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FÍSICA
Governador do Estado do Amazonas
Omar Aziz
Secretária-Executiva
Sirlei Alves Ferreira Henrique
Secretária-Adjunta da Capital
Ana Maria da Silva Falcão
Secretária-Adjunta do Interior
Magaly Portela Régis
Secretaria de Estado de
Educação e Qualidade do Ensino
Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012
Editor
Isaac Maciel
Coordenação editorial
Tenório Telles
Diagramação
Suellen Freitas
Revisão
Núcleo de Editoração Valer
Normalização
Ycaro Verçosa
80 p.
ISBN 978-85-87707-45-1
CDD 372.89
22 Ed.
2012
Carta ao Professor 9
Introdução 13
Considerações Finais 73
Referências 75
FÍSICA 7
Omar Aziz
Governador do
Estado do Amazonas
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
8 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 9
CARTA AO PROFESSOR
Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
Cecília Meireles
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
10 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
cesso, novas respostas, novas atitudes e novos de e atenção com a formação educacional dos
procedimentos de ensino. Dessa forma, com nossos educandos.
compromisso, entusiasmo e consciência de
nosso papel como educadores, ajudaremos a Temos consciência do desafio que temos
construir uma nova realidade educacional em pela frente e entendemos que este é o primeiro
nosso Estado, fundada na certeza de que o co- passo de uma longa jornada, que dependerá da
nhecimento liberta, enriquece a vida dos indi- participação construtiva, não só dos professo-
víduos e contribui para a construção de uma res, corpo técnico e educandos, mas também
consciência cidadã. dos pais, agentes públicos e da sociedade.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 11
PROPOSTA CURRICULAR
DE FÍSICA PARA O
ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 13
INTRODUÇÃO
A Proposta que chega ao Ensino Médio sur- LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem
giu das necessidades que se verificam não só cidadão, com capacidades para seguir os es-
no campo educacional, mas também nas de- tudos em um Nível Superior ou que seja capaz
mais áreas do saber e dos segmentos sociais. de inserir-se, com capacidades concretas, no
Dito por outras palavras, a vertiginosidade com mundo do trabalho.
que as mudanças ocorrem, inclusive situando- Mas para que esse homem-cidadão possa
nos em um novo tempo, cognominado pelos ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa
filósofos como pós-modernidade, é o que nos conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa
obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins- ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-
taurar-se, como se faz necessário, novos. tirá para a construção da sua identidade, da
A mudança, na qual somos agentes e pa- sua região, do seu local de origem. Somente
cientes, não só desestabiliza a permanência após a sua inserção na realidade, com suas
do homem no mundo como também requer emoções, afetos e sentimentos outros, é que
novas bases, o que implica novos exercícios ele poderá compreender o seu entorno em
do pensamento. Considerando que é na Esco- uma projeção, compreendendo as suas des-
la, desde a educação infantil, que também se continuidades mais ampliadas, ou seja: so-
estabelecem os princípios e valores que nor- mente assim ele poderá ser e estar no mundo.
tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, As situações referidas são as norteadoras
as novas preocupações se dirigem. desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-
É nesse contexto que esta Proposta se ins- disciplinaridade, a Localização do sujeito no
creve. É em meio a essas inquietantes angús- seu mundo, a Formação, no que for possível,
tias e no encontro com inúmeros caminhos, os integral do indivíduo e a Construção da cida-
quais não possuem inscrições, afirmando ou dania. É, portanto, no contexto do novo, do
não o nível de segurança, que ela busca insti- necessário que ela se organizou, que ela mo-
tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de bilizou a atenção e a preocupação de todos os
que o saber perdurará, de que o homem conti- que, nela, se envolveram.
nuará a produzir outros/novos conhecimentos. Para finalizar, é opinião comum dos cida-
As palavras acima se sustentam na ideia de dãos, que pensam sobre a realidade e fazem
que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru- a sua leitura ou interpretação, que o momen-
ção, projetando-se para o campo da garantia, to é de transição. Essa afirmação é plena de
da permanência, da continuidade do conheci- significados e de exigências, inclusive corre-se
mento do homem e do mundo. o risco maior de não se compreender o que
Os caminhos indicadores para a redefini- é essencial. É assim que o passado se funde
ção das funções da Escola seguem, a nosso com o presente, o antigo se funde com o novo,
ver, a direção que é sugerida. É por isso que criando uma dialética essencial à progessão
a Escola e o produto por ela gerado – o Co- da História. A Proposta Curricular do Ensino
nhecimento – instituem um saber fundado Médio, de 2011, resguarda esse movimento e
em Competências e Habilidades, seguindo a o aceita como uma necessidade histórica.
