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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

ESTATISTICA APLICADA A
SEGURANÇA NO
TRABALHO

Divinópolis
2011

1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro de Formação Profissional Anielo

ESTATISTICA APLICADA A
SEGURANÇA NO TRABALHO
Hula da Silva Rocha

Divinópolis
2011

3
© 2011. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI/MG
Centro de Formação Profissional Anielo Greco

Ficha Catalográfica

SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem FIEMG
Industrial Av. do Contorno, 4456
Departamento Regional de Minas Bairro Funcionários
Gerais 30110-916 – Belo Horizonte
Minas Gerais

Sumário

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APRESENTAÇÃO . 7
1 . DEFINIÇÃO ESTATÍSTICA 8
1.1 CONCEITUAÇÃO 8
1.2 OBJETIVO DA ESTATISTICA 8
1.3 METODOLOGIA DA ESTATISTICA 8
2.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA 8
2.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL 9
2.3 METODO STATISCO 9
3. NATUREZA ESTATISTICA 9
3.1 ESTATISTICA INDUTIVA E DEDUTIVA 10
4. FASES DO MÉTODO ESTATISTICO 10
4.1 COLETA DE DADOS 10
4.2 CRITICA DE DADOS 11
4.3 APURAÇÃO DE DADOS 11
4.4 EXPOSIÇÃO OU APRESENTAÇÃO DOS DADOS 11
4.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS 11
5. COCEITOS INICIAIS DA ESTATISTICA 12
5.1 DEFINIÇÕES 12
6. NÚMEROS APROXIMADOS 13
7. MÉDIA 15
8. MÉDIA PONDERADA 16
9. ESTATISTICA DE ACIDENTES DO TRABALHO 17
10. EXERCÍCIOS 27
11. BIBLIOGRAFIA 34

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Prefácio

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação Profissional

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Apresentação

Todas as ciências têm suas raízes na história do homem. A matemática, que é


considerada “a ciência que une à clareza do raciocínio a síntese da linguagem”,
originou-se do convívio social, das trocas, da contagem, com caráter prático,
utilitário, empírico. A estatística, ramo da matemática aplicada, teve origem
semelhante.
Desde a Antigüidade, vários povos já registravam o número de habitantes, de
nascimentos, de óbitos, faziam estimativas das riquezas individual e social,
distribuíam eqüitativamente terras ao povo, cobravam impostos e realizavam
inquéritos quantitativos por processos que, hoje, chamaríamos de “estatísticas”. Na
idade média colhiam-se informações, geralmente com finalidades tributárias ou
bélicas.
A partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de
fatos sociais, como batizados, casamentos, funerais, originando as primeiras tábuas
e tabelas e os primeiros números relativos.
No século XVIII o estudo de tais fatos foi adquirindo, aos poucos, feição
verdadeiramente científica. Godofredo Achenwall batizou a nova ciência (ou
método) com o nome de Estatística, determinando o seu objetivo e suas relações
com as ciências. As tabelas tornaram-se mais completas, surgiram as
representações gráficas e o cálculo das probabilidades, e a Estatística deixou de ser
simples catalogação de dados numéricos coletivos para se tornar o estudo de como
chegar a conclusões sobre o todo (população*), partindo da observação de
partes desse todo (amostras*).
Atualmente, o público leigo (leitor de jornais e revistas) posiciona-se em dois
extremos divergentes e igualmente errôneos quanto à validade das conclusões
estatísticas: ou crê em sua infalibilidade ou afirma que elas nada provam. Os que
assim pensam ignoram os objetivos, o campo e o rigor do método estatístico;
ignoram a estatística, quer teórica quer prática, ou a conhecem muito
superficialmente.
Na atualidade, os estudos estatísticos têm avançado rapidamente e, com seus
processos e técnicas, têm contribuído para a organização dos negócios e recursos
do mundo moderno.

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1. DEFINIÇÃO ESTATÍSTICA
1.1 CONCEITUAÇÃO.

Defini-se Estatística como parte da Matemática Aplicada que fornece métodos


para a coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a
utilização dos mesmos na tomada científica de decisões.
Exprimindo por meio de números as observações que se fazem de elementos
com, pelo menos, uma característica comum (por exemplo: os alunos do sexo
masculino de uma comunidade), obtemos os chamados dados referentes a esses
elementos
A coleta, a organização e a descrição dos dados estão a cargo da
Estatística descritiva, enquanto a análise e a interpretação desses dados ficam a
cargo da Estatística Indutiva ou Inferencial.

1.2- OBJETIVO DA ESTATÍSTICA


Em geral, as pessoas quando se referem ao termo estatística, o fazem no
sentido da organização e descrição dos dados (Estatística do Ministério da
Educação, Estatística dos Acidentes no Trabalho etc...), desconhecendo que o
aspecto essencial da Estatística é o de proporcionar métodos inferenciais, que
permitam conclusões que transcendam os dados obtidos inicialmente ou seja
desenvolver a habilidade na resolução de problemas o que inclui a capacidade
de reconhecer qual técnica se aplica a determinada situação e de utilizá-la
eficazmente. Assim, a análise e a interpretação dos dados estatísticos tornam
possível o diagnóstico de uma empresa, o conhecimento de seus problemas( por
exemplo, condições de funcionamento, produtividade, acidentes, perdas, etc...), a
formulação de soluções apropriadas e um planejamento objetivo de ação.

