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POLIOMIELITE E ROTAVÍRUS

SALA DE VACINAS – ESTRUTURA CONCEITO - POLIOMIELITE

A sala de vacinação é classificada como Doença infectocontagiosa viral aguda. É


área semicrítica. Deve ser destinada causada por três tipos de poliovírus (I, II e II).
exclusivamente à administração dos Manifesta-se em grande parte, por infecções
imunobiológicos, devendo-se considerar os inaparentes ou quadro febril inespecífico O vírus
diversos calendários de vacinação existentes. É persiste na garganta cerca de uma semana e,
importante na sala de vacina promover máxima nas fezes, por 3 a 6 semanas. A transmissão
segurança, reduzindo o risco de contaminação pode ocorrer de pessoa-a-pessoa, através de
para os indivíduos vacinados e também para a secreções nasofaríngeas, ou de objetos,
equipe de vacinação, para isso alimentos e água, contaminados com fezes de
doentes ou portadores.
Deve-se estar atento a nível de
iluminação (natural e artificial), temperatura, VACINA PARA POLIOMIELITE
umidade e ventilação natural em condições
adequadas para o desempenho das atividades, Vacina Oral Poliomielite (VOP)- é uma vacina
como também o piso e as paredes devem ser atenuada. Geralmente, em bisnaga conta-gotas
de plástico, contém os três tipos de poliovírus 1,
lisos, contínuos (sem frestas) e laváveis, portas e
2 e 3.
janelas pintadas com tinta lavável, e teto lavável,
Vacina Inativada Poliomielite (VIP) (inativada) é
pia para a lavagem dos materiais e pia específica
apresentada sob a forma líquida em frasco
para uso dos profissionais na higienização das multidose ou em seringa preenchida (unidose).
mãos antes e depois do atendimento ao usuário,
é recomendado uma área média a partir de 9 m ²
e Sala com área mínima de 6 m, tomada VIA DE ADMINISTRAÇÃO DA
VACINAINATIVADA DA POLIOMIELITE (VIP)
exclusiva para cada equipamento elétrico,
equipamentos de refrigeração utilizados  Via INTRAMUSCULAR
exclusivamente para conservação de vacinas,  Via Subcutânea
soros e imunoglobulinas, equipamentos de
 2 anos deltóide
refrigeração protegidos da incidência de luz solar  < 2 anos vasto lateral da coxa
direta, portas de entrada e saída independentes,
A vacina é administrada por via
quando possível.
intramuscular. A via subcutânea também pode
SALA DE VACINAS – HIGIENE ser usada, mas em situações especiais (casos de
discrasias sanguíneas). Administre a vacina em
Salas de vacinação mantida em
crianças menores de 2 anos no músculo vasto
condições de higiene e limpeza, em locais com
lateral da coxa e, nos maiores de 2 anos, no
grande demanda de população, devem ser
deltoide, considerando sua massa muscular.
utilizadas duas salas com comunicação direta,
sendo uma para triagem e orientação do usuário
e outra para administração dos imunobiológicos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO DA A vacina pode ser administrada
VACINAINATIVADA DA POLIOMIELITE simultaneamente com as demais vacinas dos
(VOP)
calendários de vacinação do Ministério da Saúde.
A vacina é administrada por via oral.

EFEITOS ADVERSOS
ESQUEMA DE DOSE DA VIP

 VOP
Esta vacina integra o esquema sequencial
Poliomielite associada à vacina (VAPP)-
com a vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)
O principal evento adverso relacionado à VOP é
(VOP). O esquema sequencial corresponde a
a paralisia pós-vacinal, tanto no vacinado como
três doses, sendo duas doses da vacina VIP (aos
no comunicante.
2 e 4 meses) e uma dose da VOP (aos 6 meses),
com intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo Meningite asséptica e encefalite- Em
de 30 dias. raras ocasiões, particularmente em crianças
imunodeficientes, tem sido relatada a ocorrência
Notas:
meningite asséptica e encefalite após a
• Em usuários menores de 5 anos de administração da VOP
idade sem comprovação vacinal, administre
esquema sequencial. Poliovírus derivado da vacina (VDPV)-