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FÍSICA 15
A educação brasileira, nos últimos anos, Ensino Médio desenvolveu ações educacio-
perpassa por transformações educacionais nais para fundamentar as discussões acerca
decorrentes das novas exigências sociais, do currículo vigente.
culturais, políticas e econômicas vigentes no Os professores da Rede Estadual de Ensino
país, resultantes do processo de globalização. Médio receberam orientações, por meio de
Considerando esta nova reconfiguração mun- palestras e de uma jornada pedagógica, que
dial e visando realizar a função formadora da proporcionaram aos professores reflexões so-
escola de explicar, justificar e de transformar bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-
a realidade, a educação busca oferecer ao tos norteadores do currículo e principalmente
educando maior autonomia intelectual, uma sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-
ampliação de conhecimento e de acesso a in- candos precisam apreender para aprender?
formações numa perspectiva integradora do Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como
educando com o meio. subsídios, os documentos existentes na Secre-
No contexto educacional de mudanças re- taria de Educação, norteados pela Proposta
lativas à educação como um todo e ao Ensino Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN,
Médio especificamente a reorganização curri- pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As
cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária discussões versaram sobre os Componentes
em prol de oferecer novos procedimentos que Curriculares constantes na Matriz Curricular
promovam uma aprendizagem significativa e do Ensino Médio, bem como sobre as refle-
que estimulem a permanência do educando xões acerca da prática pedagógica e do papel
na escola, assegurando a redução da evasão intencional do planejamento e da execução
escolar, da distorção idade/série, como tam- das ações educativas.
bém a degradação social desse cidadão. Os resultados colhidos nessas discussões
A ação política educacional de Reestrutu- estimularam a equipe a elaborar uma versão
ração da Proposta Curricular do Ensino Médio atualizada e ampliada da Proposta Curricular
foi consubstanciada nos enfoques educacio- do Ensino Médio, contemplando em um só
nais que articulam o cenário mundial, bra- documento as orientações que servirão como
sileiro e local, no intuito de refletir sobre os referência para as ações educativas dos profis-
diversos caminhos curriculares percorridos na sionais das quatro Áreas do Conhecimento.
formação do educando da Rede Estadual de Foi a partir dessa premissa que se perce-
Ensino Médio. beu a necessidade de refletir acerca do Currí-
Dessa forma, a fim de assegurar a cons- culo, da organização curricular, dos espaços e
trução democrática e a participação dos pro- dos tempos para que, dessa maneira, fossem
fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, privilegiados, como destaques:
na Reestruturação do Currículo, a Gerência de
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16 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
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DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 17
Para que se chegasse a essa fundamen- gerais, e colegial, com duração de três anos,
tação pedagógica, filosófica, sociológica da que oferecia os cursos Clássico e Científico.
educação, foram concebidas e aperfeiçoadas O cenário político brasileiro de 1964,
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Na- que culminou no golpe de Estado, determi-
cional. No contexto legislativo-educacional, nou novas orientações para a política edu-
destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e cacional do país. Foram estabelecidos novos
9.394/96 que instituíram bases legais para a acordos entre o Brasil e os Estados Unidos da
educação brasileira como normas estrutura- América, dentre eles o MEC-Usaid. Constava,
doras da Educação Nacional. no referido acordo, que o Brasil receberia re-
Todavia, o quadro da educação brasileira cursos para implantar uma nova reforma que
nem sempre esteve consolidado, pois antes atendesse aos interesses políticos mundiais,
da formulação e da homologação das Leis objetivando vincular o sistema educacional
de Diretrizes e Bases, a educação não era o ao modelo econômico imposto pela política
foco das políticas públicas nacionais, visto norte-americana para a América Latina (ARA-
que não constava como uma das principais NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-
incumbências do Estado garantir escola pú- nificativas para o país, ocasionadas pela nova
blica aos cidadãos. conjuntura política mundial, que é promulga-
O acesso ao conhecimento sistemático, da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada
oferecido em instituições educacionais, era no contexto de um regime totalitário, portan-
privilégio daqueles que podiam ingressar em to contrário às aspirações democráticas emer-
escolas particulares, tradicionalmente reli- gentes naquele período.
giosas de linha católica que, buscando seus Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-
interesses, defendiam o conservadorismo sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório.