2. METODOLOGIA ESTATÍSTICA

2.1- O MÉTODO CIENTÍFICO


Muitos dos conhecimentos que temos foram obtidos na Antigüidade por acaso
e, outros, por necessidades práticas, sem aplicação de um método.
Atualmente, quase todo acréscimo de conhecimento resulta da observação e do
estudo. Se bem que muito desse conhecimento possa ter sido observado
inicialmente por acaso, a verdade é que desenvolvemos processos científicos para
seu estudo e para adquirimos tais conhecimentos.

Obs: Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente para se


chegar a um fim que se deseja.

Dos métodos científicos, vamos destacar o método experimental e o


método estatístico.

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2.2- O MÉTODO EXPERIMENTAL
O método experimental consiste em manter constantes todas as causas
(fatores), menos uma, e variar esta causa de modo que o pesquisador possa
descobrir seus efeitos, caso existam. É o método preferido no estudo da física, da
química etc.

2.3- O MÉTODO ESTATÍSTICO


Muitas vezes temos necessidade de descobrir fatos em um campo em que o
método experimental não se aplica (nas ciências sociais), já que os vários fatores
que afetam o fenômeno em estudo não podem permanecer constantes enquanto
fazemos variar a causa que, naquele momento, nos interessa.

Como por exemplo, podemos criar a determinação das causas que definem o
preço de uma mercadoria. Para aplicarmos o método experimental, teríamos de
fazer variar a quantidade da mercadoria e verificar se tal fato iria influenciar seu
preço. Porém, seria necessário que não houvesse alteração nos outros fatores.
Assim, deveria existir, no momento da pesquisa, uma uniformidade dos salários, o
gosto dos consumidores deveria permanecer constante, seria necessária a fixação
do nível geral dos preços das outras necessidades etc Então lançamos mão de outro
método mais difícil e menos preciso, denominado método estatístico.

O método estatístico, diante da impossibilidade de manter as causas


constantes, admite todas essas causas presentes variando-as, registrando essas
variações e procurando determinar, no resultado final, que influências cabem a cada
uma delas.

3. NATUREZA DA ESTATÍSTICA
Podemos descrever duas variáveis para cada um estudo:

VARIAVEIS QUILIATIVAS: (ou dados categóricos) podem ser separados em


diferentes categorias, atributos, que se distinguem por uma característica não
numérica.

VARIÁVEIS QUANTITATIVAS: Consistem em números que representam


contagens ou medidas e dividem-se em:

Variáveis quantitativas Dicretas: Resultam de um conjunto finito,


enumerável de valores possíveis. EX: Número de filhos.

Como exemplos podemos citar o número de alunos de uma escola que pode
assumir qualquer um dos valores do conjunto N = { 1,2,3...20...}, mas nunca valores
como 2,5 ou 3,96 ou 7,96 etc... logo, é uma variável discreta.

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Variáveis quantitativas Continuas: Resultam de números infinitos de
valores possíveis que podem ser associados a pontos em uma escala continua. Ex:
peso, altura.

Já o peso desses alunos é uma variável contínua, pois um dos alunos tanto pode
pesar 72 kg, como 72,5 kg, ou ainda 72,54 kg etc...., dependendo esse valor da
precisão da medida. De modo geral, as medições dão origem a variáveis contínuas
e as contagens ou enumerações, a variáveis discretas.

3.1 ESTATISTICA INDUTIVA E DEDUTIVA

A estatística indutiva ou inferencial está relacionada a incerteza . Inicia-se no


calculo de probabilidades e se desenvolve por toda a área de inferência.

A estatística dedutiva também conhecida como descritiva se encarrega de


descrever o conjunto de dados desde a elaboração da pesquisa até o calculo de
determinada medida.

4. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO

4.1- COLETA DE DADOS


Após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características mensuráveis
do fenômeno coletivamente típico que se quer pesquisar, damos início à coleta de dados
numéricos necessários à sua descrição. A coleta pode ser direta e indireta.

A coleta é direta quando feita sobre elementos informativos de registro


obrigatório (nascimentos, casamentos e óbitos.) ou ainda, quando os dados são
coletados pelo próprio pesquisador através de inquéritos e questionário, como é o
caso de censos ou pesquisas de verificação de satisfação.

A coleta direta de dados pode ser classificada relativamente ao fator tempo:

 Registro contínuo – quando feito continuamente, tal como as de nascimentos ou


registro de acidentes.
 Periódica – quando feita em intervalos constantes de tempo, como censos de 10
em 10 anos e as avaliações mensais de estoque.

10
 Ocasional – quando feita esporadicamente, a fim de atender a uma conjuntura ou
a uma emergência, como no caso de epidemias ou acidentes de trabalho com
morte.

A coleta se diz indireta quando é inferida de elementos conhecidos(coleta direta)


e/ou do conhecimento de outros fenômenos relacionados com o fenômeno
estudado. Como exemplo, podemos citar a pesquisa sobre a mortalidade infantil,
que é feita através de dados colhidos por uma coleta direta.

4.2- CRÍTICA DE DADOS

Após o levantamento dos dados, eles devem ser criticados cuidadosamente,


à procura de possíveis falhas e imperfeições, a fim de não cometer erros grosseiros
ou de certo tamanho, que possa influenciar sensivelmente nos resultados. Deste
modo temos duas maneiras de crítica.

A primeira é a externa quando visa às causas dos erros por parte do


informante, por distração ou má interpretação das perguntas que lhe foram feitas.
A segunda é interna quando visa observar os elementos originais dos dados da
coleta.

4.3- APURAÇÃO DE DADOS

Nada mais é do que a soma e o processamento dos dados obtidos e a disposição


mediante critérios de classificação. Pode ser manual, eletrônica ou eletromecânica.

