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EDUCAÇÃO FÍSICA
Governador do Estado do Amazonas
Omar Aziz
Secretária-Executiva
Sirlei Alves Ferreira Henrique
Secretária-Adjunta da Capital
Ana Maria da Silva Falcão
Secretária-Adjunta do Interior
Magaly Portela Régis
Secretaria de Estado de
Educação e Qualidade do Ensino
Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012
Editor
Isaac Maciel
Coordenação editorial
Tenório Telles
Diagramação
Bruno Raphael
Revisão
Núcleo de Editoração Valer
Normalização
Ycaro Verçosa
66 p.
ISBN 978-85-87707-48-2
CDD 372.89
22. Ed.
2012
Carta ao Professor 9
Introdução 13
Considerações Finais 59
Referências 61
6 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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Omar Aziz
Governador do
Estado do Amazonas
PROPOSTA CURRICULAR
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carta ao professor
Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
Cecília Meireles
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
10 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
cesso, novas respostas, novas atitudes e novos de e atenção com a formação educacional dos
procedimentos de ensino. Dessa forma, com nossos educandos.
compromisso, entusiasmo e consciência de
nosso papel como educadores, ajudaremos a Temos consciência do desafio que temos
construir uma nova realidade educacional em pela frente e entendemos que este é o primeiro
nosso Estado, fundada na certeza de que o co- passo de uma longa jornada, que dependerá da
nhecimento liberta, enriquece a vida dos indi- participação construtiva, não só dos professo-
víduos e contribui para a construção de uma res, corpo técnico e educandos, mas também
consciência cidadã. dos pais, agentes públicos e da sociedade.
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EDUCAÇÃO FÍSICA 11
PROPOSTA CURRICULAR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O
ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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EDUCAÇÃO FÍSICA 13
INTRODUÇÃO
A Proposta que chega ao Ensino Médio sur- LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem
giu das necessidades que se verificam não só cidadão, com capacidades para seguir os es-
no campo educacional, mas também nas de- tudos em um Nível Superior ou que seja capaz
mais áreas do saber e dos segmentos sociais. de inserir-se, com capacidades concretas, no
Dito por outras palavras, a vertiginosidade com mundo do trabalho.
que as mudanças ocorrem, inclusive situando- Mas para que esse homem-cidadão possa
-nos em um novo tempo, cognominado pelos ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa
filósofos como pós-modernidade, é o que nos conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa
obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins- ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-
taurar-se, como se faz necessário, novos. tirá para a construção da sua identidade, da
A mudança, na qual somos agentes e pa- sua região, do seu local de origem. Somente
cientes, não só desestabiliza a permanência após a sua inserção na realidade, com suas
do homem no mundo como também requer emoções, afetos e sentimentos outros, é que
novas bases, o que implica novos exercícios ele poderá compreender o seu entorno em
do pensamento. Considerando que é na Esco- uma projeção, compreendendo as suas des-
la, desde a educação infantil, que também se continuidades mais ampliadas, ou seja: so-
estabelecem os princípios e valores que nor- mente assim ele poderá ser e estar no mundo.
tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, As situações referidas são as norteadoras
as novas preocupações se dirigem. desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-
É nesse contexto que esta Proposta se ins- disciplinaridade, a Localização do sujeito no
creve. É em meio a essas inquietantes angús- seu mundo, a Formação, no que for possível,
tias e no encontro com inúmeros caminhos, os integral do indivíduo e a Construção da cida-
quais não possuem inscrições, afirmando ou dania. É, portanto, no contexto do novo, do
não o nível de segurança, que ela busca insti- necessário que ela se organizou, que ela mo-
tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de bilizou a atenção e a preocupação de todos os
que o saber perdurará, de que o homem conti- que, nela, se envolveram.
nuará a produzir outros/novos conhecimentos. Para finalizar, é opinião comum dos cida-
As palavras acima se sustentam na ideia de dãos, que pensam sobre a realidade e fazem
que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru- a sua leitura ou interpretação, que o momen-
ção, projetando-se para o campo da garantia, to é de transição. Essa afirmação é plena de
da permanência, da continuidade do conheci- significados e de exigências, inclusive corre-se
mento do homem e do mundo. o risco maior de não se compreender o que
Os caminhos indicadores para a redefini- é essencial. É assim que o passado se funde
ção das funções da Escola seguem, a nosso com o presente, o antigo se funde com o novo,
ver, a direção que é sugerida. É por isso que criando uma dialética essencial à progessão
a Escola e o produto por ela gerado – o Co- da História. A Proposta Curricular do Ensino
nhecimento – instituem um saber fundado Médio, de 2011, resguarda esse movimento e
em Competências e Habilidades, seguindo a o aceita como uma necessidade histórica.
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EDUCAÇÃO FÍSICA 15
A educação brasileira, nos últimos anos, Ensino Médio desenvolveu ações educacio-
perpassa por transformações educacionais nais para fundamentar as discussões acerca
decorrentes das novas exigências sociais, do currículo vigente.
culturais, políticas e econômicas vigentes no Os professores da Rede Estadual de Ensino
país, resultantes do processo de globalização. Médio receberam orientações, por meio de
Considerando esta nova reconfiguração mun- palestras e de uma jornada pedagógica, que
dial e visando realizar a função formadora da proporcionaram aos professores reflexões so-
escola de explicar, justificar e de transformar bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-
a realidade, a educação busca oferecer ao tos norteadores do currículo e principalmente
educando maior autonomia intelectual, uma sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-
ampliação de conhecimento e de acesso a in- candos precisam apreender para aprender?
formações numa perspectiva integradora do Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como
educando com o meio. subsídios, os documentos existentes na Secre-
No contexto educacional de mudanças re- taria de Educação, norteados pela Proposta
lativas à educação como um todo e ao Ensino Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN,
Médio especificamente a reorganização curri- pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As
cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária discussões versaram sobre os Componentes
em prol de oferecer novos procedimentos que Curriculares constantes na Matriz Curricular
promovam uma aprendizagem significativa e do Ensino Médio, bem como sobre as refle-
que estimulem a permanência do educando xões acerca da prática pedagógica e do papel
na escola, assegurando a redução da evasão intencional do planejamento e da execução
escolar, da distorção idade/série, como tam- das ações educativas.
bém a degradação social desse cidadão. Os resultados colhidos nessas discussões
A ação política educacional de Reestrutu- estimularam a equipe a elaborar uma versão
ração da Proposta Curricular do Ensino Médio atualizada e ampliada da Proposta Curricular
foi consubstanciada nos enfoques educacio- do Ensino Médio, contemplando em um só
nais que articulam o cenário mundial, bra- documento as orientações que servirão como
sileiro e local, no intuito de refletir sobre os referência para as ações educativas dos profis-
diversos caminhos curriculares percorridos na sionais das quatro Áreas do Conhecimento.
