metodológicas a outros sectores da Administração
1. O Gabinete de Tecnologias de Informação é o ser- Central e Local do Estado.
viço de apoio técnico responsável pelo desenvolvimento das 5. Cada departamento ministerial pode dispor na sua
tecnologias e manutenção dos sistemas de informação com estrutura orgânica de até 5 (cinco) serviços executivos direc-
vista a dar suporte às actividades de modernização e inova- tos entre Direcções Nacionais e Gabinetes Técnicos.
ção do respectivo departamento ministerial. 6. Excepcionalmente nos departamentos ministeriais que
2. O Gabinete de Tecnologias de Informação está inte- atendem os sectores da educação, saúde, finanças públicas,
grado no sistema de funções de tecnologia de informação segurança e ordem interna, defesa nacional, administração
nos termos do artigo 5.º do presente Diploma. do território e relações exteriores o número de direcções
ARTIGO 21.º
nacionais e gabinetes técnicos pode ser de até 6 (seis)
(Estrutura dos Serviços de Apoio Técnico) unidades.
1. Os Serviços de Apoio Técnico não dispõem de unida- ARTIGO 24.º
des de estruturas internas, sendo constituídos apenas pelos (Estrutura Interna dos Serviços Executivos Directos)

respectivos directores e o quadro de pessoal das carreiras 1. Os Serviços Executivos Directos quando revestem a
técnicas correspondentes às funções acometidas aos respec- natureza de direcção nacional podem dispor na sua estrutura
tivos serviços. interna de até 3 (três) departamentos.
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os 2. Excepcionalmente, os departamentos ministeriais que
Serviços de Apoio Técnico referidos nos artigos 14.º, 15.º, atendem os sectores da educação, saúde, finanças públicas,
16.º e 17.º segurança e ordem interna, defesa nacional, administração
SECÇÃO V do território e relações exteriores podem dispor cada um de
Serviços de Apoio Instrumental até 3 (três) secções por cada departamento.
ARTIGO 22.º 3. Os Serviços Executivos Directos que revestem a
(Natureza) natureza de gabinete técnico não têm unidades de estru-
1. Os Serviços de Apoio Instrumental visam o apoio turas internas sendo constituídos apenas pelos respectivos
directo e pessoal aos titulares dos departamentos ministe- directores e o quadro de pessoal das carreiras técnicas cor-
riais no desempenho das suas funções. respondentes às funções que lhes sejam acometidas.
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CAPÍTULO III d) A compatibilização com o regime geral da função


Criação, Reestruturação e Extinção de Serviços pública.
ARTIGO 25.º
3. Os projectos de diplomas sobre a criação ou alteração
(Criação, reestruturação e extinção de serviços) dos quadros de pessoal que resulte da criação ou reestru-
1. A criação, reestruturação ou extinção dos serviços cen- turação de serviços públicos são instruídos nos termos das
trais é da competência do Titular do Poder Executivo, sob alíneas b) e d) do n.º 1 do presente artigo com parecer favo-
rável dos órgãos que tutelam as áreas das finanças públicas
proposta do titular do respectivo departamento ministerial.
e da administração pública ou da administração do território
2. Os Diplomas orgânicos sobre criação ou reestrutu-
respectivamente, para os quadros de pessoal dos órgãos cen-
ração de serviços públicos centrais devem conter, dentre
trais ou locais da Administração do Estado.
outros, os capítulos seguintes:
ARTIGO 27.º
a) Natureza jurídica e atribuições;
(Estrutura dos quadros de pessoal)
b) Órgãos e serviços com a respectiva estrutura
1. Os quadros de pessoal devem estruturar-se de acordo
interna e enumeração das competências e nor-
com os seguintes grupos:
mas de funcionamento, quando não constem já
a) Pessoal de direcção e de chefia que compreende
de diploma genérico sobre procedimentos admi-
os directores nacionais e equiparados, chefes de
nistrativos;
departamento e chefes de secção, quando excep-
c) Quadro de pessoal, com remissão para a lei aplicá- cionalmente esta estrutura seja permitida;
vel às respectivas carreiras ou por definição do b) Pessoal técnico que compreende o pessoal que
regime especial aplicável; integra a carreira técnica superior, a carreira
d) Organigrama; técnica e a carreira técnica média;
e) Disposições transitórias e finais. c) Pessoal administrativo que corresponde à carreira
3. A criação de novas unidades de estrutura interna, administrativa;
direcções, gabinetes técnicos, departamentos e, excep- d) Pessoal de serviços auxiliares que compreende o
cionalmente, secções previstas no Diploma orgânico é da pessoal auxiliar e o pessoal operário.
competência do Titular do Poder Executivo, sob proposta do 2. As carreiras de regime especial constituem quadros de
titular do respectivo departamento ministerial. pessoal autónomos que obedecem a estruturação prevista na
ARTIGO 26.º alínea b) do presente artigo.
(Fundamentação dos projectos de diplomas) 3. O número de lugares no quadro de pessoal é previsto
1. Os projectos de diploma respeitantes à criação ou por carreiras, observando sempre o princípio da estrutura
reestruturação de serviços públicos centrais devem ser ins- piramidal das categorias da base ao topo, do planeamento
truídos com os seguintes elementos: anual de efectivos, bem como o disposto no artigo 18.º do
a) Fundamentação da criação numa óptica de racio- Decreto Presidencial n.º 104/11, de 23 de Maio.
nalização orgânica e funcional; 4. Os paradigmas do quadro de pessoal e do organigrama
b) Estrutura orgânica com a enumeração dos órgãos e dos departamentos ministeriais constam dos Anexos I e II do
serviços de apoio e serviços executivos e respec- presente Diploma do qual são parte integrante.
tiva estrutura interna, nomeadamente direcções, ARTIGO 28.º
(Indicação de especialidade profissional no quadro de pessoal)
gabinetes técnicos, departamentos e secções
quando excepcionalmente permitidas; 1. Os quadros de pessoal do regime geral e do regime
c) Análise qualitativa das necessidades em matéria de especial devem especificar nas categorias técnica superior,
técnica e técnica média, as especialidades profissionais do
pessoal por referência à estrutura proposta;
pessoal necessário de acordo com a natureza das atribuições
d) Quadro de pessoal de acordo com o modelo anexo,
do respectivo serviço e das actividades a serem executadas.
sempre que dos Diplomas resulte a criação ou
2. O processo de realização de concurso público de
alteração de quadros de pessoal; ingresso, bem como o recurso ao recrutamento de pessoal
e) Previsão dos custos orçamentais imediatos. por via de contrato de trabalho devem respeitar e indicar as
2. Na preparação dos projectos referidos no número especialidades profissionais requeridas e previstas no qua-
anterior deve-se acautelar: dro de pessoal.
a) A eventual existência de serviços que prossigam ARTIGO 29.º
objectivos idênticos ou complementares; (Limite de pessoal)
b) O acréscimo da eficiência de serviços e inserção 1. Os serviços de apoio técnico, bem como os serviços
dos encargos do projecto na política orçamental; executivos directos devem cada um dispor, no seu quadro
c) A adequação da estrutura e dos efectivos aos objec- de pessoal, de até 10 (dez) funcionários ou agentes admi-
tivos a prosseguir pelo serviço; nistrativos pertencentes as carreiras técnicas, podendo este
2142 DIÁRIO DA REPÚBLICA

número ser superior desde que autorizado pelo titular do CAPÍTULO IV


departamento ministerial responsável pelas finanças públi- Disposições Transitórias e Finais
cas, a pedido do organismo interessado. ARTIGO 33.º
2. O pessoal administrativo e auxiliar pertence origi- (Extinção de serviços internos)
nariamente ao quadro de pessoal da Secretaria Geral e na 1. A aplicação das disposições previstas no presente
sua colocação nas distintas áreas devem ser observados Diploma, no que diz respeito à extinção de unidades inter-
os princípios da racionalização, da proporcionalidade, da nas, nomeadamente departamentos, repartições e secções, é
mobilidade interna e da eficácia. feita de forma gradual e progressiva.
ARTIGO 30.º 2. São extintos os departamentos nos seguintes serviços
(Extinção)
de apoio técnico:
1. Por imperativos de racionalização de estruturas, a) Gabinete Jurídico;
consecução ou caducidade dos objectivos subjacentes às b) Gabinete de Intercâmbio.
atribuições de um serviço, deve proceder-se à sua extinção, § Único: — Não se aplica o disposto nesse número aos
fusão ou integração em outro organismo. departamentos ministeriais que atendem os sectores da edu-
2. O Diploma que proceder à extinção, fusão ou inte- cação, da saúde, da defesa nacional, da segurança e ordem
gração prevista no número anterior deve estabelecer, interna, das finanças públicas, das relações exteriores e da
relativamente ao seu pessoal, o seguinte: Justiça e dos Direitos Humanos devendo a sua estrutura
a) A sua transição para o serviço que tenha absorvido, interna respeitar o disposto no n.º 1 do artigo 24.º do pre-
total ou parcialmente as atribuições do serviço sente Diploma.
extinto; 3. São extintas as repartições em todos os serviços da
b) A sua transição para outros serviços; Administração Central do Estado.
c) Aposentação de acordo com as disposições legais 4. Ficam igualmente extintas as secções em todos os
vigentes sobre a matéria; serviços da Administração Central do Estado excepto nos
d) Reclassificação ou reconversão profissional. departamentos ministeriais que atendem os sectores da edu-
3. Os critérios a adoptar na tomada de decisão devem cação, da saúde, da defesa nacional, da segurança e ordem
respeitar a adequação entre as qualificações e experiência interna, das finanças públicas e das relações exteriores e da
Justiça e dos Direitos Humanos que podem ter até 3 (três)
profissional do pessoal e as necessidades efectivas e dispo-
secções em cada departamento.
nibilidades dos serviços de destino.
ARTIGO 34.º
ARTIGO 31.º
(Regime de transição)
(Reclassificação profissional)
1. Os funcionários providos nos cargos extintos no artigo
1. Em caso de criação ou alteração dos quadros de
anterior que estão em funções até um ano de exercício, na
pessoal, é vedado prever promoções automáticas ou reclas-
data de entrada em vigor do presente Diploma, mantêm o
sificações, salvo nos casos previstos nos números seguintes.
salário de base do cargo por um período de mais seis meses.
2. Quando, por força da reestruturação ou extinção de
2. Os funcionários providos nos cargos extintos que estão
serviços ou da criação ou extinção de carreira ou categorias,
em funções há mais de 1 (um) ano de exercício, na data de
existam funcionários ou agentes cujas funções não tenham entrada em vigor do presente Diploma, mantêm o salário de
ou deixem de ter correspondência no quadro a que perten- base por um período de mais 3 (três) meses.
çam ou venham a pertencer, há reclassificação profissional a 3. Os serviços competentes do Ministério das Finanças
qual é feita para carreiras ou categorias correspondentes as com a assistência das Secretarias Gerais e dos Gabinetes de
funções exercidas. Recursos Humanos dos departamentos ministeriais ficam
3. A reclassificação profissional faz-se para a categoria encarregues de executar o disposto nos números anteriores.
que, dentro da carreira, detenha o índice salarial mais pró- ARTIGO 35.º
ximo daquele que o funcionário possuía, sem prejuízo deste. (Mobilidade interna de pessoal)
4. A reclassificação profissional processa-se por despacho 1. O pessoal técnico que não for integrado nas estruturas
do titular do departamento ministerial, independentemente dos serviços em função do limite do número de funcionários
dos actos administrativos e de posse. estabelecido no presente Diploma deve, mediante a adop-
ARTIGO 32.º ção de um plano específico, ser recolocado por despacho do
(Gestão previsional de efectivos) titular do departamento ministerial nas vagas eventualmente
Os serviços devem elaborar anualmente um plano de existentes nos demais serviços afectos ao departamento
gestão de efectivos em função da evolução dos seus progra- ministerial ou nos serviços tutelados, ou ainda sujeitos às
mas de actividades e das disponibilidades orçamentais, em medidas de mobilidade técnica ou geográfica, intersectorial,
conformidade com os Diplomas legais vigentes. dentre outras, legalmente previstas.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2143

2. As acções previstas no número anterior devem ser Indicação


realizadas e concluídas no período máximo de 24 (vinte e Grupo Obrigatória da Número
de Carreira Categoria/Cargo Especialidade de
quatro) meses. Pessoal Profissional a Lugares
Admitir*
ARTIGO 36.º
(Adequação dos estatutos orgânicos) Especialista Principal

1. Os departamentos ministeriais e os demais servi- Especialista de 1.ª Classe

ços equiparados devem ajustar os respectivos Estatutos Especialista de 2.ª Classe

Técnico

Técnica
Orgânicos nos termos das disposições previstas no presente Técnico de 1.ª Classe

Diploma nos 180 (cento e oitenta) dias seguintes a data da Técnico de 2.ª Classe
publicação do presente Diploma. Técnico de 3.ª Classe
2. Os paradigmas de quadro de pessoal e de organigrama Técnico Médio Principal de 1.ª Classe
dos serviços da Administração Central do Estado constam Técnico Médio Principal de 2.ª Classe

Técnico Médio

Técnica Média
dos modelos anexos ao presente Diploma e que dele são Técnico Médio Principal de 3.ª Classe
parte integrante.
Técnico Médio de 1.ª Classe
ARTIGO 37.º
Técnico Médio de 2.ª Classe
(Revogação)
Técnico Médio de 3.ª Classe
É revogado o Decreto-Lei n.º 13/94, de 1 de Julho, e
Oficial Administrativo Principal
todas as disposições que contrariem o disposto no presente
1.º Oficial Administrativo
Diploma.

Administrativa
2.º Oficial Administrativo
ARTIGO 38.º
(Dúvidas e omissões) 3.º Oficial Administrativo

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e Aspirante

aplicação do presente Decreto Legislativo Presidencial são Escriturário-Dactilógrafo


resolvidas pelo Presidente da República. Tesoureiro Principal
Tesoureiro

ARTIGO 39.º Tesoureiro de 1.ª Classe


Administrativo

(Entrada em vigor) Tesoureiro de 2.ª Classe

O presente Diploma entra em vigor 90 (noventa) dias Motorista de Pesados Principal


de Pesados
Motorista

após a sua publicação. Motorista de Pesados de 1.ª Classe


Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, Motorista de Pesados de 2.ª Classe
aos 28 de Novembro de 2012. Motorista de Ligeiros Principal
de Ligeiros
Motorista

Publique-se. Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe

Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe


Luanda, aos 15 de Agosto de 2013.
Telefonista Principal
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Telefonista

Telefonista de 1.ª Classe

Telefonista de 2.ª Classe

Auxiliar Administrativo Principal


Administrativa

ANEXO I
Auxiliar

Paradigma de Quadro de Pessoal dos Serviços Centrais Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe

Indicação Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe


Grupo Obrigatória da Número
de Carreira Categoria/Cargo Especialidade de Auxiliar de Limpeza Principal
Auxiliar de
Limpeza

Pessoal Profissional a Lugares


Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe
Auxiliar

Admitir*
Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe
Direcção

Director Nacional ou Equiparado Operário Qualificado de 1.ª Classe

Operário Qualificado de 2.ª Classe


Operário

Chefe de Departamento
Direcção
e Chefia

Encarregado

Chefe de Secção ** Operário não Qualificado de 1.ª Classe

Assessor Principal Operário não Qualificado de 2.ª Classe

Primeiro Assessor Total


Técnico Superior

Técnica Superior

Assessor
De acordo com o artigo 28.º o quadro de pessoal deve
especificar a Especialidade Profissional dos Técnicos pre-
Técnico Superior Principal
tendidos, quer no regime geral como no regime especial;1
Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe **


Apenas nos casos (excepcionais) previstos no presente Diploma.
ANEXO II — Paradigma de Organigrama dos Serviços Centrais 2144

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.


DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2145

Notas a Observar na Estruturação dos Serviços ARTIGO 4.º


(Revogação)
1. Os Gabinetes Técnicos caracterizam-se pela
inexistência de unidades internas de serviços É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
— n.º 4 do artigo 10.º presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial
2. Na Secretaria Geral cada departamento pode ter até n.º 23/11, de 19 de Janeiro.
duas secções — n.º 4 do artigo 14.º ARTIGO 5.º
3. Os Serviços de Apoio Técnico caracterizam-se (Dúvidas e omissões)
pela inexistência de unidades internas de ser- As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli-
viço, excepto a Secretaria Geral, o Gabinete cação do presente Decreto Presidencial, são resolvidas pelo
de Recursos Humanos, Gabinete de Estudos, Presidente da República.
Planeamento e Estatística e o Gabinete de ARTIGO 6.º
Inspecção — artigo 21.º; (Entrada em vigor)
4. As direcções nacionais podem dispor na sua estru- O presente Diploma entra em vigor a partir da data da
tura interna de até três departamentos e apenas sua publicação.
os sectores que atendem as áreas da Educação, Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 24
Saúde, Finanças Públicas, Defesa Nacional, de Abril de 2013.
Administração do Território, Segurança e Ordem Publique-se.
Interna e Relações Exteriores podem, os respec- Luanda, aos 15 de Agosto de 2013.
tivos departamentos, dispor cada um de até três
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
secções — artigo 24.º
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
ESTATUTO ORGÂNICO
DO MINISTÉRIO DO PLANEAMENTO
Decreto Presidencial n.º 120/13 E DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
de 23 de Agosto
Considerando a necessidade de se adequar a estrutura CAPÍTULO I
actual do Ministério do Planeamento a sua nova designação, Natureza e Atribuições
Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial,
bem como ajustá-lo à nova Orgânica dos Serviços da ARTIGO 1.º
(Natureza)
Administração Central do Estado, conforme o disposto no
O Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento
Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/12, de 15 de Outubro;
Territorial é o Departamento Ministerial auxiliar do
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
Presidente da República e Titular do Poder Executivo que
nea g) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
tem como missão a execução de políticas públicas de pla-
Constituição da República de Angola, o seguinte: neamento do desenvolvimento nacional, em conformidade
ARTIGO 1.º com o Sistema Nacional de Planeamento, da política macro-
(Aprovação)
económica superiormente definida, bem como da política de
É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério do integração económica e de cooperação internacional para o
Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, anexo ao desenvolvimento.
presente Decreto Presidencial e que dele é parte integrante. ARTIGO 2.º
ARTIGO 2.º (Atribuições)
(Tutela do Fundo de Apoio Social)
O Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento
É transferida a tutela do Fundo de Apoio Social (FAS), Territorial tem as seguintes atribuições:
até aqui desempenhada pelo Ministério do Planeamento e 1. No domínio do Planeamento do Desenvolvimento
do Desenvolvimento Territorial, nos termos do artigo 2.º do Nacional:
Decreto n.º 44/94, de 28 de Outubro, para o Ministério da a) Coordenar a elaboração da Estratégia de longo
Administração do Território. prazo, do Plano de Desenvolvimento Nacional,
ARTIGO 3.º do Quadro de Despesas de Desenvolvimento,
(Extinção) dos Planos Sectoriais e Provinciais e dos Planos
1. É extinta a Unidade Técnica Administrativa para a Anuais;
Cooperação ACP/CE (UTA-ACP/CE) e, consequentemente, b) Definir metodologias de acompanhamento da
revogado o Decreto Presidencial n.º 29/86, de 3 de Março. execução dos Instrumentos do Sistema Nacional
2. Os Recursos Humanos e o Património da UTA-ACP/ de Planeamento previstos na alínea anterior e
CE devem ser integrados no Ministério do Planeamento e efectuar a sua avaliação;
do Desenvolvimento Territorial e nos Gabinetes de Estudos, c) Assegurar a coordenação com os outros Depar-
Planeamento e Estatística dos Governos Provinciais onde tamentos Ministeriais afins na elaboração de
tenha representação. estudos nas áreas sociais, com vista a adopção
2146 DIÁRIO DA REPÚBLICA

de medidas que contribuam para a caracteriza- nistração Central do Estado, as estratégias de


ção do perfil da pobreza, o combate à pobreza, integração económica;
o aumento da qualidade de vida e do bem-estar b) Formular, em estreita colaboração com o Ministé-
das populações; rio das Relações Exteriores e outros órgãos da
d) Desenvolver e gerir a base de dados sobre a evo- Administração Central do Estado, as estratégias
lução da realidade socioeconómica e territorial de cooperação para o desenvolvimento, nome-
do País, as metas físicas e financeiras dos instru- adamente com as organizações multilaterais de
mentos de planeamento do Sistema Nacional de financiamento e cooperação para o desenvolvi-
Planeamento; mento, e com parceiros de cooperação bilateral;
e) Coordenar a elaboração dos balanços plurianuais, c) Exercer as funções de Governador e Ordenador
anuais e semestrais dos instrumentos do sistema Nacional nas instituições multilaterais em que
nacional de planeamento. esteja investido nestes cargos.
2. No domínio do planeamento do ordenamento e do 5. No domínio do Sistema de Monitoria do Plano
desenvolvimento territorial: Nacional:
a) Preparar as principais opções de ordenamento a) Estabelecer mecanismos de recolha de dados e
do território nacional em coordenação com os informações junto dos órgãos da Administração
demais órgãos da Administração Central e Local Central e Local do Estado, e assegurar a sua
do Estado; execução permanente;
b) Elaborar estudos estratégicos de desenvolvimento b) Propor indicadores para cada sector, alinhados
territorial com o objectivo de promover o desen- com os instrumentos do sistema nacional de
volvimento equilibrado de todo o território planeamento, e assegurar o funcionamento dos
nacional através do plano nacional de desen- sistemas informáticos que operacionalizam o
volvimento territorial e do plano nacional de
seu cálculo;
ordenamento do território;
c) Disponibilizar informação apropriada aos usuários
c) Coordenar o processo de elaboração do plano
dos Departamentos Ministeriais e órgãos da
nacional de ordenamento do território e do plano
nacional de desenvolvimento territorial, garan- Administração Local do Estado, da comunidade
tindo a distribuição harmoniosa das actividades académica e estudantil, assim como dos cida-
produtivas e o respeito pelo meio ambiente e dãos em geral.
pelo património histórico e cultural do País; 6. No domínio da Política Macroeconómica:
d) Acompanhar, em colaboração com os outros a) Assegurar, em coordenação com o Departamento
órgãos da Administração Central do Estado, a Ministerial responsável pelas Finanças Públicas
elaboração dos planos provinciais de desenvol- e o Banco Nacional de Angola e outros órgãos da
vimento, de acordo com a metodologia por si, Administração Central do Estado, a articulação
previamente, estabelecida. das políticas macroeconómicas de curto prazo
3. No domínio da política e programação do investi- com as estratégias e planos de desenvolvimento
mento público: económico e social de médio e longo prazo;
a) Elaborar o Programa de Investimento Público, em b) Assegurar a consistência da política macroeconó-
articulação com os outros órgãos da Administra- mica, visando a estabilidade macroeconómica e
ção Central e Local do Estado; o crescimento económico;
b) Desenvolver as metodologias necessárias à ade- c) Elaborar, em articulação com o Departamento
quada gestão do Programa de Investimento Ministerial responsável pelas Finanças Públi-
Público; cas e o Banco Nacional de Angola, os quadros
c) Definir os critérios de elegibilidade e hierarquia macroeconómicos plurianual e anual de referên-
dos projectos a inserir na carteira nacional; cia;
d) Produzir estudos e pareceres que permitam com-
d) Elaborar, em articulação com o Departamento
patibilizar os investimentos públicos a incluir no
Ministerial responsável pelas Finanças Públicas
Orçamento Geral do Estado e os objectivos de
e o Banco Nacional de Angola, estudos com
política económica de médio e longo prazo;
e) Acompanhar e controlar a execução do Programa vista a melhorar a formulação da política macro-
de Investimento Público, bem como efectuar a económica e a avaliar o impacto das políticas
sua avaliação; macroeconómicas nos instrumentos do Sistema
f) Coordenar a elaboração dos balanços plurianuais, Nacional de Planeamento;
anuais e semestrais do Programa de Investi- e) Elaborar, em articulação com os Departamen-
mento Público. tos Ministeriais responsáveis pelas Finanças
4. No domínio da integração económica e da cooperação Públicas e Administração Pública, Trabalho e
para o desenvolvimento: Segurança Social e com o Banco Nacional de
a) Formular, em colaboração com o Ministério das Angola, a política de rendimentos e preços e
Relações Exteriores e outros órgãos da Admi- acompanhar o seu desenvolvimento.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2147

7. No domínio da Política de População: b) Gabinetes dos Secretários de Estado.


a) Propor a formulação da Política Nacional de Popu- 6. Órgão Tutelado:
lação; — Instituto Nacional de Estatística.
b) Acompanhar e avaliar a execução da Política ARTIGO 5.º
Nacional de População, bem como realizar (Órgãos sob dependência metodológica)
estudos e análises em matéria de população e 1. Os órgãos de planeamento e estatísticas sectoriais,
desenvolvimento; provinciais e outros órgãos orçamentados dependem
c) Definir metodologias de elaboração, acompa- metodologicamente do Ministério do Planeamento e do
nhamento e avaliação da execução da Política Desenvolvimento Territorial.
Nacional de População. 2. Aos órgãos indicados no número anterior compete a
ARTIGO 3.º elaboração de propostas de planos sectoriais e provinciais e
(Colaboração) o acompanhamento da sua execução.
1. No exercício das suas atribuições, o Ministério do
CAPÍTULO III
Planeamento e do Desenvolvimento Territorial actua em
Organização em Especial
articulação e com a colaboração dos demais órgãos da
Administração Central e Local do Estado e com outras SECÇÃO I
instituições públicas e privadas, podendo requerer destes Órgãos Centrais de Direcção Superior
informações e providências para a adequada implementa- ARTIGO 6.º
ção, avaliação e controlo dos instrumentos de planeamento, (Direcção)
com vista ao controlo da eficiência e da eficácia da utilização 1. O Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento
dos recursos postos à disposição de todos os organismos da Territorial é dirigido pelo respectivo Ministro.
Administração Pública. 2. No exercício das suas funções, o Ministro do
2. Os órgãos da Administração Central e Local do Estado Planeamento e do Desenvolvimento Territorial é coad-
devem fornecer as informações e os documentos previstos juvado pelo Secretário de Estado do Planeamento e
no número anterior, nos prazos e condições previamente Desenvolvimento Territorial e pelo Secretário de Estado
determinados. para o Investimento Público.
CAPÍTULO II ARTIGO 7.º
(Competências do Ministro)
Organização em Geral
O Ministro do Planeamento e do Desenvolvimento
ARTIGO 4.º
Territorial, tem as seguintes competências:
(Órgãos do Ministério)
a) Representar o Ministério;
O Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento b) Apoiar a coordenação geral do planeamento nacio-
Territorial integra os seguintes órgãos: nal;
1. Órgãos Centrais de Direcção Superior: c) Conceber a proposta de linhas gerais da política
a) Ministro; macroeconómica orientadora dos instrumentos
b) Secretários de Estado. de planeamento e de desenvolvimento territorial;
2. Órgãos Consultivos: d) Coordenar a recolha de dados e de informações
a) Conselho Consultivo; necessárias a programação do Investimento
b) Conselho Directivo. Público;
3. Serviços Executivos Centrais: e) Assegurar a execução das leis e de outros diplomas
a) Direcção Nacional de Planeamento; legais relacionados com actividades do Ministé-
b) Direcção Nacional de Planeamento do Desenvolvi- rio, bem como tomar decisões necessárias para
mento Territorial; o efeito;
c) Direcção Nacional de Investimento Público; f) Definir a política de recursos humanos do Ministé-
d) Direcção Nacional de Integração Económica e rio e a estratégia do seu desenvolvimento;
Cooperação para o Desenvolvimento; g) Velar pela correcta execução da política de for-
e) Gabinete do Sistema de Monitoria do Plano Nacio- mação e de superação profissional dos recursos
nal; humanos do Ministério;
f) Gabinete de Acompanhamento da Política Macro- h) Gerir o orçamento e o património do Ministério;
económica; i) Nomear, promover, exonerar e demitir os funcioná-
g) Gabinete de Políticas de População. rios do Ministério;
4. Serviços de Apoio Técnico: j) Exercer o poder disciplinar;
a) Secretaria Geral; k) Revogar e suspender os actos dos funcionários e
b) Gabinete de Inspecção; agentes integrados na hierarquia do Ministério;
c) Gabinete Jurídico; l) Exercer os poderes de tutela sobre os órgãos vin-
d) Gabinete de Tecnologias de Informação. culados ao Ministério, no exercício dos poderes
5. Órgãos de Apoio Instrumental: delegados pelo Presidente da República e Titular
a) Gabinete do Ministro; do Poder Executivo;
2148 DIÁRIO DA REPÚBLICA

m) Exarar Decretos Executivos e Despachos no exer- 5. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente, 1


cício dos poderes delegados pelo Presidente da (uma) vez por ano e, extraordinariamente, sempre que con-
República e Titular do Poder Executivo. vocado pelo Ministro.
ARTIGO 8.º
6. As regras de funcionamento do Conselho Consultivo
(Secretários de Estado) constam de regulamento próprio, a aprovar pelo Ministro do
Planeamento e do Desenvolvimento Territorial.
Os Secretários de Estado exercem funções sob a coor-
denação do Ministro, que pode subdelegar naqueles ARTIGO 10.º
(Conselho Directivo)
competências para o seguinte:
a) Formular medidas e executar acções referentes às 1. O Conselho Directivo é um órgão de apoio consul-
matérias relativas às atribuições genéricas do tivo do Ministro em matérias de programação, organização
Ministério do Planeamento e do Desenvolvi- e gestão das actividades do Ministério do Planeamento e do
mento Territorial; Desenvolvimento Territorial.
b) Coordenar as actividades das Direcções e dos 2. O Conselho Directivo é presidido pelo Ministro do
Gabinetes Técnicos; Planeamento e do Desenvolvimento Territorial e integra as
c) Substituir o Ministro nas suas ausências e impedi- seguintes entidades:
mentos. a) Secretários de Estado;
SECÇÃO II b) Directores Nacionais e equiparados.
Órgãos Consultivos 3. O Conselho Directivo tem como atribuição deliberar
ARTIGO 9.º sobre as seguintes matérias:
(Conselho Consultivo) a) Modelos de organização interna do Ministério,
1. O Conselho Consultivo é um órgão de apoio consultivo visando conferir maior eficácia ao exercício das
em matéria de programação e coordenação das activida- suas competências técnicas, orgânicas e institu-
des do Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento cionais;
Territorial. b) Programas de valorização técnica e profissional
2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro do dos recursos humanos do Ministério;
Planeamento e do Desenvolvimento Territorial e integra: c) Planos anuais de actividades dos diferentes órgãos
a) Secretários de Estado; do Ministério, visando assegurar a maior com-
b) Directores Nacionais e equiparados;
patibilização entre si;
c) Directores dos Gabinetes de Estudos e Planea-
d) Aprovação do plano e do relatório de balanço das
mento, sectoriais e provinciais;
actividades do Ministério.
d) Administradores de projectos sob dependência do
Ministério do Planeamento e do Desenvolvi- 4. O Conselho Directivo é convocado e dirigido pelo
mento Territorial; Ministro e reúne-se, ordinariamente, em sessões trimes-
e) Consultores do Ministro e dos Secretários de trais e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo
Estado. Ministro.
3. O Ministro pode, sempre que achar necessário, convi- 5. O Conselho Directivo pode ser alargado à participação
dar para participar no Conselho Consultivo, outras entidades, de outros responsáveis que o Ministro convoque ou convide
nomeadamente representantes dos órgãos da Administração expressamente.
Central e Local do Estado, das associações empresariais, das 6. As regras de funcionamento do Conselho Directivo
instituições de investigação científica, das associações sindi- constam de regulamento próprio, a aprovar pelo Ministro do
cais, bem como outros técnicos ou especialistas. Planeamento e do Desenvolvimento Territorial.
4. O Conselho Consultivo tem como atribuição pronun- SECÇÃO III
ciar-se sobre: Serviços Executivos Centrais
a) As grandes linhas económicas e sociais de orienta-
ARTIGO 11.º
ção estratégica de médio e longo prazo; (Natureza)
b) A política de desenvolvimento económico e social
Os Serviços Executivos Centrais são Órgãos Centrais
e a política macroeconómica;
do Ministério que exercem funções de concepção, coorde-
c) Os cenários de desenvolvimento económico e
nação, acompanhamento de políticas, estratégias, planos e
social do País, considerando as implicações do
comportamento do sistema económico e finan- programas, bem como orientações técnicas e metodológicas
ceiro internacional, e avaliar as suas implicações a outros órgãos do Estado.
na execução dos instrumentos do sistema nacio- ARTIGO 12.º
(Direcção Nacional de Planeamento)
nal de planeamento, pelos órgãos executivos
centrais; 1. A Direcção Nacional de Planeamento é um serviço
d) O sistema nacional de informação económica e executivo directo ao qual incumbe coordenar a elabora-
social. ção das propostas da estratégia de longo prazo, dos Planos
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2149