educacional, criticando a ideia do Estado em Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no
estabelecer um ensino laico. modelo empresarial, o que leva a educação a
Somente com a Constituição de 1946, o adequar-se às exigências da sociedade indus-
Estado voltou a ser agente principal da ação trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-
educativa. A lei orgânica da Educação Primá- seriu no sistema do capitalismo internacional,
ria, do referido ano, legitimou a obrigação do ganhando, em contrapartida, a abertura para
Estado com a educação (Barbosa, 2008). Em o seu crescimento econômico. A implantação
meio a esse processo, e após inúmeras reivin- generalizada da habilitação profissional trou-
dicações dos pioneiros da Educação Nova e xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino
dos intensos debates que tiveram como pano público, a perda da identidade que o 2.o grau
de fundo o anteprojeto da Lei de Diretrizes passará a ter, seja propedêutica para o Ensino
e Bases, é homologada a primeira LDB, nº Superior, seja a de terminalidade profissional
4.024/61, que levou treze anos para se con- (Parecer CEB 5/2011). A obrigatoriedade do
solidar, entrando em vigor já ultrapassada e ensino profissionalizante tornou-se faculta-
mantendo em sua estrutura a educação de tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os
grau médio: ginasial, com duração de quatro dispositivos que tratam do referido ensino, no
anos, destinada a fundamentos educacionais 2.o grau.
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18 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
Pode-se dizer que o avanço educacional do rização dos Profissionais da Educação – Fun-
país estabeleceu-se com a Lei de Diretrizes e deb, que oferece subsídios a todos os níveis
Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou da educação, inclusive ao Ensino Médio.
a estrutura do sistema educacional brasileiro Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-
Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu- parar o educando para a continuidade dos es-
cação, dever da família e do Estado, inspira- tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-
da nos princípios de liberdade e nos ideais de dadania, primando por uma educação escolar
solidariedade humana, tem por finalidade o fundamentada na ética e nos valores de liber-
pleno desenvolvimento do educando, seu pre- dade, justiça social, pluralidade, solidariedade
paro para o exercício da cidadania e sua qua- e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-
lificação para o trabalho. pracitada acompanham as grandes mudanças
Essa Lei confere legalidade à condição do sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola
Ensino Médio como parte integrante da Edu- uma postura educacional responsável, capaz
cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os de forjar homens, não somente preparados
princípios norteadores desse nível de ensino: para integrar-se socialmente, como também
de promover o bem comum, concretizando a
O Ensino Médio, etapa final da educação afirmação do homem-cidadão.
básica, com duração mínima de três anos, Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases
terá como finalidades: I – a consolidação e da Educação, apresentam-se as Diretrizes
o aprofundamento dos conhecimentos ad- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
quiridos no Ensino Fundamental, possibili- (Parecer CEB 5/2011), que tem como pres-
tando o prosseguimento de estudos; II – a supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência,
preparação básica para o trabalho e a cida- Tecnologia e Cultura.
dania do educando, para continuar apren- Quando se pensa em uma definição para
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar o conceito Trabalho, não se pode deixar de
com flexibilidade a novas condições de ocu- abordar a sua condição ontológica, pois essa é
pação ou aperfeiçoamento posteriores; III – condição imprescindível para a humanização
o aprimoramento do educando como pes- do homem. É por meio dele que se instaura o
soa humana, incluindo a formação ética e o processo cultural, ou seja, é no momento em
desenvolvimento da autonomia intelectual que o homem age sobre a natureza, transfor-
e do pensamento crítico; IV – a compreen- mando-a, que ele se constitui como um ser
são dos fundamentos científico-tecnológi- cultural. Portanto, o Trabalho não pode ser
cos dos processos produtivos, relacionando desvinculado da Cultura, pois estes se com-
a teoria com a prática, no ensino de cada portam como faces da mesma moeda. Sinte-
disciplina. tizando, pode-se dizer que o homem produz
sua realidade, apropria-se dela e a transfor
Com a incorporação do Ensino Médio à ma, somente porque o Trabalho é uma con-
Educação Básica, entra em vigor, a partir do dição humana/ontológica e a Cultura é o re-
ano de 2007, o Fundo de Manutenção e De- sultado da ação que possibilita ao homem ser
senvolvimento da Educação Básica e de Valo- homem.
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FÍSICA 19
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FÍSICA 21
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FÍSICA 23
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24 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
dados em sala de aula. Portanto, são esses ele- Os caminhos na busca da Interdisciplina-
mentos que dão unidade ao desenvolvimento ridade devem ser percorridos pela equipe
dos diferentes Componentes Curriculares, e docente de cada unidade escolar. O ponto de
não a associação dos mesmos em torno de te- partida é determinado pelos problemas esco-
mas supostamente comuns a todos eles. lares compartilhados pelos professores e por
Esta Proposta é expressiva porque ela pro- sua experiência pedagógica. O destino é de-
move a mobilização da comunidade escolar terminado pelos objetivos educacionais, ou
em torno de objetivos educacionais mais am- melhor, pelo projeto político pedagógico da
plos, que estão acima de quaisquer conteúdos, escola. A Interdisciplinaridade, nesse sentido,
porém sem descaracterizar os Componentes assume como elemento ou eixo de integração
Curriculares ou romper com os mesmos. Sua a prática docente comum voltada para o de-
prática na escola cria, acima de tudo, a possi- senvolvimento de Competências e Habilida-
bilidade do “encontro”, da “partilha”, da coo- des comuns nos educandos.