• Criança filha de mãe HIV positivo deve Os poliovírus derivados da vacina (VDPV)
receber o esquema básico e também os reforços surgem como consequência da instabilidade
com a vacina VIP, mesmo antes da definição genética do poliovírus ou de sua recombinação
diagnóstica.
com outros enterovírus, ocasionando mutações
A vacina pode ser administrada ou recombinações, readquirindo neurovirulência
simultaneamente com as demais vacinas dos
e capacidade de transmitir de pessoa a pessoa.
calendários de vacinação do Ministério da Saúde.
O volume da vacina a ser administrado é de 0,5 No sequenciamento genético, esses poliovírus
mL. apresentam divergência de 1% a 15% na posição
dos nucleotídeos em relação à cepa Sabin
original. Os VDPV podem ser provenientes de
ESQUEMA DE DOSE DA VOP
imunodeficientes (iVDPV), que se tornaram
cronicamente infectados após exposição à VOP,
Esta vacina integra o esquema sequencial
excretando o vírus por longos períodos, ou serem
com a vacina poliomielite 1, 2 e 3 inativada (VIP).
vírus circulantes (cVDPV) ocorrendo em regiões
O esquema sequencial corresponde a três doses,
com baixa cobertura vacinal, onde o aumento da
sendo duas doses da vacina VIP (aos 2 e 4
proporção de indivíduos não imunes constitui
meses) e uma dose da VOP (aos 6 meses), com
fator de risco para a emergência de poliovírus
intervalo de 60 dias entre as doses e mínimo de
derivado da vacina, podendo ocasionar surtos.
30 dias. Administre duas doses de reforço com a
Os VDPV são denominados ambíguos (aVDPV)
VOP aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Cada
quando não possuem relação conhecida com
dose da vacina corresponde a duas gotas.
imunodeficiencia ou surtos.
 VIP VIA DE ADMINISTRAÇÃO

REAÇÕES LOCAIS A vacina é administrada exclusivamente

Pode ocorrer eritema discreto no local da por via oral. Não deve ser injetada. Não Repetir

aplicação (<3%), enduração (<12%) e dor administração caso a criança vomitar ou cuspir.

(<30%), geralmente de intensidade leve.

MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS ESQUEMA DE DOSE


Febre moderada pode ocorrer raramente. O esquema corresponde a duas doses,
administradas aos 2 e 4 meses de idade. A
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIADE
primeira dose pode ser administrada a partir de 1
A anafilaxia é rara. Por conter traços de
mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda
estreptomicina, neomicina e polimixina B,
dose pode ser administrada a partir de 3 meses e
apresenta risco teórico de reações em pessoas
15 dias até 7 meses e 29 dias. Mantenha
com hipersensibilidade a esses antibióticos.
intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. O
volume a ser administrado é 1,5 mL..

CONCEITO- ROTAVIRUS Notas:

• Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar


Os rotavírus são reconhecidamente os após a vacinação ou se a vacina for administrada
agentes virais mais importantes associados às fora das faixas etárias preconizadas, não repita a
doenças diarréicas agudas, atingindo humanos e dose. Nestes casos, considere a dose válida.
várias espécies de mamíferos e aves. Infecções
• Recomenda-se completar o esquema da
por rotavírus são comuns em muitas dessas
vacina VORH do mesmo laboratório produtor.
espécies e muitas vezes podem ocorrer de forma
subclínica. O rotavírus pertence à família
REOVIRIDAE. A partícula viral completa é
EFEITOS ADVERSOS
composta por triplo capsídeo protéico contendo o
genoma de RNA de fita dupla segmentado, que MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
codifica proteínas estruturais e não estruturais. Gerais: Irritabilidade, vômitos e diarreia
moderados.

VACINA ROOTAVÍRUS HUMANO Invaginação intestinal: Durante as duas


G1P1[8]– (VORH) primeiras semanas após a dose da vacina, se
houver surgimento de episódios de dor
É uma vacina atenuada. A vacina é
abdominal em cólica, choro intenso (que pode ser
apresentada na forma líquida, acondicionada em
breve), vários episódios de vômitos, sangue nas
um aplicador, semelhante a uma seringa. A
fezes, irritabilidade intensa, contatar um médico
vacina é constituída por um sorotipo do rotavírus
imediatamente e informar que a criança foi
humano atenuado da cepa (RIX4414).
vacinada.

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