Nacionais de curto e médio prazo, do Quadro de Despesa de as políticas de ordenamento e desenvolvimento territorial,
Desenvolvimento e o acompanhamento da sua execução e participar no processo de elaboração dos seus instrumentos,
avaliação, bem como elaborar estudos técnicos e de cenari- bem como acompanhar a sua execução.
zação da economia nacional. 2. A Direcção Nacional de Planeamento do Desenvolvi-
2. A Direcção Nacional de Planeamento tem as seguin- mento Territorial, tem as seguintes atribuições:
tes atribuições: a) Recolher, analisar e processar dados e informações
a) Definir metodologias de elaboração, acompanha- relevantes para o processo de ordenamento do
mento da sua execução e avaliação dos Planos território nacional, organizando e gerindo o res-
Nacionais de curto, médio e longo prazo, bem pectivo banco de dados;
como do Quadro de Despesa de Desenvolvi- b) Preparar os cenários possíveis de evolução da
mento; ocupação e uso do espaço territorial, com vista a
b) Elaborar cenários de desenvolvimento de médio elaboração das principais opções estratégicas de
e longo prazo, em articulação com os outros ordenamento do território nacional;
órgãos da Administração Central e Local do c) Elaborar orientações metodológicas para a realiza-
Estado; ção de estudos e instrumentos de planeamento
c) Participar na elaboração dos quadros macroeco- do ordenamento e do desenvolvimento territo-
nómicos plurianuais e anuais de referência, de rial;
propostas de políticas macroeconómicas e de d) Elaborar propostas das principais opções de orde-
reformas económicas; namento do território nacional;
d) Coordenar a elaboração de estudos e análises com e) Coordenar e supervisionar o processo de elabora-
vista a adopção de medidas que contribuam para ção dos diversos instrumentos de planeamento
o combate à pobreza e o aumento da qualidade do ordenamento e do desenvolvimento territo-
de vida e do bem-estar das populações;
rial;
e) Participar na elaboração da proposta da Política
f) Assegurar a integração, coordenação ou compa-
Nacional da População e no acompanhamento
tibilização dos diversos instrumentos e fontes
da sua implementação;
implicados na elaboração e execução dos planos
f) Participar na definição de estratégias de relaciona-
territoriais;
mento com os parceiros de cooperação;
g) Assegurar a compatibilização dos instrumentos de
g) Participar na realização de consultas à sociedade
planeamento do ordenamento e do desenvolvi-
civil requeridas para a elaboração e acompa-
mento territorial com os demais instrumentos de
nhamento da execução dos instrumentos de
planeamento de curto e médio prazo;
planeamento do Sistema Nacional de Planea-
h) Prestar apoio técnico e consultivo e, de qualquer
mento e a sua avaliação;
outro modo, cooperar com os órgãos provin-
h) Fornecer às instituições, a sociedade civil e aos
ciais e municipais de planeamento territorial,
organismos internacionais informações sobre os
podendo, em regime transitório, substituí-los
resultados da execução dos instrumentos de pla-
nas suas funções técnicas, através de unidades
neamento em articulação com os demais órgãos
técnicas, suprindo as faltas e limitações locais;
integrantes do sistema;
i) Promover a participação dos cidadãos e das insti-
i) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas
tuições na definição e execução das políticas de
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
mento Territorial. ordenamento e desenvolvimento territorial;
3. A Direcção Nacional de Planeamento tem a seguinte j) Organizar e manter permanentemente actualizado o
estrutura: arquivo central dos planos nacionais de ordena-
a) Departamento de Estudos e Análise de Políticas; mento do território;
b) Departamento de Programação Económica. k) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas
4. A Direcção Nacional de Planeamento é dirigida por pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
um Director Nacional. mento Territorial.
ARTIGO 13.º 3. A Direcção Nacional de Planeamento do Desenvol-
(Direcção Nacional de Planeamento do Desenvolvimento Territorial) vimento Territorial tem a seguinte estrutura:
1. A Direcção Nacional de Planeamento do Desenvol- a) Departamento de Estudos e Metodologias Terri-
vimento Territorial é um serviço executivo directo ao qual toriais;
incumbe a elaboração de estudos com uma visão estratégica b) Departamento de Ordenamento do Território;
e prospectiva da ocupação do território, formular e propor c) Departamento do Desenvolvimento Territorial.
2150 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. A Direcção Nacional de Planeamento do Desenvolvi- a) Departamento de Metodologias e Sistema de Infor-


mento Territorial é dirigida por um Director Nacional. mação do Investimento Público;
ARTIGO 14.º b) Departamento de Programação e Acompanha-
(Direcção Nacional de Investimento Público) mento do PIP da Administração Central;
1. A Direcção Nacional de Investimento Público é um c) Departamento de Programação e Acompanha-
serviço executivo directo ao qual incumbe preparar, em arti- mento do PIP da Administração Local;
culação com os órgãos da Administração Central e Local d) Departamento de Avaliação e Acompanhamento da
do Estado e demais órgãos orçamentados, o Programa de Gestão de Projectos Estruturantes.
Investimento Público, e acompanhar e monitorar a sua 4. A Direcção Nacional de Investimento Público é diri-
execução. gida por um Director Nacional.
2. A Direcção Nacional de Investimento Público tem as ARTIGO 15.º
seguintes atribuições: (Direcção Nacional de Integração Económica
a) Propor a estrutura, conteúdo e metodologia para e Cooperação para o Desenvolvimento)

elaboração do programa de investimento público; 1. A Direcção Nacional de Integração Económica e


b) Assegurar a efectiva aplicação de todas as fases Cooperação para o Desenvolvimento é um serviço executivo
do ciclo individual do projecto de investimento directo ao qual incumbe promover a política de cooperação
público, de acordo com o estabelecido legal- para o desenvolvimento, bem como acompanhar as acções
mente; relacionadas com os processos de integração económica.
c) Configurar a carteira nacional de projectos a serem 2. A Direcção Nacional de Integração Económica e
inseridos no programa de investimento público Cooperação para o Desenvolvimento tem as seguintes
e proceder à sua hierarquização e selecção, apli- atribuições:
cando os critérios fixados legalmente; a) Elaborar, em colaboração com os órgãos com-
d) Assegurar o funcionamento eficaz do sistema petentes da Administração Central do Estado,
de informação para a gestão do investimento estratégias de cooperação e de mobilização de
público; recursos externos destinados ao financiamento
e) Estabelecer, em articulação com o Departamento do desenvolvimento económico do País;
Ministerial responsável pelas Finanças Públi- b) Promover o cumprimento das obrigações resultan-
cas, o Sistema de Classificadores dos Projectos tes dos acordos de financiamento, no âmbito das
de Investimento Público, de forma a potenciar relações de cooperação com agências multila-
interfaces entre diversos sistemas de informação, terais de cooperação internacional e similares,
designadamente, os respeitantes a gestão finan- assim como da cooperação bilateral;
ceira e patrimonial do investimento público; c) Preparar e organizar os processos de negociação de
f) Preparar, em estreita colaboração com o Departa- Acordos Financeiros com os parceiros da coo-
mento Ministerial responsável pelas Finanças peração internacional, tendo em conta o Direito
Públicas, a proposta de orientações para a ela- Internacional Público e as normas nacionais
boração do programa de investimento público, aplicáveis aos Tratados Internacionais;
a ser enviado aos sectores, às províncias e aos d) Acompanhar e monitorar a utilização dos finan-
outros órgãos orçamentados; ciamentos externos referidos na alínea b), do
g) Coordenar a elaboração da proposta plurianual do presente artigo na execução de projectos inscri-
programa de investimento público, e sua progra- tos no Programa de Investimento Público;
mação anual, nas vertentes sectorial e territorial; e) Criar um banco de dados sobre as oportunidades
h) Acompanhar e controlar a execução do programa de financiamento das instituições financeiras
de investimento público e da sua programação multilaterais e instituições similares, sobre o
anual, bem como elaborar os respectivos relató- grau de execução dos financiamentos e sobre os
rios de execução; projectos financiados e concluídos;
i) Participar na elaboração da programação financeira f) Participar nas actividades e acompanhar a evolução
anual e trimestral; dos processos de integração económica regional
j) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas na Comunidade de Desenvolvimento da África
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi- Austral e na Comunidade Económica dos Países
mento Territorial. da África Central;
3. A Direcção Nacional de Investimento Público tem a g) Elaborar estudos e estratégias para a integração
seguinte estrutura: económica regional, em articulação com os
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2151

demais órgãos da Administração Central do 4. O Gabinete do Sistema de Monitorização do Plano


Estado; Nacional é dirigido por um Director com a categoria de
h) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas Director Nacional.
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi- ARTIGO 17.º
mento Territorial. (Gabinete de Acompanhamento da Política Macroeconómica)

3. A Direcção Nacional de Integração Económica 1. O Gabinete de Acompanhamento da Política Macro-


e Cooperação para o Desenvolvimento tem a seguinte económica é um serviço executivo directo que, observando
estrutura: os objectivos do Executivo nos domínios da estabilidade
a) Departamento de Cooperação Multilateral; macroeconómica e de desenvolvimento económico sus-
b) Departamento de Cooperação Bilateral; tentável, participa no processo de coordenação e garantia
c) Departamento de Integração Económica. da consistência das políticas fiscal, monetária, do sector
4. A Direcção Nacional de Integração Económica e externo, do sector real e de rendimentos e preços.
Cooperação para o Desenvolvimento é dirigida por um 2. O Gabinete de Acompanhamento da Política Macro-
Director Nacional. -económica tem as seguintes atribuições:
ARTIGO 16.º a) Participar na programação e gestão macroeconó-
(Gabinete do Sistema de Monitoria do Plano Nacional) mica nacional;
1. O Gabinete do Sistema de Monitoria do Plano b) Elaborar, em colaboração com o Departamento
Nacional é um serviço executivo directo que assegura o Ministerial responsável pelas Finanças Públicas,
acompanhamento da execução do Plano Nacional, através o Banco Nacional de Angola e os demais servi-
de um adequado sistema de informação. ços do Ministério, os quadros macroeconómicos
2. O Gabinete do Sistema de Monitoria do Plano plurianuais e anuais de referência e as respecti-
Nacional tem as seguintes atribuições: vas propostas de política macroeconómica;
a) Propor e rever periodicamente indicadores macro- c) Acompanhar a execução e avaliar os impactos
económicos e sectoriais, garantindo o seu das políticas macroeconómicas de curto prazo
alinhamento com os Planos Nacionais de curto, ou de regulação conjuntural e promover a sua
médio e longo prazos do Executivo, assegurando articulação com os planos de desenvolvimento
a sua plena actualização na plataforma tecnoló- económico de médio prazo e as estratégias de
gica informática; longo prazo;
b) Propor indicadores de monitoria de projectos de d) Promover a realização de estudos empíricos que
investimento público, permitindo a visualização permitam aumentar a eficácia dos instrumentos e
da informação existente no Sistema de Informa- a formulação da política macroeconómica;
ção de Projectos de Investimento Público; e) Acompanhar o comportamento e as projecções
c) Estabelecer relações institucionais com as entida- sobre a economia mundial, para a antecipação
des responsáveis pela produção e fornecimento do seu impacto na economia nacional e a iden-
de dados, designadamente os órgãos da Admi- tificação de oportunidades e riscos para o País;
nistração Central e Local do Estado e outras f) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas
Instituições Públicas ou Agências; pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
d) Parametrizar e implementar processos de recolha mento Territorial.
de dados no sistema, de forma automática ou 3. O Gabinete de Acompanhamento da Política
semiautomática, utilizando as plataformas tec- Macroeconómica é dirigido por um Director com categoria
nológicas existentes; de Director Nacional.
e) Facultar informação técnica especializada aos ARTIGO 18.º
órgãos da Administração Central e Local do (Gabinete de Políticas de População)
Estado, comunidade estudantil e académica e 1. O Gabinete de Políticas de População é um serviço
a sociedade civil, sobre matérias do sistema de executivo directo ao qual incumbe propor a formulação da
planeamento que sejam do domínio público; Política Nacional de População, o acompanhamento da sua
f) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas execução e avaliação, bem como realizar estudos e análises
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi- em matéria de população e desenvolvimento.
mento Territorial. 2. O Gabinete de Políticas de População tem as seguin-
3. O Gabinete do Sistema de Monitoria do Plano tes atribuições:
Nacional integra os seguintes Departamentos: a) Definir metodologias de elaboração e acompa-
a) Departamento de Gestão de Dados; nhamento da execução da Política Nacional de
b) Departamento de Gestão Tecnológica. População e sua avaliação;
2152 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Recolher e tratar dados sócio-demográficos, bem d) Elaborar, propor e dinamizar a execução de


como elaborar estudos e análises demográficas medidas de carácter sócio- cultural que visem o
a todos os níveis, visando formular e propor a bem-estar e a motivação dos funcionários;
Política Nacional de População; e) Assegurar a aquisição, gestão, conservação e
c) Elaborar projecções demográficas e propor medidas manutenção dos bens patrimoniais necessários
para adequar a taxa de crescimento populacio- ao bom funcionamento do Ministério;
nal, bem como a sua distribuição territorial, aos f) Assegurar a realização das actividades de protocolo
objectivos de desenvolvimento sustentável, no e relações públicas do Ministério;
âmbito da Política Nacional de População; g) Garantir a circulação eficiente do expediente, o tra-
d) Elaborar estudos sobre o índice de Desenvol- tamento da correspondência, o registo e arquivo
vimento Humano em Angola e participar na da mesma;
elaboração das estratégias e planos de desenvol- h) Organizar e orientar tecnicamente o sistema de
vimento dos recursos humanos nacionais; documentação e de informação, bem como de
e) Promover acções de sensibilização e conscienciali- toda a legislação publicada em Diário da Repú-
zação sobre a importância e o papel das variáveis blica;
demográficas no processo de desenvolvimento i) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas
económico e social; pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
mento Territorial.
f) Promover o intercâmbio com os organismos com-
3. A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura:
petentes da Administração Pública e demais
a) Departamento de Gestão de Recursos Humanos;
instituições nacionais e internacionais que
b) Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-
actuam no domínio da População e Desenvol-
tração do Património;
vimento;
c) Departamento de Relações Públicas e Expediente;
g) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas
d) Centro de Documentação e Informação.
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
4. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral
mento Territorial.
com a categoria de Director Nacional.
3. O Gabinete de Políticas de População é dirigido por
ARTIGO 21.º
um Director com categoria de Director Nacional. (Gabinete de Inspecção)
SECÇÃO IV
1. O Gabinete de Inspecção é um serviço de apoio téc-
Serviços de Apoio Técnico
nico, que assegura o controlo da execução, pelos diversos
ARTIGO 19.º
órgãos da Administração Central e Local do Estado, das suas
(Natureza)
atribuições no que concerne as actividades de planeamento
Os Serviços de Apoio Técnico são órgãos especializa-
do desenvolvimento económico nacional e do programa de
dos que têm por missão assegurar o normal funcionamento
investimento público, inspeccionando a observância das ins-
do Ministério, auxiliar outros serviços internos na gestão de
truções metodológicas e dos prazos, bem como a proposição
assuntos correntes, bem como executar as suas tarefas em
de medidas de melhoria e de correcção.
conformidade com o presente Estatuto Orgânico.
2. O Gabinete de Inspecção tem as seguintes atribuições:
ARTIGO 20.º
(Secretaria Geral) a) Proceder a fiscalização do cumprimento de regras
1. A Secretaria Geral é um serviço que se ocupa da admi- e prazos previstos nos instrumentos do Sistema
nistração e gestão do orçamento, das finanças, do património, Nacional de Planeamento e no programa de
dos recursos humanos, dos transportes, da contabilidade e investimento público, por parte dos Departa-
da auditoria do Ministério, bem como de todos os assuntos mentos Ministeriais e dos Governos Provinciais;
administrativos comuns aos demais serviços. b) Realizar auditorias, inspecções, análises de natu-
2. A Secretaria Geral tem as seguintes atribuições: reza económico-financeira e outras acções de
a) Elaborar o orçamento do Ministério em estreita acompanhamento e controlo aos Gabinetes de
colaboração com os demais serviços; Estudos, Planeamento e Estatísticas sectoriais
b) Assegurar a execução do orçamento e a elaboração e provinciais e a outros órgãos vinculados ao
do relatório de balanço e de prestação de contas; Ministério do Planeamento e do Desenvol-
c) Gerir os recursos humanos, planificar as acções de vimento Territorial, elaborando relatórios e
formação e de superação técnica e profissional propondo medidas de saneamento das deficiên-
dos quadros do Ministério; cias e irregularidades detectadas;
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2153

c) Recolher informações e documentos necessários h) Participar, em colaboração com a Secretaria Geral