4.4- EXPOSIÇÃO OU APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Por mais diversa que seja a finalidade que se tenha em vista, os dados
devem ser apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos), tornando mais
fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico e obtenção de
medidas típicas.

4.5- ANÁLISE DOS RESULTADOS

O principal objetivo da Estatística é tirar conclusões sobre o todo (população) a


partir de informações fornecidas por parte representativa do todo (amostra). Assim,
realizadas as fases anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos
resultados obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que
tem por base a indução ou inferência, e tiramos desses resultados conclusões e
previsões.

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5. CONCEITOS INICIAIS EM ESTATISTICA

5.1 DEFIN IÇÕES:

POPULAÇÃO: è o conjunto de indivíduos que apresentam pelo menos uma


característica em comum.

CENSO: é a coleção de dados relativos a todos os elementos da população.

AMOSTRA: Considerenado a impossibilidade, na maioria das vezes do tratamento


de todos os elementos da população, necessitaremos de uma parte representativa
da mesma. A esta porção da população chamaremos de amostra.

ESTATISTICA: é a medida numérica que descreve a característica da amostra.

PARÂMETRO: a medida numérica que descreve a característica da população.

RAMOS DA ESTATISTICA: A estatistica possui três ramos principais:

ESTATISTICA DESCRITIVA: envolve a organização e sumarização dos dados


através de metodologias simples.

TEORIA DA PROBABILIDADE: proporciona uma base racional para lidar com


situações influenciadas por fatores que envolvem o acaso.

TEORIA DA INFERÊNCIA: Que envolve a análise e interpretações da amostra.

ESTATÍSTICA DESCRITIVA: A estatística descritiva pode ser resumida no diagrama


a seguir:

Tabela

Critica de
Critica
dadosde Apresenta Analise
Coleta de
dados ção de
dados
dados

Gráficos

12
6. NÚMEROS APROXIMADOS

Como sabemos, os números resultam de uma mensuração (no seu sentido


mais amplo), a qual só pode ser exata quando assume a forma de contagem ou
enumeração, em números naturais, de coisas ou unidades mínimas indivisíveis. Em
tais casos, a variável pode assumir somente valores discretos ou descontínuos.
Outras mensurações se dão numa escala contínua, que pode, teoricamente, ser
indefinidamente subdividida. Na prática, porém, há sempre um limite para a precisão
com a qual a mensuração pode ser feita, o que nos leva a concluir que o valor
verdadeiro nunca é conhecido. Na verdade, os valores observados são discretos e
aproximados.

Assim é que, se o comprimento de um parafuso, medido em centímetros, foi


dado por 4,6 cm, devemos considerar que o valor exato desse comprimento será
algum valor entre 4,55 cm e 4,65 cm, que foi aproximado para 4,6 cm devido ao fato
de a precisão adotada na medida ser apenas de décimos de centímetro.

No dia-a-dia faremos uso da seguinte convenção: a precisão da medida será


automaticamente indicada pelo número de decimais com que se escrevem os
valores da variável. Assim, um valor 4,60 indica que a variável em questão foi
medida com a precisão de centésimos, não sendo exatamente o mesmo que 4,6
valor correspondente a uma precisão de décimos

6.1 ARREDONDAMENTO DE DADOS


Coleta de
Muitas dados
vezes, é necessário
ou conveniente suprimir unidades inferiores às de
determinada ordem. Esta técnica é denominada arredondamento de dados. De
acordo com a resolução 886/66 da Fundação IBGE, o arredondamento é feito da
seguinte maneira:
 Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 0,1,2,3 ou 4, fica inalterado o
último algarismo a permanecer.
Exemplo: 53,24 passa a 53,2.
 Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 6,7,8 ou 9, aumenta-se de uma
unidade o algarismo a permanecer.
Exemplos: 42,87 passa a 42,9
25,08 passa a 25,1

13
53,99 passa a 54,0
 Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 5, há duas soluções:

 a. se ao 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente de zero, aumenta-


se uma unidade ao algarismo a permanecer.

Exemplos: 2,352 passa a 2,4


25,6501 passa a 25,7
76,250002 passa a 76,3

 b. se o 5 for o último algarismo ou se ao 5 só se seguirem zeros, o último


algarismo a ser conservado só será aumentado de uma unidade se for ímpar.
Exemplos: 24,75 passa a 24,8
24,65 passa a 24,6
24,75000 passa a 24,8
24,6500 passa a 24,6

NOTA:
Não devemos nunca fazer arredondamentos sucessivos.

Exemplo: 17,3452 passa a 17,3 e não a 17,35 a 17,4.

Se tivermos necessidade de um novo arredondamento, fica recomendada a volta


aos dados originais.

6.2 COMPENSAÇÃO

Suponhamos os dados abaixo, já aplicadas as regras do arredondamento:

25,32 25,3
17,85 17,8
10,44 10,4
+31,17 +31,2
84,78 84,8 (?)
(84,7)

Verificamos que houve uma pequena discordância: a soma é exatamente 84,7


quando, pelo arredondamento, deveria ser 84,8. Entretanto, para a apresentação
dos resultados, é necessário que desapareça tal diferença, o que é possível pela
prática do que denominamos compensação, conservando o mesmo número de
casas decimais.

Praticamente, usamos “descarregar” a diferença na(s) maior(es) parcela(s).


Assim, passaríamos a ter:
25,3

14
17,8
10,4
+ 31,3
84,8

7. A MÉDIA
A média aritmética é a idéia que ocorre à maioria das pessoas quando se fala
em “média”. Ela possui certas propriedades matemáticas que são muito
convenientes. Calcula-se a média aritmética determinando-se a soma dos valores do
conjunto e dividindo-se esta soma pelo número de valores no conjunto.