peração e do diálogo e, por isso, traz-se nesta No que diz respeito à Competência, cabe
Proposta a perspectiva da Interdisciplinarida- dizer que numa sociedade em que o conhe-
de como ação conjunta dos professores. cimento transformou-se no principal fator
Ivani Fazenda (1994, p. 82) fortalece essa de produção, um dos conceitos que transita
ideia, quando fala das atitudes de um “profes- entre o universo da economia e da educação
sor interdisciplinar”: é o termo “competência”. A ideia de compe-
tência surge na economia como a capacidade
Entendemos por atitude interdisciplinar de transformar uma tecnologia conhecida em
uma atitude diante de alternativas para um produto atraente para os consumidores.
conhecer mais e melhor; atitude de espera No contexto educacional, o conceito de com-
ante os atos consumados, atitude de reci- petência é mais abrangente. No documento
procidade que impele à troca, que impele básico do Enem, as competências são associa-
ao diálogo – ao diálogo com pares idênti- das às modalidades estruturais da inteligên-
cos, com pares anônimos ou consigo mes- cia ou às ações e às operações que utilizamos
mo – atitude de humildade diante da limi- para estabelecer relações com e entre obje-
tação do próprio saber, atitude de perple- tos, situações, fenômenos e pessoas.
xidade ante a possibilidade de desvendar Para entendermos o que se pretende, é
novos saberes, atitude de desafio – desafio necessário dizer que o ensino fundado em
perante o novo, desafio em redimensio- Competências tem as suas bases nos vários
nar o velho – atitude de envolvimento e documentos elaborados, a partir das discus-
comprometimento com os projetos e com sões mundiais e nacionais sobre educação,
as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, dentre eles a Conferência Mundial de Edu-
de compromisso em construir sempre, da cação Para Todos, realizada na Tailândia, em
melhor forma possível, atitude de respon- 1990, os “Pilares da Educação para o Século
sabilidade, mas, sobretudo, de alegria, de XXI”1: aprender a conhecer, a fazer, a viver, a
revelação, de encontro, de vida.
1 Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques
Delors. O Relatório está publicado em forma de livro no
Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a Descobrir (São
Paulo: Cortez Editora, Unesco, MEC, 1999).
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DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 25
ser; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais – • Localizar, acessar e usar melhor a infor-
Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es- mação acumulada;
ses documentos enfatizam a necessidade de • Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
centrar o ensino e a aprendizagem no desen-
volvimento de Competências e de Habilidades Concebe-se que uma pessoa é competen-
por parte do educando, em lugar de centrá-lo, te quando tem os recursos para realizar bem
apenas, no conteúdo conceitual. uma determinada tarefa, ou seja, para resol-
Como se pode comprovar, tanto o Ensino ver uma situação complexa. O sujeito está ca-
Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra- pacitado para tal quando tem disponíveis os
dição conteudista. Na hora de falar de Com- recursos necessários para serem mobilizados,
petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. com vistas a resolver os desafios na hora em
Não estamos conseguindo separar a ideia de que eles se apresentam. Nesse sentido, educar
Competência da ideia de Conteúdos, porque a para Competências é, então, ajudar o sujeito
escola traz para os educandos respostas para a adquirir as condições e/ou recursos que de-
perguntas que eles não fizeram: o resultado é o verão ser mobilizados para resolver situações
desinteresse. As perguntas são mais importan- complexas. Assim, educar alguém para ser um
tes do que as respostas, por isso o enfoque das pianista competente é criar as condições para
Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos concei- que ele adquira os conhecimentos, as habili-
tuais, atitudinais e procedimentais, o que con- dades, as linguagens, os valores culturais e os
verge para a efetivação dos pilares da Educa- emocionais relacionados à atividade específica
ção para o século XXI. Todavia, é hora de fazer de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).
e de construir perspectivas novas. Assim, todos Os termos Competências e Habilidades,
nós somos chamados a refletir e a entender o por vezes, se confundem; porém fica mais fá-
que é um ensino que tem como uma das suas cil compreendê-los se a Competência for vista
bases as Competências e Habilidades. como constituída de várias Habilidades. Mas
O Ministério da Educação determina as uma Habilidade não “pertence” a determina-
competências essenciais a serem desenvolvi- da Competência, uma vez que a mesma Ha-
das pelos educandos do Ensino Fundamental bilidade pode contribuir para Competências
e Médio: diferentes. É a prática de certas Habilidades
que forma a Competência. A Competência é
• Dominar leitura/escrita e outras lingua- algo construído e pressupõe a ação intencio-
gens; nal do professor.
