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curso didático de

Estética vol. 2

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Copyright © 2009 Yendis Editora Ltda.
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem a autorização escrita da Editora.

Editor: Maxwell M. Fernandes


Produção editorial: Anna Yue
Assistente editorial: Sonnini Ruiz
Estagiária: Renata Alves
Projeto gráfico e editoração eletrônica: Francisco Lavorini
Preparação de texto: Poliana Magalhães, Rafael Faber
Ilustrações: Jurandir Ribeiro
Fotos: Foca
Capa: Foca
Imagem de capa: iStockphoto.com

As informações e as imagens são de responsabilidade dos autores.


A Editora não se responsabiliza por eventuais danos causados pelo mau uso das informações contidas neste livro.

1a reimpressão – 2009

Impresso no Brasil
Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Curso didático de estética : volume 2. – São Caetano do Sul, SP : Yendis Editora, 2008.
Vários autores.
ISBN 978-85-7728-061-2 (obra completa)
ISBN 978-85-7728-063-6 (v. 2)
Bibliografia.
1. Beleza - Cuidados 2. Cosmetologia 3. Estética 4. Estética capilar 5. Estética corporal
6. Estética - Estudo e ensino 7. Estética facial.

08-02783 CDD-613.488
Índices para catálogo sistemático:
1. Cosmetologia : Estética   613.488

Yendis Editora Ltda.


R. Major Carlos Del Prete, 512 – São Caetano do Sul – SP – 09530-000
Tel./Fax: (11) 4224-9400
yendis@yendis.com.br
www.yendis.com.br

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Coordenadora editorial

Lígia Marini Lacrimanti


Especialista em Psicopedagogia pela UNOESTE.
Licenciada em Pedagogia pela UNOESTE. Téc-
nica em Instrumentação Cirúrgica pelo SENAC.
Instrumentadora Especializada em Cirurgia Es-
tética e Reconstrutora. Diretora Pedagógica do
Centro de Ensino Método e Diretora Geral da
Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).

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Autores

Andrea Lourenço de Oliveira de Tecnologia em Radiologia da Faculdade Mé-


todo de São Paulo (FAMESP) e docente do Cen-
Especialista em Gestão e Cosmetologia pela As-
tro de Ensino Método da mesma instituição. É
sociação Brasileira de Cosmetologia (ABC). Ba-
também supervisora de proteção radiológica cre-
charel em Comunicação Social pela Universidade
denciada pela CNEN no Hospital São Paulo e na
Paulista (Unip). Tecnóloga no Curso Superior de
CINTILOG – Medicina Nuclear 9 de Julho.
Formação Específica em Estética e Cosmetologia
pela Universidade Anhembi Morumbi. Docente
Carla da Costa Guimarães
no Curso Técnico de Estética e Cosmetologia no
Centro de Ensino Método da Faculdade Método Doutora em Ciências pelo Instituto de Física da
de São Paulo (FAMESP). Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em
Física com habilitação em Pesquisa Básica pelo
Bianca Maciel dos Santos Instituto de Física da Universidade de São Pau-
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de lo (USP). Docente no curso de especialização em
São Paulo (Unifesp). Bacharel e licenciada em Fí- Mamografia e Tomografia do Centro de Ensi-
sica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. no Método da Faculdade Método de São Paulo
Atualmente é coordenadora e docente do Curso ­(FAMESP).

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Curso Didático de Estética  volume 2

Erika Perez cina da Universidade Federal de São Paulo (Uni-


fesp-EPM) e em Nutrição Materno Infantil. Do-
Pós-graduanda em Acupuntura pelo Colégio
cente no Curso Técnico em Nutrição e Dietética
Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES). Es-
e no Curso Técnico em Estética e Cosmetologia
pecialista em Fisioterapia Dermatofuncional
do Centro de Ensino Método e do Curso de Tec-
pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos
nólogo em Gastronomia na Faculdade Método
(CBES). Formada em Reeducação Postural Glo-
de São Paulo (FAMESP).
bal pelo Instituto Brasileiro de Fisioterapia Apli-
cada (Ibrafa). Fisioterapeuta graduada pelo Cen- Janaina Binhame de Souza
tro Universitário São Camilo. Docente do Curso
Graduanda em Enfermagem na Unisantana. Téc-
Técnico de Estética e Cosmetologia do Centro
nica em Estética e Cosmetologia pelo Senac. Do-
de Ensino Método da Faculdade Método de São
cente do Curso Técnico de Estética e Cosmeto-
Paulo (FAMESP).
logia do Centro de Ensino Método da Faculdade
Método de São Paulo (FAMESP).
Eliziane Nitz de Carvalho Calvi

Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento Maria Goreti de Vasconcelos


de Cirurgia Plástica da Escola Paulista de Medici- Especialista em Fisiologia do Exercício pela Esco-
na da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp- la Paulista de Medicina da Universidade Federal
EPM). Especialista em Fisioterapia em Ortopedia de São Paulo (Unifesp-EPM). Pós-graduanda em
e Traumatologia  pela Associação Catarinense de Gestão e Cosmetologia pela Associação Brasileira
Ensino de Joinville (ACE). Especialista em Dre- de Cosmetologia (ABC) e Faculdade Montessori
nagem Linfática com Albert Leduc – Bélgica, em (Famec). Bacharel em Ciências Biológicas pela
Reeducação Postural Global pelo Centro Brasilei- Universidade de Guarulhos (UNG). Docente do
ro de Fisioterapia de São Paulo e em Fisioterapia Centro Técnico da Vita Derm Cosmética Hipoa­
pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Téc- lergênica, docente do Curso Técnico de Estética
nica em Estética Facial e Corporal pelo Centro de e Cosmetologia do Centro de Ensino Método da
Ensino Método da Faculdade Método de São Pau- Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).
lo (FAMESP). Coordenadora e docente do Curso
Técnico de Estética da Cruz Vermelha Brasileira de Pamela Barbosa Arantes
São Paulo. Docente do Centro de Ensino Método
Pós-graduanda em Cosmetologia pela Associação
da Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).
Brasileira de Cosmetologia (ABC) e Faculdade
Montessori (Famec). Fisioterapeuta pela Univer-
Gislaine Rozani Bigido
sidade Anhembi Morumbi. Esteticista graduada
Mestra em Ensino de Ciências da Saúde pela Es- pela Universidade Anhembi Morumbi. Docente
cola Paulista de Medicina da Universidade Fede- do Curso de Graduação Tecnológica de Estética
ral de São Paulo (Unifesp-EPM). Especialista em e Cosmetologia da Universidade Anhembi Mo-
Educação e Saúde pela Escola Paulista de Medi- rumbi. Docente no Curso Técnico de Estética e

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Autores

Cosmetologia do Centro de Ensino Método da Gastronomia da Faculdade Método de São Paulo


Faculdade Método de São Paulo (FAMESP). (FAMESP).