A média é dada pela seguinte fórmula:

x= xi onde x é a média aritmética

n x i são os valores da variável


n é o número de valores

Exemplo:

A média dos valores 70,80 e 120 é .

70 + 80 + 120 = 270 = 90
3 3

Obs. O processo de cálculo da média aritmética é o mesmo, quer se trate de um


conjunto de valores que traduzam representações amostrais, quer se trate de todos
os valores de uma população. Nos cálculos de população utiliza-se o símbolo  para
a média de uma população, e  para o número de itens da população.

= x

A média tem certas propriedades interessantes e úteis, que explicam por que é ela a
medida de tendência central mais usada:

 A média de um conjunto de números pode sempre ser calculada.


 Para um dado conjunto de números, a média é única.
 A média é sensível a (ou afetada por) todos os valores do conjunto. Assim, se um
valor modifica, a média também se modifica.

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 Somando-se, uma constante a cada valor do conjunto, a média ficará aumentada
do valor dessa constante. Assim, somando-se 4,5 a cada valor de um conjunto, a
média ficará aumentada de 4,5. Analogamente, subtraindo-se de cada valor do
conjunto uma constante, ou multiplicando-se ou dividindo-se por ela cada valor
do conjunto, a média fica reduzida dessa constante, ou multiplicada ou dividida
por ela.

8. A MÉDIA PONDERADA
A fórmula anterior para calcular a média aritmética supõe que cada
observação tenha a mesma importância. Porém sendo este caso mais geral, há
exceções. Consideremos, por exemplo, a situação em que um professor informe à
classe que haverá dois exames de uma hora, valendo cada um 30% do total de
pontos do curso, e um exame final valendo 40%. O cálculo da média deve levar em
conta os pesos desiguais dos exames.

A fórmula para o cálculo é:


n
Média ponderada =  w i x i
i= 1
n
 wi
i=1

Onde (w i ) é o peso da observação de ordem ( i ). Assim, um estudante que obtém


80 no primeiro exame, 90 no segundo e 96 no exame final, terá uma média final de
89,4:

Exame Nota Peso


Nº 1 80 0,30
Nº 2 90 0,30
Final 96 0,40
1,00

Média ponderada = 0,30(80)+0,30(90)+0,40(96) = 89,4


0,30+0,30+0,40

16
9. ESTATÍSTICA DE ACIDENTES NO TRABALHO

9.1 CONCEITOS

DIAS PERDIDOS  Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão


pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho;

DIAS DEBITADOS  Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte,


para o cálculo do tempo computado;

TEMPO COMPUTADO  Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados,


com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados
vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”;

PREJUÍZO MATERIAL  Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo


e outros ônus resultantes de acidente do trabalho, inclusive danos ao meio
ambiente;

HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO (horas-homem)  Somatório das


horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em
determinado período;

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES  Número de Acidentes por milhão de


horas-homem de exposição ao risco, em determinado período;

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMENTO


 Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem
de exposição ao risco, em determinado período;

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMENTO


 Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-homem
de exposição ao risco, em determinado período;

TAXA DE GRAVIDADE Tempo computado por milhão de horas-homem de


exposição ao risco, em determinado período;

17
EMPREGADO  Qualquer pessoa com compromisso de prestação de na área de
trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos;

9.2 ANÁLISE E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E


CONSEQÜÊNCIAS

ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS  Nu-meros


relativos à ocorrência de acidentes, causas e conseqüências devidamente
classificados;

COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTES PARA FINS DE REGISTRO 


Comunicação que se faz com a finalidade precípua de possibilitar o registro de
acidente

REGISTRO DE ACIDENTE  Registro metódico e pormenorizado, em formulário


próprio, de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à
análise de suas causas circunstâncias e conseqüências;

REGISTRO DE ACIDENTADO  Registro metódico e pormenorizado, em


formulário individual, de informações e de dados relativos a um acidentado,
necessários ao estudo e à análise das causas, circunstâncias e conseqüências. do
acidente;

FORMULÁRIOS PARA REGISTRO, ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DE ACIDENTE


 Formulários destinados ao registro individual ou coletivo de dados relativos a
acidentes e respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a elaboração
de estatísticas e análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção;

CADASTRO DE ACIDENTES  Conjunto de informações e de dados relativos aos


acidentes ocorridos;

Requisitos Gerais

AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E DA GRAVIDADE  A avaliação da freqüência e


da gravidade deve ser feita em função de:

Número de acidentes ou acidentados


FREQÜÊNCIA e

18
Horas-homem de exposição ao risco

Tempo Computado (Dias perdidos e dias debitados)


GRAVIDADE e
Horas-homem de exposição ao risco
CÁLCULO DE HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO  As horas-homem
são calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado;

Ex: Vinte e cinco homens trabalhando, cada um 200 horas por mês:

25 x 200 = 5000 horas-homem

HORAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO  As horas de exposição devem ser extraídas


das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas
apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias;

HORAS ESTIMADAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO  Quando não se puder


determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser
estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número
de horas trabalhadas por dia.

Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de


exposição ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do
risco para cada empregado.