formação do educando da Rede Estadual de Foi a partir dessa premissa que se perce-
Ensino Médio. beu a necessidade de refletir acerca do Currí-
Dessa forma, a fim de assegurar a cons- culo, da organização curricular, dos espaços e
trução democrática e a participação dos pro- dos tempos para que, dessa maneira, fossem
fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, privilegiados, como destaques:
na Reestruturação do Currículo, a Gerência de
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Para que se chegasse a essa fundamen- gerais, e colegial, com duração de três anos,
tação pedagógica, filosófica, sociológica da que oferecia os cursos Clássico e Científico.
educação, foram concebidas e aperfeiçoadas O cenário político brasileiro de 1964,
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Na- que culminou no golpe de Estado, determi-
cional. No contexto legislativo-educacional, nou novas orientações para a política edu-
destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e cacional do país. Foram estabelecidos novos
9.394/96 que instituíram bases legais para a acordos entre o Brasil e os Estados Unidos da
educação brasileira como normas estrutura- América, dentre eles o MEC-Usaid. Constava,
doras da Educação Nacional. no referido acordo, que o Brasil receberia re-
Todavia, o quadro da educação brasileira cursos para implantar uma nova reforma que
nem sempre esteve consolidado, pois antes atendesse aos interesses políticos mundiais,
da formulação e da homologação das Leis objetivando vincular o sistema educacional
de Diretrizes e Bases, a educação não era o ao modelo econômico imposto pela política
foco das políticas públicas nacionais, visto norte-americana para a América Latina (ARA-
que não constava como uma das principais NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-
incumbências do Estado garantir escola pú- nificativas para o país, ocasionadas pela nova
blica aos cidadãos. conjuntura política mundial, que é promulga-
O acesso ao conhecimento sistemático, da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada
oferecido em instituições educacionais, era no contexto de um regime totalitário, portan-
privilégio daqueles que podiam ingressar em to contrário às aspirações democráticas emer-
escolas particulares, tradicionalmente reli- gentes naquele período.
giosas de linha católica que, buscando seus Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-
interesses, defendiam o conservadorismo sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório.
educacional, criticando a ideia do Estado em Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no
estabelecer um ensino laico. modelo empresarial, o que leva a educação a
Somente com a Constituição de 1946, o adequar-se às exigências da sociedade indus-
Estado voltou a ser agente principal da ação trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-
educativa. A lei orgânica da Educação Primá- seriu no sistema do capitalismo internacional,
ria, do referido ano, legitimou a obrigação do ganhando, em contrapartida, a abertura para
Estado com a educação (Barbosa, 2008). Em o seu crescimento econômico. A implantação
meio a esse processo, e após inúmeras reivin- generalizada da habilitação profissional trou-
dicações dos pioneiros da Educação Nova e xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino
dos intensos debates que tiveram como pano público, a perda da identidade que o 2.o grau
de fundo o anteprojeto da Lei de Diretrizes passará a ter, seja propedêutica para o Ensino
e Bases, é homologada a primeira LDB, nº Superior, seja a de terminalidade profissional
4.024/61, que levou treze anos para se con- (Parecer CEB 5/2011). A obrigatoriedade do
solidar, entrando em vigor já ultrapassada e ensino profissionalizante tornou-se faculta-
mantendo em sua estrutura a educação de tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os
grau médio: ginasial, com duração de quatro dispositivos que tratam do referido ensino, no
anos, destinada a fundamentos educacionais 2.o grau.
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Pode-se dizer que o avanço educacional do rização dos Profissionais da Educação – Fun-
país estabeleceu-se com a Lei de Diretrizes e deb, que oferece subsídios a todos os níveis
Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou da educação, inclusive ao Ensino Médio.
a estrutura do sistema educacional brasileiro Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-
Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu- parar o educando para a continuidade dos es-
cação, dever da família e do Estado, inspira- tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-
da nos princípios de liberdade e nos ideais de dadania, primando por uma educação escolar
solidariedade humana, tem por finalidade o fundamentada na ética e nos valores de liber-
pleno desenvolvimento do educando, seu pre- dade, justiça social, pluralidade, solidariedade
paro para o exercício da cidadania e sua qua- e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-
lificação para o trabalho. pracitada acompanham as grandes mudanças
Essa Lei confere legalidade à condição do sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola
Ensino Médio como parte integrante da Edu- uma postura educacional responsável, capaz
cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os de forjar homens, não somente preparados
princípios norteadores desse nível de ensino: para integrar-se socialmente, como também
de promover o bem comum, concretizando a
O Ensino Médio, etapa final da educação afirmação do homem-cidadão.
básica, com duração mínima de três anos, Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases
terá como finalidades: I – a consolidação e da Educação, apresentam-se as Diretrizes
o aprofundamento dos conhecimentos ad- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
quiridos no Ensino Fundamental, possibili- (Parecer CEB 5/2011), que tem como pres-
tando o prosseguimento de estudos; II – a supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência,
preparação básica para o trabalho e a cida- Tecnologia e Cultura.
dania do educando, para continuar apren- Quando se pensa em uma definição para
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar o conceito Trabalho, não se pode deixar de
com flexibilidade a novas condições de ocu- abordar a sua condição ontológica, pois essa é
pação ou aperfeiçoamento posteriores; III – condição imprescindível para a humanização
o aprimoramento do educando como pes- do homem. É por meio dele que se instaura o
soa humana, incluindo a formação ética e o processo cultural, ou seja, é no momento em
desenvolvimento da autonomia intelectual que o homem age sobre a natureza, transfor-
e do pensamento crítico; IV – a compreen- mando-a, que ele se constitui como um ser
são dos fundamentos científico-tecnológi- cultural. Portanto, o Trabalho não pode ser
cos dos processos produtivos, relacionando desvinculado da Cultura, pois estes se com-
a teoria com a prática, no ensino de cada portam como faces da mesma moeda. Sinte-
disciplina. tizando, pode-se dizer que o homem produz
sua realidade, apropria-se dela e a transfor
Com a incorporação do Ensino Médio à ma, somente porque o Trabalho é uma con-
Educação Básica, entra em vigor, a partir do dição humana/ontológica e a Cultura é o re-
ano de 2007, o Fundo de Manutenção e De- sultado da ação que possibilita ao homem ser
senvolvimento da Educação Básica e de Valo- homem.
