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jusbrasil.com.br
30 de Novembro de 2018
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O ano de 2015 está se despedindo E mais um ano de "Direito" termina. Para muitos
cidadãos que gostam de Direito, as sentenças judiciais e os discursos dos operadores de
Direito soam como máximas de um Brasil "justo". Afinal, os brasileiros vivenciam o Estado
Democrático de Direito. O Brasil vive e respira obrigações:
São vários direitos buscados por todos os brasileiros. O Judiciário, então, aplica suas
sentenças em conformidade com o Estado de Direito. Contudo, como ficam os cidadãos
condenados pelo Estado brasileiro quando o próprio Estado viola os seus direitos?
Por exemplo, a crise econômica. Quando a política econômica, de qualquer governo, não
age, eficazmente, no equilíbrio fiscal, na elevação da capacidade produtiva do país e na
ampliação do ritmo da inclusão social, não há como ter justiça social. E é dever
constitucional do Estado agir, eficientemente — Emenda Constitucional nº 19/98 — para
alcançar e manter a Ordem Econômica e Financeira:
"Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado".
“as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”.
(parágrafo 1º do artigo 5º)
"Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
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Qualquer administrador público que venha querer se eximir de sua responsabilidade age
inconstitucionalmente:
(...)
Deve o administrador público evitar o clientelismo, tão comum, que de nada favorece ao
desenvolvimento econômico e, consequentemente, humanístico. Ouvir uma comunidade,
por exemplo, é uma forma de demonstração de respeito à Constituição. Muitos gestores
públicos se apoderam, literalmente, dos cargos para ditarem o que acham prioridade para o
bem-estar do povo. As manifestações populares devem fazer parte das prioridades dos
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gestores públicos quanto dos detentores de poder. E o que o povo quer? Educação, saúde,
segurança pública, alimentos sem agrotóxicos, ou, pelo menos, em quantidades que não
fazem mal à saúde, controle sobre os gastos públicos, corte de privilégios concedidos aos
agentes políticos, eficiência serviços públicos adequados, vigilância e leis mais eficientes
para combater a improbidade administrativa.
E isto tudo foi demonstrado nas manifestações de 2013. O povo está cansado de
construções de estádios futebolísticos, de “santinhos” em épocas eleitorais, de reformas
nas fachadas das instituições de ensino e de saúde, enquanto o interior é centro de
excelência de ratos e baratas, de privilégios [auxílios] para os agentes políticos, enquanto o
salário mínimo é desumano.
Referência:
Moraes, Alexandre de Direito constitucional / Alexandre de Moraes. - 30ª. Ed. - São Paulo:
Atlas, 2014.
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