HORAS NÃO-TRABALHADAS  As horas pagas, porém não realmente


trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias, licença para
tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto, convocações oficiais, não
devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de exposição ao
risco

HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO RESIDENTE EM PROPRIEDADE DA


EMPRESA  Só devem ser computadas as horas durante as quais o
empregado estiver realmente a serviço do empregador;

HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO COM HORÁRIO DE TRABALHO NÃO


DEFINIDO  Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a
horário de trabalho não definido, deve ser considerado no computo das horas
de exposição, a média diária de 8 horas;

HORAS DE TRABALHO DE PLANTONISTA  Para empregados de plantão nas


instalações do empregador devem ser consideradas as horas de plantão;

19
DIAS PERDIDOS

DIAS PERDIDOS POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL  São


considerados como dias perdidos por incapacidade temporária total os seguintes:

 Os dias subseqüentes ao da lesão, em que o empregado continua


incapacitado para o trabalho (inclusive dias de repouso remunerado, feriados
e outros dias em que a empresa, entidade ou estabelecimento estiverem
fechados); e

 Os subseqüentes ao da lesão, perdidos exclusivamente devido à não


disponibilidade de assistência médica ou recursos de diagnósticos
necessários;

Não são computáveis o dia da lesão e o dia em que o acidentado é


considerado apto para retornar ao trabalho.

DIAS A DEBITAR  Devem ser debitados por morte ou incapacidade permanente,


total ou parcial, de acordo com o estabelecido no Quadro I:

MORTE  ------------------------------------------------------- 6.000 dias debitados

INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL  --------------- 6.000 dias debitados

INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL ------Tabela 1 – dias debitados

POR PERDA DE DEDOS E ARTELHOS  Os dias a debitar, em caso de perda de


dedos e artelhos, devem ser considerados somente pelo osso que figura com maior
valor, conforme quadro I;

POR REDUÇÃO PERMANENTE DE FUNÇÃO  Os dias a debitar, em casos de


redução permanente de função do membro ou parte de membro, devem ser
uma percentagem do número de dias a debitar por amputação, percentagem
essa avaliada pela entidade seguradora;

Ex: Lesão no indicador resultante da perda da articulação da 2 a falange com a 3a


falange, estimada pela entidade seguradora em 25% da redução da função: os
dias a debitar devem ser 25% de 200 dias, isto é, 50 dias.

20
POR PERDA PERMANENTE DA AUDIÇÃO  A perda da audição só deve ser
considerada incapacidade permanente parcial quando for total para um ou
ambos os ouvidos;

POR REDUÇÃO PERMANENTE DA VISÃO  Os dias a debitar, nos casos de


redução permanente da visão, devem ser uma percentagem dos indicados no
quadro I, correspondente à perda da visão, percentagem essa determinada
pela entidade seguradora. A sua determinação deve basear-se na redução,
independentemente de correção;

POR INCAPACIDADE PERMANENTE QUE AFETA MAIS DE UMA PARTE


DO CORPO  O total de dias a debitar deve ser a soma dos dias a debitar por parte
lesada. Se a soma exceder 6.000 dias, deve ser desprezado o excesso;

POR LESÃO NÃO CONSTANTE NO QUADRO I – DIAS PERDIDOS  Os


dias a debitar por lesão permanente não constante no quadro I (tal como
lesão de órgão interno, ou perda de função) devem ser uma percentagem de
6.000 dias, determinada de acordo com parecer médico, que se deve basear
nas tabelas atuais de avaliação de incapacidade utilizadas por entidades
seguradoras;

DIAS A DEBITAR  A incapacidade permanente parcial é incluída nas estatísticas


de acidentados com “lesão com afastamento”, mesmo quando não haja dias
perdidos a considerar.

Não devem ser consideradas como causadoras de incapacidade permanente


parcial, mas de incapacidade temporária total ou inexistência de incapacidade
(caso de lesões sem afastamento), as seguintes lesões:

a) hérnia inguinal, se reparada;


b) perda da unha;
c) perda da ponta de dedo ou artelho, sem atingir o osso;
d) perda de dente;
e) desfiguramento;
f) fratura, distensão, torção que não tenha por resultado limitação permanente de
movimento ou função normal da parte atingida;

DIAS A COMPUTAR POR INCAPACIDADE PERMANENTE E INCAPACIDADE


TEMPORÁRIA DECORRENTES DO MESMO ACIDENTE  Quando houver
um acidentado com incapacidade permanente parcial e incapacidade
temporária total, independentes, decorrentes de um mesmo acidente, contam-
se os dias correspondentes à incapacidade de maior tempo perdido, que será a
única incapacidade a ser considerada;

21
MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE

TAXAS DE FREQÜÊNCIA

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTES  Deve ser expressa com aproximação


de centésimos e calculada pela seguinte expressão:

FA = N x
1.000.000
HHT
Onde: FA  taxa de freqüência de acidentes
N  número de acidentes
H HT  horas-homem de exposição ao risco

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMENTO


 Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela
seguinte expressão:

FL = N x1.000.000
HHT
Onde: FL  taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento
N  número de acidentados com lesão com afastamento
HHT  horas-homem de exposição ao risco

TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMENTO


 Deve-se fazer o levantamento do número de acidentes vítimas de lesão, sem
afastamento, calculando a respectiva taxa de freqüência;

Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o


aumento do número de acidentes com afastamento;

O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão
com afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação
existente entre acidentes com afastamento e sem afastamento.

TAXA DE GRAVIDADE  Deve ser expressa em números inteiros e calculados


pela seguinte expressão:

G = T x 1.000.000

22
H

Onde: G  taxa de gravidade


T  tempo computado
H  horas-homem de exposição ao risco

A taxa de gravidade visa exprimir, em relação a um milhão de horas-homem de


exposição ao risco, os dias perdidos por todos os acidentados vítimas de
incapacidade permanente não devem ser considerados os dias perdidos, mas
apenas os debitados, a não ser no caso de o acidentado perder número de dias
superior ao a debitar pela lesão permanente sofrida.

