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Pornografia ou arte?
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ou-arte
jusbrasil.com.br
26 de Novembro de 2018
Poderia citar várias normas jurídicas pátrias, e até Tratados Internacionais de Direitos
Humanos, contudo, é notório que novos ventos modificadores das estruturas culturais
estão desencadeando erosões. Erosões no sentido de processo natural; natural, pois o ser
humano é um ser vivo inacabado. Certo ou errado, valores humanos sempre foram
modificados, conformes entendimentos sobre existência planetária, cósmica, animais
humanos e não humanos. O artigo tentará ser o mais isento possível — se é possível,
contemporaneamente —, para fazer com que os próprios leitores possam tomar suas
próprias conclusões pessoais, com bases em suas crenças, filosofias, ideologias. É um
momento que exige amplos debates através pela liberdade de expressão, um dos pilares da
democracia.
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expressão choca os brasileiros: pessoas peladas andando pelas ruas protestando;
pessoas com símbolos, indumentárias nazistas nas vias públicas. É dicotomia, abissal
entre a liberdade de expressão norte-americana e brasileira.
Após a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, dois Pactos foram criados, em 1966: o
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos; e o Pacto Internacional sobre os
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Ambos os pactos, cada qual na dicotomia entre
Capitalismo, direitos civis e políticos, e o Comunismo, direitos econômicos, sociais e
culturais. Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos (TIDHs), muitos deles foram
ingressaram no ordenamento jurídico brasileiro, com força vinculante, modificaram
normas constitucionais de vários países. No Brasil, por exemplo, Lei da Imprensa,
depositário infiel, estupro marital, desacato, abuso de autoridade, aborto, estupro, entre
outros, sofreram modificações. Ou melhor, o Brasil, sendo signatário de vários TIGHs —
força vinculante aos TIDHs —, principalmente pelo compromisso do Estado brasileiro com
a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para capacitação e
desenvolvimento do Judiciário brasileiro na área de direitos humanos, tem mudado, e
muito, em suas normas jurídicas e culturalmente. Em 201o, queda de braço entre o
Supremo Tribunal Federal (STF) e a Comissão interamericana de Direitos Humanos (CIDH)
no caso “Julia Gomes Lund e outros” (caso “Guerrilha do Araguaia”). A CIDH entendeu que
houve crimes contra a humanidade, como torturas e mortes, entre 1964 a 1985. Ou seja, o
regime militar praticou crimes contra a humanidade.
Duelo de Titãs: caso nº 11.552 (Guerrilha do Araguaia) versus ADPF nº. 153 ( Lei de
Anistia). A Lei da Anistia fora promulgada em 1979 pelos próprios militares. O STF, em
2010, entendeu que os militares que participaram e atuaram durante 1964 a 1985 não
poderiam ser condenados. Na época, o STF entendeu, por 7 a 2, que a Lei da Anistia foi um
acordo entre os militares e os civis, o que assegurou o fim do regime militar e restauração
da democracia.
Mais um Museu é alvo de críticas, o Museu de Arte Moderna de São Paulo. A peça La bête
apresenta um homem pelado, literalmente. O que causou perplexo, indignação,
constrangimento, revolta e até ódio, para os cidadãos que não consideram arte, deve-se ao
fato de uma criança de 4 anos de idade tocar do corpo coreógrafo Wagner Schwartz. Os
toques da criança foram nos pés e nas mãos do artista. A mãe da criança permitiu que a
própria filha tocasse o corpo de Wagner. Pelo vídeo que estão disponibilizados nas redes
sociais e nos canais de vídeos, a menina não tocou nas genitálias do coreógrafo.
(Fonte: Estadão)
Segundo o site Estadão, "O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu nesta sexta,
29, inquérito civil para apurar denúncias envolvendo o 35.º Panorama da Arte Brasileira, no
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM)".
É verdade que a cultura brasileira, cujos valores se assentam até a primeira metade do
século XX, está sendo violada, desmantelada. Digo isso diante das mudanças ocorridas a
partir da segunda metade do século XX. O pilar da cultura brasileira fora construída sobre a
sapata — base de sustentação do pilar — da crença, dogmas e tabus da Igreja Católica
Apostólica Romana. Mais do que uma sapata. Analisando o descobrimento do Brasil e o
choque emocional e psíquico dos portugueses ao verem os índios, sejam adultos, crianças
e adolescentes, pelados, a cultura brasileira, através dos colonizadores, fora construída
sobe um radier.