• Fazer cálculos e resolver problemas; Para finalizar, convém dizer que esta Pro-
• Analisar, sintetizar e interpretar dados, posta caminha lado a lado com as necessida-
fatos, situações; des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-
• Compreender o seu entorno social e cas e políticas do país, que não deixam de ser
atuar sobre ele; as do mundo global. Assim sendo, é interesse
• Receber criticamente os meios de co- dos educadores preparar a juventude amazo-
municação; nense para enfrentar os desafios que se apre-
sentam no século XXI, daí ao conhecimento
fundado em Competências e Habilidades.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 27
PROPOSTA CURRICULAR
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28 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
rando sua complexidade. Por isso, a Física, Para o Ensino Médio do Estado do Amazo-
por exemplo, pode ser expressa em forma de nas, pensou-se em organizar os Componentes
poema, e a Biologia, que trata da vida dos se- Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-
res, pode ser expressa em forma de música. teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-
Somente assim o homem poderá falar de um derar as questões de cunho filosófico, psicoló-
homem mais humano, em uma perspectiva gico, por exemplo, que as mesmas implicam,
total, integradora. expressas pelo Ministério da Educação, consi-
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, derando a autonomia das instituições escola-
em que se encontra também a Filosofia, con- res e a aprendizagem dos educandos de modo
templam-se consciências críticas e criativas, efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio
com condições de responder de modo ade- de temas, os quais comportam uma bagagem
quado a problemas atuais e a situações novas, de assuntos a serem trabalhados pelos profes-
destacando-se a extensão da cidadania, o uso sores, conforme as especificidades necessárias
e a produção histórica dos direitos e deveres para cada nível de ensino. As Competências e
do cidadão e, ainda, considerando o outro em Habilidades expressam o trabalho a ser pro-
cada decisão e atitude. O importante é que o posto pelo professor quanto ao que é funda-
educando compreenda a sociedade em que mental para a promoção de um educando mais
vive, como construção humana, entendida preparado para atuar na sociedade. E os pro-
como um processo contínuo. Não poderia dei- cedimentos metodológicos, como sugestões,
xar de ser mais problemática a área de Ciên- auxiliam o professor nas atividades a serem
cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten- experienciadas pelos educandos, ressaltando-
do o homem como seu objeto, ela traz para se que se trata de um encaminhamento que
si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem norteará a elaboração de um Planejamento
é o homem? Quem é este ser tão complexo Estratégico Escolar.
e enigmático? Estas são questões propostas Ressalta-se, também, que foram acrescen-
pela própria Área de Conhecimento de Ciên- tadas alternativas metodológicas para o ensi-
cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho- no dos Componentes Curriculares constantes
mem existe e é por isso que ela exige a forma- do Ensino Médio, no intuito de concretizar
ção e a atenção de profissionais competentes. esta Proposta, além de propiciar ao profes-
Considerando-se toda a problemática que a sor ferramentas com as quais poderá contar
envolve é que a atenção sobre a mesma é re- como um recurso a mais no encaminhamento
dobrada e que os cuidados são mais exigidos. de seu trabalho em sala de aula.
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1
O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR
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34 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
1ª Série
Objetivos Específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Conceitos básicos da mecânica celeste
1 º. BIMESTRE
através das unidades de medida área, volume, massa e tempo;
expressas em objetos da • Relacionando os conceitos de repouso, movimento,
produção moderna; trajetória, ponto material e corpo extenso, com a
concepção de referencial ou sistema de referência;
• Analisando, criticamente, o conceito de ponto
material;
• Destacando, por meio de experimentos, as
propriedades gerais da matéria, enfatizando massa,
inércia, expansibilidade e ponderabilidade;
• Classificando as forças quanto à natureza, à forma de
interação e aos tipos;
• Observando, in loco, os princípios de conservação da
energia e do movimento.