9.3 MEDIDAS OPTATIVAS DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE

NÚMERO MÉDIO DE DIAS PERDIDOS EM CONSEQÜÊNCIA DE INCAPACIDADE


TEMPORÁRIA TOTAL  Resultado da divisão do número de dias perdidos
em conseqüência da incapacidade temporária total pelo número de
acidentados correspondente.

Mo = D__
N

Onde: Mo  Número médio de dias perdidos em conseqüência de


Incapacidade temporária total
D  Número de dias perdidos em conseqüência de
incapacidade temporária total
N  Número de acidentados correspondente

NÚMERO MÉDIO DE DIAS DEBITADOS EM CONSEQÜÊNCIA DE


INCAPACIDADE PERMANENTE  Resultado da divisão do número de dias
debitados em conseqüência da incapacidade permanente (total e parcial) pelo
número de acidentados correspondente.

Md = d__
N

Onde: Md  Número médio de dias debitados em conseqüência de


Incapacidade permanente

23
d  Número de dias debitados em conseqüência de
incapacidade permanente
N  Número de acidentados correspondente

TEMPO COMPUTADO MÉDIO  Resultado da divisão do tempo computado pelo


número de acidentados correspondente.

Tm = T__
N

Onde: Tm  Tempo computado médio


T  Tempo Computado
N  Número de acidentados correspondente

Pode também ser calculado dividindo-se a taxa de gravidade


pela
Taxa de freqüência de acidentados:

Tm = G__
FL

9.4 REGRAS PARA A DETERMINAÇÃO DAS TAXAS

PERÍODOS  O cálculo das taxas deve ser realizado períodos mensais e anuais,
podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência;

ACIDENTES DE TRAJETO  Devem ser tratado à parte, não sendo incluído no


cálculo usual das taxas de freqüência e de gravidade;

PRAZOS DE ENCERRAMENTO  Para determinar as taxas relativas a


acidentados vítimas de lesões com perda de tempo, deve ser observado:

 As taxas devem incluir todos os acidentados vítimas de lesões com afastamento


no período considerado (mês, ano), devendo os trabalhos de apuração serem
encerrados, quando necessário, após decorridos 45 dias do fim desse período;
 Em caso de incapacidade que se prolongue além do prazo de encerramento
previsto (45 dias do período considerado), o tempo perdido deve ser previamente
estimado com base em informação médica;

24
 Quando se deixar de incluir um acidentado no levantamento de determinado
período, o registro respectivo deve ser incluído, posteriormente, com as necessárias
correções estatísticas;

DATA DE REGISTRO  O número de acidentados e o tempo perdido


correspondente às lesões por eles sofridas devem ser registrados com data da
ocorrência dos acidentes;

Os casos de lesões mediatas (doenças do trabalho) que não possam ser atribuídas
a um acidente de data perfeitamente fixável devem ser registrados com as datas em
que as lesões forem comunicadas pela primeira vez.

9.5 REGISTRO E ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES

ESTATÍSTICAS POR SETOR DE ATIVIDADE  Além das estatísticas globais da


empresa, entidade ou estabelecimento, é de toda conveniência que sejam
elaboradas estatísticas por setor de atividade, o que permite evitar que a baixa
incidência de acidentes em áreas de menor risco venha a influir nos resultados de
qualquer das demais, excluindo, também, das áreas de atividade específica os
acidentes não diretamente a elas relacionadas;

ELEMENTOS ESSENCIAIS  Para estatísticas e análise de acidentes,


consideram-se elementos essenciais:
 espécie de acidente impessoal (espécie);
 tipo de acidente pessoal (tipo);
 agente do acidente;
 fonte da lesão;
 fator pessoal de insegurança (fator pessoal);
 ato inseguro;
 condição ambiente de insegurança;
 natureza da lesão;
 localização da lesão;
 prejuízo material.

25
9.6 QUADRO DIAS DEBITADOS

DIAS
NATUREZA DA INVALIDEZ %
DEBITADOS
MORTE 100 6.000
INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE 100 6.000
PERDA DA VISÃO DE AMBOS OS OLHOS 100 6.000
PERDA DA VISÃO DE UM OLHO 30 1.800
PERDA DO BRAÇO ACIMA DO COTOVELO 75 4.500
PERDA DO BRAÇO ABAIXO DO COTOVELO 60 3.600
PERDA DA MÃO 50 3.000
PERDA DO PRIMEIRO QUIRODÁCTILO 10 600
PERDA DE QUALQUER OUTRO QUIRODÁCTILO 5 300
PERDA DE DOIS OUTROS QUIRODÁCTILOS 12,5 750
PERDA DE TRÊS OUTROS QUIRODÁCTILOS 20 1.200
PERDA DE QUATRO OUTROS QUIRODÁCTILOS 30 1.800
PERDA DO 1º QUIRODÁCTILO E DE QUALQUER OUTRO 20 1.200
PERDA DO 1º QUIRODÁCTILO E DE DOIS OUTROS 25 1.500
PERDA DO 1º QUIRODÁCTILO E DE TRÊS OUTROS 33,5 2.000
PERDA DO 1º QUIRODÁCTILO E DE QUATRO OUTROS 40 2.400
PERDA DA PERNA ACIMA DO JOELHO 75 4.500
PERDA DA PERNA NO JOELHO OU ABAIXO DELE 50 3.000
PERDA DO PÉ 40 2.400
PERDA DO 1º PODODÁCTILO OU DE DOIS OUTROS OU
6 300
MAIS
PERDA 1º PODODÁCTILO DE AMBOS OS PÉS 10 600
PERDA DE QUALQUER OUTRO PODODÁCTILO 0 0
PERDA DA AUDIÇÃO DE UM OUVIDO 10 600
PERDA DA AUDIÇÃO DE AMBOS OS OUVIDOS 50 3.000