Variedade Sexual
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A variação cultural engloba quase todas as variações sexuais que se possa imaginar. Em
algumas sociedades o sexo é muito reprimido. Na Europa no século 14 as esposas usavam
cintos de castidade para evitar qualquer transgressão sexual fora do casamento (Tannahill
1980). Em 1642 o italiano Sinibaldi escreveu que o desperdício de esperma em qualquer
atividade, a não ser a procriação, levaria à prisão de ventre, corcunda, mau hálito e nariz
vermelho (Tannahill 1980). Mais tarde os puritanos da América do Norte açoitavam os
fornicadores e adúlteros, marcando-os, às vezes, com fogo. Os "fracos de espírito", como os
que tiveram relações sexuais com animais, foram condenados à morte. Se um leitão
apresentasse feições consideradas humanas, o dono poderia também ser morto sob suspeita de
fornicação com animais (Tannahill 1980).
Tais restrições sexuais não são limitadas à Europa e aos Estados Unidos. Entre os índios
Xavante do Mato Grosso, os rapazes se mantinham castos. O sexo extramarital era também
proibido. Como a maioria das meninas casava-se logo depois de atingir a puberdade, havia
pouca oportunidade para que os rapazes se iniciassem na vida sexual (Maybury-Lewis 1974).
Entre os Inca, um homem que violentasse uma virgem era apedrejado. No sul do império Inca
a homossexualidade também era punida com morte (Tannahill 1980). Ém várias sociedades
árabes é necessário verificar a virgindade das esposas, através de uma mulher designada
oficialmente para esta tarefa, como em Marrocos (Dwyer 1977), ou através da demonstração
de manchas de sangue no lençol do casal, como entre os curdos (Tannahill 1980). Õ Corão,
como o Velho Testamento, condena à morte os adúlteros, exigindo, para tanto, relatos
exatamente iguais de 4 testemunhas (Stern 1933). Até hoje em países como o Irã e a Arábia
Saudita há casos de adultério punidos com morte.
Outras sociedades são sexualmente bem mais liberais. Nas ilhas Trobriandesas, perto da Nova
Guiné, as crianças têm desde cedo relações sexuais. Antes de chegar à puberdade costumam
manipular os órgãos sexuais umas das outras ou estimulá-los oralmente. Às vezes são os
companheiros um pouco mais velhos que iniciam os jovens na vida sexual. Os pais permitem
que as crianças se divirtam como bem entenderem. Na adolescência o sexo torna-se uma
verdadeira paixão. Nos primeiros encontros amorosos o jovem casal tem relações sexuais no
galpão onde se armazenam os inhames ou na casa onde dormem os solteiros. Quando o
relacionamento torna-se mais sério, os jovens começam a dormir juntos na casa dos solteiros.
Tanto as meninas quanto os rapazes, às vezes, chegam a organizar expedições a outras aldeias
em busca de aventuras sexuais (Malinowski 1929).
Os Lepcha da índia acreditam que uma menina não poderia amadurecer sem ter relações
sexuais. Antes de chegar aos 11 anos as meninas já têm relações sexuais regularmente com os
rapazes (Ford e Beach 1951). Entre os índios Mekranoti do Pará, os jovens começam a
namorar logo depois de passar pela puberdade. Marcam encontros na floresta ou na casa da
menina. Quando uma relação torna-se mais estável as pessoas chamam o casal de marido e
esposa «de verdade» (Werner 1984).
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Entre os índios Kanela do Maranhão, o sexo entre jovens antes do casamento é também muito
comum. Depois que uma menina teve a sua primeira experiência sexual os homens da aldeia
consideram que ela está pronta para relações sexuais sem compromissos. Se ela persiste em
recusar sexo com os homens, estes podem forçá-la com um estupro coletivo (W. Cro- cker
1974). (WERNER, Dennis. Uma Introdução às Culturas Humanas. Comida , sexo, magia e
outros assuntos antropológicos. Ed. Vozes, 1987)
Em East Bay (nome fictício de uma ilha do Pacífico) os homens mais velhos têm relações
sexuais com rapazes de sete a onze anos de idade, presenteando-os pelos seus serviços. Os
pais dos rapazes não mantêm relações sexuais com os seus próprios filhos mas não se im‐
portam se outros homens as tenham, desde que sejam bondosos e generosos (Davenport 1963).
(Grifo meu)
Necessário repensarmos sobre autonomia privada nas crianças, pois os lobos esperam
que a balança da Justiça esteja emperrada. E quando o cliente não ficar satisfeito com o
'serviço' prestados? Quando o cliente não quiser pagar, e no exercício arbitrário das
próprias razões, o adolescente resolver pegar algo de valor daquele?
Confrontando decisão da Polícia Civil com "os homens mais velhos têm relações sexuais
com rapazes de sete a onze anos de idade, presenteando-os pelos seus serviços", temos,
em ambos os casos a Filosofia Libertária de Mercado, o que é muitíssimo diferente da
Filosofia Libertária Metafísica — recomendo leitura deste meu artigo: Poder Familiar versus
autonomia da vontade das crianças e dos adolescentes: a proibição de fumar em veículos
públicos ou privados. Até que momento o ser humano é uma mercadoria? Ouço, leio e
assisto sobre ser libertário, de pessoas invocando um niilismo, muito diferente do niilismo
de Friedrich, ou mesmo a moral de Immanuel Kant, rígida em relação à dignidade humana,
sem precedentes. Não estou me referindo à arte, mas nos aproveitadores eleitos pelo voto
democrático.