FÍSICA
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PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender as Leis • Associar as Leis de Newton, O início – Big Bang • Elaborando situações experimentais relacionadas à
de Newton enquanto enquanto conhecimento • Unidades: Grandezas Mecânica Celeste;
fundamento teórico estruturante na compreensão fundamentais, derivadas, • Analisando textos que possibilitem uma nova
para o entendimento dos fenômenos relacionados à nomenclatura científica e análise concepção da Mecânica;
da Mecânica Celeste. mecânica, em seu cotidiano; dimensional • Elaborando e analisando vídeos de experimentos,
• Vislumbrar a dinâmica do • Medida de uma grandeza seguindo o método de investigação científica;
Universo, assim como a própria (incerteza absoluta e percentual)
localização existencial no tempo • Aplicando o método de resolução de problemas de
e erros George Polya;
e no espaço;
• As Leis de Newton • Discutindo sobre conceitos, métodos e atitudes;
• Identificar a matéria, o espaço,
o tempo e a energia enquanto • Discutindo os conceitos fundamentais da Mecânica,
constituintes primordiais na partindo de problemas que direcionam a formulação
estrutura do Universo. dos princípios gerais e estruturantes da Física;
1 º. BIMESTRE
• Dialogando sobre o que é Ciência e o que é o senso
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
comum;
• Analisando as Leis de Newton de forma qualitativa,
utilizando exemplos do cotidiano;
• Justificando as Leis de Newton, por meio de
atividades experimentais que demonstrem a relação
de proporcionalidade entre as grandezas físicas,
de acordo com as expressões matemáticas que as
envolvem;
• Destacando experimentos, na história da Mecânica,
como o plano inclinado de Galileu (experimento alfa);
• Criticando as Leis Físicas (Leis de Newton),
comentando sobre seus regimes de validez.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Entender o contexto • Identificar a Lei da Os Princípios Matemáticos da • Verificando as Leis de Keppler por meio da observação do
histórico quanto aos Gravitação válida para Filosofia Natural movimento dos corpos celestes;
modelos planetários todo o cosmo; • As Leis de Keppler: Leis das • Relacionando as funções do movimento com as expressões
e os conceitos que os • Interpretar esquemas elipses, áreas e períodos matemáticas das Leis de Newton;
sustentam; planetários • A Lei da Gravitação Universal: • Relacionado os conceitos de repouso, movimento,
• Compreender e dimensionalmente gravidade da Terra Normal, trajetória, ponto material e corpo extenso, com a
identificar as Leis de coerentes com a visão gravidade de outros corpos, concepção de referencial ou sistema de referência;
Keppler; científica; centro de massa e centro de • Representando graficamente o movimento dos corpos com
• Identificar as relações/ gravidade os conceitos da cinemática e da dinâmica;
proporções matemáticas
entre as grandezas que • Redigindo os valores numéricos, obedecendo às regras de
são expressas nas Leis de arredondamento e notação científica;
Keppler e de Newton; • Realizando estimativas de situações análogas ao conteúdo
2º. BIMESTRE
• Expressar corretamente em foco;
as unidades de medida, • Manipulando as grandezas físicas, diferenciando-as de
utilizando a linguagem vetoriais e de escalares, e fundamentais de derivadas, por
Física adequada; meio de exemplos;
• Compreender as • Reproduzindo, com materiais alternativos, os experimentos
unidades astronômicas, e os padrões de massa e comprimento.
diferenciando as de
comprimento com as de
tempo;
• Entender os estados de
equilíbrio dos corpos por
meio da Primeira Lei de
Newton.
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
37
38
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender a Lei da • Compreender o conceito Referencial ou sistema de • Contextualizando, historicamente, a importância dos
Gravitação Universal, de inércia, associando-a referência padrões para o conhecimento físico;
proposta por Newton; ao conceito de massa; • Repouso, M.U e MRU • Convertendo unidades de medida de comprimento, área,
• Compreender a • Relacionar a dinâmica do (descrição do movimento com volume, massa e tempo;
tendência natural da Universo com a Primeira as funções e gráficos) • Analisando, criticamente, a concepção abstrata sobre o
matéria com relação Lei de Newton; • Efeito estático da força: a conceito de ponto material;
ao seu estado de • Descrever, por meio deformação (Lei de Hooke)
movimento, de acordo • Adotando tarefas significativas para o aprendizado de
da cinemática, o • Efeito dinâmico da força: a conceitos, métodos e atitudes;
com a propriedade da comportamento dos
inércia. aceleração (2ª Lei de Newton) • Analisando conceitos da Mecânica, partindo de um
corpos considerando suas
funções; • Referencial ou Sistema de problema instigador;
Referência • Apresentando críticas às Leis Físicas (Leis de Newton),
• Associar a descrição
do movimento com as comentando os seus regimes de validez, ou seja,
causas; apresentando situações que as Leis de Newton já não
2º. BIMESTRE
podem explicar.