Rita de Cássia Soares da Silva Thais Pratt Sakugawa Lobo


Mestranda em História Social pela Pontifícia Especialista em Língua Portuguesa pela Pontifí-
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). cia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
Especialista em Gestão de Negócios em Alimen- SP). Licenciada em Língua Portuguesa e Língua
tação de Coletividades pelo Senac. Bacharel em Inglesa pela Universidade Paulista (Unip). Tra-
Nutrição pela Universidade de Guarulhos. Do- dutora e intérprete de Língua Inglesa graduada
cente dos cursos técnicos de Estética e Cosmeto- pela Universidade Paulista (Unip). Professora
logia e Nutrição e Dietética do Centro de Ensino associada­do Centro de Ensino Método e da Fa-
Método. Coordenadora e docente do Curso de culdade Método de São Paulo (FAMESP).

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Dedicatória

A todos os funcionários, professores e alunos


do Centro de Ensino Método e da Faculdade
Método de São Paulo (Famesp), cujas ideias e
iniciativas tornaram possível este trabalho.

Aos autores e colaboradores que se dedicaram


e deram o melhor de si nesta obra.

A todos aqueles que direta ou indiretamente


estiveram ligados à concretização desta edição.

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Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVII Eletroterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46


Ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXI Capítulo 2
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXIII Gestão e Cosmetologia . . . . . . . . . . . . 53
Marketing aplicado à estética . . . . . . . . . . . . . 55
Capítulo 1 O profissional de estética e a legislação . . . . . . 57
Estética Facial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Definição de cosmetologia e cosmético . . . . . . 57
Noções de química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Permeabilidade cutânea . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Estética facial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Formulações cosméticas . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Classificação do biotipo cutâneo . . . . . . . . . . . 4
Massofilaxia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Capítulo 3
Limpeza de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Drenagem linfática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Terapia Capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Hidratação cutânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Nutrição cutânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Estrutura da haste capilar . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Envelhecimento cutâneo . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Ciclo de crescimento do pelo . . . . . . . . . . . . . 77
Acne . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Alopecias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

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Curso Didático de Estética  volume 2

Tricotilomania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Drenagem linfática manual . . . . . . . . . . . . . . . 203


Afecções do couro cabeludo . . . . . . . . . . . . . . 80 Ultrassom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276
Alterações da haste capilar . . . . . . . . . . . . . . . 81 Endermoterapia e vacuoterapia . . . . . . . . . . . . 277
Degradação da haste capilar . . . . . . . . . . . . . . 82 Pressoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278
Tipos de cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Massagem modeladora . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278
Cor dos cabelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Eletroestimulação – corrente russa . . . . . . . . . 313
Tratamento cosmético para o couro Eletrolipoforese ou eletrolipólise . . . . . . . . . . . 314
cabeludo com caspa e seborreia . . . . . . . . . . . 82 Microcorrentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Procedimento cosmético de hidratação Corrente galvânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
da haste capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Alta frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Termoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Capítulo 4 Vinhoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Terapias Complementares . . . . . . . . . . 85 Crioterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Gessoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Hidroterapia na estética . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Estrias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Argiloterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Mamas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Aromaterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Cromoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Capítulo 7
Tratamento de mãos e pés . . . . . . . . . . . . . . . 91
Cirurgia Plástica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321
Automaquiagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Tratamento estético para gestantes . . . . . . . . . 105 Cicatrização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
Tratamento estético masculino . . . . . . . . . . . . 107 Anestesia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
Tratamento estético no climatério Fios de sutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
e na terceira idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Enxerto ou retalho de pele . . . . . . . . . . . . . . . 325
Blefaroplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
Capítulo 5 Rinoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Ritidoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Tecnologia em Estética . . . . . . . . . . . . 111
Otoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Mentoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
A corrente elétrica aplicada à estética . . . . . . . 113 Cervicoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Radiações aplicadas em estética . . . . . . . . . . . 116 Preenchimento facial – Botox® . . . . . . . . . . . . 336
Vaporizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 Abdominoplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
Ultrassom aplicado em estética . . . . . . . . . . . . 120 Lipoaspiração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Endermoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Cirurgia das mamas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342
Braquioplastia (dermolipectomia braquial) . . . . 345
Capítulo 6
Estética Corporal . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Capítulo 8

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Nutrição e Estética . . . . . . . . . . . . . . . . 347
Ficha de anamnese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Esfoliação corporal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Banho de lua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Caloria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
Massagem relaxante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Carboidratos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351

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Sumário

Fibras alimentares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353 Capítulo 9


Lipídios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353 Depilação e Epilação . . . . . . . . . . . . . . 377
Proteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354
Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Vitaminas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356
Pelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
Minerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Métodos de depilação e epilação . . . . . . . . . . 380
Guia alimentar da pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . 363
Preparação do local de trabalho . . . . . . . . . . . 381
Alimentos e nutrientes x estética . . . . . . . . . . . 365
Recepção ao cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381
Radicais livres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381
Gordura localizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366
Tipos de cera indicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Celulite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366
Algumas afecções do pelo e da pele . . . . . . . . 382
Alimentos diuréticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
Pelo encravado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Sinais físicos da falta de nutrientes . . . . . . . . . 367
Hipercromia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Alimentos funcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
Epilação em gestantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Antioxidantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 369
Material para depilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Obesidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 370
Transtornos alimentares . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Dietas da moda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . 385
Rotulagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375

XV

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Apresentação

O aumento da expectativa de vida e a preo- O conteúdo está organizado em capítulos


cupação com o retardamento do envelhecimento que contemplam cada área, bem como seus pro-
têm levado muitas pessoas à busca de recursos que cedimentos específicos, visando o bom resultado
promovam a conservação da beleza e da saúde. em favor do cliente.
A presente obra é fruto de mais de dezoito As figuras permitem ao leitor reconstruir pas-
anos de experiência em formação de profissionais so a passo as manobras adotadas, consolidando
da área de saúde e foi organizada por profissio- os procedimentos apresentados.
nais efetivamente atuantes no mercado. Assim, a obra permite o aprendizado das téc-
Este livro destina-se aos profissionais da área nicas aos iniciantes e a reformulação e consistência
de estética e cosmetologia e àqueles interessados de conhecimentos àqueles que já atuam na área.
em compreender as técnicas e os procedimentos Desejamos a todos os leitores a integração, o
pertinentes à área da estética – seja ela facial, cor- desenvolvimento e a expansão dos conhecimen-
poral ou capilar. tos técnicos a serem apresentados.

Mantenedores
Centro de Ensino Método – FAMESP

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Prefácio

A estética, como profissão, é relativamente to, de vivenciar a criação desta obra, que oferece
recente no âmbito das ciências da saúde. O pro- uma forma didática e clara de aprendizado na área.
fissional de estética, pouco a pouco, percebeu a A construção de conhecimentos, técnicas e práti-
necessidade de organizar seus saberes e de buscar cas – neste texto – foram favorecidos pela partici-
novas tecnologias para melhorar a eficácia de seus pação de profissionais de diversas especialidades.
tratamentos. Este livro servirá de referência a todos aqueles
Tive o imenso prazer de ver o nascimento dos que buscam aprofundar seus conhecimentos nas
cursos de estética e cosmetologia e, neste momen- áreas da estética facial, corporal e capilar.