ao acompanhamento e controlo da execução dos na instrução de processos disciplinares e na
instrumentos do Sistema Nacional de Planea- resolução de conflitos jurídico-laborais;
mento e à elaboração dos relatórios de progresso i) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas
e dos relatórios finais exigidos por lei; pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
d) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas mento Territorial.
pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi- 3. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director com a
mento Territorial. categoria de Director Nacional.
3. O Gabinete de Inspecção tem a seguinte estrutura: ARTIGO 23.º
a) Departamento de Inspecção e Controlo dos Órgãos (Gabinete de Tecnologias de Informação)
da Administração Central; 1. O Gabinete de Tecnologias de Informação é um ser-
b) Departamento de Inspecção e Controlo dos Órgãos viço de apoio técnico, ao qual compete propor e executar a
da Administração Local. política de organização interna e de funcionamento das tec-
4. O Gabinete de Inspecção é dirigido por um Inspector- nologias de informação e comunicação.
Geral, com a categoria de Director Nacional. 2. O Gabinete de Tecnologias de Informação tem as
ARTIGO 22.º seguintes atribuições:
(Gabinete Jurídico)
a) Elaborar e implementar um plano director de tec-
1. O Gabinete Jurídico é um serviço de apoio técnico res- nologias de informação do Ministério;
ponsável por toda actividade jurídica, designadamente, pela b) Estudar, em coordenação com os outros órgãos do
prestação de assessoria jurídica e a elaboração de estudos e
Ministério, as normas e procedimentos sobre
pareceres de natureza jurídica.
a melhor utilização das novas tecnologias na
2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes atribuições:
execução das suas tarefas de recolha de dados e
a) Prestar assessoria jurídica ao Ministro, aos Secre-
informações, seu registo e transmissão interna;
tários de Estado e demais serviços do Ministério
c) Conceber, desenvolver, implantar e manter sistemas
em todos os assuntos inerentes às suas atribui-
informáticos, nas suas diferentes modalidades de
ções;
b) Conceber e elaborar projectos de diplomas legais acordo com os padrões de manuais, documentos
de iniciativa do Ministério do Planeamento e e fluxos operacionais, estabelecidos para o Minis-
do Desenvolvimento Territorial, no âmbito de tério;
competências próprias, designadamente, pro- d) Apoiar os órgãos do Ministério na resolução de
jectos de Decretos e Despachos Presidenciais, problemas relacionados com a utilização e o
projectos de Decretos Executivos e Despachos, funcionamento dos equipamentos informáticos,
Contratos, Protocolos, Acordos e outros instru- da internet e do circuito interno de comunicação
mentos jurídicos da competência do Ministério electrónica;
ou necessários ao seu regular funcionamento; e) Velar pela manutenção e bom funcionamento de
c) Efectuar estudos e pesquisas destinadas a aper- todos os equipamentos informáticos e das ins-
feiçoar a qualidade dos projectos de diplomas talações respectivas, elaborando relatórios sobre
legais relacionados com a actividade do Minis- ocorrências relevantes;
tério, visando aumentar a sua eficácia; f) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas
d) Realizar seminários e acções de formação sobre pelo Ministro do Planeamento e do Desenvolvi-
temas relevantes de natureza jurídica;
mento Territorial.
e) Representar o Ministério na negociação de
3. O Gabinete de Tecnologias de Informação é dirigido
Acordos, Convenções, Tratados e demais instru-
por um Director com a categoria de Director Nacional.
mentos jurídicos internacionais que o vinculem,
SECÇÃO V
assim como emitir pareceres sobre os mesmos; Órgãos de Apoio Instrumental
f) Participar nos concursos públicos e emitir parece-
res sobre todos os contratos em que o Ministério ARTIGO 24.º
(Gabinetes do Ministro e dos Secretários de Estado)
intervenha ou dos quais resultem efeitos jurídi-
cos na sua esfera de competências; A composição, competências, forma de provimento e
g) Organizar, manter actualizada e divulgar toda categoria dos recursos humanos dos Gabinetes do Ministro e
legislação sobre matérias de interesse para o dos Secretários de Estado regem-se pelos Decretos n.º 26/97,
Ministério; de 4 de Abril e n.º 68/02, de 29 de Outubro.
2154 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SECÇÃO VI Grupo de Pessoal Categoria/Cargo Total


Órgão Tutelado
Técnico de 1.ª Classe 1
ARTIGO 25.º 3) Técnico Técnico de 2.ª Classe 2
(Instituto Nacional de Estatística)
Técnico de 3.ª Classe 4
1. O Instituto Nacional de Estatística é um serviço Técnico Médio Principal de 1.ª Classe 1
público tutelado pelo Ministério do Planeamento e do Técnico Médio Principal de 2.ª Classe 1
Desenvolvimento Territorial, que goza de personalidade e Técnico Médio Principal de 3.ª Classe 3
4) Técnico Médio
capacidade jurídica, é dotado de autonomia técnica, admi- Técnico Médio de 1.ª Classe 5
nistrativa e financeira e tem como objectivo a dinamização, Técnico Médio de 2.ª Classe 8
coordenação da recolha, o tratamento e a difusão da infor- Técnico Médio de 3.ª Classe 14
mação estatística oficial nacional. Oficial Administrativo Principal 1
2. A organização e o funcionamento do Instituto Nacional 1.º Oficial Administrativo 2

de Estatística consta de Estatuto próprio. 2.º Oficial Administrativo 5


3.º Oficial Administrativo 5
CAPÍTULO IV Aspirante 5
Disposições Finais Escriturário-Dactilógrafo 7
5) Administrativo
ARTIGO 26.º Motorista de Pesados Principal 1
(Quadro de Pessoal) Motorista de Pesados de 1.ª Classe 1
1. O quadro de pessoal do Ministério do Planeamento e Motorista de Pesados de 2.ª Classe 1

do Desenvolvimento Territorial é o constante dos anexos I Motorista de Ligeiros Principal 1

e II ao presente Estatuto Orgânico, e que dele são parte Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe 2

integrante. Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe 3

2. O quadro de pessoal referido no número anterior pode Auxiliar Administrativo Principal 2

ser alterado por Decreto Executivo Conjunto dos Ministros 6) Auxiliar


Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe 2

do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, da Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe 3

Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e das Auxiliar de Limpeza Principal 10

Finanças. Encarregado 1
7) Operário Qualificado Operário Qualificado de 1.ª Classe 1
3. O provimento dos lugares do quadro é feito nos ter-
Operário Qualificado de 2.ª Classe 1
mos da lei.
Total 261
ARTIGO 27.º
(Organigrama)
ANEXO II — Quadro de Pessoal do Gabinete
O organigrama do Ministério do Planeamento e do de Inspecção
Desenvolvimento Territorial é o constante do anexo III ao Grupo de Pessoal Categoria/Cargo
presente Estatuto Orgânico e que dele é parte integrante. Inspector Geral 1
1) Direcção e Chefia
ARTIGO 28.º Inspector Geral-Adjunto 2
(Regulamentação) Inspector Assessor Principal 1

Compete ao Ministro do Planeamento e do Desenvol- Inspector Primeiro Assessor 1


vimento Territorial a aprovação dos Regulamentos Internos Inspector Assessor 1
indispensáveis ao funcionamento do Ministério, no prazo 2) Técnico Superior
Inspector Superior Principal 2
máximo de cento e vinte dias a contar da publicação do pre-
sente Estatuto Orgânico. Inspector Superior de 1.ª Classe 3

Inspector Superior de 2.ª Classe 7


ANEXO I —
Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 26.º Inspector Especialista Principal 1

Inspector Especialista de 1.ª Classe 1


Grupo de Pessoal Categoria/Cargo Total
Inspector Especialista de 2.ª Classe 1
Director Nacional e Equiparado 10
1) Direcção e Chefia Chefe de Departamento 18 3) Técnico Inspector Especialista de 3.ª Classe 1
Chefe de Secção 4 Inspector Técnico de 1.ª Classe 2
Assessor Principal 12
Inspector Técnico de 2.ª Classe 2
Primeiro Assessor 12
Assessor 13 Inspector Técnico de 3.ª Classe 4
2) Técnico Superior
Técnico Superior Principal 19 Total 30
Técnico Superior de 1.ª Classe 30
Técnico Superior de 2.ª Classe 50
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
ANEXO III — Organigrama a que se refere o artigo 27.º I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013
2155

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.


2156 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º 121/13 2. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos,


de 23 de Agosto no âmbito das suas atribuições, assegura as relações do
Considerando que o Ministério da Justiça e dos Direitos Executivo com a administração da justiça, sem prejuízo das
Humanos é um Departamento Ministerial, auxiliar do competências dos órgãos judiciais.
Presidente da República e Titular do Poder Executivo, no ARTIGO 2.º
exercício da função administrativa; (Atribuições)
Havendo necessidade de dotar o Ministério da Justiça O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, na pros-
e dos Direitos Humanos do respectivo Estatuto Orgânico, secução da sua missão, tem as seguintes atribuições:
em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 53.º do a) Conceber, fixar, traçar e conduzir a política de
Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/12, de 15 de Outubro, administração da justiça;
que aprova a Organização e Funcionamento dos Órgãos b) Conceber, fixar, traçar e conduzir a política de pro-
Auxiliares do Presidente da República. moção e protecção dos direitos humanos;
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- c) Elaborar e propor normas jurídicas sobre a organi-
nea g) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da zação dos Tribunais;
Constituição da República de Angola, o seguinte: d) Exercer a supervisão, coordenação e orientação
ARTIGO 1.º metodológica sobre a actividade orgânica dos
(Aprovação) Tribunais Provinciais e Municipais;
É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério da e) Tomar medidas com vista a realizar uma justiça
Justiça e dos Direitos Humanos, anexo ao presente Decreto que vise harmonizar todas as tendências sociais
Presidencial e que dele é parte integrante. do País;
ARTIGO 2.º f) Assegurar o funcionamento adequado do sistema
(Revogação) de administração da justiça no plano judiciário
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no e nos domínios da segurança do tráfego jurídico,
presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial da prevenção de litígios e da resolução não juris-
n.º 236/12, de 4 de Dezembro. dicional de conflitos;
ARTIGO 3.º g) Providenciar a adopção das medidas normativas
(Dúvidas e omissões) adequadas à prossecução das políticas de justiça
As dúvidas e omissões suscitadas da interpretação e apli- definidas pelo Executivo, bem como, assegurar
cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente o estudo, elaboração e acompanhamento da
da República. execução das medidas normativas integradas na
ARTIGO 4.º área da justiça;
(Entrada em vigor) h) Recrutar, formar, promover, bem como exercer o
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data poder disciplinar sobre os oficiais de justiça e
da sua publicação. Apreciado em Conselho de Ministros, em demais pessoal do regime geral;
Luanda, aos 29 de Maio de 2013. i) Assegurar a formação de quadros necessários para
Publique-se. o exercício de funções específicas na área da
justiça;
Luanda, aos 15 de Agosto de 2013.
j) Gerir os recursos humanos afectos à administração
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. da justiça, sem prejuízo da competência própria
de outros órgãos;
ESTATUTO ORGÂNICO k) Assegurar a cooperação jurídica e judiciária com
DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA outros governos e organizações internacionais;
E DOS DIREITOS HUMANOS l) Assessorar juridicamente todas as estruturas e enti-
dades do Executivo, desde que a ele recorram
CAPÍTULO I e estejam autorizadas pelas autoridades compe-
Natureza e Atribuições tentes;
ARTIGO 1.º m) Estudar, propor e colaborar nos trabalhos de ela-
(Natureza) boração e sistematização da legislação do País,
1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos na divulgação do direito e na formação da cons-
é o Departamento Ministerial auxiliar do Presidente da ciência jurídica e social do cidadão;
República que tem por missão propor a formulação, bem n) Elaborar o plano legislativo anual do Ministério a
como conduzir, executar e avaliar as políticas de justiça e ser submetido à aprovação do Titular do Poder
de promoção, protecção e observância dos direitos humanos. Executivo;
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2157

o) Assumir a responsabilidade dos registos públi- d) Direcção Nacional do Arquivo de Identificação


cos, nomeadamente, civil, comercial, predial, Civil e Criminal;
automóvel e dos demais bens móveis sujeitos a e) Direcção Nacional dos Direitos Humanos;
registo, nos termos da lei; f) Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de
p) Coordenar as actividades relativas aos direitos Litígios;
humanos, ao direito de asilo e às acções decor- g) Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Huma-
rentes das convenções de combate à droga; nos.
q) Assegurar e promover o respeito pelos direitos 6. Serviços Executivos Locais:
humanos nos diversos domínios, em todo o terri- a) Delegações Provinciais da Justiça e dos Direitos
tório nacional, representando o Estado angolano Humanos;
em todos os fora internacionais em matéria de b) Comités dos Direitos Humanos.
direitos humanos; 7. Órgãos Tutelados:
r) Garantir o intercâmbio entre o Ministério e demais a) Cofre Geral de Justiça;
organismos que juridicamente intervêm na b) Instituto Nacional de Estudos Judiciários;
protecção dos direitos políticos, económicos e c) Guiché Único da Empresa;
sociais dos cidadãos; d) Balcão Único do Empreendedor;
s) Criar mecanismos de controlo das políticas traça- e) Guiché do Imóvel;
das para o exercício da promoção e protecção f) Unidade Técnica Operacional e de Gestão da Base
dos direitos humanos; de Dados Jurídica dos PALOP-UTO-G.
t) Propor medidas de prevenção da violação dos prin-
CAPÍTULO III
cípios fundamentais dos direitos humanos;
Organização em Especial
u) Efectuar estudos visando o aperfeiçoamento dos
órgãos que intervêm na observância e respeito SECÇÃO I
Órgãos Centrais de Direcção Superior
pelos direitos humanos;
v) Desenvolver outras actividades que lhe sejam aco- ARTIGO 4.º
(Ministro e Secretários de Estado)
metidas por lei.
1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos é
CAPÍTULO II dirigido pelo respectivo Ministro, que coordena toda a sua
Organização em Geral actividade e o funcionamento dos órgãos e serviços que o
ARTIGO 3.º integram.
(Estrutura orgânica) 2. No exercício das suas funções, o Ministro da Justiça
1. Órgãos Centrais de Direcção Superior: e dos Direitos Humanos é coadjuvado por Secretários de
a) Ministro; Estado, a quem pode delegar competências para acompa-
b) Secretários de Estado. nhar, tratar e decidir os assuntos relativos à actividade e ao
2. Órgãos Consultivos: funcionamento dos serviços que lhe forem afectos.
a) Conselho Consultivo; ARTIGO 5.º
(Competências do Ministro)
b) Conselho de Direcção.
3. Serviços de Apoio Técnico: No exercício das suas funções, compete ao Ministro da
a) Secretaria Geral; Justiça e dos Direitos Humanos:
b) Gabinete de Inspecção; a) Coordenar todas as tarefas do Ministério;
c) Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos; b) Representar o Ministério em todos os fora;
d) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística; c) Estabelecer relações com as demais entidades
e) Gabinete de Intercâmbio; e serviços de acordo com a conveniência do
f) Gabinete de Tecnologias de Informação; Ministério;
g) Gabinete de Recursos Humanos; d) Apreciar a eficácia social da actividade dos Tribu-
h) Gabinete de Auditoria Interna. nais;
4. Órgãos de Apoio Instrumental: e) Analisar as causas sociais das violações das leis
a) Gabinete do Ministro; e tomar ou propor medidas visando pôr fim as
b) Gabinetes dos Secretários de Estado. mesmas;
5. Serviços Executivos Centrais: f) Informar-se na base de processos julgados defini-
a) Direcção Nacional da Política de Justiça; tivamente sobre a prática judiciária, tomando
b) Direcção Nacional de Administração da Justiça; a iniciativa de propor ao Tribunal Supremo e
c) Direcção Nacional dos Registos e do Notariado; aos demais Tribunais Superiores, a elaboração
2158 DIÁRIO DA REPÚBLICA

e emissão de resoluções e directrizes sobre c) Directores Nacionais e equiparados;