• Elaborar e interpretar
gráficos relacionados ao
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
3º. BIMESTRE
movimento • Interpretar os gráficos e a aceleração vem de forma dedutiva. Uma sugestão procedimental
curvilíneo, de forma discursiva, média utilizar uma corda para deduzir o comprimento da circunferência,
assim como as relacionando com as leis aproveitando a ocasião para explicar o conceito do
razões que o físicas;
levam a realizar • Descrevendo seu movimento a partir do conceito de velocidade média e
• Utilizar as propriedades deduzir as principais funções horárias. Pode ser feito isso por meio da análise
sua trajetória matemáticas dos gráficos
seja circular ou dos gráficos;
para resolver de forma mais
parabólica. prática os exercícios; • Solicitando a interpretação do gráfico através de palavras, relacionado com
as grandezas físicas e teorias, estimulando a argumentação dos alunos nesse
• Compreender que os processo;
movimentos curvilíneos
estão em um estado de • Identificando os conceitos físicos relacionados com as propriedades
desequilíbrio devido a matemáticas do gráfico, e assim, utilizar os mecanismos práticos dessas
existência da aceleração propriedades para a resolução dos problemas;
centrípeta. • Conceituando a aceleração centrípeta como razão para o estado de
desequilíbrio ao fazer variar vetorialmente a velocidade, assim demonstrar
matematicamente sua relação com o quadrado da velocidade instantânea e o
inverso do raio de curvatura.
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
39
40
DO ENSINO MÉDIO
• Compreender a hidros- • Identificar as grandezas • A Mecânica dos Fluidos • Classificando as forças quanto à natureza, à
tática e a hidrodinâmica físicas relacionando-as; forma de interação e aos tipos;
PROPOSTA CURRICULAR
• Hidrostática: Conceito de Pressão
enquanto essências para • Utilizar os valores numéricos e Densidade; Pressão atmosférica • Observando, in loco, os princípios de conserva-
o conhecimento dos fenô- de forma compreensível e Normal ção da energia e do movimento;
menos naturais e para coerente;
resolução dos problemas • Conceito de empuxo e Princípio de • Elaborando e analisando vídeos de experi-
do cotidiano. • Interpretar esquemas, tabe- Arquimedes (Enunciado e aplicações mentos, seguindo o método de investigação
las e gráficos; no cotidiano) científica;
• Expressar corretamente • Princípio de Pascal (Enunciado e • Realizando tarefas que conduzam ao aprendiza-
as unidades de medida, aplicações no cotidiano – elevador do de conceitos, métodos e atitudes;
utilizando a linguagem Física hidráulico) • Abordando os conceitos da mecânica, partindo
adequada; • Hidrodinâmica: Linhas de corrente; de um problema instigador;
4º. BIMESTRE
• Distinguir as grandezas físicas Equação da continuidade e equação • Analisando os princípios de Arquimedes;
através das unidades de de Bernoulli
medida expressas em objetos • Aplicando o princípio de Arquimedes a situações
da produção moderna; do cotidiano;
2ª Série
FÍSICA 41
2ª Série
Objetivos Específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
42
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: TERMOLOGIA, ONDULATÓRIA E ÓPTICA
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender os processos, • Relacionar, no cotidiano, os Introdução à Física Térmica: • Conceituando as grandezas físicas da ter-
estruturas e atividades dos fenômenos pertencentes aos Conceitos Básicos da Termologia, mologia, por meio das unidades de medidas
fenômenos relacionados com a diversos campos da Física Bases Teóricas da Termodinâmica envolvidas;
Física Térmica; Térmica e sua aplicação na Clássica e a Investigação dos Fenô- • Observando, por meio de simulações, os
• Conhecer o Modelo Cinético- produção tecnológica; menos Térmicos I modelos microscópicos, correlacionando-os
Molecular e as Leis da Ter- • Distinguir os conceitos de com o conhecimento macroscópico;
modinâmica enquanto teorias temperatura, calor e energia • Temperatura • Identificando, em textos, as grandezas físicas
estruturantes para a desmistifi- térmica; • Energia térmica da termologia;
cação da Física Térmica. • Entender os processos • Calor • Conceituando temperatura, por meio da
termodinâmicos, de acordo • Pressão compreensão sobre agitação térmica, energia
com os princípios de conser- térmica e equilíbrio térmico;
vação da energia; • Volume
• Relacionando às escalas termométricas,
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
1 º. BIMESTRE
bi e tridimensional, a partir • As Leis da Termodinâmica: 1) Lei • Analisando, por meio das equações, dos
da dedução matemática da zero da Termodinâmica gráficos e dos esquemas os conceitos físicos
lei da dilatação linear. • 1ª Lei da Termodinâmica relacionados à dilatação térmica de sólidos e
• 2ª Lei da Termodinâmica líquidos;
• Dilatação térmica de sólidos e de • Deduzindo, por meio de atividades ex-
líquidos perimentais investigativas, análise gráfica e