Sandra Lucia Bovo


Presidente da Associação de Esteticistas Técnicas
e de Nível Superior do Estado
de São Paulo (ASETENS-SP)

XIX

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Agradecimentos

Aos familiares de todos os autores que com À indústria cosmética que constantemente
sorrisos pacientes apoiaram a conclusão desta tem inovado no desenvolvimento de produtos na
obra. área de estética, contribuindo para a excelência
À professora Vilma Gomes Gouveia, da GS de nossos serviços.
equipamentos, pelo apoio à iniciativa desta edi- À Yendis Editora, pela confiança e oportuni-
ção. dade de contribuirmos para a formação técnica
direcionada para os profissionais de estética e
cosmetologia.

www.gsestetica.com.br

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Introdução

Uma das responsabilidades das instituições de Em uma época em que as pessoas tomam
ensino consiste em promover educação de quali- consciência da importância do bem-estar físico e
dade, edificando cidadãos críticos para atuarem de seu reflexo na saúde, esta obra tem a respon-
na sociedade. sabilidade de fundamentar e esclarecer modalida-
A iniciativa de organizar esta obra nasceu da des terapêuticas aplicadas em estética.
carência de literatura na área de estética e cosme- Seguindo as premissas de Paulo Freire, para
tologia, da necessidade de fomentar a pesquisa e quem “ensinar não é transferir conhecimento”,
da intenção de munir o aluno de um material de busca-se, nesta obra, instigar o debate entre pro-
excelente qualidade. fessor e aluno, possibiltando a construção do saber.

Lígia Marini Lacrimanti


Diretora Geral
Centro de Ensino Método – FAMESP

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Capítulo 1

Estética Facial
Andrea Lourenço de Oliveira
Erika Perez

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Estetica-vol 02.indb 2 8/4/09 2:11 PM
Introdução si, ou seja, a clínica, o salão, o consultório etc.
O microambiente é onde se realizam os proce-
Este livro tem como objetivo fundamentar e dimentos, local usualmente denominado cabine
esclarecer didaticamente as modalidades terapêu- de estética.
ticas aplicadas à estética facial. Os dois ambientes devem estar de acordo
Visando construir um material técnico espe- com as normas da área da saúde, organizados e
cífico e em virtude da escassa literatura existen- funcionalmente adequados para que o trabalho
te na área, buscou-se elaborar um conteúdo de seja realizado com qualidade.
abordagem prática, a fim de facilitar o aprendi- Os materiais (luva para procedimento, gaze,
zado e aperfeiçoamento do aluno, contribuindo algodão, máscaras e toucas descartáveis etc.) e
assim para a pesquisa. instrumentais (cubeta, espátula, estojo, reta de
inox etc.) podem ser depositados em um carrinho
Estética Facial acessório, a fim de facilitar o trabalho. Utilizam-
se também equipamentos (lupa, alta fre­quência,
Ambiente de Trabalho vapor ou máscara térmica, maca, mocho etc.) e
cosméticos, selecionados de acordo com o trata-
O profissional de estética divide seu ambien- mento a ser realizado.
te de trabalho, basicamente, em macroambiente O ambiente, os equipamentos e os instrumen-
e microambiente. O macroambiente é o local em tais devem estar desinfetados para cada novo uso.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Conduta Profissional As mãos do profissional devem estar bem la-


vadas antes e depois de examinar o cliente, a fim
O profissional deve estar com cabelos pre- de garantir uma boa assepsia e evitar contamina-
sos ou com touca descartável, unhas curtas, sem ção. O cliente também deve estar com as mãos
adornos e portando os equipamentos de proteção higienizadas.
individual (avental, óculos de proteção, máscara
descartável, luvas para procedimento e calçados Classificação do Biotipo Cutâneo
adequados).
Ao receber o cliente (com cordialidade e éti- Antes de realizar qualquer procedimento é
ca), o profissional inicia seu trabalho por meio necessário observar as características da pele do
de uma ficha de avaliação (anamnese) contendo cliente, a fim de definir seu biotipo cutâneo. Uti-
informações necessárias para um atendimento liza-se exame visual, palpação tátil e lupa, tendo
adequado. Com essa avaliação obtêm-se os dados sido anteriormente realizada a higienização da
pessoais, as características da pele, contraindica- face, do pescoço e do colo.
ções, patologias, cosméticos utilizados anterior- A classificação mais utilizada diferencia os
mente, tratamentos recomendados e a assinatura biotipos cutâneos de acordo com suas caracterís-
do cliente confirmando as informações prestadas. ticas.
O conforto do cliente também é de funda-
mental importância. Para tal, são necessários os • Pele eudérmica (normal): caracteriza-se por
seguintes cuidados: acomodação, retirada de apresentar secreção sudorípara e sebácea equi-
adornos e calçados, uso da touca descartável e ma- libradas, coloração e textura normais, boa
nutenção da temperatura adequada no ambiente. elasticidade, boa hidratação e óstios finos.

Figura 1.1  Centro estético.

Estetica-vol 02.indb 4 8/4/09 2:11 PM


1  Estética Facial

• Pele alípica (seca): caracteriza-se por apre- Massofilaxia


sentar espessura fina, opaca, secreção sebácea
insuficiente, sensibilidade ao contato com A massagem é um dos recursos utilizados em
cosméticos abrasivos, tendência ao apareci- diversos tratamentos faciais.
mento de linhas de expressão e óstios pouco Na massofilaxia são utilizadas manobras da
visíveis. massagem clássica – movimentos rítmicos com
• Pele alípica desidratada: caracteriza-se por maior velocidade realizados no sentido das fibras
apresentar textura áspera, espessura fina, musculares, cuja função é estimular a circulação
pouca resistência, descamação frequente, se- sanguínea local, tonificar a musculatura, aliviar
creção sebácea e sudorípara diminuídas, teor a dor, diminuir edemas etc. As principais indi-
hídrico insuficiente e tendência maior a ru- cações incluem peles desvitalizadas e com tônus
gas. muscular diminuído.
• Pele lipídica (oleosa): caracteriza-se por São contraindicações: estado febril, hiperten-
apresentar óstios dilatados, hiperatividade são arterial descompensada, diabetes descompen-
das glândulas sebáceas, aspecto brilhante, es- sado, lesões cutâneas no local e neoplasia.
pessa, com tendência a lesões como comedão
e millium. Manobras
• Pele lipídica desidratada: caracteriza-se por
apresentar secreção sebácea aumentada e su- Deve-se repetir cada movimento de três a cin-
dorípara diminuída, espessa, com tendência a co vezes, conforme a necessidade do tratamento.
descamação e rugas.
• Pele lipídica seborreica: caracteriza-se por • 1ª manobra: descontração dos músculos tra-
apresentar secreção sebácea extremamente pézio e escaleno.
aumentada, lesões com tendência ao estado • 2ª manobra: deslizamento sobre os múscu-
acneico e aspecto untoso. los esternocleidomastóideo, peitorais maior e
• Pele lipídica acneica: caracteriza-se por apre- menor, deltoide e trapézio.
sentar manifestações inflamatórias devido à • 3ª manobra: deslizamento lateral profundo
hiperatividade das glândulas sebáceas, sendo na região submandibular.
diferenciada pela predominância de suas le- • 4ª manobra: deslizamento ascendente alter-
sões cutâneas. nado na região submandibular.
• Pele mista: caracteriza-se por apresentar • 5ª manobra: movimentos circulares ascen-
oleo­sidade e óstios visíveis na região do nariz, dentes sobre o músculo orbicular da boca.
testa e mento (zona T); nas laterais da face a • 6ª manobra: deslizamento profundo sobre
pele apresenta-se eudérmica ou alípica; pode os músculos masseter e zigomáticos maior e
apresentar também uma tendência oleosa ou menor.
seca. • 7ª manobra: movimentos circulares ascen-
dentes na asa do nariz.