26
10.EXERCÍCIOS

EXERCICIO 1

1) Diga quais das variáveis abaixo são discretas e quais são contínuas:

 O lucro nas vendas de uma padaria;___________________

 Número de atendentes de uma loja; ________________________

 Quantidade de luvas no estoque do almoxarifado de uma empresa


____________

 Quantidade de funcionários que usam capacetes no setor de produção de uma


empresa ______________

 Preços dos produtos eletrônicos numa loja tipo “magazine” _________________

 Comprimento de cordas usados em um trabalho em altura __________________

 Modelos de roupas produzidas por uma confecção _______________

 Comprimento das peças produzidos numa metalúrgica ________________

 Quantidade de moedas de um real a disposição no mercado


_______________________

 Peças produzidas em uma linha de montagem ______________

2) Arredonde cada um dos dados abaixo, deixando-os com apenas uma casa
decimal.

a) 7,81 = b) 4,55 = c) 0,7750= d) 6, 49=


e)8,42= f) 5,91 = G) 66,505 = h) 8,19 =
b) 886,285 = j) 9, 652= L) 5, 685= M)35,350101=

3) Usando a fórmula para o cálculo de média determine a média para os valores a


seguir:

27
a) 67, 88, 45, 82, 96, 78, 91, 84, 77 =
b) 444, 556, 566, 434, 442, 357, 333, 340 =
c) 15.000, 20.000, 40.000, 30.000, 60.000, 80.000 =
d) 29, 22, 55, 45, 55, 77, 44 =
e) 244, 327, 354, 266, 299, 197, 320, 199, 389, 250, 348 =
f) 30, 56, 4, 34, 57, 89, 100, 101, 102, 90

EXERCICIO 2

1) Determine a média ponderada para as situações a seguir:

A) Uma empresa laticínios produz diferentes produtos entre leites longa vida,
iogurtes, requeijões e queijos. Foi solicitado ao setor de segurança que
avaliasse além do custo “normal” de acidentes ocorridos, que seja calculado
também o custo médio ponderado de acidentes de cada setor nos meses de
dezembro, janeiro e fevereiro. Sabendo – se que, baseado na média de
custo de cada produto, o setor financeiro atribuiu pesos a cada setor. Com
base nas informações das tabelas a seguir, calcule a média ponderada do
custo de acidentes por setor da empresa:

Mês : ABRIL
SETORES CUSTO ACIDENTESP PESO
Leite longa vida R$ 2.230,00 1 0,20
I Iogurtes R$ 3.543,00 3 0,30
Queijos R$ 1.569,00 4 0,40
Requeijão R$ 4.543,00 2 0,10

Mês : MAIO
SETORES CUSTO ACIDENTESP PESO
Leite longa vida R$ 1.030,00 1 0,20
I Iogurtes R$ 4.333,00 3 0,30
Queijos R$ 669,00 4 0,40
Requeijão R$ 143,00 2 0,10

Mês : JUNHO
SETORES CUSTO ACIDENTESP PESO
Leite longa vida R$ 230,00 1 0,20
I Iogurtes R$ 1.273,00 3 0,30

28
Queijos R$ 1.129,00 4 0,40
Requeijão R$ 322,00 2 0,10

EXERCÍCIO 3:

1) Resolva as questões a seguir utilizando as fórmulas para cálculo de Taxa de


Frequência , Taxa de Gravidade , HHT, dias perdidos, dias debitados e tempo
computado médio:

a) Mês de janeiro/2010

HHT =
N° de funcionários 90 (jornada diária 8h dia)

 1 acidente com 16 dias de afastamento dia 10/01;


 1 acidente com 7 dias de afastamento dia 20/01;
 1 acidente com 2 dias de afastamento dia 22/01;
 8 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

b) Mês de fevereiro/2010

HHT =
N° de funcionários 166 (jornada diária 6h dia)

 1 acidente com 5 dias de afastamento dia 05/02;


 1 acidente com 7 dias de afastamento dia 11/02;
 1 acidente com 12 dias de afastamento dia 15/02;
 1 acidente com 1200 dias debitados de afastamento dia 18/02;
 12 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

c) Mês de março/2010

HHT =
N° de funcionários 200 (jornada diária: 120 funcionários 8h por dia e 80
funcionários 6h por dia)

 1 acidente com 2 dias de afastamento dia 04/03;


 1 acidente com 25 dias de afastamento dia 07/03;
 1 acidente com 300 dias debitados de afastamento dia 20/03;
 12 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

d) Mês de abril/2010

HHT =

29
N° de funcionários 300 (jornada diária: 110 funcionários 8h por dia , 140
funcionários 6h por dia e 50 funcionários trabalham 12 e folgam 24)

1 acidente com 2 dias de afastamento dia 04/04;


1 acidente com 20 dias de afastamento dia 07/04;
1 acidente com 150 dias debitados de afastamento dia 20/04;
05 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.
EXERCÍCIO 4:

1) Uma mineradora que conta em média com 300 funcionários, solicitou à seu
SESMT que fizesse um levantamento dos dados estatísticos de acidentes da
empresa e informasse a gravidade da situação do ano de 2009 com dados
estatisticamente concretos. Sendo assim os profissionais fizeram o levantamento
a seguir.
2) Baseado neste levantamento calcule : TF, TG, HHT, MD, Md, TM
3) Faça uma conclusão para informar a empresa a situação.