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partindo do contexto social, o Currículo se faz teoria única, mas um conjunto de teorias e
presente em formas de organização da socie- saberes, ou seja, o Currículo, desatrelado do
dade. Dessa forma, podemos compreendê-lo aspecto de simples listagem de conteúdos,
como produto de um processo de conflitos passa a ser um processo constituído por um
culturais dos diferentes grupos de professores encontro cultural, de saberes, de conheci-
que o elaboram (LOPES, 2006). Lopes com- mentos escolares na prática da sala de aula,
preende, ainda, que é necessário conhecer local de interação professor e educando.
as várias formas de conceituação de Currículo Nesse sentido, cabe àqueles que condu-
que são elaboradas para nortear o trabalho zem os destinos do país, e, especificamente,
dos professores em sala de aula. Para Lopes aos que gerem os destinos da Educação no
(idem), o Currículo é elaborado em cada esco- Amazonas encontrar o melhor caminho para
la, com a presença intelectual, cultural, emo- o norteamento do que é necessário, conside-
cional, social e a memória de seus participan- rando a realidade local, a realidade regional
tes. É na cotidianidade, formada por múltiplas e a nacional. E, ainda, sem deixar de conside-
redes de subjetividade, que cada um de nós rar os professores, os gestores, os educandos,
forja nossas histórias de educandos e de pro- os pais e a comunidade em geral. Não basta,
fessores. apenas, a fundamentação teórica bem alicer-
Considerando a complexidade da história çada, mas o seu entendimento e a sua aplica-
do Currículo, não é possível conceber uma ção à realidade.
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ser; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais – • Localizar, acessar e usar melhor a infor-
Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es- mação acumulada;
ses documentos enfatizam a necessidade de • Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
centrar o ensino e a aprendizagem no desen-
volvimento de Competências e de Habilidades Concebe-se que uma pessoa é competen-
por parte do educando, em lugar de centrá-lo, te quando tem os recursos para realizar bem
apenas, no conteúdo conceitual. uma determinada tarefa, ou seja, para resol-
Como se pode comprovar, tanto o Ensino ver uma situação complexa. O sujeito está ca-
Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra- pacitado para tal quando tem disponíveis os
dição conteudista. Na hora de falar de Com- recursos necessários para serem mobilizados,
petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. com vistas a resolver os desafios na hora em
Não estamos conseguindo separar a ideia de que eles se apresentam. Nesse sentido, educar
Competência da ideia de Conteúdos, porque a para Competências é, então, ajudar o sujeito
escola traz para os educandos respostas para a adquirir as condições e/ou recursos que de-
perguntas que eles não fizeram: o resultado é verão ser mobilizados para resolver situações
o desinteresse. As perguntas são mais impor- complexas. Assim, educar alguém para ser um
tantes do que as respostas, por isso o enfo- pianista competente é criar as condições para
que das Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos que ele adquira os conhecimentos, as habili-
conceituais, atitudinais e procedimentais, o dades, as linguagens, os valores culturais e os
que converge para a efetivação dos pilares da emocionais relacionados à atividade específica
Educação para o século XXI. Todavia, é hora de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).
de fazer e de construir perspectivas novas. As- Os termos Competências e Habilidades,
sim, todos nós somos chamados a refletir e a por vezes, se confundem; porém fica mais fá-
entender o que é um ensino que tem como cil compreendê-los se a Competência for vista
uma das suas bases as Competências e Habi- como constituída de várias Habilidades. Mas
lidades. uma Habilidade não “pertence” a determina-
O Ministério da Educação determina as da Competência, uma vez que a mesma Ha-
competências essenciais a serem desenvolvi- bilidade pode contribuir para Competências
das pelos educandos do Ensino Fundamental diferentes. É a prática de certas Habilidades
e Médio: que forma a Competência. A Competência é
algo construído e pressupõe a ação intencio-
• Dominar leitura/escrita e outras lingua- nal do professor.
gens; Para finalizar, convém dizer que esta Pro-
• Fazer cálculos e resolver problemas; posta caminha lado a lado com as necessida-
• Analisar, sintetizar e interpretar dados, des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-
fatos, situações; cas e políticas do país, que não deixam de ser
• Compreender o seu entorno social e as do mundo global. Assim sendo, é interesse
atuar sobre ele; dos educadores preparar a juventude amazo-
• Receber criticamente os meios de co- nense para enfrentar os desafios que se apre-
municação; sentam no século XXI, daí ao conhecimento
fundado em Competências e Habilidades.
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rando sua complexidade. Por isso, a Física, Para o Ensino Médio do Estado do Amazo-
por exemplo, pode ser expressa em forma de nas, pensou-se em organizar os Componentes
poema, e a Biologia, que trata da vida dos se- Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-
res, pode ser expressa em forma de música. teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-
Somente assim o homem poderá falar de um derar as questões de cunho filosófico, psicoló-
homem mais humano, em uma perspectiva gico, por exemplo, que as mesmas implicam,
total, integradora. expressas pelo Ministério da Educação, consi-
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, derando a autonomia das instituições escola-
em que se encontra também a Filosofia, con- res e a aprendizagem dos educandos de modo
templam-se consciências críticas e criativas, efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio
com condições de responder de modo ade- de temas, os quais comportam uma bagagem
quado a problemas atuais e a situações novas, de assuntos a serem trabalhados pelos profes-
destacando-se a extensão da cidadania, o uso sores, conforme as especificidades necessárias
e a produção histórica dos direitos e deveres para cada nível de ensino. As Competências e
do cidadão e, ainda, considerando o outro em Habilidades expressam o trabalho a ser pro-
cada decisão e atitude. O importante é que o posto pelo professor quanto ao que é funda-
educando compreenda a sociedade em que mental para a promoção de um educando mais
vive, como construção humana, entendida preparado para atuar na sociedade. E os pro-
como um processo contínuo. Não poderia dei- cedimentos metodológicos, como sugestões,
xar de ser mais problemática a área de Ciên- auxiliam o professor nas atividades a serem
cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten- experienciadas pelos educandos, ressaltando-
do o homem como seu objeto, ela traz para -se que se trata de um encaminhamento que
si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem norteará a elaboração de um Planejamento
é o homem? Quem é este ser tão complexo Estratégico Escolar.
e enigmático? Estas são questões propostas Ressalta-se, também, que foram acrescen-
pela própria Área de Conhecimento de Ciên- tadas alternativas metodológicas para o ensi-
cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho- no dos Componentes Curriculares constantes
mem existe e é por isso que ela exige a forma- do Ensino Médio, no intuito de concretizar
ção e a atenção de profissionais competentes. esta Proposta, além de propiciar ao profes-
Considerando-se toda a problemática que a sor ferramentas com as quais poderá contar
envolve é que a atenção sobre a mesma é re- como um recurso a mais no encaminhamento
dobrada e que os cuidados são mais exigidos. de seu trabalho em sala de aula.
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1
O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR
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nome de Jayr Jordão Ramos (1983). A obra tacando o estudo de Castellani Filho (1988),
desse autor possui características semelhan- hoje uma das obras mais lidas na área que
tes, todavia suas abordagens se voltam mais nortearam as discussões peculiares à Educa-
para a Educação Física mundial. ção Física da década de 80. O autor, funda-
Deve-se ressaltar que na obra desses au- mentalmente, objetivou recontar a história da
tores os aspectos históricos dos esportes já Educação Física no Brasil, dando ênfase aos
dividiam espaço com os mesmos aspectos aspectos ideológicos que estiveram por trás
ligados à Educação Física. Com certeza, isso de tal desenvolvimento e percurso.