Estetica-vol 02.indb 5 8/4/09 2:11 PM


Curso Didático de Estética  volume 2

• 8ª manobra: movimento circular no múscu- • 11ª manobra: suave compressão nas regiões
lo orbicular dos olhos. frontal e parietal.
• 9ª manobra: ponto de pressão sobre a região • 12ª manobra: movimentos circulares sobre
temporal. o músculo masseter, seguidos de suave com-
• 10ª manobra: deslizamento profundo ascen- pressão e bombeamento.
dente sobre o músculo frontal.

Figura 1.2  Massofilaxia: 1a manobra – descontração dos músculos trapézio e escaleno.

Estetica-vol 02.indb 6 8/4/09 2:11 PM


1  Estética Facial

C
Figura 1.3  Massofilaxia: 2a manobra – deslizamento sobre os músculos esternocleidomastóideo, peitorais
maior e menor, deltoide e trapézio.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.4  Massofilaxia: 3a manobra – deslizamento lateral profundo na região submandibular.

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1  Estética Facial

Figura 1.5  Massofilaxia: 4a manobra – deslizamento ascendente alternado na região submandibular.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.6  Massofilaxia: 5a manobra – movimentos circulares ascendentes sobre o músculo orbicular da
boca.

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1  Estética Facial

Figura 1.7  Massofilaxia: 6a manobra – deslizamento profundo sobre os músculos masseter e zigomáticos
maior e menor.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.8  Massofilaxia: 7a manobra – movimentos circulares ascendentes na asa do nariz.

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1  Estética Facial

Figura 1.9  Massofilaxia: 8a manobra – movimento circular no músculo orbicular dos olhos.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.10  Massofilaxia: 9a manobra – ponto de pressão sobre a região temporal.

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1  Estética Facial

Figura 1.11  Massofilaxia: 10a manobra – deslizamento profundo ascendente sobre o músculo frontal.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.12  Massofilaxia: 11a manobra – suave compressão nas regiões frontal e parietal.

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1  Estética Facial

Figura 1.13  Massofilaxia: 12a manobra – movimentos circulares sobre o músculo masseter, seguidos de
suave compressão e bombeamento.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.13  (continuação) Massofilaxia: 12a manobra – movimentos circulares sobre o músculo masseter,
seguidos de suave compressão e bombeamento.

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1  Estética Facial

Resumo das manobras de massofilaxia

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Curso Didático de Estética  volume 2

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1  Estética Facial

Limpeza de Pele realizam a remoção. Os esfoliantes químicos uti-


lizam substâncias ácidas e os mecânicos fazem a
No início de um tratamento estético facial, remoção e o afinamento por meio de dermoabra-
é necessário realizar previamente uma limpeza são, laser etc.
de pele. A técnica utilizada baseia-se no biotipo A técnica de gomagem também é utilizada
cutâneo, de acordo com as características indivi- em uma limpeza de pele, caso a pele do cliente
duais. seja sensível. Trata-se da aplicação de uma goma
Primeiramente deve-se observar a ficha de vegetal, cuja retirada se dá por meio de movi-
avaliação do cliente, para selecionar os cosméti- mentos de fricção. Os resíduos restantes são reti-
cos adequados e definir a prioridade na limpeza rados com água filtrada.
de pele, como extração de lesões acneicas, por
exemplo. Tonificação
Quando o cliente estiver adequadamente
acomodado, iniciam-se os seguintes procedimen- Existem diversos tipos de tônico facial – pro-
tos, nesta exata ordem: higienização, esfoliação, duto utilizado para equilibrar o pH cutâneo: ads-
tonificação, emoliência, extração, massagem (op- tringentes, calmantes, nutritivos, antissépticos e
cional), máscara e finalização. hidratantes, dentre outros. A escolha do tônico
varia de acordo com o objetivo do procedimento.
Higienização Sua aplicação poderá ser realizada com algodão
embebido ou pulverização.
Aplicar demaquilante nas áreas dos olhos e da
boca, sabonete ou loção de limpeza com movi- Emoliência
mentos circulares em toda a face, pescoço e colo
e, em seguida, retirar com algodão e água filtra- Para a emoliência, utiliza-se creme ou loção
da. Por meio desse procedimento, são retiradas as emoliente, a fim de facilitar a extração. Pode
sujidades e a oleosidade excessiva da pele. ser associada ao vapor ou a máscara térmica por
aproximadamente 15 minutos. O vapor tem duas
Esfoliação funções: bactericida (ozônio) e aquecimento.
Uma opção para a etapa da emoliência é a
Aplicar o esfoliante na face, no pescoço e no técnica de desincruste, que pode ser definida
colo, com movimentos circulares, e retirar com como um processo de ação eletroquímica, cujo
algodão e água filtrada. Há a remoção de células principal objetivo é retirar o excesso de sebo
mortas queratinizadas. A escolha do esfoliante, das peles exageradamente seborreicas. Utilizam-
mais ou menos abrasivo, depende do biotipo se soluções à base de sódio, juntamente com a
cutâneo. Quanto maior a abrasão, maior o afi- corrente galvânica. Após a remoção da secreção
namento da pele. Existem esfoliantes físicos que, sebácea, é preciso reequilibrar o pH da pele utili-
por meio de grânulos e movimentos circulares, zando cosméticos destinados para esse fim.

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Estetica-vol 02.indb 21 8/4/09 2:16 PM


Curso Didático de Estética  volume 2

Extração portante realizar a desinfecção dos eletrodos após


o uso e, para isso, utiliza-se algodão embebido
Para realizar o procedimento de extração, o em álcool 70%. As principais contraindicações
profissional deve utilizar luva e óculos de proteção. são: marca-passo cardíaco, gestantes, alterações
Utiliza-se algodão com loção antisséptica ou água de sensibilidade, pele com produtos inflamáveis
mineral para extrair as seguintes lesões: comedão e neoplasias.
aberto e fechado, pústula e millium. O procedi-
mento deve ser realizado por cerca de 30 minutos. Massagem

Alta frequência A massagem mais indicada após a extração é a


drenagem linfática manual, pois apresenta efeito
A alta frequência é utilizada após a extração, descongestionante e aumenta a oxigenação local.
por conta de seu efeito bactericida, descongestio-
nante e cicatrizante. Máscara
O tempo de duração varia entre três, cin-
co e dez minutos. Quanto à intensidade, é ne- Utiliza-se máscara calmante, descongestio-
cessário que ocorra o faiscamento do eletrodo, nante ou secativa. O tempo de aplicação varia
respeitando-se a sensibilidade do cliente. É im- entre 10 e 20 minutos.