a) Mês de Janeiro/09;

N° de funcionários (200 funcionários trabalhando 8h/dia , 60 funcionários


trabalhando 6h/dia e 41 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 16 dias de afastamento dia 02/01;


 1 acidente com 4 dias de afastamento dia 20/01;
 1 acidente com 5 dias afastamento dia 25/01.
 17 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

b) Mês de FEVEREIRO/09

N° de funcionários ( 198 funcionários trabalhando 8h/dia , 59 funcionários


trabalhando 6h/dia e 35 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 22 dias de afastamento dia 06/02;


 1 acidente com 19 dias de afastamento dia 10/02;
 1 acidente com 3 dias de afastamento dia 16/02;
 1 acidente com 13 de afastamento dia 20/02;
 1 acidente com perda do primeiro quirodátilo do dedo indicador da
mão direita dia 18/02;
 15 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

c) Mês de MARÇO/09

N° de funcionários ( 220 funcionários trabalhando 8h/dia , 65 funcionários


trabalhando 6h/dia e 15 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 15 dias de afastamento dia 03/03;


 1 acidente com 13 dias de afastamento dia 07/03;
 1 acidente com perda da perna acima do joelho no dia 20/03;

30
 09 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

d) Mês de ABRIL/09

N° de funcionários ( 230 funcionários trabalhando 8h/dia , 70 funcionários


trabalhando 6h/dia )

 1 acidente com 5 dias de afastamento dia 01/04;


 1 acidente com 20 dias de afastamento dia 08/04;
 1 acidente com 13 de afastamento dia 20/04;
 1 acidente com 4 de afastamento dia 26/04;
 05 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

e) Mês de MAIO/09;

N° de funcionários ( 210 funcionários trabalhando 8h/dia , 50 funcionários


trabalhando 6h/dia e 30 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 10 dias de afastamento dia 03/05;


 1 acidente com 2 dias de afastamento dia 20/05;
 2 acidente com 5 dias afastamento dia 23/05.
 07 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

f) Mês de JUNHO/09

N° de funcionários ( 190 funcionários trabalhando 8h/dia , 50 funcionários


trabalhando 6h/dia e 32 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 22 dias de afastamento dia 07/06;


 1 acidente com 19 dias de afastamento dia 12/06;
 3 acidente com 3 dias de afastamento dia 19/06;
 1 acidente com 13 de afastamento dia 20/06;
 1 acidente com perda da visão do olho esquerdo no dia 01/06;
 5 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

g) Mês de JULHO/09

N° de funcionários ( 210 funcionários trabalhando 8h/dia , 60 funcionários


trabalhando 6h/dia e 20 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 10 dias de afastamento dia 03/07;


 1 acidente com 8 dias de afastamento dia 07/07;

31
 1 acidente com perda da mão direita no dia 20/07;
 09 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

h) Mês de AGOSTO/09

N° de funcionários ( 200 funcionários trabalhando 8h/dia , 67 funcionários


trabalhando 6h/dia )

 2 acidente com 3 dias de afastamento dia 01/08;


 1 acidente com 18 dias de afastamento dia 08/08;
 1 acidente com 2 de afastamento dia 160/08;
 1 acidente com 5 de afastamento dia 26/08;
 05 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

i) Mês de setembro/09;

N° de funcionários ( 190 funcionários trabalhando 8h/dia , 62 funcionários


trabalhando 6h/dia e 40 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 13 dias de afastamento dia 22/09;


 3 acidente com 2 dias de afastamento dia 20/09;
 1 acidente com 5 dias afastamento dia 25/09.
 8 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

j) Mês de outubro/09

N° de funcionários ( 197 funcionários trabalhando 8h/dia , 54 funcionários


trabalhando 6h/dia e 35 funcionários trabalhando 4h/dia)

 1 acidente com 20 dias de afastamento dia 06/10;


 1 acidente com 9 dias de afastamento dia 10/10;
 1 acidente com 2 dias de afastamento dia 16/10;
 1 acidente com 10 de afastamento dia 20/10;
 05 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

k) Mês de novembro/09

N° de funcionários ( 200 funcionários trabalhando 8h/dia , 80 funcionários


trabalhando 6h/dia .

 1 acidente com 20 dias de afastamento dia 03/11;


 1 acidente com 23 dias de afastamento dia 07/11;

32
 1 acidente com perda 6 dias de afastamento no dia 20/11;
 02 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

l) Mês de dezembro/09

N° de funcionários ( 210 funcionários trabalhando 8h/dia , 65 funcionários


trabalhando 6h/dia )

 1 acidente com 15 dias de afastamento dia 01/12;


 1 acidente com 22 dias de afastamento dia 08/12;
 1 acidente com 3 de afastamento dia 20/12;
 1 acidente com 4 de afastamento dia 26/12;
 12 acidentes sem afastamento registrados durante o mês.

SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais.


Organização e Normas : Ferramentas da
Qualidade; elaborado pela equipe técnica do
SENAI- MG Belo Horizonte: O Departamento,
1998.

33
34
11. Referências Bibliográficas

Curso de Estatística/ Jairo Simon da Fonseca, Gilberto de Andrade Martins. 6º Ed.


São Paulo: Atlas, 1996.

Estatística Fácil/ Antônio Arnot Crespo. 14º edição reformulada e atualizada- 1996.
Editora Saraiva.

Estatística Aplicada à administração/ William J. Stevenson; tradução Alfredo Alves de


Farias .- São Paulo : Harper & Row do Brasil, 1981.

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