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A cara de pau de Greenwald: chamar isso de jornalismo é

piada!
gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/cara-de-pau-de-greenwald-chamar-isso-de-jornalismo-e-
piada/
Rodrigo Constantino June 12,
2019

Se uma fonte entrega material de interesse público a um jornalista, ele tem o direito de
torna-lo público. É uma decisão editorial, claro, e há motivos de sobra para
decidir não publicar também. Mas se há uma coisa que não está entre as possibilidades do
jornalismo sério é justamente filtrar trechos, publicar vazamentos seletivos a conta gotas,
sequer escutar as partes mencionadas. Isso é militância partidária ou até cumplicidade no
crime, mas jamais jornalismo sério.

Não obstante, o militante ideológico Glenn Greenwald, que reclamava em julho de 2018 que
a mídia tinha pouca capacidade para “bater” em Bolsonaro…

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…que acha que a prisão de Lula foi um “golpe”, esse mesmo Greenwald, fundador do site
The Intercept, justificou essa decisão de publicar aos poucos o material a que teve acesso
com base na desculpa do bom jornalismo:

É o ápice da cara de pau! O sujeito fez um vazamento seletivo, deu até aqui um tiro de
festim enquanto anunciou uma bomba atômica, e ainda chama isso de jornalismo certo, de
prudência? A quem ele quer enganar?

Além disso, como apontou O Antagonista, Greenwald acabou se entregando ao falar de


proteger sua fonte, que antes era tratada como anônima:

Glenn Greenwald, cúmplice de hackers, disse hoje em entrevista: “Nós ficamos muitas semanas
planejando como proteger a nós e a nossa fonte contra os riscos físicos, riscos legais, riscos
políticos, riscos que vão tentar sujar a nossa reputação.” Mas ele não afirmou que a fonte do seu
material contra Deltan Dallagnol e Sergio Moro é anônima? Como ele pode proteger uma fonte
anônima?

Tudo muito estranho e suspeito. Não custa lembrar que seu parceiro, David Miranda,
assumiu como deputado no lugar de Jean Wyllys, do PSOL, que desistiu do mandato com a
desculpa esfarrapada de medo de viver no país e sofrer o mesmo destino de Marielle
Franco.
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Wyllys foi passear pela Europa, o que custa caro, enquanto o companheiro de Greenwald,
que já foi detido pelo Reino Unido por várias horas suspeito de espionagem ao levar
material sigiloso para o namorado, permaneceu no cargo eletivo, ele que também é
militante LGBT.

Do PSOL se pode – se deve! – esperar tudo! É um partido fundado do apêndice petista, e


tem até terrorista entre seus fundadores. É um partido que defende oficialmente o regime
ditatorial venezuelano.

Os nomes envolvidos nesse caso, portanto, suscitam todo tipo de desconfiança legítima.
Greenwald ganhou notoriedade e fama com o caso Snowden, que entregou segredos de
estado dos Estados Unidos, colocando em risco a segurança nacional do país. Há indícios de
ligações com os russos.

O “cúmplice de hackers” foi reclamar que Sergio Moro usa O Antagonista como fonte, e
recebeu a resposta que merecia:

Glenn Greenwald, cúmplice de hackers travestido de jornalista, disse que Sergio Moro “usa”
O Antagonista para defender-se:

“(…) Ele está usando o Antagonista para muitas coisas, o tempo todo. Ele está sempre
citando o Antagonista, vazando para o Antagonista, todo mudo sabe disso…

O fato de ele usar o Antagonista mostra, para mim, que agora ele sabe que é o único apoio
que vai ter — a identidade dele não é mais de juiz apartidário, agora Moro sabe que é uma
figura da direita extremista.

E ele vai continuar assim porque todo mundo sabe que Moro não é uma pessoa contra a
corrupção mas uma pessoa que faz corrupção quando quiser. E usar o Antagonista mostra
que a única preocupação é o que a direita está pensando sobre os comportamentos dele.”

Greenwald é usado pelo russo Vladimir Putin para desestabilizar democracias. Todo mundo
sabe disso.

Preferimos Moro.

O grau de parcialidade de Greenwald, Miranda e The IntercePT salta aos olhos e faz até um
cego enxergar a militância desvairada. A meta é destruir Moro, a Lava Jato, o governo
Bolsonaro. Tudo bem. Entra na fila, pode dar as mãos aos petistas e psolistas, aos
sindicalistas e invasores de terras, aos corruptos do centrão e lideranças “estudantis”. Mas
por favor: só não chame isso de jornalismo!

Rodrigo Constantino

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Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no
mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a
coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O
Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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