as questões mais importantes de aplicação do d) Chefes de Departamento dos Serviços Centrais do
direito, cabendo-lhe comunicar a sua posição Ministério;
relativamente a decisões definitivas que atentem e) Delegados Provinciais;
gravemente contra o princípio da administração f) Chefe dos Departamentos Provinciais, demais
da justiça; funcionários e outras entidades que o Ministro
g) Assegurar, em estreita colaboração com o Conse- entenda convidar.
lho Superior da Magistratura Judicial, os meios 3. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente duas
humanos e materiais necessários ao funciona- vezes por ano e extraordinariamente sempre que convocado
mento dos Tribunais Provinciais e Municipais; pelo Ministro.
h) Tutelar o organismo que procede ao recrutamento 4. O Conselho Consultivo rege-se por um regulamento
e a formação dos Magistrados Judiciais e do interno a ser aprovado pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
Ministério Público e dos demais operadores Humanos.
judiciais, assumindo a responsabilidade pelas ARTIGO 9.º
estratégias de formação e pela cultura nelas (Conselho de Direcção)
implementada e difundida; 1. O Conselho de Direcção é um órgão de apoio ao
i) Desenvolver as demais actividades previstas na Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos em matéria de
legislação em vigor. programação, organização e coordenação das actividades do
ARTIGO 6.º Ministério.
(Forma dos Actos) 2. O Conselho de Direcção é presidido pelo Ministro da
1. No exercício das suas competências o Ministro exara Justiça e dos Direitos Humanos e tem a seguinte composição:
decretos executivos e despachos, no âmbito dos poderes a) Secretários de Estado;
delegados pelo Presidente da República, Titular do Poder b) Secretário Geral;
Executivo. c) Directores Nacionais e equiparados.
2. Sempre que resultar de acto normativo ou da natureza 3. O Conselho de Direcção reúne ordinariamente uma
das matérias, os actos referidos no número anterior podem vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado
ser conjuntos. pelo Ministro.
3. Os serviços competentes do Ministério da Justiça e dos 4. O Conselho de Direcção rege-se por um regulamento
Direitos Humanos devem assegurar a publicação em Diário interno a ser aprovado pelo Ministro.
da República dos actos referidos nos números anteriores. 5. O Presidente do Conselho de Direcção pode, em maté-
4. Em matéria de natureza interna o Ministro emite ria de elevada complexidade, convocar técnicos pertencentes
ordens de serviço, circulares e directivas.
ou não ao quadro de pessoal do Ministério, a participar nas
ARTIGO 7.º sessões.
(Competências dos Secretários de Estado)
SECÇÃO III
1. Ao Secretário de Estado para os Direitos Humanos, Serviços de Apoio Técnico
compete, entre outras, auxiliar o Ministro nas questões rela-
ARTIGO 10.º
tivas à promoção e protecção dos direitos humanos.
(Secretaria Geral)
2. Ao Secretário de Estado para a Justiça, compete, entre
outras, auxiliar o Ministro nas questões relativas às áreas dos 1. A Secretaria Geral tem por missão ocupar-se da gene-
tribunais, dos registos e do notariado e de identificação civil ralidade das questões administrativas comuns a todos os
e criminal. serviços do Ministério, de questões de âmbito social, orça-
mento, património, relações públicas e transportes.
SECÇÃO II
Órgãos Consultivos 2. A Secretaria Geral prossegue as seguintes atribuições:
a) Prestar assistência técnica e administrativa ao
ARTIGO 8.º
(Conselho Consultivo) Gabinete do Ministro e Secretários de Estado,
1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta da direc- ao Conselho Consultivo e ao Conselho de Direc-
ção do Ministério, ao qual incumbe pronunciar-se sobre os ção e acompanhar a execução das deliberações
assuntos a ele submetidos pelo Ministro da Justiça e dos destes últimos, bem como preparar e controlar a
Direitos Humanos. execução do orçamento dos diversos serviços e
2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro da organismos do Ministério;
Justiça e dos Direitos Humanos e tem a seguinte composição: b) Assegurar a aquisição e a manutenção dos bens
a) Secretários de Estado; e equipamentos necessários ao funcionamento
b) Secretário Geral; corrente do Ministério;
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2159

c) Controlar a gestão do seu património, em articula- tutelados ou superintendidos pelo Ministério da Justiça e dos
ção com os competentes serviços do Ministério Direitos Humanos.
das Finanças; 2. O Gabinete de Inspecção prossegue as seguintes
d) Estudar, programar e coordenar a aplicação de atribuições:
medidas tendentes a promover, de forma perma- a) Realizar auditorias, sindicâncias, inquéritos, ave-
nente e sistemática, a inovação, modernização e riguações e outras acções inspectivas que lhe
a política de qualidade, acompanhando os pro- sejam ordenadas ou autorizadas, assegurando o
cessos de avaliação e certificação da qualidade acompanhamento das recomendações emitidas;
dos serviços; b) Realizar inspecções com vista a avaliar o cumpri-
e) Assegurar o serviço geral de gestão orçamental dos mento das missões, das normas e das instruções
serviços e organismos do Ministério; aplicáveis à actividade dos serviços e entidades
f) Elaborar o relatório de contas de gerência do Minis- objecto de inspecção;
tério e submeter à apreciação do Ministro; c) Apreciar queixas, reclamações, denúncias, partici-
g) Assegurar o serviço geral de relações públicas e de pações e exposições e realizar acções inspectivas
protocolo do Ministério e organizar cerimónias na sequência de indícios apurados ou de solici-
oficiais, em articulação com os demais serviços
tações de outras entidades do Estado que lhe
e organismos;
sejam apresentadas por eventuais violações da
h) Assegurar o funcionamento da acção social
legalidade ou por suspeitas de irregularidade ou
complementar a favor dos funcionários, em
deficiência no funcionamento de órgãos, servi-
articulação com os serviços e organismos com-
ços ou organismos do Ministério;
petentes do Executivo;
d) Auditar os procedimentos de controlo interno dos
i) Gerir o arquivo central e o arquivo histórico do
Ministério e acompanhar a organização dos serviços e organismos do Ministério;
arquivos das Direcções e Gabinetes; e) Propor a instauração e instruir processos discipli-
j) Dar parecer prévio e obrigatório sobre todas as pro- nares, de inquérito e de averiguações que forem
postas que envolvam as actividades do órgão, determinados pelo Ministro em sede da sua
das quais resultem compromissos financeiros ou missão inspectiva;
patrimoniais e assegurar o pleno cumprimento f) Supervisionar todo o trabalho de inspecção reali-
pelas partes, das obrigações correspondentes; zado pelas Delegações Provinciais, emitindo
k) Exercer as demais tarefas que lhe sejam delegadas directivas e efectuando actividades de ajuda e
pelo Ministro. controlo;
3. A Secretaria Geral compreende os seguintes serviços: g) Apresentar propostas de medidas legislativas ou
a) Departamento de Administração e Gestão do Orça-
regulamentares que na sequência da sua actu-
mento;
ação se afigurem pertinentes, em colaboração
b) Departamento de Administração do Património;
com a Direcção Nacional da Política de Justiça,
c) Departamento de Relações Públicas e Expediente;
bem como propor a adopção de medidas tenden-
d) Centro de Documentação e Informação;
e) Repartição de Transportes; tes a assegurar ou restabelecer a legalidade dos
f) Repartição de Protecção Física. actos praticados pelos serviços e organismos do
4. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral, Ministério;
com a categoria de Director Nacional, que assume a figura h) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
de organizador e gestor da execução orçamental e financeira gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
do Ministério, actuando por conseguinte, sob a dependência Humanos.
conjunta do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos e do 3. O Gabinete de Inspecção é dirigido por um Inspector
Ministro das Finanças. Geral, com a categoria de Director Nacional e compreende
5. A Secretaria Geral rege-se por um regulamento pró-
os seguintes serviços:
prio, a aprovar por Decreto Executivo do Ministro da Justiça
a) Departamento de Inspecção e Instrução;
e dos Direitos Humanos.
b) Departamento de Estudos, Programação e Análise
ARTIGO 11.º
(Gabinete de Inspecção) Económica e Financeira.
1. O Gabinete de Inspecção tem por missão desempenhar 4. O Gabinete de Inspecção rege-se por um regulamento
as funções de auditoria, inspecção e fiscalização relativa- próprio, a aprovar por Decreto Executivo do Ministro da
mente a todas as entidades, serviços e organismos dirigidos, Justiça e dos Direitos Humanos.
2160 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 12.º j) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-


(Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos)
gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
1. O Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos é o serviço Humanos.
que assiste o Ministro, os Secretários de Estado, os demais 3. O Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos é dirigido
órgãos dos Ministérios, bem como outras estruturas e inte- por um Director e integra os seguintes serviços:
ressados, desde que autorizado pelo Ministro, em questões a) Departamento Técnico-Jurídico e Contencioso;
de ordem jurídica. b) Departamento de Assuntos Religiosos;
2. O Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos prossegue c) Repartição Técnica para Pessoas Colectivas sem
as seguintes competências: Fins Lucrativos;
a) Assegurar o serviço de assessoria jurídica aos d) Secção de Expediente.
Gabinetes do Ministro e Secretários de Estado, 4. O Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos rege-se por
designadamente através da emissão de estudos, um regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo
informações e pareceres, apreciação de reclama- do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
ções e recursos hierárquicos que àqueles sejam ARTIGO 13.º
dirigidos; (Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)
b) Elaborar peças processuais em acções e recursos 1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é o
em que sejam visados actos praticados pelos serviço de natureza multidisciplinar que tem como missão
Membros do Executivo, bem como, de actos assegurar a planificação, a informação estatística e a respec-
praticados por titulares de cargos de direcção tiva gestão no sector da justiça e dos direitos humanos.
e chefia dos serviços do Ministério, desde que 2. Ao Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
orientado pelo Ministro, e não caiba exclusiva- compete:
mente ao Ministério Público; a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma-
c) Organizar e instruir outros processos de natureza nos em matéria de planificação e elaboração
contenciosa que não sejam da competência de dos planos e programas de desenvolvimento
outro serviço ou organismo e que lhe sejam do sector da justiça e dos direitos humanos, em
superiormente determinados; articulação com a Direcção Nacional da Política
d) Instruir os processos referentes à atribuição de de Justiça;
personalidade jurídica às associações privadas, b) Preparar e acompanhar a execução dos investimen-
sindicatos, fundações e igrejas; tos públicos no sector da justiça, em colaboração
e) Elaborar os projectos legislativos e regulamenta- com a Direcção Nacional da Política de Justiça;
res que lhe sejam orientados pelo Ministro em c) Elaborar medidas de política e estratégia global
articulação com a Direcção Nacional da Política do sector, com base nos indicadores macroe-
de Justiça e emitir parecer sobre iniciativas da conómicos disponíveis, em articulação com a
mesma natureza provenientes de outros Ministé- Direcção Nacional da Política de Justiça;
rios e organismos, submetidos à sua apreciação d) Conceber, em colaboração com os serviços e
técnica; outros órgãos do Executivo, os planos anuais de
f) Contribuir para o incremento do acesso à informa- Médio e longo prazos e os programas relativos
ção jurídica, designadamente através da recolha, ao sector;
sistematização, actualização, compilação e ano- e) Apoiar a definição das principais opções do Minis-
tação objectiva e divulgação da legislação e tério em matéria orçamental;
jurisprudência produzida ou relevante para a f) Coordenar a recolha, utilização, tratamento e
área da justiça, em articulação com a Direcção análise da informação estatística da justiça e
Nacional da Política de Justiça; promover a difusão dos respectivos resultados,
g) Controlar todas as publicações oficiais e colectâneas no quadro do sistema estatístico nacional;
de legislação, junto do Centro de Documentação g) Propor a definição dos procedimentos a observar
e Informação; pelos serviços e organismos do Ministério, para
h) Emitir parecer sobre a autorização de publicação efeitos da alínea anterior;
de colectâneas de legislação sobre quaisquer h) Estudar e propor as acções necessárias ao aperfei-
matérias; çoamento da produção e da análise estatística de
i) Emitir pareceres sobre questões relativas aos Direi- interesse para a área da justiça, designadamente
tos Humanos, Tratados e Convenções de que tendo em conta as sugestões dos utilizadores da
Angola seja parte; informação estatística;
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2161

i) Desenvolver e assegurar a manutenção das aplica- 4. O Gabinete de Intercâmbio rege-se por um regula-
ções informáticas de suporte às estatísticas da mento próprio, a aprovar por Decreto Executivo do Ministro
justiça e respectivas bases de dados em colabo- da Justiça e dos Direitos Humanos.
ração com a Secretaria Geral; ARTIGO 15.º
(Gabinete de Tecnologias de Informação)
j) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos 1. O Gabinete de Tecnologias de Informação tem por
Humanos. missão conceber, propor e implementar no Ministério a polí-
tica do Executivo no domínio das tecnologias de informação
3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é
e telecomunicação.
dirigido por um Director e integra os seguintes serviços:
2. O Gabinete de Tecnologias de Informação prossegue
a) Departamento de Estudos Económicos e Planifi-
as seguintes atribuições:
cação;
a) Assegurar a permanente e completa adequação dos
b) Departamento de Estatística.
sistemas de informação e telecomunicações às
4. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
necessidades de gestão e operacionalidade dos
rege-se por um regulamento próprio a aprovar por Decreto
órgãos, serviços e organismos integrados no
Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
Ministério;
ARTIGO 14.º b) Assegurar a gestão dos meios afectos a execução
(Gabinete de Intercâmbio)
da política de informatização da área da justiça e
1. O Gabinete de Intercâmbio, é o serviço de coopera- procedimentos relativos à aquisição e utilização
ção entre o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e de equipamento informático e de telecomunica-
os serviços e organismos do Executivo, bem como os órgãos ções;
homólogos de outros Países e Organizações Internacionais. c) Gerir a rede de telecomunicações do Ministério,
2. O Gabinete de Intercâmbio prossegue as seguintes garantindo a sua segurança e operacionalidade,
atribuições: promovendo a unificação de métodos e proces-
a) Participar da elaboração e acompanhar a implemen- sos;
tação das políticas de cooperação internacional d) Promover a elaboração e articulação do plano
no domínio da justiça e dos direitos humanos e estratégico dos sistemas de informação da área,
de outros que sejam relevantes para o Ministé- tendo em atenção a evolução tecnológica e as
rio, em colaboração com a Direcção Nacional de necessidades globais de formação;
Política de Justiça e com o Gabinete de Estudos e) Coordenar e dar parecer sobre a elaboração de
e Análise dos Direitos Humanos; investimentos em matéria de informática e
b) Elaborar propostas com vista a assegurar a par- telecomunicações, dos órgãos, serviços e orga-
ticipação do Ministério nas actividades dos nismos do Ministério, bem como controlar a sua
Organismos Internacionais nos domínios da execução em articulação com estes;
justiça e dos direitos humanos; f) Criar e manter bases de dados de informação na
c) Participar nos trabalhos preparatórios e nas nego- área, designadamente as de acesso geral;
ciações conducentes à celebração de acordos, g) Desenvolver e assegurar a manutenção das apli-
tratados, convenções ou protocolos de coope- cações informáticas de suporte às estatísticas e
respectivas bases de dados;
ração, quando caibam no âmbito do Ministério,
h) Velar pelo bom funcionamento e manuseamento
bem como assegurar a sua execução e acompa-
do equipamento informático e apoiar os uti-
nhamento;
lizadores na exploração, gestão, manutenção
d) Propor a realização de actividades de âmbito
dos equipamentos e sistemas informáticos e de
internacional, nomeadamente, conferências,
telecomunicações;
colóquios, palestras e seminários, sem prejuízo
i) Exercer as demais tarefas que lhe sejam delegadas
das demais áreas do Ministério;
pelo Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
e) Exercer as demais competências que lhe sejam 3. O Gabinete de Tecnologias de Informação é dirigido
delegadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos por um Director e integra os seguintes serviços:
Humanos. a) Departamento de Tecnologias de Informação;
3. O Gabinete de Intercâmbio é dirigido por um Director b) Departamento de Telecomunicações.
e integra os seguintes serviços: 4. O Gabinete de Tecnologias de Informação rege-se por
a) Departamento de Assuntos Multilaterais; regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo do
b) Departamento de Estudos Bilaterais. Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
2162 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 16.º b) Departamento de Recursos Laborais;