é um reflexo do crescimento da importância Embora as obras dessa fase tenham repre-
do esporte no âmbito do futuro da Educação sentado uma importante mudança de enfo-
Física e da influência esportiva na sociedade, que, alguns problemas das fases anteriores
onde se observa, na atualidade, o fitness, a continuariam persistindo, por exemplo: as ati-
Educação Física e os esportes, em suma, a lin- vidades calistênicas (exercícios mecanizados,
guagem adotada por meio da cultura corporal repetitivos e técnicos). Com a modernização
da sociedade contemporânea. e a democratização do país, surgem novas
necessidades da sociedade moderna que sus-
citam outras abordagens metodológicas e pe-
dagógicas da Educação Física.
Visto que nas visões anteriores havia Sob esse olhar, o educando deverá se
apenas preocupação com a repetição apropriar do instrumental teórico necessário
gestual dos segmentos corporais, sem para se utilizar de jogos, de esportes, de dan-
que houvesse a compreensão do corpo. ças, de lutas e de ginásticas, para o exercício
crítico da cidadania, promovendo a melhoria
da Qualidade de Vida. Visto que nas visões
anteriores havia apenas preocupação com a
Poder-se-ia abordar nesse contexto obras repetição gestual dos segmentos corporais,
de outros autores que descreveram suas preo sem que houvesse a compreensão do corpo.
cupações de forma mais específica acerca da A Educação Física no Ensino Médio possui
Educação Física, mas, como esses autores em características próprias que devem considerar
seus estudos apenas focavam aspectos téc- a fase vivenciada pelos educandos, as novas
nicos de esportes, tais como: o futebol, a gi- propostas de educação e, sobretudo, a inter-
nástica e a capoeira, isso delimitava bastante face que se deseja para a disciplina na fase fi-
a abrangência do que deveria ser a Educação nal da formação básica dos jovens.
Física. Portanto, os conceitos estruturantes e as
A terceira fase dos estudos históricos e Competências em Educação Física direciona-
metodológicos ligados à Educação Física e ao dos a cada um deles podem traduzir-se de
esporte é marcada pela busca do redimensio- acordo com os três eixos que organizam a dis-
namento das características dos estudos até ciplina, que expostamente são: representação
então desenvolvidos, a partir, fundamental- e comunicação; investigação e compreensão;
mente, de uma crítica à obra de Marinho, por contextualização sociocultural.
apresentar uma abordagem marxista, des-
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
34 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
1ª SÉRIE
Objetivos específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: O homem no ambiente: Saúde, Esporte e Educação
• Compreender as dimensões • Identificar os conceitos teóricos O corpo humano • Realizando leitura de jornais, de periódicos,
antropométricas, por meio de e práticos da biometria e da • Dimensões antropométricas de artigos etc., a fim de ressaltar a
uma postura ativa na prática antropometria, no sentido de (aferição da massa corpórea; importância da atividade física;
das atividades promovidas pela interpretá-las e de compreendê- estatura, classificação e • Identificando a vulnerabilidade social do
disciplina; las, para a melhoria da qualidade perímetros) corpo e de suas interações, por meio de
• Conscientizar-se da importância de vida; leituras de texto;
• Medidas e avaliação (IMC)
do estudo da antropometria • Promover ações permanentes • Praticando rotinas de hábitos de higiene,
no cotidiano, considerando as de higiene, para a melhoria da • Higiene corporal e qualidade de
vida: como: escovação, hidratação da derme
atividades físicas como um dos qualidade de vida; e do cabelo; repouso fisiológico e jejum
principais meios de prevenção e de • Reconhecer a importância da – Atividade Física e Meio balanceado;
promoção da saúde; preservação da natureza, por Ambiente: praças, parques,
praias, entornos e rios • Realizando passeios e visitas nos espaços
• Conhecer os malefícios causados meio da educação ambiental; de lazer de atividades físicas e culturais
pela não prática de hábitos • Valorizar e respeitar as diferenças • Cuidado com o corpo: DST, AIDS, (museus);
1 º BIMESTRE
saudáveis de higiene física e étnicas e as religiosas existentes gravidez precoce etc
mental; • Participando de eventos multiculturais;
na sociedade contemporânea. • O jogo de Xadrez: a sua
• Relacionar a prática da Educação importância e peculiaridade • Trabalhando em grupos, para discussão
Física, respeitando o meio sobre os temas abordados;
• Atletismo: iniciação
ambiente na promoção do lazer e • Pesquisando os vários espaços culturais de
do trabalho; atividades físicas da cidade;
• Reconhecer a importância das • Conhecendo as peças e seus movimentos no
manifestações socioculturais e tabuleiro do xadrez;
afetivas dos diferentes grupos; • Praticando os gestos fundamentais do
• Compreender a importância atletismo.
do xadrez na construção do
raciocínio lógico, da disciplina e da
concentração, para a formação do
indivíduo.
