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DIREITO TRIBUTÁRIO

Competência Tributária III


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA III

TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA EXTRAORDINÁRIA

A União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa impos-


tos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação
(CF/1988, art. 154, II).

 Obs.: A competência tributária extraordinária está relacionada ao bis in idem


e à bitributação. Isso significa que a União poderá criar impostos com o
mesmo fato gerador da União (ex.: IOF e IOF Guerra – bis in idem) ou
com o fato gerador de outros entes (Estados ou Municípios) (ex.: ICMS e
ICMS Guerra – bitributação).

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CUMULATIVA

Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Ter-


ritório não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais;
ao Distrito Federal cabem os impostos municipais (CF/1988, art. 147). Se o terri-
tório é dividido em Municípios, estes terão as mesmas competências dos demais
Municípios (CF/1988, art. 30, III c/c art. 33, § 1º).
Atualmente não há mais territórios no Brasil. Contudo, caso venha a surgir
um território futuramente, se esse for dividido em Municípios, cabe ao território
cobrar os tributos municipais e cabe à União cobrar os tributos estaduais e fede-
rais. Já se o novo território não for dividido em Municípios, a União ficará respon-
sável por cobrar os tributos das três esferas.
De acordo com a Constituição Federal, o Distrito Federal não é dividido em
Municípios. Isso faz com que se possa entender que o DF deve cobrar os tribu-
tos estaduais e municipais (competência cumulativa).
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CONCORRENTE

A União deve legislar concorrentemente sobre o Direito Tributário com os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios, limitando-se a União a estabelecer
as normas gerais (art. 24, art. 30, III CF/1988).

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SUPLEMENTAR

Se a União deixar de legislar, total ou parcialmente sobre normas gerais em


matéria tributária, os Estados, e o Distrito Federal (art. 24, §§ 2º e 3º, CF/1988) e
os Municípios (art. 30, II, CF/1988), para atender a suas peculiaridades.

 Obs.: Na falta da lei de normas gerais feita pela União, utiliza-se a lei estadual,
distrital ou municipal para atender às peculiaridades de cada ente político.
Ex.: a situação do ITCD quanto a bens no exterior, pois falta a lei comple-
mentar sobre o assunto conforme exige o art. 155, § 1º, da CF/1988.

Resumo das competências:


I) Privativa;
II) Comum;
III) Especial;
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IV) Residual;
V) Extraordinária;
VI) Cumulativa;
VII) Concorrente; e
VIII) Suplementar.

Direto do concurso
1. (2013/FCC/TJ-PE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS)
A competência tributária
a. é delegável por lei, como no caso do Imposto Territorial Rural – ITR, em
que a União pode delegar a competência para os Municípios que assim
optarem.
b. não pode deixar de ser exercida, razão pela qual, a União tem obrigação
constitucional de instituir todos os impostos de sua competência.
c. é renunciável nos casos expressamente autorizados pela Constituição Fe-
deral, como no caso do Imposto sobre Grandes Fortunas, que era de com-
petência da União.
d. é exclusiva em relação a todos os tributos, devendo cada ente se limitar
a instituir os tributos expressamente previstos na Constituição Federal ou
em lei.
e. é indelegável em qualquer situação, não podendo o ente renunciá-la ou
transferi-la a outro ainda que por lei.

Comentário
a. A competência tributária é indelegável. Além disso, a situação relacionada
ao ITR refere-se à delegação apenas da capacidade tributária ativa.
b. O exercício da competência tributária é facultativo e, além disso, é incadu-
cável, ou seja, não deixa de existir se não for realizada.
c. A competência tributária é irrenunciável. No caso do IGF, é possível que
a União faça a execução a qualquer momento por meio da publicação da
legislação exigida.
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d. Não há uma exclusividade em relação a todos os tributos, pois, conforme


estudado ao longo dessa aula, essa competência divide-se em sete tipos.

2. (CETRO/2014/PREFEITURA DE SP) São titulares da competência tributária


própria:
a. as autarquias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder
Legislativo.
b. as pessoas jurídicas de direito privado e as autarquias.
c. as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado.
d. a administração indireta e as pessoas jurídicas de direito privado.
e. as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

Comentário
São titulares de competência tributária própria apenas os entes políticos.

3. (2015/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTRO) Acerca da competência tributária e da capacidade tributária, é
correto dizer que
a. a atribuição de instituir tributos pode ser delegada, desde que mediante lei
e apenas para entidades de direito público.
b. de acordo com o Código Tributário Nacional, a capacidade tributária ativa
pode ser delegada a entidades privadas.
c. caso tenha sido regularmente delegada a atribuição das funções de exe-
cutar leis, serviços, atos ou decisões administrativas, tal delegação com-
preende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa
jurídica de direito público que a conferir.
d. a competência tributária residual é conferida à União, para que, por meio
de lei ordinária, possa instituir impostos não-cumulativos e que não te-
nham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos
na Constituição Federal.
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Comentário
a. A atribuição de instituir tributos tem a ver com a competência, que é inde-
legável (art. 7º, CTN).
b. A transmissão de capacidade tributária ativa pode se dar somente de pes-
soa jurídica de direito público para outra pessoa jurídica de direito público,
conforme dispõe o CTN (art. 119).
c. De acordo com o que dispõe o CTN em seu art. 7º, § 1º: “A atribuição com-
preende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa
jurídica de direito público que a conferir.”
d. A competência para constituir impostos não cumulativos (novos impostos,
previstos no art. 154, inciso I da CF/1988) é feita por meio de lei comple-
mentar.

GABARITO

1. e
2. e
3. c

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Vilson Cortez.
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