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DOENÇA DE ALZHEIMER

Técnico Auxiliar de Saúde e de Geriatria

Delfina Abreu
Doença de Alzheimer

• Este número é cada vez maior e tem


vindo a crescer significativamente com o
envelhecimento da população mundial.

• Estima-se que em 2025 o número de


pessoas demenciadas no mundo seja de
34 milhões (hoje existem cerca de 18
milhões de pessoas com Demência).
Doença de Alzheimer: Diagnóstico

• Feito através de exames complementares


realizados de rotina e a causa mais
frequente de demência entre idosos é de
exclusão:

– Quando todos esses exames estiverem


normais, faz-se o diagnóstico provável de
doença de Alzheimer, uma vez que para se
ter certeza seria necessária uma biopsia
cerebral, procedimento que seria
extremamente invasivo, de benefício
duvidoso, para ser realizado num paciente
vivo.
Doença de Alzheimer

• Não afeta apenas a memória

• Prejudica a capacidade de raciocínio lógico

• Altera a personalidade e o comportamento,


além de outras funções mentais

• Mudanças no comportamento que podem


indiciar a doença
Doença de Alzheimer

Fase
Avançada
Fase
Intermédia

Fase Inicial
Doença de Alzheimer
Fase inicial

- Distração;
- Dificuldade de lembrar nomes e palavras;
- Esquecimento crescente;
- Dificuldade para aprender novas informações;
- Desorientação em ambientes que lhes eram
familiares;
- Lapsos pequenos, ainda sem características manifestas
de alterações do comportamento;
- Redução das atividades sociais.
Doença de Alzheimer
Fase intermédia

- Perda acentuada da memória e da atividade cognitiva;


- Deterioração das capacidades verbais, diminuição do
conteúdo e da variação da fala;

- Apresentação de outros comportamentos; frustração,


impaciência, inquietação, agressão verbal e física;
- Alucinações e delírios;
- Incapacidade para convívio social autónomo;
- Perde-se com facilidade, tem tendência a fugir ou
deambular pela casa;
- Início da perda de controlo urinário.
Doença de Alzheimer
Fase avançada
- A fala torna-se monossilábica e, mais tarde,
desaparece;

- Continua delirando;
- Transtornos emocionais e de comportamento;
- Perda do controlo urinário e fecal;
- Aumento da dificuldade de deslocação, tendendo a
ficar mais sentado ou na cama;

- Rigidez das articulações;


- Dificuldade para engolir alimentos;
- Morte.
Doença de Alzheimer: Curso da Doença

• Inicialmente as pessoas que sofrem de Alzheimer desenvolvem mudanças


quase impercetíveis da personalidade e perda de memória para
acontecimentos recentes.

• Cansam-se, aborrecem-se e ficam ansiosas com mais facilidade.

• O padrão de perda da memória é diferente daquele que ocorre quando


temos um simples esquecimento (esquecemo-nos normalmente do que se
passou há mais tempo e lembramo-nos melhor dos factos mais recentes).
Doença de Alzheimer: Curso da Doença

• Esquece-se primeiro o que se aprendeu por último.

• Lembram-se da infância, dos próprios pais, do casamento ou


acontecimentos semelhantes.

• Isso pode iludir os colaboradores ou familiares de que a memória do


residente é normal.

• À medida que a doença progride a pessoa vai-se esquecendo mesmo dos


factos mais antigos, como por exemplo, não reconhecer sequer o cônjuge
e/ou os filhos, num estágio já mais avançado.
Doença de Alzheimer: Curso da Doença
• Há outras manifestações a ter em conta como, por exemplo, dificuldades de
orientação temporal.

• Há uma deterioração da capacidade de raciocínio e julgamento. Também ao


descontrolo dos impulsos e da conduta. Aos poucos a capacidade de ler e de
executar as tarefas habituais vai-se perdendo.

• Numa fase mais avançada da demência, a pessoa pode mesmo não conseguir
realizar a sua higiene pessoal e atividades motoras básicas como desabotoar
uma camisa ou andar sozinho.

• O sono pode ficar alterado, o idoso pode passar a não conseguir distinguir o real
do imaginário e a ter ideias de perseguição ou mesmo alucinações visuais.
Doença de Alzheimer: Cuidar

• Trabalhar com alguém que sofre desta doença


ou que se encontra confuso pode ser muito
complicado e perturbador.

• A comunicação torna-se difícil, uma vez que a


memória de curto prazo se encontra afetada.

• Os idosos podem ficar ansiosos, agressivos e


mesmo abusivos. Podem, sobretudo, tornar-se
dependentes e ter comportamentos infantis.
Doença de Alzheimer: Cuidar

• Lembrar aos idosos, com problemas de


memória, a medicação a tomar e ajudá-los a
manter a rotina diária é uma ajuda preciosa.

• Dar-lhes tempo para realizarem as tarefas e


fazer-lhes sentir que continuam a ter valor.

• A comunicação com os idosos deve ser clara


e simples, mas sem os infantilizar nem
diminuir a sua dignidade.
Doença de Alzheimer: Estratégias para Cuidar

• Manter uma rotina regular quanto aos


hábitos e horários diários;

• Verificar com regularidade a segurança dos


residentes;

• Objetos familiares ou necessários – manter


à vista dos idosos;

• Não descuidar a ingestão de líquidos e


sólidos;
Doença de Alzheimer: Estratégias para Cuidar
• Ajudar os idosos a serem tão independentes quanto possível;

• Proporcionar exercícios e atividades regulares;

• Mantê-los em contacto com amigos e família;

• Promover a consulta médica periódica mesmo que não tenham surgido


problemas novos;

• No caso de incontinência urinária ou fecal, lembrar ao residente com


periocidade regular (por exemplo de 2 em 2 horas) a necessidade de ir á
casa de banho, mesmo que ele não o solicite e/ou acompanhá-lo na sua
deslocação.

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