EDUCAÇÃO FÍSICA
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PROPOSTA CURRICULAR
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36
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Relacionar o estudo da dança e o • Identificar a relação existente Escola e Comunidade • Vivenciando atividades de dança e de teatro,
do teatro com a expressão e com a entre dança e teatro, com a • Temas interdisciplinares por meio de oficinas;
consciência corporal; expressão e com a consciência • Realizando eventos que visem à preservação
corporal; – Dança na escola
• Valorizar os elementos da do ambiente;
natureza, para preservação do • Conhecer os efeitos das drogas – Teatro na escola
• Participando de palestras, de seminários, de
ambiente; no organismo; • Estudo histórico/evolutivo do oficinas etc., sobre os malefícios causados
• Compreender os malefícios do uso • Dominar os fundamentos Futsal pela droga;
de drogas para a saúde; técnicos e táticos do Futsal, • Estudo histórico/evolutivo do
2 º BIMESTRE
• Estudando o desporto, observando suas
• Compreender a importância da aplicando seus conhecimentos, Futebol regras oficiais;
prática desportiva na formação do por meio do esporte, no
cotidiano; • Treinando as práticas desportivas
homem; trabalhadas;
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
• Compreender a prática desportiva • Valorizar conceitos e capacidades Desporto: Uma opção de vida • Praticando o desporto, por meio de
como fonte de desenvolvimento físicas adquiridas no dia a dia do • Estudo histórico/evolutivo do treinamentos sistemáticos e técnico-táticos;
intelectual e de crescimento físico; homem moderno; Voleibol • Participando em campeonatos escolares;
• Organizar os elementos técnicos • Reconhecer os valores morais, éticos • Estudo histórico/evolutivo do • Lendo sobre os fundamentos técnicos de
desenvolvidos na prática desportiva e sociais, adquiridos por meio da Handebol defesa e de ataque do Voleibol;
educacional; prática desportiva;
• Estudo histórico/evolutivo do • Analisando os sistemas de jogo: 6x0; 3x3;
• Compreender os efeitos e os • Demonstrar compreensão dos Basquetebol 4x2 e 5x1 do voleibol;
benefícios da prática desportiva na estudos teóricos e práticos da prática
melhoria das qualidades físicas e desportiva. • Estudando as regras de jogo do Voleibol;
cognitivas. • Lendo sobre os fundamentos de defesa e
de ataque do Handebol;
3 º BIMESTRE
• Analisando os sistemas de jogo ofensivos e
defensivos: 6x0; 5x1; 4x2; 3x3; 5x1; 3x2x1;
1x5 e 2x4 do Handebol;
• Estudando as regras oficiais do Handebol;
• Lendo sobre os fundamentos de defesa e
ataque do Basquetebol;
• Analisando os sistemas de jogo: 2-2-1; 3-2;
5x0; 1-2-2 e 2-3 do Basquetebol;
• Estudando as regras oficiais do
Basquetebol.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
37
38
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender, por meio da • Reconhecer a prática desportiva Educação física: A harmonia entre o • Utilizando as estratégias táticas,
prática desportiva, a vida como como necessária para a vida corpo e a mente transformando-as em benefícios pessoais e
sistema complexo de soluções e cotidiana; • Estudo histórico/evolutivo da de grupo;
de tomadas de decisões; • Aplicar, com destreza, os Queimada • Identificando, por meio de exercícios
• Desenvolver raciocínio lógico movimentos de técnica da • O Voleibol de praia físicos, os movimentos característicos
e abstrato, concentração, Queimada; e as movimentações técnicas próprias
pensamento antecipatório, • Handebol de areia da Queimada, do Voleibol de praia e do
• Conhecer as organizações das
memória, planejamento, diferentes provas do atletismo, • Aspectos históricos, pedagógicos e Handebol de areia
hábitos de estudo, criatividade, priorizando a contextualização técnicos do Atletismo • Praticando dinâmicas de jogo;
empatia, elevada autoestima, dos acontecimentos históricos • A história e a lenda do Xadrez
que concorrem para o • Analisando as regras oficiais das práticas
e sua relação com os desportivas trabalhadas;
desenvolvimento da inteligência eventos e com as tecnologias
global; contemporâneas; • Estudando os tipos de corridas com as
• Compreender o jogo como respectivas regras;
• Reconhecer os jogos como
forma de harmonizar a relação propiciadores de atividades • Praticando saltos horizontais e verticais;
4 º BIMESTRE
entre corpo e mente, para uma mentais necessárias para o • Praticando Arremessos e lançamentos;
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
2ª SÉRIE
Objetivos específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
40
DO ENSINO MÉDIO
•
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Educação Física: Corpo, Movimento e Inclusão
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Reconhecer o uso dos recursos • Conhecer a relação orgânica e Corpo, saúde e tecnologias • Utilizando materiais e mídias, como
tecnológicos na prática da funcional do corpo e seus aspectos • Análise corporal e de saúde do efetivação teórica e prática da Educação
Educação Física, como meio cognitivos; organismo humano Física, na mensuração orgânico-funcional;
de facilitar o resultado de seus • Conhecer as ações permanentes de • Criando hábitos de higiene pessoal;
objetivos; • Recursos tecnológicos para
higiene que promovam a melhoria aferição e composição do corpo • Utilizando uniformes e calçados adequados
• Compreender a importância da qualidade de vida; para a prática desportiva;
da saúde corpórea e do uso • Estruturas anatômicas: músculos
• Conhecer os diversos discursos e articulações • Seguindo, de modo apropriado, as regras de
de produtos que promovam a apresentados pela mídia,
assepsia do organismo; • Perímetros, diâmetros e dobras higiene social;
considerando a importância do
• Compreender a importância da esporte, da saúde e do lazer; cutâneas • Praticando as regras para o cuidado com o
prática da atividade física, no • Higiene corporal, estilo e corpo;
• Estimular a preservação da natureza,
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
meio ambiente, na promoção por meio dos propósitos da qualidade de vida • Pesquisando sobre as horas de sono, as
do lazer e na saúde. educação ambiental. • Formas de mídias que diversões e a alimentação adequadas para
a manutenção de uma boa saúde mental e
1 º BIMESTRE
• Identificar os recursos tecnológicos, possibilitam o pensamento
crítico-construtivo física;
considerando a qualidade dos
serviços apresentados pela prática • Praticando, por meio do esporte, a inclusão
desportiva, para obtenção de social;
resultados. • Analisando os conteúdos produzidos pelos
vários tipos de mídias;
• Participando de atividades físicas ao ar livre;
• Discutindo os temas abordados, por meio da
leitura de textos, em forma de seminários,
debates, gincana cultural e palestras;
• Visitando praças, reservas ambientais e
pontos turísticos;
• Exercitando a organização de eventos
esportivos.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender a importância das • Reconhecer as diferenças étnicas e Atividades Desportivas, • Participando de eventos culturais promovidos na
manifestações socioculturais e religiosas existentes na sociedade Artísticas e Culturais escola, por meio de projetos;
afetivas dos diferentes grupos; contemporânea; – Danças folclóricas • Elaborando projetos, com a participação de
• Valorizar aspectos da pessoa • Conhecer, por meio do esporte, os – Coreografias regionais vários grupos sociais;
humana, respondendo valores morais essenciais para a • Praticando, com desenvoltura, os fundamentos
com atitudes esportistas e convivência social; • Estudo histórico/evolutivo do
Futebol no Brasil e no mundo do Futebol, por meio de processos, aplicando
respeitando o aprendizado
2 º BIMESTRE
• Reconhecer o esporte como conceitos e qualidades específicas;
conquistado por meio do fundamental para a identificação de • Jogos populares
esporte. • Exercitando os fundamentos de defesa e de
outras culturas e para a aproximação ataque, os sistemas de jogo combinado e de
entre os povos. regras oficiais do Futebol;
• Participando de atividades inclusivas e
educacionais, no âmbito da escola e da
comunidade.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
41
42
• Compreender a importância da • Dominar os fundamentos técnico- Estudo Histórico e • Praticando o desporto, os sistemas de jogo,
prática desportiva na formação táticos do Futsal, aplicando seus aprofundamento das por meio de treinamentos intensivos e de
DO ENSINO MÉDIO
do homem íntegro; conhecimentos, por meio do esporte, modalidades participação em programações esportivas;
• Compreender a prática do no cotidiano; • Futsal – Um desporto em • Exercitando os fundamentos de defesa e de
PROPOSTA CURRICULAR
Futsal, Voleibol, Handebol • Identificar conceitos e capacidades expansão ataque, de sistemas de jogo combinado e de
e Basquetebol, como físicas utilizadas no dia a dia do • Voleibol – Um esporte de regras oficiais;
desenvolvimento intelectual e homem moderno; tradição • Pesquisando sobre os fundamentos técnicos de
de crescimento físico; • Reconhecer a importância dos defesa e de ataque do Futsal;
• Handebol – Um desporto
• Compreender os valores conteúdos teóricos e práticos do escolar • Lendo sobre os fundamentos técnicos de defesa
culturais, as regras e as normas, Futsal, do Voleibol, do Handebol e e de ataque do Voleibol;
que auxiliem na construção e no do Basquetebol, para a prática dos • Basquetebol – Um desporto
resgate de valores morais. mesmos. que conquistou o Brasil • Interpretando os sistemas de jogo: 6x0; 3x3; 4x2
e 5x1 do Voleibol;
• Estudando as regras de jogo do Voleibol;
fundamentos técnicos pedagógicos, sistemas de
defesa e de ataque; sistemas de jogo: 4x2; 5x1;
sistemas combinados; regras oficiais;
• Compreender os elementos técnicos
desenvolvidos na prática do jogo do Handebol;
3 º BIMESTRE
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
• Desenvolver melhorias • Aplicar com destreza os Estudo Histórico: Algumas • Praticando os gestos específicos, dinâmicas
nas condições orgânicas e movimentos de técnica da Modalidades técnico-táticas das ações de jogo, em
funcionais, por meio da prática Queimada, assim como • Queimada – Uma abordagem treinamentos e na participação de eventos
dos exercícios físicos; as estratégias táticas, prática escolares;
• Compreender os movimentos transformando-as em benefícios • Praticando as regras oficiais da Queimada;
pessoais e de grupo; • Atletismo – Um desporto de
produzidos pelo corpo, por meio sucesso • Construindo na Queimada jogadas mais
da prática gestual; • Conhecer as organizações das elaboradas;
diferentes provas do Atletismo, • A história e a lenda do Xadrez.