Figura 1.14  Conjugado facial – alta frequência.

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1  Estética Facial

Figura 1.15  Vapor com ozônio.

Finalização acelera a renovação dos tecidos, evitando o acú-


mulo de lipídios na região e facilitando a revita-
Após a retirada da máscara facial, aplica-se o lização da pele.
protetor solar (gel, loção ou creme). A drenagem linfática pode ser realizada por
meio do uso de equipamentos ou da técnica ma-
Drenagem Linfática nual, a qual é mais utilizada devido ao seu efeito
terapêutico e à sua eficácia.
Técnica da Drenagem Facial Os principais efeitos obtidos com a técnica
da drenagem linfática são:
A drenagem linfática, independentemente
da técnica utilizada, elimina o excesso da linfa • melhora da cicatrização;
que será transportada pelo sistema linfático, fa- • melhora da oxigenação e nutrição tecidual;
vorecendo a velocidade da circulação linfática • redução de edemas;
nos vasos e ductos linfáticos, facilitando assim a • relaxamento e sensação de bem-estar;
chegada da linfa até os gânglios. A desobstrução • tonificação tecidual;
dos vasos aumenta a microcirculação sanguínea e • aumento da resposta imunológica.

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Estetica-vol 02.indb 23 8/4/09 2:16 PM


Curso Didático de Estética  volume 2

Contraindicações absolutas Principais gânglios linfáticos faciais

• Febre; • Supraclaviculares;
• infecções agudas; • submandibulares;
• neoplasias; • parotídeos;
• bacteremias; • retroauriculares;
• viremias; • cervicais;
• eczema agudo. • occipitais;
• temporais.
Contraindicações relativas
Sequência de manobras
• Insuficiência cardíaca descompensada;
• insuficiência renal descompensada; • 1ª manobra: evacuação sobre os principais
• anemia proteica; gânglios linfáticos faciais.
• hipo/hipertensão arterial descompensada; • 2ª manobra: deslizamento superficial des-
• hipertiroidismo; cendente sobre a região anterior do pescoço.
• diabetes descompensado. • 3ª manobra: movimentos circulares ascen-
dentes nas regiões do trapézio e cervical.
Indicações • 4ª manobra: compressão e descompressão na
região submentual.
• Edema tecidual; • 5ª manobra: deslizamento com pressão em
• tratamento de acne; forma de pinça.
• tratamento da rosácea; • 6ª manobra: compressão e descompressão
• tratamento de revitalização; em forma de leque, na região lateral do nariz
• tratamento de pré/pós-cirurgia plástica. e no sulco nasogeniano.
• 7ª manobra: movimentos circulares com
Manobras pressão da região lateral do nariz até a região
pré-auricular.
As manobras da técnica de drenagem linfá- • 8ª manobra: deslizamento superficial com os
tica manual apresentam duas características im- polegares na mesma região da manobra ante-
portantes: evacuação e captação. rior.
A evacuação consiste no bombeamento sobre • 9ª manobra: compressão e descompressão na
os gânglios (linfonodos) linfáticos. A captação con- região palpebral inferior e superior.
siste no encaminhamento da linfa para o gânglio. • 10ª manobra: deslizamento superficial na re-
As manobras devem ser realizadas na direção gião temporal.
proximal-distal, com suave pressão e ritmo lento • 11ª manobra: movimentos circulares na re-
e constante. gião frontal.

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1  Estética Facial

• 12ª manobra: deslizamento com pressão na • 14ª manobra: movimentos circulares des-
região frontal. cendentes pelas vias temporal, pré-auricular,
• 13ª manobra: movimentos circulares na re- cervical anterior e supraclavicular.
gião do couro cabeludo. • 15ª manobra: deslizamento superficial em
leque nas regiões supra e infraclaviculares.

Figura 1.16  Drenagem linfática: 1a manobra – evacuação sobre os principais gânglios linfáticos faciais.

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Estetica-vol 02.indb 25 8/4/09 2:16 PM


Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.17  Drenagem linfática: 2a manobra – deslizamento superficial descendente sobre a região
anterior do pescoço.

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1  Estética Facial

Figura 1.18  Drenagem linfática: 3a manobra – movimentos circulares ascendentes nas regiões do trapézio
e cervical.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.19  Drenagem linfática: 4a manobra – compressão e descompressão na região submentual.

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1  Estética Facial

Figura 1.20  Drenagem linfática: 5a manobra – deslizamento com pressão em forma de pinça.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.21  Drenagem linfática: 6a manobra – compressão e descompressão em forma de leque, na região
lateral do nariz e no sulco nasogeniano.

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1  Estética Facial

Figura 1.22  Drenagem linfática: 7a manobra – movimentos circulares com pressão da região lateral do
nariz até a região pré-auricular.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.23  Drenagem linfática: 8a manobra – deslizamento superficial com os polegares na mesma
região da manobra anterior.

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1  Estética Facial

B
Figura 1.24  Drenagem linfática: 9a manobra – compressão e descompressão na região palpebral inferior
e superior.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.25  Drenagem linfática: 10a manobra – deslizamento superficial na região temporal.

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1  Estética Facial

Figura 1.26  Drenagem linfática: 11a manobra – movimentos circulares na região frontal.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.27  Drenagem linfática: 12a manobra – deslizamento com pressão na região frontal.

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1  Estética Facial

Figura 1.28  Drenagem linfática: 13a manobra – movimentos circulares na região do couro cabeludo.

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Curso Didático de Estética  volume 2

B
Figura 1.29  Drenagem linfática: 14a manobra – movimentos circulares descendentes pelas vias temporal,
pré-auricular, cervical anterior e supraclavicular.

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1  Estética Facial

B
Figura 1.30  Drenagem linfática: 15a manobra – deslizamento superficial em leque nas regiões supra e
infraclaviculares.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Resumo das manobras de drenagem linfática

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Curso Didático de Estética  volume 2