(Gabinete de Recursos Humanos)
c) Departamento de Formação e Acção Social.
1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço encar- 4. O Gabinete de Recursos Humanos rege-se por um
regue dos estudos e controlo das actividades do pessoal do regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo do
sector da Justiça e dos Direitos Humanos, nos domínios da Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
força de trabalho, salários, formação e orientação profis-
ARTIGO 17.º
sional, segurança social, protecção e gestão integrada dos (Gabinete de Auditoria Interna)
recursos humanos.
2. O Gabinete de Recursos Humanos tem as seguintes 1. O Gabinete de Auditoria Interna é o serviço encar-
competências: regue de garantir o fomento da cultura de integridade,
a) Elaborar e apresentar propostas em matéria de competência, responsabilidade e transparência, reforçando
políticas de gestão de pessoal; a confiança do cidadão na instituição.
b) Gerir o quadro de pessoal do Ministério relati- 2. O Gabinete de Auditoria Interna prossegue as seguin-
vamente às fases do percurso profissional dos tes atribuições:
funcionários; a) Sensibilizar, prevenir e advertir os funcionários
c) Assegurar, em articulação com os serviços com- sobre as consequências das infracções às regras
petentes da Administração Pública, as acções laborais, ao Código Deontológico e outras práti-
necessárias à prossecução dos objectivos defini-
cas criminais;
dos em matéria de gestão e de administração de
b) Monitorizar de forma permanente a actividade
recursos humanos do Ministério;
dos serviços do Ministério, garantindo o cum-
d) Apreciar o preenchimento das vagas existentes e
zelar pela aplicação de uma política uniforme de primento ético das obrigações por parte dos
admissões; funcionários;
e) Assegurar a gestão integrada do pessoal afecto aos c) Garantir a articulação inter-institucional, colabo-
diversos serviços que integram o Ministério, rando com a Polícia de Investigação Criminal e
nomeadamente o recrutamento, selecção, pro- o Ministério Público, na investigação e instrução
vimento, formação, promoções, transferências, de processos aos funcionários que pratiquem
exonerações, aposentação e outros; actos que configurem infracção criminal;
f) Assegurar o processamento de vencimento e outros d) Facilitar a instrução dos respectivos processos
abonos do pessoal afecto ao Ministério, bem disciplinares e responsabilização administrativa
como proceder à liquidação dos respectivos
dos responsáveis pelos mesmos, sob a coordena-
descontos;
ção com o Gabinete de Inspecção;
g) Participar na elaboração de regras relativas às
e) Proceder à avaliação e gestão do sistema de con-
carreiras de justiça, e acompanhar as condições
trolo interno, garantindo a sua qualidade;
do seu serviço, sem prejuízo das competências
legalmente conferidas às outras instituições; f) Em colaboração com a Secretaria Geral, promover
h) Organizar e manter actualizado os processos indi- actos de sensibilização e reforço da confiança
viduais do pessoal afecto ao Ministério; dos cidadãos, bem como do aumento da trans-
i) Informar ou emitir pareceres sobre reclamações ou parência;
recursos, interpostos no âmbito de processos de g) Participar aos órgãos competentes para a investiga-
recrutamento do pessoal; ção criminal, no âmbito da prossecução das suas
j) Promover a adopção de medidas tendentes a atribuições, os factos com relevância jurídico-
melhorar as condições de prestação de trabalho, -criminal e colaborar com aqueles órgãos na
nomeadamente a higiene, saúde e segurança; obtenção de provas, sempre que isso for solici-
k) Elaborar o plano de formação anual do Ministério,
tado;
promovendo as respectivas inscrições e proce-
h) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
dendo a avaliação dos resultados;
gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
l) Exercer as demais funções que lhe sejam delegadas
Humanos.
pelo Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
3. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um 3. O Gabinete de Auditoria Interna é dirigido por um
Director e integra os seguintes serviços: Director e compreende os seguintes serviços:
a) Departamento de Gestão Provisional, Protecção e a) Departamento de Análise e Ética;
Higiene no Trabalho; b) Departamento de Reforço Institucional.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2163

4. O Gabinete de Auditoria Interna rege-se por um organismos do Ministério, em articulação com o


regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo do Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos;
Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos. h) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
SECÇÃO IV gadas pelo Ministro.
Órgãos de Apoio Instrumental 3. A Direcção Nacional da Política de Justiça é dirigida
ARTIGO 18.º por um Director e compreende os seguintes serviços:
(Gabinete do Ministro) a) Departamento de Estudos e Legislação;
O Gabinete do Ministro da Justiça e dos Direitos b) Departamento de Acompanhamento às Delegações
Humanos tem a composição, atribuições, forma de pro- Provinciais.
vimento e categoria do pessoal definido na legislação em 4. A Direcção Nacional da Política de Justiça rege-se por
vigor. um regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo
ARTIGO 19.º do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
(Gabinetes dos Secretários de Estado)
ARTIGO 21.º
Os Gabinetes dos Secretários de Estado têm a composi- (Direcção Nacional de Administração da Justiça)
ção, atribuições, forma de provimento e categorias definidas 1. A Direcção Nacional de Administração da Justiça tem
por lei. por missão estudar, conceber e controlar a execução das
SECÇÃO V acções e medidas relativas à organização e funcionamento
Serviços Executivos Centrais
das instituições judiciais.
ARTIGO 20.º 2. A Direcção Nacional de Administração da Justiça
(Direcção Nacional da Política de Justiça) prossegue as seguintes atribuições:
1. A Direcção Nacional da Política de Justiça tem por a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma-
missão prestar apoio técnico, preparar e acompanhar as polí- nos na definição da política de organização e
ticas e reformas do sector da justiça a adoptar pelo Executivo gestão dos tribunais;
e coordenar as estratégias com vista à sua execução. b) Participar na realização de estudos tendentes à sua
2. A Direcção Nacional da Política de Justiça prossegue modernização e à racionalização dos meios, pro-
as seguintes atribuições:
pondo e executando as medidas adequadas, em
a) Apoiar o Ministro na concepção, acompanhamento
articulação com a Direcção Nacional da Política
e avaliação das políticas, prioridades e objecti-
de Justiça, bem como colaborar com o Gabinete
vos do Ministério, bem como a sua definição e
de Tecnologias de Informação, na implemen-
execução;
tação, no funcionamento e na evolução dos
b) Auxiliar no desenvolvimento de planos estraté-
sistemas de informação dos tribunais;
gicos da rede judiciária e demais serviços da
c) Executar o expediente relativo às cartas rogatórias
administração da justiça, bem como, antecipar
e outros actos de jurisdição estrangeira cujo
e acompanhar a caracterização, localização e
cumprimento for solicitado;
actividade dos mesmos;
d) Programar e executar as acções relativas à gestão
c) Estudar as normas de direito internacional aplicá-
e administração dos funcionários dos Cartórios
veis ou em relação às quais o Estado angolano se
pretenda vincular, bem como, estudar a jurispru- dos Tribunais Provinciais e Municipais, em cola-
dência, a doutrina e a política comunitárias, em boração com a Direcção Nacional dos Recursos
colaboração com o Gabinete de Intercâmbio e Humanos;
com o Gabinete de Assuntos Técnico-Jurídicos; e) Programar e executar as acções de formação ini-
d) Coordenar as acções de execução da política e a cial e subsequente dos funcionários de justiça e
estratégia das medidas estabelecidas nos planos colaborar nas acções que lhes sejam dirigidas,
de desenvolvimento do sector; em colaboração com a Direcção Nacional dos
e) Colaborar com os outros serviços e organismos do Recursos Humanos;
Ministério em matéria de interesse comum; f) Colaborar com o Gabinete de Estudos Planeamento
f) Auscultar e acompanhar, junto das delegações e Estatística na recolha, tratamento e difusão
provinciais, a implementação dos projectos dos elementos de informação, de natureza esta-
referentes às políticas de justiça, propondo cor- tística, relativos aos tribunais, nomeadamente
recções sempre que necessário; relatórios, circulares, sugestões e similares;
g) Elaborar e divulgar manuais práticos sobre a g) Programar as necessidades de instalações para os
aplicação de regimes jurídicos relevantes para a tribunais em colaboração com o Gabinete de
actividade administrativa comum dos serviços e Estudos, Planeamento e Estatística, no plane-
2164 DIÁRIO DA REPÚBLICA

amento e na execução de obras de construção, neamento e Estatística, no planeamento e na


remodelação ou conservação; execução de obras de construção, remodelação
h) Assegurar o fornecimento e a manutenção dos e conservação;
equipamentos dos tribunais, em articulação com g) Assegurar a conservação do equipamento informá-
a Secretaria Geral; tico necessário ao funcionamento dos serviços
i) Coordenar a elaboração, a execução e a avaliação de registos e do notariado, em articulação com o
da gestão orçamental, financeira e contabilística Gabinete de Tecnologias de Informação;
dos Tribunais Provinciais e Municipais; h) Coordenar e controlar o processamento das com-
j) Auxiliar na recolha, tratamento e análise de infor- participações emolumentares dos funcionários
mação estatística dos Tribunais, no quadro do dos registos e do notariado, nos termos da legis-
sistema estatístico nacional; lação em vigor;
k) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele- i) Participar na execução de estudos tendentes à
gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos reorganização e modernização dos registos e do
Humanos. notariado e colaborar com a Direcção Nacional da
3. A Direcção Nacional de Administração da Justiça é Política de Justiça e o Gabinete de Tecnologias de
dirigida por um Director e integra os seguintes serviços: Informação, na implementação, funcionamento e
a) Departamento de Apoio à Gestão dos Tribunais, evolução dos respectivos sistemas de informação;
Magistrados Judiciais e Cooperação Judiciária; j) Participar na instrução dos processos de atribuição
b) Departamento de Apoio à Justiça Juvenil e à Infân- da nacionalidade e de alteração do nome;
cia. k) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
4. A Direcção Nacional de Administração da Justiça gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
rege-se por um regulamento próprio, a aprovar por Decreto Humanos.
Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos. 3. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado é diri-
ARTIGO 22.º gida por um Director e integra os seguintes Departamentos
(Direcção Nacional dos Registos e do Notariado)
e Serviços:
1. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado i. Departamentos:
tem por missão dirigir, orientar e coordenar os serviços de a) Departamento Técnico;
registo civil, predial, comercial, de automóveis, navios, do
b) Departamento de Administração;
notariado e das associações privadas e igrejas.
c) Departamento de Apoio aos Serviços Integrados.
2. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado
ii. Serviços:
prossegue as seguintes atribuições:
a) Conservatória dos Registos Centrais;
a) Apoiar o Ministério na formulação e concretização
b) Conservatórias do Registo Civil;
das políticas relativas aos registos e ao notariado
c) Conservatórias do Registo Predial;
e acompanhar a execução das medidas delas
d) Conservatórias do Registo Comercial;
decorrentes;
e) Conservatórias do Registo Automóvel;
b) Coordenar, apoiar, avaliar e fiscalizar a actividade
f) Ficheiro Central das Denominações Sociais;
das Conservatórias e dos Cartórios Notariais e
g) Cartórios Notariais;
propor a uniformização de normas e técnicas
h) Lojas dos Registos.
relativas à actividade dos registos e do notariado;
4. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado
c) Colaborar com os serviços e organismos do Minis-
rege-se por um regulamento próprio, a aprovar por Decreto
tério, na programação das acções de formação e
Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
gestão dos recursos humanos dos registos e do
ARTIGO 23.º
notariado;
(Direcção Nacional do Arquivo de Identificação Civil e Criminal)
d) Controlar a actividade dos registos e do notariado
1. A Direcção Nacional do Arquivo de Identificação
e instaurar processos disciplinares sobre os fun-
cionários integrados nestes serviços; Civil e Criminal tem por missão conceber, preparar, exe-
e) Colaborar com o Gabinete de Estudos, Planea- cutar e acompanhar as políticas e programas relativos aos
mento e Estatística na recolha, tratamento e serviços de identificação civil e criminal, bem como, organi-
difusão de dados estatísticos, relativos aos regis- zar e actualizar o arquivo central respectivo.
tos e ao notariado; 2. A Direcção Nacional do Arquivo de Identificação
f) Programar as necessidades de instalação de ser- Civil e Criminal prossegue as seguintes atribuições:
viços dos registos e dos Cartórios Notariais, a) Apoiar a Direcção Nacional da Política de Justiça
colaborando com o Gabinete de Estudos, Pla- na formulação e concretização das políticas e
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2165

programas relativos à identificação civil e crimi- a representação em Organizações Internacionais


nal e acompanhar a execução das medidas delas no âmbito dos direitos humanos;
decorrentes; f) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
b) Efectuar a emissão de bilhetes de identidade e de gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
certificados de registo criminal; Humanos.
c) Coordenar a organização e funcionamento dos 3. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos é dirigida
serviços de si dependentes e efectuar estudos por um Director e integra os seguintes serviços:
relativos ao seu aperfeiçoamento; a) Departamento para Promoção e Protecção dos
d) Organizar e manter actualizado o arquivo central; Direitos Civis e Políticos;
e) Cooperar com entidades congéneres e afins, no b) Departamento para Promoção e Protecção dos
âmbito da identificação civil e criminal; Direitos Económicos, Sociais, Culturais e
f) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele- Ambientais;
gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos c) Departamento de Acompanhamento aos Comités
Humanos. dos Direitos Humanos;
3. A Direcção Nacional do Arquivo de Identificação Civil d) Departamento para Elaboração de Planos e Relató-
e Criminal é dirigida por um Director e integra os seguintes rios Anuais sobre Direitos Humanos.
serviços: 4. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos rege-se por
a) Departamento de Administração; um regulamento próprio, a aprovar por Decreto Executivo do
b) Departamento do Arquivo Central e de Verificação Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.
de Dados; ARTIGO 25.º
(Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de Litígios)
c) Departamento de Identificação Criminal.
4. A Direcção Nacional do Arquivo de Identificação Civil 1. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de
e Criminal rege-se por um regulamento próprio, a aprovar Litígios tem por missão promover o acesso ao direito por
por Decreto Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos meios alternativos de resolução de conflitos.
Humanos. 2. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de
ARTIGO 24.º
Litígios prossegue as seguintes atribuições:
(Direcção Nacional dos Direitos Humanos) a) Apoiar a criação e assegurar o funcionamento dos
1. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos tem por meios extrajudiciais de resolução de conflitos,
missão zelar pela defesa e observância dos direitos humanos, designadamente a negociação, mediação, conci-
de harmonia com os princípios consagrados na Constituição, liação e a arbitragem;
na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Carta b) Desenvolver e promover mecanismos que assegu-
Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e demais rem a divulgação e conhecimento dos métodos
instrumentos jurídicos internacionais relativos aos direitos alternativos de resolução de conflitos;
humanos, de que Angola seja Parte. c) Conceber, operacionalizar e executar projectos de
2. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos prossegue modernização no domínio dos meios extrajudi-
as seguintes atribuições: ciais de resolução de conflitos, em todas as suas
a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma- dimensões;
nos na formulação e concretização das políticas d) Colaborar com os serviços e organismos do
relativas à preservação dos direitos humanos Ministério na promoção de acções de formação
e acompanhar a execução das medidas delas e gestão de pessoal técnico para a negociação,
decorrentes; mediação, conciliação e arbitragem;
b) Promover o intercâmbio com as demais institui- e) Realizar estudos no domínio das suas atribuições,
ções em matéria de direitos humanos; propor medidas adequadas e instruir, nos termos
c) Efectuar estudos relativos ao aperfeiçoamento dos legais, os processos administrativos de autoriza-
órgãos e serviços que intervêm na realização ção do funcionamento dos métodos alternativos
da justiça, assegurando o respeito dos direitos de resolução de conflitos;
humanos, em colaboração com a Direcção f) Prestar apoio às entidades que intervenham nas
Nacional de Política de Justiça; áreas de métodos alternativos de resolução de
d) Promover a cultura pelo respeito dos direitos conflitos, assim como, proceder ao acompanha-
humanos junto dos órgãos do Estado, das empre- mento da sua actividade;
sas e dos cidadãos; g) Exercer as demais atribuições que lhe sejam dele-
e) Cooperar com entidades congéneres e afins, gadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
nacionais ou estrangeiras, bem como assegurar Humanos.
2166 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de ARTIGO 28.º


(Órgãos tutelados)
Litígios é dirigida por um Director e integra os seguintes
serviços: 1. Os Órgãos Tutelados pelo Ministério da Justiça e dos
a) Departamento de Acesso ao Direito; Direitos Humanos são estruturas com personalidade jurídica
b) Departamento de Apoio às Comunidades; própria, autonomia administrativa, financeira e de gestão,
c) Departamento dos Serviços de Mediação, Conci- conforme os casos, os quais exercem funções específicas.
2. São Órgãos Tutelados pelo Ministério da Justiça e dos
liação e Arbitragem.
Direitos Humanos:
4. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial
a) O Cofre Geral de Justiça;
de Litígios rege-se por um regulamento próprio, a aprovar
b) O Instituto Nacional de Estudos Judiciários;
por Decreto Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos
c) O Guiché Único da Empresa;
Humanos.
d) O Balcão Único do Empreendedor;
ARTIGO 26.º
(Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Humanos) e) O Guiché do Imóvel;
f) A Unidade Técnica Operacional e de Gestão da
1. O Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Humanos
Base de Dados Jurídica dos PALOP-UTO-G.
tem por missão preparar e coordenar a elaboração das estra-
3. Os Serviços Tutelados regem-se por regulamento
tégias globais do sector tendo em conta as políticas, planos e
próprio.
projectos a desenvolver no domínio dos Direitos Humanos e
velar pelo acompanhamento da sua execução. CAPÍTULO IV
2. O Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Humanos Pessoal
prossegue as seguintes atribuições: ARTIGO 29.º
a) Promover estudos e projectos no domínio dos (Quadro de pessoal e organigrama)
direitos humanos e velar pela sua implementa- 1. O quadro de pessoal e o organigrama do Ministério
ção; da Justiça e dos Direitos Humanos constam dos Mapas I e II
b) Assegurar a recolha, tratamento, análise e con- anexos ao presente Estatuto, do qual fazem parte integrante.
solidação de dados e promover a difusão da 2. O quadro de pessoal referido no número anterior pode
respectiva informação; ser alterado por Decreto Executivo Conjunto dos Ministros
c) Efectuar estudos relativos ao aperfeiçoamento dos da Justiça e dos Direitos Humanos, da Administração
órgãos e serviços que intervêm na realização Pública, Trabalho e Segurança Social e das Finanças.
da justiça e assegurar o respeito pelos direitos ARTIGO 30.º
(Provimento)
humanos;
d) Exercer as demais atribuições que lhe sejam con- As condições de ingresso, progressão e acesso nas cate-
feridas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos gorias e carreiras, mobilidade ou permuta de pessoal são
Humanos. regidas pela legislação em vigor.
3. O Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Humanos CAPÍTULO V
é dirigido por um Director e integra os seguintes serviços: Disposições Finais
a) Departamento de Estudos e Análise sobre Direitos
ARTIGO 31.º
Humanos; (Orçamento)
b) Departamento de Implementação da Política 1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos dispõe
Nacional dos Direitos Humanos. de orçamento próprio para o seu funcionamento, cuja gestão
4. O Gabinete de Estudos e Análise dos Direitos Humanos obedece às regras estabelecidas na legislação em vigor.
rege-se por um regulamento próprio, a aprovar por Decreto 2. Os órgãos tutelados dispõem de orçamento próprio e
Executivo do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos. autónomo destinado à cobertura dos encargos decorrentes da
SECÇÃO VI sua actividade, sendo a sua gestão da responsabilidade dos
Serviços Executivos Locais e Tutelados respectivos titulares de acordo com a legislação em vigor.
ARTIGO 27.º ARTIGO 32.º
(Serviços Executivos Locais) (Regulamentos Internos)
1. Em cada província existe uma Delegação Provincial Os regulamentos internos dos serviços que compõem a
do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, dirigida estrutura orgânica do Ministério da Justiça e dos Direitos
por um Delegado Provincial que na respectiva Província Humanos e os quadros de pessoal dos serviços tutelados são
representa o Ministro e os Comités dos Direitos Humanos. aprovados por Decreto Executivo do Ministro da Justiça
2. As Delegações Provinciais regem-se por regulamento e dos Direitos Humanos, após a publicação do presente
interno e têm quadro de pessoal próprio. Estatuto Orgânico.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2167