• Compreender a vida como • Praticando corridas rasas, com barreiras e com
sistema complexo de soluções e priorizando a contextualização
dos acontecimentos históricos e a obstáculos, revezamentos e provas combinadas;
de tomadas de decisão;
sua relação com os eventos e com • Treinando saltos horizontais e verticais;
• Aprender a ser, aprender a as tecnologias contemporâneas;
conviver, aprender a conhecer • Praticando arremessos e lançamentos;
e aprender a fazer, por meio • Desenvolver raciocínio lógico • Exercitando os conhecimentos adquiridos, para
da apropriação dos elementos e abstrato, concentração, construir materiais alternativos; para realizar
pensamento antecipatório,
4 º BIMESTRE
básicos do Xadrez. visitas técnicas a espaços oficiais; para participar
memória, planejamento, hábitos de eventos esportivos, escolares e oficiais;
de estudo, criatividade, empatia,
• Ensaiando e treinando jogadas básicas do
elevada autoestima, que em
Xadrez;
última análise concorrem para o
desenvolvimento da inteligência • Construindo peças e tabuleiro por divisões
global. sucessivas e coordenadas;
• Confeccionando tabuleiros e peças para a
prática do Xadrez;
• Organizando as peças no tabuleiro;
• Analisando o valor absoluto e relativo das peças;
• Pesquisando informações vinculadas ao Xadrez;
• Realizando leitura crítica sobre reportagens e
revistas enxadrísticas virtuais.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
43
44 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
3ª SÉRIE
Objetivos específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Ciências do Esporte: Saúde, Educação e Tecnologias
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Usar recursos tecnológicos • Entender aspectos funcionais Análise antropométrica e • Avaliando segmentos do corpo, por meio de
específicos na prática da Educação e cognitivos do organismo Simétrica do corpo humano instrumentos de medidas e comparando-os
Física, como ferramenta facilitadora humano; • Estruturas Anatômicas com resultados anteriores;
de seus objetivos; • Compreender os benefícios e os • Realizando movimentos específicos, para o
• Higiene corporal e pessoal, estilo
• Desenvolver hábitos que malefícios resultantes da higiene e qualidade de vida alinhamento e para o equilíbrio corporal;
apresentem cuidados especiais corporal; • Avaliando a tonificação dos músculos e
relacionados à saúde corporal; • Mídias: digital e escrita
• Analisar as informações percentuais de gordura;
• Interpretar e assimilar a relação oriundas da mídia com senso • Cultura corporal e inclusão:
conteúdos da Educação Física • Registrando perímetros, diâmetros e dobras
existente entre a Educação Física e construtivo; cutâneas;
o produto construído pelos veículos • Reconhecer os recursos
de comunicação; • Registrando os desvios posturais;
1 º BIMESTRE
tecnológicos como
• Compreender e usar a linguagem instrumentos indispensáveis • Praticando regras de higiene, como:
corporal como relevante para a para o conhecimento, vestimenta, calçado, alimentação e repouso;
própria vida, integradora social e o monitoramento e o • Discutindo as informações produzidas pela
formadora da identidade. acompanhamento da saúde mídia (internet), por meio da leitura de textos
corporal; em: jornais, periódicos, revistas, artigos etc.;
• Relacionar as tecnologias de • Utilizando recursos tecnológicos para
comunicação e informação ao mensuração antropométrica;
desenvolvimento das sociedades • Destacando a mídia, como facilitadora da
e ao conhecimento que elas inclusão social, corporal e digital.