Hidratação Cutânea Pele Negra

O mecanismo de hidratação natural da pele é O estrato córneo da pele negra é mais grosso
garantido pela camada lipoproteica, caracteriza- e compacto em relação às outras peles; possui um
da pelo manto hidrolipídico. número maior de camadas de células conferin-
O extrato córneo apresenta características do mais resistência; e, nele, há maior equilíbrio
de acordo com sua umidade, o que garante uma entre as glândulas sudoríparas apócrinas e écri-
pele suave, macia e elástica. Dessa maneira, a pele nas. A quantidade de sebo produzido na face é
pode ser considerada desidratada quando esti- aumentada em relação às outras áreas, e o calibre
ver sem brilho, áspera, apresentar descamação e dos vasos sanguíneos e linfáticos também é au-
maior tendência a irritações. mentado, permitindo maior perda de água tran-
A hidratação normal é definida pela quanti- sepidérmica após irritação.
dade de água de que a pele necessita para man- A hidratação da pele negra é muito impor-
ter boa aparência e garantir um bom funciona- tante, pois o ressecamento excessivo provoca
mento, bem como preservar as características do uma tonalidade acinzentada à pele e favorece o
manto hidrolipídico. aparecimento de lesões esbranquiçadas na face.
Alguns fatores extrínsecos, como exposição Não há necessidade de serem utilizados ativos
ao sol, vento, água quente, sabonetes alcalinos e muito oleosos, pois a pele negra secreta mais áci-
aparelhos de ar condicionado removem a camada dos graxos, sendo mais recomendadas as bases
lipoproteica, contribuindo para a desidratação da em forma de gel, gel-creme e emulsões leves O/A
pele. As alterações metabólicas, o envelhecimen- (óleo/água). Alguns princípios ativos, como ce-
to das fibras de colágeno e elastina e a diminuição ramidas, vitaminas A, C e E e ácido lático entre
da irrigação periférica, que são fatores intrínse- outros, proporcionam maior grau de hidratação
cos, também propiciam a desidratação da pele. sendo recomendados para esse tipo de pele.
O desenvolvimento de hiperpigmentação
Mecanismos de Hidratação Cutânea pós-inflamatória na pele negra é comum, por
esse tipo de pele possuir maior atividade da me-
• Oclusão: impede a evaporação da água, por lanina produzida pelos melanócitos. Essa ativi-
meio de uma película. dade aumentada está relacionada à velocidade da
• Umectação: processo de retenção hídrica na produção da melanina. A relação entre a síntese
superfície da pele, por meio de substâncias de feomelanina (cor amarela a marrom-averme-
higroscópicas. lhado) e eumelanina (cor preta a marrom-escuro)
• Hidratação ativa: ocorre por meio dos ativos é maior na pele negra. Os melanossomas nas pe-
que agem na estrutura celular, além de pos- les negra e de origem oriental são mais dispersos
suírem propriedades higroscópicas, como os e maiores, cada um envolto por uma membrana
alfahidroxiácidos (AHAS). diferente; enquanto na pele clara são pequenos e
agrupados em uma única membrana. Sendo as-

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1  Estética Facial

sim, a pele negra tem uma coloração mais densa • Nutritivas: compostas por óleos e manteigas
e uniforme, o que proporciona, também, maior vegetais, favorecendo a maciez e a revitaliza-
proteção contra a radiação ultravioleta. ção da pele.
Os ácidos glicólico, retinoico e perióxido de • Oclusivas: compostas por alginatos, têm a
benzoíla são ativos que devem ser utilizados com função de facilitar a permeabilidade dos ati-
cautela para atenuar as hiperpigmentações. As vos aplicados à pele, além de impedir a eva-
baixas concentrações desses ácidos são mais reco- poração da água.
mendadas, incluindo outros ativos como os áci- • Tensoras: compostas por ativos tensores
dos kójico, ácido fítico e ácido azelaico. As for- (tensine, raffermine, argireline etc.), têm a
mas tamponadas do ácido glicólico também são capacidade de promover efeito de lifting.
mais utilizadas neste tipo de pele. A pele negra • Gesso: composta por pó de gesso, tem a fina-
não aparenta a vermelhidão causada pelos pee­ lidade de auxiliar no efeito tensor de alguns
lings, com isso é necessário muita atenção em tal ativos.
tipo de procedimento estético e médico. • Plásticas: compostas por PVC, têm a função
O mais importante na pele negra é manter a de ocluir ativos hidratantes, nutritivos e ten-
hidratação e evitar possíveis discromias. sores.
• Argilosas: compostas por diversos tipos de
argila, têm a função de hidratar e devolver
Nutrição Cutânea oligoelementos e sais minerais à pele.

Outros nutrientes, além da água, são necessá- Envelhecimento Cutâneo


rios para que seja mantido o bom funcionamento
do metabolismo celular. Conhecidos como vita- O envelhecimento cutâneo é caracterizado
minas, proteínas e sais minerais, esses nutrientes pelas alterações fisiológicas gradativas adquiridas
têm a finalidade de recuperar a vitalidade dos teci- ao longo do processo evolutivo.
dos, além de restaurar e manter as funções da pele. Existem dois tipos de classificação em relação
Existem alguns ativos, como colágeno, cera- ao envelhecimento cutâneo:
midas, tocoferol (vitamina E), ácido ascórbico (vi-
tamina C), caviar, dentre outros, que favorecem a Classificação I
luminosidade, a maciez e a elasticidade da pele.
• Histológico: relativo ao estado anatômico
Máscaras Faciais das células.
• Fisiológico: relaciona-se ao estado dos órgãos.
• Hidratantes: geralmente fabricados à base de • Aparente ou exterior: relaciona-se ao estado
aminoácidos, ureia, extratos de frutas e flores, de conservação da pele.
promovendo retenção hídrica à pele.

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Estetica-vol 02.indb 43 8/4/09 2:21 PM


Curso Didático de Estética  volume 2

Classificação II bronzear, são fatores determinantes no processo


do fotoenvelhecimento. Dessa maneira, quanto
• Intrínseco: decorrente do desgaste natural maior a intensidade e a duração da exposição so-
do organismo (células, órgãos e pele). lar em peles claras e difíceis de bronzear, maior
• Extrínseco: decorrente do efeito da radiação será o dano causado.
UV do sol e de fatores ambientais durante Os efeitos da radiação solar na pele dividem-
toda a vida (fotoenvelhecimento, vento etc.) se em agudos (queimaduras e fotossensibilização)
e crônicos (fotoenvelhecimento, neoplasia e re-
Durante o processo de envelhecimento, ocor- dução da imunidade). Os tipos de radiação solar
rem modificações nas camadas da pele: são: UVA, UVB e UVC.
A radiação ultravioleta A (UVA) é responsá-
• Epiderme: desorganização da camada basal, vel pela pigmentação da pele e está diretamente
achatamento da junção dermo-epidérmica, relacionada ao processo de fotoenvelhecimento.
diminuição das células de defesa. A radiação ultravioleta B (UVB), por sua vez, é
• Derme: diminuição das células de sustenta- responsável pela produção de efeitos eritemato-
ção, colágeno mais rígido, perda de elastici- gênicos (queimaduras) e está relacionada ao cân-
dade e diminuição das proteínas. cer de pele.
• Hipoderme (tela subcutânea): atrofia mus- A prevenção compreende a mais importante
cular e fragilidade capilar. medida contra o fotoenvelhecimento, portanto o
uso diário de filtro solar, vestimentas adequadas
Quanto ao mecanismo de hidratação, é pos- e exposições solares durante os horários adequa-
sível observar uma diminuição na espessura do dos minimizam os efeitos nocivos das radiações
manto hidrolipídico, perda de água e prurido. solares.
Na pigmentação, ocorre diminuição dos me- A classificação de fototipos cutâneos é utili-
lanócitos, resultando em alterações de cor na pele zada como indicador do fator de proteção solar
(discromias). (FPS) e para a escolha de tratamentos despigmen-
Com relação aos anexos cutâneos, há menor tantes. A Fitzpatrick é a classificação mais utiliza-
atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas, da pelas áreas da dermatologia e da estética.
bem como redução na atividade dos pelos.
Rugas
Fotoenvelhecimento Cutâneo
As rugas são linhas demarcadas na pele decor-
Trata-se de alterações cutâneas decorrentes da rentes do processo de envelhecimento cutâneo.
exposição excessiva e/ou prolongada à radiação Variam entre os indivíduos. Eis os tipos de rugas:
ultravioleta (UV).
A duração e a intensidade da exposição so- • Dinâmicas: decorrentes da mímica facial, ou
lar, bem como a cor da pele e sua capacidade de seja, aparecem com o movimento.