CRFB DE 1988
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua
guarda ou vigilância:
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação
dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de
2008)
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo,
ou ainda quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: (Redação dada pela Lei
nº 11.829, de 2008)
Artigo 7
2. Os Estados Partes zelarão pela aplicação desses direitos de acordo com sua legislação
nacional e com as obrigações que tenham assumido em virtude dos instrumentos
internacionais pertinentes, sobretudo se, de outro modo, a criança se tornaria apátrida.
Artigo 12
1. Os Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios
juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados
com a criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da idade e
maturidade da criança.
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2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser ouvida
em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente quer por
intermédio de um representante ou órgão apropriado, em conformidade com as regras
processuais da legislação nacional.
Artigo 13
1. A criança terá direito à liberdade de expressão. Esse direito incluirá a liberdade de procurar,
receber e divulgar informações e idéias de todo tipo, independentemente de fronteiras, de
forma oral, escrita ou impressa, por meio das artes ou por qualquer outro meio escolhido pela
criança.
2. O exercício de tal direito poderá estar sujeito a determinadas restrições, que serão
unicamente as previstas pela lei e consideradas necessárias:
2. Os Estados Partes respeitarão os direitos e deveres dos pais e, se for o caso, dos
representantes legais, de orientar a criança com relação ao exercício de seus direitos de
maneira acorde com a evolução de sua capacidade.
Artigo 161. Nenhuma criança será objeto de interferências arbitrárias ou ilegais em sua vida
particular, sua família, seu domicílio ou sua correspondência, nem de atentados ilegais a sua
honra e a sua reputação.
PORNOGRAFIA
S. f.
2. Figura (s), fotografia (s), filme (s), espetáculo (s), obra literária ou de arte, etc., relativos a,
ou que tratam de coisas ou assuntos obscenos ou licenciosos, capazes de motivar ou
explorar o lado sexual do indivíduo.
3. Devassidão, libidinagem.
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[Cf. pornofonia.]
Dicionário Houaiss
substantivo feminino
1 estudo da prostituição
3 característica do que fere o pudor (numa publicação, num filme etc.); obscenidade,
indecência, licenciosidade
4 qualquer coisa feita com o intuito de ser pornográfico, de explorar o sexo tratado de
maneira chula, como atrativo (p.ex., revistas, fotografias, filmes etc.)
Aulete Digital
(por.no.gra.fi.a)
sf.
2. Texto, foto, desenho, filme etc. que, com o objetivo único da excitação ou satisfação
sexual das pessoas, apresenta ou descreve pessoas nuas ou copulando: A indústria da
pornografia cresceu nos últimos anos.
4. Característica do que fere o pudor por ser imoral, indecente, libertino, licencioso,
obsceno.
As perguntas basilares:
Três pessoas: ateu e dois religioso. Pedro é ateu, e é contra qualquer intromissão,
regulamentação, na vida dos cidadãos. É também contra o estado confessional. Carlos
possui crença judaico-cristão, enquanto João é candomblecista.
O exemplo acima, podemos considerar que Pedro foi totalmente a favor de Carlos? Pedro e
Carlos tinham algo em comum. Em algum momento, Pedro irá atuar contra a postura de
Carlos por este defender diminuição de reserva indígena para incrementar o Agronegócio
de proteína animal. Entenderam o que é política? O que é uma sociedade justa, próspera,
democrática, defensora da liberdade de expressão, dos valores familiares? Aproveitando o
ensejo, faço alerta contra o Libertário de Mercado, os Moralistas por Votos e todos os
cidadãos que estão se aproveitando do caos brasileiro para ganharem likes nas redes
sociais, nos sites de vídeo: não estão preocupados com as reais opiniões, mas estão
mensurando opiniões, descontentamentos, defesas de certos valores para, numa
horripilante Filosofia da Alcova, conseguirem sucesso e, principalmente, votos.
Na esteira Corpo Vestido Não há Pedofilia , como pastores puderam cometer pedofilia? Os
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noticiários sobre casos de pedofilia envolvendo religiosos, autoridades públicas e outras
pessoas intituladas de civilizados humanos não cessam. Dualismo entre Corpo Vestido
Não há Pedofilia e Corpo Nu há Pedofilia . Temos dualismo também nas questões Segurar
Pessoa Nua é Pedofilia versus Segurar Pessoa Nua não é Pedofilia.