produzem.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
45
46
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender a prática da atividade • Estimular a preservação Educação Ambiental e Atividade • Visitando praças, reservas ambientais e pontos
física, no ambiente, para promoção da natureza, por meio dos Física turísticos;
da preservação ambiental, do lazer propósitos da educação • Preservação da natureza – • Participando de eventos esportivos voltados
e do esporte; ambiental; Esportes Naturais para a natureza;
• Compreender a importância das • Facilitar a vivência das • Festivais de danças regionais e • Participando de corrida de orientação, corrida
manifestações socioculturais dos diferenças étnicas e religiosas expressões artísticas de aventura e de remo;
diferentes grupos étnicos; existentes na sociedade
globalizada; • Participando de concursos, de gincanas, de
• Compreender a importância do festivais culturais na escola;
Projetos interdisciplinares
2 º BIMESTRE
trabalho, por meio de projetos • Reconhecer a importância
interdisciplinares. da interdisciplinaridade na • Lixo e reciclagem • Realizando atividades inclusivas e
formação do educando. educacionais, no âmbito da escola e da
• Água e o Planeta
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
comunidade;
• Elaborando e realizando projetos que
envolvam grupos sociais;
• Realizando projetos interdisciplinares,
envolvendo ações sociais e culturais;
• Praticando ações em defesa do ambiente.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender e reconhecer a • Dominar os fundamentos técnicos Desportos: A Prática • Promovendo o desporto, os sistemas de jogo, por
importância da prática desportiva e táticos do Futsal, aplicando seus • Futsal meio de treinamento;
na formação do homem ético; conhecimentos obtidos, por meio • Organizando programações esportivas;
do esporte no cotidiano; • Futebol
• Valorizar e responder com atitudes • Utilizando o esporte, como meio de inclusão
esportistas, obediência e respeito • Realizar com desenvoltura os • Voleibol
entre os grupos;
ao aprendizado conquistado, por fundamentos técnicos táticos do • Handebol
meio do esporte; Futebol, ampliando seus conceitos • Praticando o desporto, pelo uso do treinamento
• Basquetebol sistemático e técnico-tático;
• Analisar os benefícios de e suas qualidades específicas;
• Queimada • Participando de campeonatos oficiais e escolares;
coletividade e de inclusão • Realizar, com eficiência técnica, os
proporcionados pela prática do fundamentos adquiridos por meio • Exercitando os fundamentos de defesa e de
Voleibol; da prática e das discussões; ataque de todos os desportos;
• Organizar os elementos técnicos • Reconhecer os valores morais, • Exercitando os sistemas de jogo; os sistemas
desenvolvidos na prática do jogo éticos e sociais, adquiridos por combinados; as regras de jogo de todos os
do Handebol educacional; meio da prática do esporte; desportos;
• Avaliar os efeitos e os benefícios • Demonstrar compreensão dos • Exercitando os fundamentos de defesa e de
da praticidade desportiva, na estudos teóricos e práticos dos ataque; os sistemas de jogo: 4-4-2; 3-4-3; 3-5-2;
3 º BIMESTRE
melhoria das qualidades físicas e esportes desenvolvidos; as regras de jogo, do Futebol;
cognitivas; • Aplicar com destreza os • Exercitando os fundamentos de defesa e de
• Desenvolver melhorias nas movimentos de técnica da ataque; os sistemas de jogo: 6x0; 5x1; 4x2;
condições orgânicas e funcionais Queimada, assim como as 3x3; 5x1; 3x2x1; 1x5; 2x4; as regras oficiais do
por meio da prática dos exercícios estratégias táticas, transformando- Handebol;
físicos. as em benefícios pessoais e de • Exercitando os fundamentos de defesa e de
grupo. ataque; os sistemas de jogo: 2-2-1; 3-2; 5x0; 1-2-
2; 2-3; as regras oficiais do Basquetebol;
• Praticando as técnicas, a dinâmica do jogo e as
regras de jogo da Queimada;
• Discutindo a importância da disciplina, do
cumprimento das regras e de um referencial ético
na formação do indivíduo;
• Praticando os gestos específicos de cada
desporto; dinâmicas técnico-táticas das ações de
jogo, em treinamento.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Interpretar os valores culturais, • Conhecer as organizações das Aspectos históricos, pedagógicos e • Apresentando os fundamentos teóricos do
de regras e normas, auxiliando diferentes provas do Atletismo, técnicos Atletismo;
o educando na construção e no priorizando a contextualização • Atletismo • Participando de diferentes provas do Atletismo;
resgate de seus valores morais; dos acontecimentos históricos
e sua relação com os eventos e • A construção coletiva de • Construindo materiais alternativos;
• Compreender e reproduzir conhecimento e a desmistificação
os movimentos do corpo, por tecnologias contemporâneas; • Visitando espaços oficiais para a prática do
do Xadrez egocêntrico Atletismo;
meio da prática gestual; • Desenvolver raciocínio lógico
• Compreender a vida como e abstrato, concentração, • Elaborando relatórios das visitas técnicas aos
sistema complexo de solução e pensamento antecipatório, espaços oficiais;
de tomada de decisões; memória, planejamento, hábitos • Participando de campeonatos oficiais e
de estudo, criatividade, empatia, escolares;
4 º BIMESTRE
• Aprender a ser, aprender a elevada auto estima; que em
conviver, aprender a conhecer • Confeccionando tabuleiros e peças para a prática
última análise concorram para o
e aprender a fazer, por meio do Xadrez;
desenvolvimento da inteligência
LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
50 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
2ª Fase: Série:
• Divulgar o projeto na Escola e na co-
munidade; Atividade 2
• Estipular prazos para inscrições; Projeto Xadrez na Escola
• Estabelecer dias e horários dos treinos;
• Criar normas e critérios para participa- Poderá ser desenvolvida em todas as Sé-
ção no projeto; ries, de modo sequencial, considerando os
• informar as categorias e os gêneros de níveis de complexidade.
desenvolvimento no projeto;
• Enviar comunicado de confirmação de Objetivo: Entender o jogo de Xadrez como
inscrição, documento de normas e cri- instrumento para a desenvoltura do pensa-
térios, para conhecimento dos pais; mento cognitivo, considerando as demandas
• Reunir com os pais dos alunos inscritos da informática e o aprimoramento do racio-
e com os educandos da comunidade. cínio lógico.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 51
sociais, à disciplina e à boa condução do in- • Estabelecendo dias e horários das au-
divíduo. las;
Habilidade: Identificar a função das peças • Criando normas e critérios para parti-
do jogo de Xadrez, correlacionando-as com as cipação no projeto;
normas sociais e a disciplina; • Informando as categorias e os gêneros
Apreender os vários tipos de jogadas, de desenvolvimento no projeto;
como prática para desenvolver o raciocínio • Enviando comunicado de confirmação
lógico. de inscrição, documento de normas
e critérios, para o conhecimento dos
1 Justificativa pais;
O Xadrez é utilizado na educação como • Reunindo com os pais dos educandos
instrumento inter, multi e pluridisciplinar, pois inscritos e com os demais da comuni-
auxilia no desenvolvimento de algumas ca- dade;
racterísticas do pensamento cognitivo, como • Realizando testes de adequação de ní-
abstração, memorização, raciocínio lógico, vel nas categorias (faixa etária);
dedução, indução e estabelece vínculo com • Solicitando o encaminhamento do ser-
a informática e com as novas tecnologias de viço de orientação e de supervisão es-
informação, permitindo aumentar o espectro colar, à equipe pedagógica;
de sua utilização. • Realizando aulas sistemáticas.
Como o educando realiza práticas motoras
por meio da Educação Física, e sendo esta um 3 Avaliação
instrumento que desenvolve (estimula) o QM As avaliações poderão ser realizadas no
(quociente motor), o Xadrez poderá ser usado momento dos campeonatos, devendo con-
no auxílio do QI (quociente de inteligência), tar com a presença da Comissão Pedagógica
complementando e estimulando o desenvol- da Escola e do Gestor. Nessa oportunidade, o
vimento das capacidades cognitivas do edu- professor irá expor as potencialidades do Xa-
cando. drez e a necessidade de serem desenvolvidas,
nos educandos, as capacidades cognitivas.