ANEXO I — Quadro de Pessoal de Regime Especial a que se refere o n.º 1 do artigo 29.º
Grupo de Lugares
Categoria/Cargo
Pessoal Número de Lugares Criados Ocupados A preencher Vagas Criadas
Magistrados

Juízes de Direito 700 168 532 532

Juízes Municipais 1500 94 1406 1406

Secretário Judicial 500 49 451 451

Escrivão de Direito de 1.ª Classe 1000 193 807 807


Carreira de Escrivão

Escrivão de Direito de 2.ª Classe 1500 81 1419 1419

Escrivão de Direito de 3.ª Classe 2000 215 1785 1785

Ajudante de Escrivão de 1.ª Classe 1500 122 1378 1378

Ajudante de Escrivão de 2.ª Classe 1500 19 1481 1481

Ajudante de Escrivão de 3.ª Classe 2000 316 1684 1684

Oficial de Diligência de 1.ª Classe 1000 - 1000 1000


Carreira de

Diligência
Oficial de

Oficial de Diligência de 2.ª Classe 1000 - 1000 1000

Oficial de Diligência de 3.ª Classe 2000 510 1490 1490

Conservador de 1.ª Classe 45 26 19 19


Conservador
Carreira de

Conservador de 2.ª Classe 46 8 38 38

Conservador de 3.ª Classe 48 26 22 22

Conservador-Adjunto 250 81 169 169

Notário de 1.ª Classe 45 16 29 29


Carreira de

Notário de 2.ª Classe 45 7 38 38


Notário

Notário de 3.ª Classe 45 14 31 31

Notário-Adjunto 119 51 68 68
Ajudante Principal 150 77 73 73
Carreira de Oficial

Primeiro Ajudante 200 175 25 25


dos Registos

Segundo Ajudante 462 438 24 24


Oficial Aux. Princ. de Conser. 352 - 352 352
Oficial Aux. de Conser. de 1.ª Classe 353 - 353 353
Oficial Aux. de Conser. de 2.ª Classe 2000 391 1609 1609
Ajudante Principal 70 25 45 45
Carreira de Oficial

Primeiro Ajudante 70 45 25 25
de Notariado

Segundo Ajudante 482 91 391 391


Oficial Aux. Princ. de Notário 87 - 87 87
Oficial Aux. de Notário de 1.ª Classe 104 - 104 104
Oficial Aux. de Notário de 2.ª Classe 700 303 397 397
Assessor de Identif. Principal 57 5 52 52
Técnica Superior

Assessor de Identif. de 1.ª Classe 225 32 193 193


Carreira

Assessor de Identif. de 2.ª Classe 231 41 190 190

Técnico Sup. Princ. Ident . 382 258 124 124

Emissor Principal 399 135 264 264


Carreira de
Emissor

Emissor de 1.ª Classe 399 89 310 310

Emissor de 2.ª Classe 599 251 348 348

Dactiloscopista Princ. 376 - 376 376


Dactiloscopista
Carreira de

Dactiloscopista de 1.ª Classe 376 - 376 376

Dactiloscopista de 2.ª Classe 2000 351 1649 1649

Inspector Geral 1 1 - -
Carreira de
Inspector

Inspector Geral-Adjunto 1 - 1 1

Inspector 40 11 29 29

Ministro 1 1 - -
Político
Cargo

Secretários de Estados 2 2
2168 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Grupo de Lugares
Categoria/Cargo
Pessoal Número de Lugares Criados Ocupados A preencher Vagas Criadas
Director Nacional e Equiparados 28 28 - -
Director Geral - - - -
Direcção e Chefia

Director Geral-Adjunto - - - -
Chefe de Departamento 88 30 58 58
Chefe de Repartição 201 34 167 167
Chefe de Secção 465 36 429 429
Consultor de Membros do Executivo 8 3 5 5
Assessor Principal 24 3 21 21
Primeiro Assessor 44 13 31 31
Técnico Superior

Assessor 54 07 47 47
Técnico Superior Principal 64 4 60 60
Técnico Superior de 1.ª Classe 137 - 137 137
Técnico Superior de 2.ª Classe 169 30 139 139
Especialista Principal 55 - 55 55
Especialista de 1.ª Classe 246 - 246 246
Técnico

Especialista de 2.ª Classe 256 - 256 256


Técnico de 1.ª Classe 266 - 266 266
Técnico de 2.ª Classe 276 - 276 276
Técnico de 3.ª Classe 286 13 273 273
Técnico Médio Princip. de 1.ª Classe 229 9 220 220
Técnico Médio Princip. de 2.ª Classe 239 1 238 238
Técnico Médio

Técnico Médio Princip. de 3.ª Classe 249 2 247 247


Técnico Médio de 1.ª Classe 258 6 252 252
Técnico Médio de 2.ª Classe 266 7 259 259
Técnico Médio de 3.ª Classe 278 181 97 97
Oficial Administrativo Principal 426 25 401 401
1.º Oficial 434 7 427 427
Administrativo

2.º Oficial 442 14 428 428


3.º Oficial 450 5 445 445
Aspirante 460 11 449 449
Escriturária-Dactilógrafo 470 182 288 288
Motorista de Pesados Principal 73 3 70 70
Motorista de Pesados de 1.ª Classe 83 - 83 83
Motorista de Pesados de 2.ª Classe 94 6 88 88
Motorista de Ligeiros Principal 119 3 116 116
Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe 130 7 123 123
Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe 752 8 744 744
Auxiliar

Telefonista Principal 71 2 69 69
Telefonista de 1.ª Classe 94 - 94 94
Auxiliar Administrativo Principal 300 5 295 295
Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe 350 6 344 344
Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe 470 34 436 436
Auxiliar de Limpeza Principal 203 85 118 118
Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe 545 16 529 529
Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe 555 135 420 420
Encarregado 40 24 16 16
Qualificado
Operário

Operário Qualificado de 1.ª Classe 575 53 522 522

Operário Qualificado de 2.ª Classe 579 45 534 534

Encarregado 37 - 37 37
Operário não
Qualificado

Operário não Qualificado de 1.ª Classe 40 13 27 27

Operário não Qualificado de 2.ª Classe 44 11 33 33


ANEXO II — Organigrama a que refere o n.º 1 do artigo 29.º I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.


2169
2170 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º 122/13 ARTIGO 2.º


de 23 de Agosto (Âmbito)

Na sequência do processo de reestruturação orgânica da O presente Diploma aplica-se a todo o pessoal da Carreira
Direcção Nacional de Impostos, materializada pela apro- Tributária, na qual se integra os seguintes grupos:
vação do Decreto Executivo n.º 75/11, de 12 de Maio, que
a) Pessoal de Direcção;
aprova o regulamento interno da DNI, e, atendendo à espe-
cificidade das actividades do pessoal afecto à DNI, impõe-se b) Pessoal de Chefia;
aprovar um regime jurídico próprio para o exercício de c) Pessoal da Carreira Tributária.
cargos de Direcção e Chefia, bem como uma estrutura de ARTIGO 3.º
carreiras específica, assente numa nomenclatura adequada, e (Legislação subsidiária)
conteúdos funcionais diferenciados; Em tudo que não estiver especificamente regulado no
Atendendo o facto da Direcção Nacional de Imposto ter
presente diploma aplica-se, subsidiariamente, o disposto no
como escopo a administração e gestão do sistema fiscal, tra-
tando-se do serviço do Ministério das Finanças incumbido Regime Geral da Função Pública.
de propor, executar e garantir o cumprimento da política fis- CAPÍTULO II
cal do Estado, impõe-se dotar a mesma de uma estrutura de Pessoal de Direcção e de Chefia
recursos humanos especializada e de elevada competência
técnica e profissional; ARTIGO 4.º
(Cargos de Direcção e de Chefia)
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
nea d) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da 1. A Carreira Tributária dispõe, a nível central, dos
Constituição República de Angola, o seguinte: seguintes cargos de direcção e de chefia:
ARTIGO 1.º a) Director Nacional;
(Aprovação)
b) Chefe de Departamento;
É aprovado o Estatuto do Pessoal da Carreira Tributária, c) Chefe de Secção.
anexo ao presente Diploma e que dele é parte integrante.
2. A Carreira Tributária dispõe, a nível local, dos seguin-
ARTIGO 2.º
tes cargos de chefia:
(Âmbito de aplicação)
a) Chefe de Repartição Fiscal;
O presente Decreto Presidencial aplica-se ao pessoal
b) Adjunto do Chefe de Repartição;
afecto à DNI que se encontre sujeito ao regime da função
pública. c) Chefe de Secção;
d) Chefe do Posto de Atendimento Fiscal.
ARTIGO 3.º
(Dúvidas e omissões) ARTIGO 5.º
(Recrutamento e provimento dos titulares de cargos)
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e apli-
cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da 1. O Director Nacional, o Chefe de Departamento, o
República. Chefe de Repartição, o Adjunto do Chefe de Repartição, o
ARTIGO 4.º Chefe de Secção e o Chefe de Posto de Atendimento Fiscal
(Entrada em vigor) são nomeados em comissão de serviço por despacho do
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data Ministro das Finanças.
da sua publicação. 2. Sem prejuízo das regras definidas no Decreto-Lei
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos n.º 12/94, de 1 de Julho, a nomeação dos titulares de cargos
12 de Junho de 2013. de direcção e chefia obedece aos seguintes critérios:
Publique-se. a) O Director Nacional é provido por um período de
Luanda, aos 15 de Agosto de 2013. 3 anos, renováveis por igual período, de entre
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. os técnicos nacionais, habilitados com licencia-
tura, reconhecida competência técnica, aptidão,
experiência profissional e formação adequada ao
ESTATUTO DO PESSOAL
DA CARREIRA TRIBUTÁRIA exercício das respectivas funções;
b) O Chefe de Departamento é provido por um perí-
CAPÍTULO I odo de 3 anos, renováveis por igual período, de
Objecto e Âmbito de Aplicação entre os funcionários habilitados com licencia-
ARTIGO 1.º tura e avaliação de desempenho no mínimo de
(Objecto) Bom nos últimos 3 anos;
O presente Diploma estabelece o Estatuto do Pessoal, c) O Chefe de Repartição Fiscal e o Adjunto são pro-
enquadrado na Carreira Tributária. vidos por um período de 3 anos, renováveis por
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2171

igual período, de entre os funcionários habilitados CAPÍTULO III


com a licenciatura e avaliação de desempenho no Carreira Tributária
mínimo de Bom, nos últimos 3 anos. ARTIGO 7.º
d) Os Chefes de Secção e de Posto são providos por (Estrutura da carreira)

um período de 3 anos, renováveis por igual A carreira tributária integra os seguintes grupos de
período, de entre os funcionários habilitados pessoal:
com bacharelato e avaliação de desempenho no a) Especialistas tributários;
mínimo de Bom, nos últimos 3 anos. b) Técnicos tributários;
3. Sem prejuízo do disposto no artigo 14.º do Decreto- c) Técnicos de Administração Tributária.
-Lei n.º 12/94, de 1 de Julho, a Comissão de Serviço cessa, ARTIGO 8.º
designadamente, pelos seguintes motivos: (Composição das carreiras)

a) Não comprovação superveniente de capacidade 1. A carreira dos Especialistas Tributários integra as


para garantir a execução das orientações supe- seguintes categorias:
riormente definidas quanto ao funcionamento a) Primeiro Assessor Tributário;
dos serviços e à aplicação das leis tributárias e b) Assessor Tributário;
instruções administrativas; c) Especialista Tributário Principal;
b) Não realização, injustificada e reiterada, dos objec- d) Especialista Tributário de 1.ª Classe;
tivos fixados nos planos de actividades; e) Especialista Tributário de 2.ª Classe.
c) Na sequência de procedimento disciplinar de que 2. A carreira dos Técnicos Tributários integra as seguin-
resulte pena igual ou superior à de multa. tes categorias:
4. Em caso de cessação da Comissão de Serviço pelos a) Técnico Tributário Principal;
motivos indicados nas alíneas a) e b) do n.º 3 do presente b) Técnico Tributário de 1.ª Classe;
artigo, o funcionário não pode ser nomeado para cargos c) Técnico Tributário de 2.ª Classe;
de direcção e chefia tributária antes de decorridos 1 ano d) Técnico Tributário de 3.ª Classe.
ou 3 anos, tratando-se da alínea c), após a cessação do 3. A carreira dos técnicos de administração tributária
exercício do cargo. integra as seguintes categorias:
ARTIGO 6.º a) Técnico Principal de Administração;
(Requisitos para o exercício de cargos de Chefe de Repartição Fiscal b) Técnico de Administração de 1.ª Classe;
e Adjunto do Chefe de Repartição)
c) Técnico de Administração de 2.ª Classe;
1. A nomeação para o exercício de cargos de Chefe d) Técnico de Administração de 3.ª Classe.
de Repartição Fiscal e Adjunto do Chefe de Repartição é ARTIGO 9.º
obrigatoriamente precedida de concurso que ocorre após (Conteúdo funcional da carreira de especialista tributário)
indicação, pelo Director Nacional, das respectivas vagas e o 1. O pessoal integrado na carreira de especialista
prazo para a apresentação das candidaturas. desempenha funções de natureza consultiva, de estudo, de
2. Podem candidatar-se ao concurso referido no número concepção, de investigação e adaptação de métodos e pro-
anterior, os técnicos que integrem a carreira técnica superior cessos fiscais, assegurando as tarefas adequadas à correcta
e a carreira técnica que reúnam os seguintes requisitos: aplicação da política e da legislação tributária, bem como
a) Tenham classificação de serviço não inferior a as de natureza administrativa, necessárias à prossecução das
atribuições dos serviços.
Bom durante 4 anos na categoria de origem;
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior e de
b) Não tenham tido, nos últimos 4 anos, pena discipli-
outras competências previstas em demais legislação aplicá-
nar igual ou superior a multa.
vel compete aos especialistas, designadamente:
3. No caso de igualdade dos concorrentes, são considera- a) Participar na elaboração de estudos e propostas no
dos, sucessivamente, os seguintes critérios: âmbito da política fiscal, de medidas fiscais de
a) Melhor avaliação de desempenho; carácter normativo e acções para o desenvolvi-
b) Maior habilitação literária; mento da inspecção tributária;
c) Maior categoria profissional. b) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e
4. Os titulares de cargos de chefia devem frequentar o ordens superiores;
curso de chefia tributária, cujos métodos de selecção, dura- c) Participar nos trabalhos de negociação, elaboração
ção, conteúdo, bem como a avaliação dos formandos, são e revisão de contratos e acordos relativos aos
definidos por despacho do Ministro das Finanças. regimes especiais de tributação;
2172 DIÁRIO DA REPÚBLICA

d) Elaborar pareceres em questões de especial comple- d) Executar as acções de inspecção tributária, de


