Você está na página 1de 2

São Paulo, 08 de outubro de 2023

UNASP – Centro Universitário Adventista de São Paulo


Aluno Ivanildo Lima Moura Siqueira RA 195434
Disciplina: Teorias Fenomenológicas, Humanistas e Existenciais
Tema do trabalho: Conceitos da Teoria Rogeriana

RELATÓRIO SOBRE O CASO GLÓRIA (CARL ROGERS)

1)Na cena em que Glória não está consistente sobre sua visão de moralidade em relação ao que
ela acha de deve representar à filha, podemos perceber o princípio do CONCEITO DE SELF, pois
ela estava com dificuldades para desenvolver um conceito estruturado de si mesma, ou seja,
ocorreu um encontro de demandas internas de seu organismo contra as demandas externas,
representadas pelos valores sociais que se esperam de uma mulher em relação à moralidade e
prerrogativas como mãe deve ser vista por uma filha. Para Carl Rogers, a “SELF IDEAL” seria
como um conjunto de características que o indivíduo gostaria de ter. Por esse motivo é que,
muitas vezes, ocorre um obstáculo entre a SELF e a SELF ideal.

2)Na cena em que Glória afirma que “sua mente quer algo, mas seu corpo quer outra coisa” e por
apresentar-se vulnerável e ansiosa em relação às próprias tendências, ela expressa certa
incongruência. Em contrapartida, o terapeuta Rogers apresentou-se integrado à relação
estudada/analisada. Desta forma, podemos perceber o princípio da CONGRUÊNCIA, pois estava
em alinhamento e harmonia consigo mesmo. Ele se expressou de forma transparente / verdadeira
com o cliente, estando totalmente presente e aberto, sem máscaras ou fachadas. Sabe-se que na
psicoterapia facilita-se a relação para que clientes se tornem mais congruentes, saindo da
desorganização emocional para um alinhamento em si.

3)Na cena em que Glória diz a Rogers: “Quero muito que o senhor me dê uma resposta direta”,
ela tenta transferir a responsabilidade da solução para o terapeuta. Em outro momento, o próprio
Rogers diz: “... e parece que eu não a ajudo em nada”, confirmando esse problema. Nota-se,
entretanto, que ele conduziu a terapia de forma que ela se perguntasse os próprios
questionamentos feitos outrora a Rogers. Dessa forma, podemos perceber um De seus princípios
mais importantes de que A PESSOA É CAPAZ DE CONTROLAR SEU PRÓPRIO
DESENVOLVIMENTO, ou seja, as pessoas possuem uma tendência natural à atualização de
seus conceitos e o profissional a conduz nesse processo. Quase no final da entrevista ele
pergunta à Gloria: “o que você acha que eu aconselharia a você mesma, se estivesse em meu
lugar”, levando-a a uma profunda reflexão e conclusões sobre o caminho a seguir em relação ao
que falar para a sua filha.

4)Na cena em que Rogers pergunta sobre o que a incomoda e Glória fala sobre seu conflito
moral, Rogers se livra de valores morais de certo e errado e consegue aceitá-la em sua
integridade sem fazer julgamentos. Neste momento, podemos perceber o princípio da
ACEITAÇÃO INCONDICIONAL, pois acolhe as manifestações do ser. A vida aparentemente fora
dos padrões éticos que Glória vivia não criou nenhum afastamento entre a cliente e o profissional
que a estava analisando. Isso permitiu que a cliente se sentisse segura o suficiente para
expressar-se livremente e explorar suas emoções. Dessa forma, ela pôde apresentar o seu caso
de maneira clara, límpida, sem as eventuais parcialidade que comprometem uma análise efetiva.

5)Na cena em que Glória chega ao consultório, o tom de voz e receptividade com que Rogers a
recebe faz com que ela perca um pouco seu travamento, como ela mesma afirmou: “Não senti
que seria julgada”. O momento em que Rogers afirma: “Sinto um tremor na sua voz”, podemos
perceber o princípio da EMPATIA, pois essa compreensão empática permitiu a ele experimentar o
que ela estava sentindo como se estivesse no lugar dela, vendo a situação através de sua
perspectiva. Dessa forma, foi possível que a cliente dividisse com ele toda essa compreensão,
favorecendo o desenvolvimento da personalidade do cliente e ficar à vontade para falar de si.

Você também pode gostar