Analisem as duas imagens abaixo, qual é mais chocante? Qual viola os direitos humanos?
Fiz montagem, acrescentei a imagem do Bom Velhinho, O Papai Noel, com a imagem
divulgada na Exposição Queermuseu, contendo Nossa Senhora e e um coração, do lado
esquerdo. Se há ofensa, vilipêndio religioso — Ministério Público do RS autorizou o
Santander Cultural a reabrir a Exposição Queermuseu —, pela crença religiosa, como foi
possível permitir que a Indústria Tabagista, na época, persuadissem crianças, sim,
crianças, para fumarem? Tudo bem que à época o público não sabia dos malefícios.
Entretanto, como explicar, no século XXI, que se invoque Filosofia Libertária de Mercado,
principalmente pelos eleitos pelo povo, contrariando um dos pilares dos Direitos Humanos,
que é a saúde, para que cada qual faça o que bem quiser, desde de que não agredi o outro.
Ou seja, ciente do fato, que é antiético — Immanuel Kant, mande uma psicografia —, estão
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dizendo que, pela Filosofia Libertária de Mercado é permitido colocar qualquer coisa no
mercado, através dos fornecedores, para servir de consumo. E a dignidade do consumidor,
a sua saúde física, emocional e psíquica?
Em nenhum momento, nenhuma religião, ideologia ou filosofia que preza pela dignidade
do ser humano, qualquer que seja, irá permitir que os fornecedores, os eleitos e defensores
do povo e os movimentos sociais Liberdade Plena usem Filosofia Libertária de Mercado
para tornar o ser humano numa sensação efêmera, numa potência de vontade
quintuplicada para garantir o sucesso de outra pessoa, pela Filosofia da Alcova — o outro
me interessa, até quando eu sentir que vale a pena me servir dele.
Será que nas tribos africanas, nas aldeias indígenas brasileiras, as crianças, diante do nu,
irão agarrar qualquer pessoa pelada para prática sexual? Se assim for, não existiriam
guerras entre tribos e aldeias. aso algum adulto de outra tribo, ou aldeia, faça algo que a
criança não quer, cabeças irão rolar. Então há valores, mesmo diante do nu cotidiano, de
conduta. É necessário pensar nisto.
Há uma força, natural, que é a potência sexual. Se estar ou não vestido causa alguma tara,
compulsão sexual, os estudiosos do comportamento humano terão muito trabalho pela
frente. Há muito diferença entre estudar os costumes e estar diante dos costumes. Carl
Gustav Jung dizia aos seus discípulos que para entender o que se passa com o paciente é
necessário estar na mesma condição. Isto não quer dizer que os estudiosos do
comportamento humano, no caso de pedofilia, terão que estar na mesma condição. Estes
profissionais não precisarão — para o leitor que possa levar ao pé da letra — praticar.
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Sigmund Freud se deparou com pudores que fariam os cidadãos deste séculos produzirem
filmes sátiros: pernas de mesas vestidas com meios para não lembrarem o objeto fálico
do homem.
É esperar pela decisão do Ministério Público, e quem sabe do Supremo Tribunal Federal
(STF) sobre os limites da liberdade de expressão nas artes, sobre este novo, e de grande
repercussão nacional, e até internacional, corpo nu e criança.
Afinal, não há outro conceito a não ser o de hipocrisia quando uma sociedade deprava a nudez
com objetivo único de expressão artística, criminalizando-a, ao mesmo tempo em que tolera
explicitamente a comercialização de certas pornografias bem como de representações sexuais
na TV aberta.
Se o ato obsceno é necessário ou não na manifestação da arte, isto cabe à própria vontade
subjetiva do artista, o qual, como supracitado, tem protegida a sua liberdade de expressão,
ainda que na opinião de alguns seja uma conduta “inadequada” ou “deseducada” ou “fora dos
padrões do bom comportamento social”.
Ainda, frente à liberdade de expressão inerente à arte, existem as críticas, direito da sociedade,
tendo qualquer artista o privilégio de receber julgamentos a respeito de seu trabalho, sejam
positivos ou negativos. Porém, não há que se falar em crime quanto ao nu artístico.
Leia também:
Poder Familiar, autonomia da vontade das crianças e dos adolescentes, quanto à liberdade
sexual, e as "balinhas sortidas"
*Atualizado em 02/10/2017
Repito:
— É esperar pela decisão do Ministério Público, e quem sabe do Supremo Tribunal Federal
(STF), sobre os limites da liberdade de expressão nas artes, sobre este novo, e de grande
repercussão nacional, e até internacional, corpo nu e criança. Suplemento, cabe decisão
do MP-SP sobre o evento:
*Atualização em 03/10/2017
Enviei e-mail para O Ministério Público de São Paulo. É aguardar decisão do MP-SP.
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