xidade nos processos de natureza administrativa âmbito geral ou parcial, de maior complexidade,
e judicial ou sobre consultas formuladas pelos prevenindo e combatendo a fraude e a evasão
contribuintes; fiscal;
e) Executar as acções de justiça fiscal e assegurar a e) Praticar actos de execução no domínio da acção
representação da administração tributária junto tributária ordenados por decisão superior;
dos órgãos judiciais; f) Executar tarefas de índole administrativa conexas
f) Apreciar recursos hierárquicos; com a actividade dos serviços e acções de ins-
g) Levantar Auto de Notícia, nos termos do Código pecção tributária, de âmbito geral ou parcial, de
Geral Tributário, relativamente a infracções média e baixa complexidade;
detectadas; g) Informar os contribuintes sobre os seus direitos e
h) Executar as acções de inspecção tributária, de a melhor e mais correcta forma de cumprimento
âmbito geral ou parcial, de maior complexidade, das suas obrigações tributárias.
prevenindo e combatendo a fraude e a evasão ARTIGO 11.º
fiscal. (Conteúdo funcional da carreira técnica
de administração tributária)
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo e
de outras competências previstas na demais legislação apli- 1. O pessoal integrado na carreira técnica de adminis-
cável, compete em especial aos Especialistas Tributários de tração tributária desempenha funções no âmbito fiscal,
2.ª Classe, exercer as seguintes competências: de natureza executiva de aplicação técnica, com base no
a) Estudar os assuntos de natureza técnica com inci- estabelecimento ou adaptação de métodos e processos,
dência fiscal; enquadrados em directivas bem definidas, exigindo conhe-
b) Emitir parecer sobre requerimentos e exposições cimentos técnicos, teóricos e práticos.
relativos à aplicação de leis fiscais; 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, com-
pete, especificamente, ao pessoal integrado na carreira
c) Informar os contribuintes sobre os seus direitos e a
técnica de administração tributária, o seguinte:
melhor forma de dar cumprimento às respectivas
a) Recolher elementos para prestação de informações
obrigações tributárias;
para efeitos de instrução de processos de natu-
d) Proceder a exames e verificações de especial com-
reza administrativa;
plexidade necessárias ao controlo da veracidade
b) Prestar informações, a pedido dos contribuintes,
e conformidade das declarações apresentadas
sobre o cumprimento das respectivas obrigações
pelos contribuintes. tributárias;
ARTIGO 10.º c) Praticar actos de execução no domínio da acção
(Conteúdo funcional da carreira técnica tributária)
tributária ordenados por decisão superior;
1. O pessoal integrado na carreira técnica tributária d) Executar tarefas de índole administrativa conexas
desempenha funções no âmbito fiscal, de estudo e exe- com a actividade dos serviços e acções de ins-
cutivas, de aplicação de métodos e processos de natureza pecção tributária, de âmbito geral ou parcial, de
técnica, com autonomia e responsabilidade, enquadrados baixa complexidade;
numa planificação estabelecida, requerendo especialização e) Informar os contribuintes sobre os seus direitos e a
e conhecimentos profissionais. melhor forma de cumprimento das suas obriga-
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, com- ções tributárias.
pete, especificamente, ao pessoal integrado na carreira
ARTIGO 12.º
técnica tributária, o seguinte: (Flexibilidade do conteúdo funcional)
a) Recolher elementos para prestação de informações A descrição dos conteúdos funcionais não pode, em caso
para efeitos de instrução de processos de natu- algum, constituir fundamento para o não cumprimento do
reza administrativa; dever de obediência e não prejudica a atribuição aos fun-
b) Elaborar informações e demais procedimentos cionários de outras tarefas não expressamente mencionadas,
instrutórios nos processos de natureza adminis- que lhes sejam afins ou funcionalmente ligadas.
trativa ou fiscal e proceder a exames e verificações ARTIGO 13.º
necessárias ao controlo da veracidade e con- (Ingresso)
formidade das declarações apresentadas pelos O ingresso em qualquer das carreiras tributárias efectua-
contribuintes; -se na categoria mais baixa da respectiva carreira e deve ser
c) Prestar informações, a pedido dos contribuintes, precedido da realização de um concurso público nos termos
sobre o cumprimento das respectivas obrigações do regime geral da função pública, respeitando-se o limite
tributárias; da vaga.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2173

ARTIGO 14.º ARTIGO 17.º


(Requisitos de ingresso) (Concurso de acesso)

São requisitos de ingresso na carreira tributária os 1. A promoção de uma categoria para outra imediata-
seguintes: mente superior depende da existência de vaga e aprovação
a) Carreira de Especialista Tributário — licenciatura nos respectivos testes de selecção.
e aprovação em concurso de ingresso; 2. Estão habilitados a concorrer os funcionários com
b) Carreira Técnica Tributária — bacharelato e apro- pelo menos quatro ou cinco anos na respectiva categoria e
vação em concurso de ingresso; que possuem uma avaliação de desempenho de Muito Bom,
c) Carreira da Administração Tributária — curso
nos últimos quatro anos, ou Bom nos últimos cinco anos.
médio ou pré-universitário e aprovação em con-
3. Para efeitos do n.º 1, os testes de selecção podem con-
curso de ingresso.
sistir em provas de conhecimentos teórico-práticos, e/ou em
ARTIGO 15.º
(Período probatório) resultados obtidos em cursos de formação ministrados por
entidades de referência, sendo neste caso a prova de carác-
1. O candidato admitido nos termos do presente Diploma,
ter documental.
fica sujeito a um período probatório nos termos da legisla-
ção em vigor. ARTIGO 18.º
(Determinação do mérito para efeitos de promoção)
2. Enquanto não for aprovado um regime específico para
a avaliação de desempenho do pessoal afecto à carreira, a 1. Em caso de igualdade de resultados nos testes de
mesma é feita nos termos gerais da função pública. selecção, a promoção para as categorias de acesso, pode ser
ARTIGO 16.º
feita com recurso à avaliação por mérito.
(Formação inicial) 2. Para efeitos do disposto no número anterior, a avalia-
1. Os candidatos admitidos às categorias de ingresso ção por mérito dos candidatos, tendo em vista a respectiva
devem ser submetidos a uma formação inicial nos seguin- graduação, faz-se com base nos seguintes factores:
tes termos: a) Avaliação de serviço, qualificada como Muito
a) Carreiras dos especialistas tributários: Bom, com referência, respectivamente, à média
i) Teoria geral dos impostos; dos últimos quatro anos;
ii) Fiscalidade angolana; b) Resultados obtidos em cursos de formação técnico-
iii) Fiscalidade internacional; -profissional, devidamente certificado.
iv) Procedimento e processo tributário;
v) Contabilidade; CAPÍTULO IV
Formação
vi) Auditoria;
vii) Organização e funcionamento das princi- ARTIGO 19.º
(Política de formação)
pais Administrações e centros tributários
internacionais. 1. A DNI deve promover a aplicação de um sistema de
b) Carreiras dos técnicos tributários: formação permanente, visando dotar os seus funcionários de
i) Teoria geral dos impostos; competências adequadas às exigências técnico-profissionais,
ii) Fiscalidade angolana; éticas e humanas relacionadas com os cargos e funções que
iii) Auditoria; desempenhem ou venham a assumir no âmbito do desenvol-
iv) Contabilidade; vimento das respectivas carreiras.
v) Organização das Administrações Tributárias
2. No âmbito do sistema de formação são ministradas as
da SADC.
seguintes acções formativas:
c) Carreiras dos técnicos de administração tributária:
a) Cursos de formação inicial;
i) Teoria geral dos impostos;
ii) Fiscalidade angolana; b) Cursos de formação para acesso, com vista a dotar
iii) Contabilidade; os funcionários de conhecimentos adequados à
iv) Organização e funcionamento da Adminis- sua admissão ou promoção;
tração Tributária Angolana. c) Cursos de formação contínua, de aperfeiçoamento
2. Os programas e a duração específica da formação profissional e de especialização dos funcioná-
referida no n.º 1 são definidos por despacho do Ministro rios;
das Finanças, sem prejuízo de delegação de competência d) Cursos destinados à preparação para o desempe-
expressa ao Director Nacional. nho de cargos de chefia tributária.
2174 DIÁRIO DA REPÚBLICA

CAPÍTULO V a) Os actuais Técnicos Médios Principais de 1.ª Classe,


Estatuto Remuneratório Técnicos Médios Principais de 2.ª Classe e os
ARTIGO 20.º Técnicos Médios Principais de 3.ª Classe tran-
(Regras gerais) sitam para a categoria de Técnico Principal de
A remuneração do Pessoal da Carreira Tributária é deter- Administração;
minada por efeito da sua integração numa das categorias ou b) Os actuais Técnicos Médios de 1.ª Classe transitam
cargos constantes da tabela indiciária própria. para a categoria de Técnico de Administração de
ARTIGO 21.º
1.ª Classe;
(Remuneração acessória) c) Os actuais Técnicos Médios de 2.ª Classe transitam
Sem prejuízo de outras gratificações e compensações pre- para a categoria de Técnico de Administração de
vistas em diploma próprio, o Pessoal da Carreira Tributária 2.ª Classe;
tem direito a uma remuneração acessória variável, a título de d) Os actuais Técnicos Médios de 3.ª Classe transitam
prémio de desempenho, cujo pagamento está dependente da para a categoria de Técnico de Administração de
avaliação de desempenho e nos termos que vier a ser defi- 3.ª Classe.
nido por despacho do Ministro das Finanças. ARTIGO 23.º
(Critérios especiais de transição)
CAPÍTULO VI
1. A transição dos funcionários na respectiva categoria
Regime Transitório
ou carreira deve, ainda, observar os seguintes critérios:
ARTIGO 22.º a) Os actuais funcionários da DNI das carreiras não
(Transição para a carreira tributária)
técnica, mas que entretanto tenham terminado o
1. Os funcionários pertencentes à carreira técnica supe-
ensino médio, o bacharelato ou o ensino supe-
rior transitam para a carreira de especialista tributário, nos
rior são enquadrados na categoria de ingresso da
seguintes termos:
respectiva carreira técnica;
a) Os actuais assessores principais transitam para a
b) Os actuais funcionários da carreira técnica média
categoria de Primeiro Assessor Tributário;
ou técnica que tenham concluído o bacharelato
b) Os actuais Primeiros Assessores e Assessores tran-
ou o ensino superior são enquadrados, de acordo
sitam para a categoria de Assessor Tributário;
com a sua nova habilitação literária, na primeira
c) Os actuais Técnicos Superiores Principais transi-
categoria de ingresso da carreira correspondente.
tam para a categoria de Especialista Tributário
2. O disposto no número anterior aplica-se somente
Principal;
durante um período de 120 dias, a contar da data de entrada
d) Os actuais Técnicos Superiores de 1.ª Classe tran-
em vigor do presente Diploma.
sitam para a categoria de Especialista Tributário
de 1.ª Classe; ARTIGO 24.º
(Regime transitório do exercício de cargos de chefia)
e) Os actuais Técnicos Superiores de 2.ª Classe tran-
sitam para a categoria de Especialista Tributário 1. Os actuais Chefes de Departamento, Chefes de
de 2.ª Classe. Repartição, os Adjuntos do Chefe de Repartição, Chefes de
2. Os funcionários pertencentes à Carreira Técnica tran- Secção e os Chefes de Posto em exercício de funções man-
sitam para a Carreira Técnica Tributária, nos seguintes têm o normal exercício dos seus cargos enquanto não forem
termos: exonerados.
a) Os actuais Especialistas Principais, Especialistas 2. Durante o período de dois anos, a contar da data de
de 1.ª Classe e Especialistas de 2.ª Classe tran- entrada em vigor do presente Diploma, o Director Nacional
sitam para a categoria de Técnico Tributário pode propor ao Ministro das Finanças, a nomeação para
Principal; cargos de chefia, técnicos superiores de reconhecida com-
b) Os actuais Técnicos de 1.ª Classe transitam para petência e experiência profissional que não preencham os
a categoria de Técnico Tributário de 1.ª Classe; requisitos previstos no artigo 6.º do presente Diploma.
c) Os actuais Técnicos de 2.ª Classe transitam para 3. Após o referido período, as nomeações para o exer-
a categoria de Técnico Tributário de 2.ª Classe; cício de cargos obedece o regime normal previsto neste
d) Os actuais Técnicos de 3.ª Classe transitam para Diploma.
a categoria de Técnico Tributário de 3.ª classe. ARTIGO 25.º
3. Os funcionários pertencentes à Carreira Técnica (Quadro do Pessoal)
Média transitam para a Carreira Técnica de Administração O quadro de Pessoal da Carreira Tributária é o constante
Tributária, nos seguintes termos: do Anexo I ao presente Estatuto, do qual é parte integrante.
I SÉRIE — N.º 162 — DE 23 DE AGOSTO DE 2013 2175

ANEXO I — Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 25.º MINISTÉRIO DO COMÉRCIO


A) Quadro de Pessoal Central Direcção Nacional de
Impostos — DNI
Macro- Número de Despacho n.º 1940/13
Categoria
Categoria Lugares de 23 de Agosto

Considerando que, pelo Decreto Presidencial n.º 51/13,


Direcção

Director Nacional 1
de 10 de Julho, foi criada a Comissão Multissectorial
Chefe de Departamento 9 encarregue de efectuar o levantamento e inventariação das
Chefe de Repartição Fiscal -
infra-estruturas comerciais, industriais e agro-pecuárias
Chefia

Adjunto do Chefe de Repartição Fiscal -


estatais e privadas existentes no Município do Cazenga e
Chefe de Secção 24
Chefe de Posto de Atendimento Fiscal -
Distrito do Rangel;
Primeiro Assessor Tributário 2 Tendo em conta que, no âmbito das competências con-
Especialista

Assessor Tributário 5 feridas à referida Comissão Multissectorial, efectuou-se o


Tributário

Especialista Tributário Principal 8


Especialista Tributário de 1.ª Classe 20 levantamento das infra-estruturas localizadas no perímetro
Especialista Tributário de 2.ª Classe 50 do ex - Complexo Têxtil Nelito Soares, vulgo “Makambira”,
Técnico Tributário Principal 2
constatando-se a existência de cerca de 48 (quarenta e oito)
Tributário
Técnico

Técnico Tributário de 1.ª Classe 8


Técnico Tributário de 2.ª Classe 10 armazéns de venda a grosso e a retalho;
Técnico Tributário de 3.ª Classe 50
Considerando, ainda, que estão criadas as condições
Técnico Principal de Administração 3
Tributário

técnicas para instalação dos comerciantes grossistas no


Admin-
istração

Técnico de Administração de 1.ª Classe 5


Técnico de Administração de 2.ª Classe 10
Mercado Abastecedor do Benfica;
Técnico de Administração de 3.ª Classe 30
Total 237 Atendendo ao disposto no Decreto Presidencial n.º 289/10,
de 30 de Novembro, que regula a organização, exercício e
B) Quadro de Pessoal Geral para os Órgãos Locais funcionamento da actividade de comércio a grosso.
Macro-
Categoria
Número de Em conformidade com os poderes delegados pelo
categoria Lugares
Presidente da República e nos termos do artigo 137.º da
Direcção

Director Nacional - Constituição da República, determino:


1.º — São encerradas, a partir do dia 15 de Agosto de 2013,
Chefe de Departamento -
Chefe de Repartição Fiscal 65
todas as infra-estruturas comerciais, industriais e agro-
Chefia

Adjunto do Chefe de Repartição Fiscal 13 -pecuárias estatais e privadas existentes no ex - Complexo


Chefe de Secção 86 Têxtil Nelito Soares, vulgo “Makambira”.
Chefe de Posto de Atendimento Fiscal 35
Primeiro Assessor Tributário 2
2.º — Os comerciantes abrangidos por esta medida,
devem consultar o Ministério do Comércio para obtenção de
Especialista

Assessor Tributário 8
Tributário

Especialista Tributário Principal 15 informações e metodologia de transferência para o Mercado


Especialista Tributário de 1.ª Classe 145
Especialista Tributário de 2.ª Classe 350
Abastecedor do Benfica.
Técnico Tributário Principal 12 3.º — As dúvidas e omissões resultantes da interpreta-
Tributário
Técnico

Técnico Tributário de 1.ª Classe 15 ção e aplicação do presente Diploma são resolvidas pela
Técnico Tributário de 2.ª Classe 105
Técnico Tributário de 3.ª Classe 368
Ministra do Comércio.
Técnico Principal de Administração 25 4.º — O presente Despacho entra em vigor na data da
Administração

sua publicação.
Tributário

Técnico de Administração de 1.ª Classe 35

Técnico de Administração de 2.ª Classe 104 Publique-se.


Técnico de Administração de 3.ª Classe 236
Total 1.629
Luanda, aos 12 de Agosto de 2013.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. A Ministra, Rosa Escórcio Pacavira de Matos.

O. E. 565 - 8/162 - 650 ex. - I.N.-E.P. - 2013

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