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“Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei
quem é… é preto. É preto!”
Por que ele proferiu tal frase? Será ele um racista ou preconceituoso contra a etnia
negra? Aliás, está difícil para a maioria das pessoas decidir se fala 'preto', 'negro' ou
'afrodescendente'. Claro, chamar uma pessoa pela sua cor epitelial soa estranho. 'Oi, por
favor, qual é o seu nome!", é mais simples. Pensemos — e Immanuel Kant exige que
cada pessoa pense por si mesma, não pensar pelo 'efeito manada' — sobre a
possibilidade de um alienígena surgir na terra. Sua cor é azul. 'Oi, azulão!", o
chamamento. Logicamente, o 'azulão' deve ter algum nome. Agora vamos imaginar duas
pessoas cujas cútis são brancas.
Ou dois negros:
Nada demais? Agora, vamos transladar isso para o documento de registro civil.
'Nome: Branco!'
Agora vamos imaginar professor chamando algum aluno, sendo 10 (dez) negros, 10
brancos (dez) e 10 (dez) indígenas. Dos dez negros, seis são homens, dos dez brancos,
três são mulheres. Imagine inexistindo nome (prenome ou sobrenome). Dificílimo.
Faz tempo. Lembro-me de uma entrevista, duas pessoas, uma mulher e um homem. O
homem não tinha excesso de pigmentação epitelial característico de pessoas — estou
me baseando no reconhecimento que tem no Brasil de diferenciação entre branco e
negro, a cor da pele — negras. Pois bem, a mulher chamava o convidado de 'Meu
Negro'. Fico pensando, diante das polarizações em nosso país, qual seria a reação dos
telespectadores caso esse homem dissesse 'Minha Negra!' ou 'Negra, veja bem..."? Há
polarizações que levam aos intermináveis discursos sobre direitos e deveres,
comportamento social etc.
RELACIONAMENTO HUMANO
liberdade e intimidade. Se duas pessoas são amigas — amizade não quer dizer fazer,
falar qualquer coisa enquanto a outra pessoa deve aceitar, prontamente; muito menos,
quem fala deve ter bola de cristal para saber o ânimo de quem ouve —, e há anuência
quanto aos apelidos etc., não há crime (danos morais). Depende, claro, em cada caso
concreto, das circunstâncias. Dois amigos, sendo um patrão e o outro empregado. O
amigo empregado não discorda totalmente do amigo patrão, pelo simples motivo,
aquele depende do emprego. Amizade de verão, outro verão e, possivelmente, tudo é
esquecido. Entretanto, o convívio diário gera estresse considerável. Uma palavra
proferida diante de situação estressante pode ser pior do que uma facada.
Como eu disse alhures, o cérebro capta tudo, através dos cinco sentidos,
independentemente da vontade do Homo Sapiens Sapiens Conflictus. O cérebro, em
certo momento, comporta-se como um ente personalizado, isto é, como se tivesse
'vontade própria'. Os renomados filósofos, como Immanuel Kant, diziam que o ser
humano é dono de seu destino, de seus pensamentos. Buda, por exemplo, também dizia
que cada ser humano é responsável pelo próprio destino (Karma). Jesus Cristo também
dizia que cada qual é livre (livre arbítrio), sendo assim, cada qual escolhe qual caminho
quer trilhar. De certa maneira, todos estão corretos; por outra, depende de cada caso
concreto.
Kant dizia que a razão sempre deve estar acima das emoções; Jesus dizia "Vigiai e
Orai!" enquanto Buda recomendava a meditação aos seus discípulos como forma de não
cair na efemeridade do Maya.
E quanto aos registros das vivências, elas deixam de existir seja pela meditação, pela
oração e vigilância constantes ou meditação? Sinto dizer, não. Nos momentos mais
estressantes, toda informação, inconsciente, pode ser externalizada, a catarse. O adulto
de hoje, a criança de ontem. E a criança é influenciada pelos pais, pelos professores,
pela sociedade em si e pelas leis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se William Waack foi racista ou preconceituoso, o que dizer de Barroso? Ninguém tem
a capacidade, a não ser através da hipnose — não surte efeito em todas as pessoas — de
saber o que está na mente de outra pessoa. A antiga frase "Preto correndo é ladrão!" já
diz por si mesma um preconceito cujo estereótipo possibilitou chancelar o negro de
'criminoso nato'. Usar ressonância magnética para saber qual área cerebral é diferente do
ser humano 'normal'?