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1  Estética Facial

• Estáticas: decorrentes da fadiga das estrutu- desencadeia uma reação inflamatória. A comedogê-
ras da pele, em virtude de movimentos faciais nese é um dos fatores etiológicos principais da acne,
repetidos. juntamente com hiperprodução sebácea, coloniza-
• Profundas: geralmente são decorrentes da ção do ducto sebáceo e reação inflamatória local.
ação solar e não sofrem modificações quando
a pele é esticada. Etiopatogenia
• Superficiais: são decorrentes do envelheci-
mento cronológico e se modificam quando a • Aumento da secreção sebácea;
pele é esticada. • hiperqueratinização com obstrução do folí-
culo pilossebáceo;
Mecanismo de formação de rugas • alteração da flora bacteriana da pele;
• reação inflamatória local.
• Diminuição das fibras elásticas;
• rigidez do colágeno; Descrição Clínica
• declínio do tecido conjuntivo;
• diminuição da oxigenação tecidual; Diversas lesões compõem o quadro clínico
• desidratação excessiva. da acne vulgar. A face, o ombro e o tórax são as
regiões de maior predominância. De acordo com
Tratamento as lesões elementares, a acne pode ser classificada
em quatro graus:
• Avaliar bem as características da pele e da
ruga, a fim de traçar o plano de tratamento; • Grau I: predominância de comedões abertos
• respeitar as técnicas que cabem à esteticista ou fechados sem reação inflamatória.
e solicitar que o cliente realize também uma • Grau II: predominância de lesões papulo-
avaliação dermatológica; pustulosas, com reação inflamatória.
• utilizar cosméticos para nutrir, revitalizar e • Grau III: presença maior de nódulos, cistos,
hidratar a pele; e intensa inflamação.
• utilizar peelings; • Grau IV: presença de cicatrizes profundas,
• toxina botulínica e preenchimento facial rea- severa reação inflamatória e lesões anterior-
lizado pelo médico. mente citadas. Podem existir casos com lesões
queloidianas inestéticas e permanentes.
Acne
Erupções Acneiformes
A acne é uma erupção na pele e resulta de dois
fatores: excesso de secreção sebácea e aumento de Assemelham-se à acne por apresentarem pápu-
queratina no folículo piloso, levando à sua obstru- las e pústulas foliculares, com ou sem comedões.
ção. Inicia-se com a formação do comedão, o qual Diferenciam-se da acne vulgar pela localização e/

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Curso Didático de Estética  volume 2

ou pela idade, geralmente dos 30 aos 50 anos. Des- Técnicas de aplicação


tacam-se a acne cosmética, ocupacional, mecânica
ou oclusiva, estival, escoriada, medicamentosa, • Aplicação direta ou efluviação: aplica-se o
endócrina, infantil e rosácea. Esta última localiza- eletrodo diretamente na pele, deslizando-o
se na face e é uma das afecções acneiformes mais suavemente.
incidentes. Apresenta rubor, telangiectasias e erite- • Aplicação à distância ou faiscamento: aplica-
ma e, nos casos mais graves, reação inflamatória. se o eletrodo a uma curta distância, ou seja,
Dentre os fatores que podem desencadear ou sem encostá-lo na pele.
agravar o quadro clínico, destacam-se: ingestão
alcoólica excessiva, cosméticos irritantes, estresse Os principais tipos de eletrodo são: cogume-
emocional, alimentos condimentados, fumo, ex- lo, pente, cauterizador, forquilha e cachimbo.
posição solar, exercício, banhos quentes ou tem-
peratura elevada. Indicações

Tratamento • Desinfecção da acne;


• seborreia em couro cabeludo;
O tratamento consiste na abordagem de uma • foliculite;
equipe multidisciplinar cuja finalidade é otimizar • pós-depilação;
o resultado. Quanto ao tratamento dermatológi- • psoríase.
co, destaca-se o efeito anti-inflamatório e a ação
antibacteriana, bem como a utilização de alguns Contraindicações
ácidos. A limpeza de pele e o controle da oleo­
sidade excessiva são os principais objetivos do • Marca-passo cardíaco;
tratamento estético. • gestantes;
• neoplasias;
Eletroterapia • distúrbios de sensibilidade;
• cosméticos inflamáveis;
Alta Frequência • próteses metálicas no local;
• epilepsia.
Técnica que utiliza correntes alternadas de
alta frequência, em que os gases argón, chenon Corrente Galvânica
ou neon, em contato com o oxigênio do ar,
transformam-se em ozônio. Os principais efeitos Trata-se de uma corrente unidirecional do
fisiológicos são: efeito térmico, vasodilatação e tipo monofásica que utiliza partículas carregadas
hiperemia, aumento da oxigenação celular, ação de íons. Seus principais efeitos são: produção de
bactericida e antisséptica e melhora do trofismo calor, vasodilatação, aumento da ação de defesa
dérmico. e analgesia.

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Estetica-vol 02.indb 46 8/4/09 2:21 PM


1  Estética Facial

Técnicas de aplicação A técnica de microcorrentes é bastante utili-


zada na área de estética e sua principal caracterís-
• Ionização: aumento da administração trans- tica é ser subsensorial, ou seja, não há excitação
cutânea de ativos ionizáveis. da inervação periférica e, portanto, ela não causa
• Desincruste: saponificação do excesso de desconforto durante a aplicação. Os principais
oleosidade da pele. efeitos fisiológicos são: aumento da síntese de
• Eletrolifting: estimulação da reação inflama- ATP (adenosina trifosfato), facilitação do trans-
tória local por meio da puntura. porte ativo de membranas, aumento da síntese
de proteínas e contribuição para o funcionamen-
Indicações to do sistema linfático.

