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DIREITO ADMINISTRATIVO

Administração Pública – IV
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – IV

Direto do concurso
1. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2015) De acor-
do com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico
brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos
órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão
manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.

Comentário
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento
jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por
meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do
órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado com toda a sua
capacidade processual.

Ausência de personalidade jurídica

Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica.


No entanto, COMO EXCEÇÃO, alguns órgãos podem ter representação pró-
pria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, podem deman-
dar em juízo pessoalmente em defesa da garantia do exercício de suas atribui-
ções. Esse entendimento já é pacificado na jurisprudência dos tribunais. Como
exemplo, citamos o seguinte julgado do Supremo Tribunal de Justiça (STJ):
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFESA JUDICIAL DE ÓRGÃO
SEM PERSONALIDADE JURÍDICA – PERSONALIDADE JUDICIÁRIA DA
CÂMARA DE VEREADORES.
1. A regra geral é a de que só os entes personalizados, com capacidade jurí-
dica, têm capacidade de estar em juízo, na defesa dos seus direitos.
ANOTAÇÕES

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2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no sentido de admitir que


órgãos sem personalidade jurídica possam em juízo defender interesses e
direitos próprios, excepcionalmente, para manutenção, preservação, autonomia
e independência das atividades do órgão em face de outro Poder. (...) (REsp
649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
28/03/2006, DJ 30/05/2006 p. 136). (Grifo nosso)

Direto do concurso
2. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Em regra,
os órgãos, por não terem personalidade jurídica, não têm capacidade pro-
cessual, salvo nas hipóteses em que os órgãos são titulares de direitos sub-
jetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa de suas
prerrogativas e competências.

Comentário
Em regra, os órgãos, por não terem personalidade jurídica, não têm capacidade
processual, salvo nas hipóteses em que são titulares de direitos subjetivos, o
que lhes confere capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas
e competências.

Quanto à posição estatal, os órgãos públicos podem ser

• Independentes: são os originários da Constituição e representativos dos


poderes de Estado – Legislativo, Executivo e Judiciário – sem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional, e a sua composição é feita com
agentes políticos.
• Autônomos: são os localizados imediatamente abaixo dos órgãos inde-
pendentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm ampla autono-
mia administrativa, financeira e técnica. Ex.: os Ministérios, as Secretarias
de Estado e de Município.
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• Superiores: são os que detêm poder de direção, controle, decisão e


comando dos assuntos de sua competência específica, mas sempre sujei-
tos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Ex.:
Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias-Gerais, Procuradorias Adminis-
trativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e Divisões.
• Subalternos: são todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos
mais elevados, com reduzido poder decisório e predominância de atribui-
ções de execução. Destinam-se à realização de serviços de rotina, tarefas
de formalização de atos administrativos, cumprimento de decisões superio-
res e primeiras soluções em casos individuais, tais como os que, nas repar-
tições públicas, executam as atividades-meio e atendem ao público, pres-
tando-lhe informações e encaminhando seus requerimentos, como são as
seções de expediente.

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Direto do concurso
3. (CESPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA) Os órgãos subalternos, confor-
me entendimento do STF, têm capacidade para a propositura de mandado
de segurança para a defesa de suas atribuições.

Comentário
Os órgãos subalternos não têm capacidade processual.
Os únicos órgãos com capacidade processual são os independentes e os
autônomos.

4. (FCC/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Considere:


I – Tribunal Regional Eleitoral do Amapá.
II – Secretaria de Estado da Educação do Amapá.
III – Câmara dos Deputados.
IV – Tribunal de Justiça do Amapá.

Um dos critérios para a classificação dos órgãos públicos diz respeito à po-
sição estatal, categoria na qual figuram, dentre outros, os órgãos públicos
independentes. Nesse contexto, constitui exemplo de órgão público indepen-
dente o que consta em:
a. I, III e IV
b. III, apenas.
c. I, II e IV, apenas.
d. IV, apenas.
e. II e III, apenas.

Comentário
A Secretaria de Estado da Educação do Amapá é um órgão autônomo.
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5. (CESPE/TELEBRAS/ANALISTA/ 2015) A teoria do órgão, segundo a qual os


atos e provimentos administrativos praticados por determinado agente são
imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo importante do princípio da
impessoalidade.

Comentário
O agente público não age em seu nome próprio, mas, sim, em nome do órgão
público que ele representa.
A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos
praticados por determinado agente são imputados ao órgão por ele integrado,
é reflexo importante do princípio da impessoalidade.

A Administração Pública tem dois sentidos, subjetivo e objetivo. No sentido


subjetivo, estão os órgãos, as pessoas jurídicas e os agentes. No sentido obje-
tivo, estão as atividades administrativas (serviço público, polícia administrativa,
fomento e intervenção).
Alguns autores classificam as atividades administrativas como parte da admi-
nistração extroversa.
A administração extroversa é aquela que extravasa, aquela que atinge o
particular. É a relação externa entre a administração e o administrado. É a ativi-
dade-fim.
A doutrina também refere a administração introversa, que representa a
relação interna de atividade-meio, por exemplo, a gestão do pessoal.
A Administração Pública pratica também a administração de bens de con-
sumo, de bens móveis e imóveis, representativa da administração introversa. ANOTAÇÕES

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GABARITO

1. C
2. C
3. E
4. a
5. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
ANOTAÇÕES

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