2 Desenvolvimento Após essa exposição, o professor fará a ava-
Poderá ser desenvolvido, por meio de reu- liação do projeto desenvolvido, considerando
niões com os pais daqueles que obtiveram o desempenho, o quantitativo e os resultados
notas inferiores (análise do boletim escolar) e concretos de habilidades na resolução de cál-
com aqueles que possuem problemas de con- culos, na compreensão de problemas, na arti-
centração e de raciocínio lógico nas discipli- culação de ideias e na concentração. Quanto
nas (análise da supervisão pedagógica). Para aos educandos, por meio de autoavaliação e
isso, o professor apropriar-se-á dos seguintes da observação direta, o professor fará anota-
procedimentos: ções sobre as mudanças comportamentais e
intelectuais dos mesmos.
• Divulgando o projeto na Escola e na
comunidade;
• Estipulando prazos para inscrições;
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
52 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 53
PROPOSTA CURRICULAR
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54 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
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EDUCAÇÃO FÍSICA 55
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
56 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 57
A avaliação, dessa forma, assume impor- quais teorias nos embasamos para chegar a
tância fundamental, a partir dos seus instru- uma avaliação mais próxima da realidade.
mentos e o professor, por sua vez, precisa estar Além do postulado pedagógico referido,
atento aos objetivos propostos para que a ava- é necessário debruçarmo-nos sobre as novas
liação não destoe daquilo que ele pretende. avaliações que se apresentam, quais os seus
Assim sendo, a avaliação não é neutra no fundamentos, qual a sua forma e quais as
contexto educacional, pois está centrada em suas exigências. É nesse contexto que o Enem
um alicerce político educacional que envol- (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em
ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-
Chueiri, 2008): penho do educando ao término da escolarida-
de básica, apresenta-se como uma proposta
A avaliação escolar é um meio e não um de avaliação digna de ser analisada e assimila-
fim em si mesmo; está delimitada por uma da em seus fundamentos.
determinada teoria e por uma determina- O Enem tomou um formato de “avaliação
da prática pedagógica. Ela não ocorre num nacional”. Isso significa dizer que ele tornou-
vazio conceitual, mas está dimensionada -se o modelo que vem sendo adotado no
por um modelo teórico de sociedade, de país, de norte a sul. Nesse sentido, a ques-
homem, de educação e, consequentemen- tão é saber o motivo pelo qual ele assumiu
te, de ensino e de aprendizagem, expresso o lugar que ocupa. Para compreendê-lo, um
na teoria e na prática pedagógica (p. 122). meio interessante é conhecer a sua “engre-
nagem” e pressupostos. Assim, é necessário
Para contemplar a visão de Caldeira, o pro- decompô-lo nas suas partes, saber o que cada
fessor necessita estar atento aos processos de uma significa, qual a sua relevância e em que
transformação da sociedade, pois estes aca- o todo muda a realidade avaliativa nacional,
bam por influenciar também o espaço da esco- pois ele apresenta-se como algo para além de
la como um todo. Essa constatação é evidente, um mero aferidor de aprendizagens.
quando percebemos o total descompasso da Esse exame constitui-se em quatro pro-
escola com as atuais tecnologias e que, ao que vas objetivas, contendo cada uma quarenta
tudo indica, não estão sendo usadas na sua de- e cinco questões de múltipla escolha e uma
vida dimensão. Por outro lado, quando o pro- proposta para a redação. As quatro provas
fessor não acompanha as transformações re- objetivas avaliam as seguintes áreas de co-
feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, nhecimento do Ensino Médio e respectivos
de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, Componentes Curriculares: Prova I – lingua-
é o que vem ocorrendo em grande parte das gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação:
escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês
todos nós repensarmos nossa prática, apren- ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova
dizado e aspirações em termos pedagógicos e, II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-
sobretudo, como sujeitos em construção. mática; Prova III – Ciências Humanas e suas
Diante disso, precisamos ter claro o que Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e
significa avaliar no atual contexto, que edu- Sociologia; Prova IV – Ciências da Natureza e
candos queremos, baseados em qual ou em suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
58 LINGUAGEN S CÓDIGOS E SUAS TECN OLOGIAS
É por meio da avaliação das Áreas de Co- mos, a sua formulação e o modo como um
nhecimento que se tem o nível dos educan- item é transformado em um aval para o pros-
dos brasileiros e que lhes é permitido ingres- seguimento dos estudos. E não só isso deve
sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen- ser levado em consideração, pois alcançar
tido, o Enem não deve ser desprezado; ao um nível de aprovação exige uma formação
contrário, é obrigatório que os professores que inicia desde que uma criança ingressa na
do Ensino Médio conheçam os seus mecanis- Educação Infantil.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 59
Considerações Finais
Após um trabalho intenso, que mobilizou a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus
especialistas na área, professores e técnicos, elaboradores foram preparados, por meio de
vê-se concluída a Proposta Curricular para seminários, oficinas e de discussões nos gru-
o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um pos que se organizaram, para concretizar os
anseio da comunidade educacional, da qual objetivos definidos.
se espera uma boa receptividade. Inclusive, A Proposta consta de treze Componentes
espera-se que ela exponha com clareza as Curriculares. Todos eles são vistos de forma
ideias, a filosofia que moveu os seus autores. que os professores tenham em suas mãos os
Ela propõe-se a seguir as novas orienta- objetos de conhecimento, assim como uma
ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-
da Educação brasileira, daí que ela tem no seu zando a interdisciplinaridade, a transversalida-
cerne o educando, ao mesmo tempo em que de, contextualizando os conhecimentos e os
visa envolver a comunidade, dotando de sig- referenciais sociais e culturais.
nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers- E, ainda, ela pretendeu dar respostas às
pectiva da Educação brasileira, que evidencia determinações da LDB que requer um ho-
a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu mem-cidadão, capaz de uma vida plena em
que as leis, as propostas em curso para a Edu- sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a
cação brasileira fossem reconsideradas. tentativa, via Proposta Curricular do Ensino
Durante o período da sua elaboração, mui- Médio, de concretizá-la, a Proposta sustenta-
tas coisas se modificaram, muitos congressos -se na aquisição e no desenvolvimento de
e debates foram realizados e todos mostra- Competências e Habilidades.
ram que, nesse momento, nada é seguro, É assim que esta Proposta chega ao Ensino
que, quando se trata de Educação, o campo Médio, como resultado de um grande esforço,
é sempre complexo, inconstante, o que nos da atenção e do respeito ao país, aos profes-
estimula a procurar um caminho que nos per- sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-
mita realizar de forma consequente e segura dos e à comunidade em geral.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 61
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO PARA A REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS
Coordenação Pedagógica
Lafranckia Saraiva Paz
Neiza Teixeira
Consultoria Pedagógica
Evandro Ghedin
HELOISA DA SILVA BORGES
Assessoria Pedagógica
Maria Goreth Gadelha de Aragão
PROFESSORES COLABORADORES