• Hidratação; Técnicas de aplicação


• nutrição e revitalização;
• seborreia; A aplicação é realizada, basicamente, de duas
• edema; maneiras: com eletrodos de borracha, silicone ou
• rugas. autoadesivos e com eletrodos do tipo bastonetes
ou cotonetes.
Contraindicações A frequência varia de acordo com a profundi-
dade – quanto maior a frequência, menor a pro-
• Neoplasia; fundidade.
• lesões cutâneas no local;
• diabetes descompensado; Tipos de ondas
• alterações de sensibilidade;
• marca-passo cardíaco; • Onda suave;
• alergias; • onda moderada;
• gestantes; • onda forte;
• hiper/hipotensão descompensada; • onda pulsada.
• epilepsia.
Indicações
Microcorrentes
• Processos acneicos;
Também conhecida como MENS (Micro • pós-operatório;
Electro Neuro Stimulation), a técnica de micro- • flacidez tecidual;
correntes pode ser definida como uma espécie de • pós peeling;
eletroestimulação, na faixa de microampères, que • cicatrização;
utiliza corrente de baixa frequência. As microcor- • facilitar a permeabilidade de ativos;
rentes podem ser contínuas ou alternadas. • rugas.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Contraindicações • gestantes;
• epilepsia;
• Alergias; • lesão muscular;
• gestantes; • alteração de sensibilidade;
• marca-passo cardíaco; • próteses metálicas no local.
• neoplasias;
• próteses metálicas no local; Dermotonia
• hiper/hipotensão descompensada;
• diabetes descompensado; A dermotonia é uma técnica que utiliza pres-
• lesões cutâneas no local; são negativa (sucção) por meio de ventosas de
• epilepsia. vidro ou de plástico. Os principais efeitos são:
facilitação das trocas gasosas, aumento da mobi-
Eletroestimulação lidade do líquido intersticial, aumento do trofis-
mo tissular e estimulação dos gânglios linfáticos.
Trata-se de uma técnica que utiliza a corrente
alternada para promover a excitação do fuso neu- Técnica de aplicação
romuscular da musculatura estriada, originando
a contração muscular. Deslizamento das ventosas no sentido das fi-
bras musculares e do trajeto linfático.
Técnicas de aplicação
Indicações
• Fixa: os eletrodos são fixados nos pontos mo-
tores da musculatura. • Rugas;
• Móvel: os eletrodos se movem de acordo com • acne e sequelas;
a musculatura a ser trabalhada. • pós-operatório.

Indicações Contraindicações

• Tonificação muscular; • Neoplasias;


• hipertrofia muscular; • dermatoses;
• aumento do retorno venoso e linfático. • infecção;
• fragilidade capilar.
Contraindicações
Microdermoabrasão
• Neoplasias;
• marca-passo cardíaco; Técnica que utiliza a esfoliação mecânica para
• hipo/hipertensão descompensada; promover o afinamento do tecido epitelial. Seus

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1  Estética Facial

principais efeitos são: aumento da divisão celular, • hiperqueratoses;


aumento da síntese de colágeno e elastina e cla­ • pré-cirúrgico.
rea­mento da epiderme.
Contraindicações
Técnica de aplicação
• Neoplasias;
São aplicados jatos de microcristais de óxido • fragilidade capilar;
de alumínio sobre a pele. Os movimentos devem • hemangiomas;
ser lentos, precisos e uniformes, seguindo proce- • pele negra;
dimentos de varredura. • gestantes;
• alergias;
Indicações • alteração de sensibilidade.

• Sequelas da acne; Ácidos


• clareamento de manchas;
• foliculite; A utilização de ácidos nas alterações estéticas
• rugas; vem se tornando cada vez mais eficaz. Na maioria

Figura 1.31  Microdermoabrasão (caneta diamantada).

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Curso Didático de Estética  volume 2

Figura 1.32  Microcorrentes.

Figura 1.33  Conjugado facial (alta frequência, eletrolifting, eletroestimulação, desincruste, ionização.

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1  Estética Facial

dos tratamentos faciais, uma das etapas dos pro- Atuação dos Ácidos
cedimentos é sua aplicação.
Antes da utilização dos diversos tipos de áci- • Acne: diminuir a hiperqueratinização, atuar
dos, é necessário avaliar bem a pele do cliente, no controle da glândula sebácea, diminuir a
classificar o biotipo e suas alterações, o fototipo proliferação bacteriana e o processo inflama-
cutâneo, a profundidade das hipercromias e as tório local.
possíveis contraindicações. • Fotoenvelhecimento: diminuir a espessura
Quanto à classificação do fototipo com rela- da epiderme e aumentar o processo de fibro-
ção a sensibilidade aos raios ultravioleta, costu- blastos.
ma-se utilizar a tabela de Fitzpatrick, cujo obje- • Hipercromia: atuar na despigmentação e no
tivo é traçar parâmetros para a escolha do tipo, afinamento da epiderme.
concentração e pH do ácido.
Alguns Ácidos
Tabela 1.1  Tabela de Fitzpatrick
Tipo I Muito sensível e nunca pigmenta
• Ácido glicólico: de fácil penetração, é mais
Tipo II Sensível e pouco pigmentada
utilizado em fototipos I e II e tem a função
Tipo III Pouco sensível e facilmente pigmenta
Tipo IV Não sensível e está sempre pigmentada de hidratação cutânea com pH mais alto.
Tipo V Negra • Ácido retinoico: é utilizado em todos os fo-
totipos, porém é de uso médico.
• Ácido mandélico: é utilizado em todos os
Quanto à profundidade das hipercromias, fototipos; tem maior peso molecular, permi-
deve-se utilizar o recurso da lâmpada de Wood, tindo uma penetração mais uniforme.
que através da fluorescência indica a localização • Ácido salicílico: exerce ação bactericida e
da mancha. queratolítica.
Quanto às funções da aplicabilidade do áci- • Ácido hialurônico: possui propriedades hi-
do, destacam-se os queratolíticos, despigmentan- groscópicas, mantendo o manto hidrolipídi-
tes e hidratantes: co da epiderme.
• Ácido fítico: exerce ação despigmentante.
• Ácidos queratolíticos: afinam a pele (cama- • Ácido kójico: funciona como inibidor da en-
da córnea). zima tirosinase.
• Ácidos despigmentantes: agem no processo • Ácido tartárico: exerce ação de renovação ce-
de formação da melanina, ou seja, na inibição lular.
da tirosinase (enzima responsável pelo meca- • Ácido lático: agente umectante e clareador.
nismo de formação da melanina). • Ácido ascórbico (vitamina C): inibidor da
• Ácidos hidratantes: atuam promovendo a enzima tirosinase e ação antioxidante.
manutenção hídrica da pele.

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Curso Didático de Estética  volume 2

Tipos de Peeling • exposição recente ao sol;


• cirurgias faciais recentes;
Quanto maior a concentração de um ácido • após a realização de procedimentos irritativos;
e menor o seu pH, mais rápida e profunda é sua • uso concomitante com alguns medicamen-
permeabilidade. tos, como a isotretinoína;
O peeling químico é um procedimento que • queloides e cicatrizes hipertróficas;
utiliza agentes químicos esfoliantes para remover • maquiagem definitiva.
as células epidérmicas, visando a renovação celu-
lar das camadas superficial, média ou profunda. Cuidados durante a aplicação

• Peeling superficial: age superficialmente na • Cliente utilizando ácido retinoico diariamen-


camada epidérmica e age sobre as rugas finas, te, suspender pelo período de dois a cinco
hipercromias, peles espessas e acne. dias antes da aplicação do peeling;
• Peeling médio e profundo: aplicado exclusi- • a pele deve ser higienizada e desengordurada
vamente pelo médico, pois atua nas camadas antes de sua aplicação;
intermediárias e profundas da pele. • áreas com lesões pequenas, que não cheguem
a contraindicar o peeling; os cantos do nariz e
Contraindicações boca devem ser isolados com vaselina;
• evitar exposição ao sol e, caso haja, utilizar
• Secreção nasal; um bloqueador solar.
• lesões cutâneas; • manter a pele hidratada e protegida dos raios
• herpes simples; UVA e UVB.

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