análise dimensional, as equações/relações
entre as grandezas;
• Comentando sobre o regime de validez do
modelo cinético-molecular, suas vantagens e
desvantagens;
• Identificando as leis e os princípios que re-
gem os fenômenos, a partir da interpretação
das equações.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Apropriar-se de conheci- · Avaliar temperaturas a partir de A Investigação dos · Verificando, por meio de atividades
mentos da Física para, em experimentais, os processos de mudança de
propriedades térmicas; Fenômenos Térmicos II
situações-problema, interpre-
· Utilizar leis físicas para fases e de variação de temperatura, para que se
tar os fenômenos térmicos
científico-tecnológicos. interpretar processos naturais · Calorimetria visualizem os tipos de calor;
ou tecnológicos inseridos no · Transmissão do calor · Explicando, por meio de esquemas e desenhos,
contexto da termodinâmica e ou · Estudo dos gases a Lei Geral das Trocas de Calor, valorizando o
do eletromagnetismo; · Máquina térmica e princípio da conservação de energia;
· Reconhecer os diversos processos refrigeradores · Explicando o princípio de funcionamento do
térmicos presentes em ciclos calorímetro;
atmosféricos e fatores diversos · Demonstrando, por meio de situações análogas, a
que influenciam a determinação importância do conceito de equivalente em água;
do clima. · Construindo, com os educandos, as curvas de
aquecimento e de resfriamento, identificando e
discutindo os processos térmicos envolvidos;
· Interpretando a eficiência de máquinas, por meio
2 º. BIMESTRE
da leitura das especificações infográficas;
· Diferençando os processos de transmissão
do calor (Condução, Convecção e Irradiação
Térmica), utilizando experimentos, ou elaborando
vídeos;
· Definindo, por meio da equação de Clayperon, o
estado de um gás;
· Analisando, graficamente, a Lei Geral dos Gases
Perfeitos, de forma a visualizar e diferençar as
transformações gasosas isotérmicas, isométricas,
isobáricas e adiabáticas;
· Exemplificando o funcionamento das máquinas
(carro, eletrodomésticos etc.), conforme as leis da
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
43
44
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
· Distinguir, em situações · Entender as ondas como Ondulatória: A compreensão · Observando o movimento de um pedaço de isopor,
reais, os diversos tipos de entidade física capaz de das ondas que nos cercam causado por uma perturbação que se propaga na
fenômenos ondulatórios; propagar a energia sem superfície de um lago ou, por exemplo, um reserva-
· Compreender as causas transportar a matéria; · Tipos e classificação de tório com água;
e os efeitos relacionados · Reconhecer que ondas me- ondas · Observando o chamado de um celular no interior de
aos fenômenos ondulató- cânicas necessitam de meio · Principais fenômenos: Re- um recipiente com ar ou com pouco ar;
rios nas diversas áreas do material para se propagar. flexão, refração, absorção e · Estudando o som produzido por um celular em um
conhecimento; difração e interferência recipiente com ar, como onda mecânica, emitida por
· Entender o fenômeno · Ondas sonoras ondas eletromagnéticas;
ondulatório enquanto · O efeito Doppler · Medindo o comprimento de onda, frequência e
entidade onipresente no · Os fundamentos da fonação amplitude, a partir da observação de ondas estacio-
Universo. e audição nárias produzidas pela vibração uniforme de cordas;
· O fenômeno ondulatório na · Deduzindo matematicamente a equação de Taylor;
natureza · Relacionando a velocidade de propagação de ondas
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
3º. BIMESTRE
mecânicas com a densidade, utilizando uma única
corda, com duas densidades, sendo pulsionadas em
uma de suas extremidades;
· Relacionando a velocidade de propagação de ondas
mecânicas com a temperatura do ambiente, com
situações análogas do cotidiano;
· Demonstrando a interferência de ondas, utilizando
a vibração de pulsos com diferentes fases em uma
corda;
· Relacionando, por meio de exemplos do cotidiano,
o conhecimento ondulatório com os fenômenos
eletromagnéticos, e também com os processos
químico-biológicos.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
· Apropriar-se de conhecimentos · Interpretar a luz como Óptica: Uma análise geral · Reconhecendo a luz como onda, por meio da
ópticos para, em situações-problema, radiação eletromagnética, sobre o comportamento difração verificada no experimento das fendas
planejar intervenções científico- relacionando com o da luz duplas de Young;
tecnológicas; conceito de cor e de · Organizando um concurso de fotografias com o
· Compreender os princípios gerais da frequência; Fundamentos teóricos da tema “pôr do sol”;
propagação da luz; · Entender o comportamento Óptica Física · Demonstrando os princípios de propagação da
· Entender os fenômenos ópticos em da luz como um dos · Princípios de Óptica luz, por meio de uma atividade experimental, “à
diferentes contextos; princípios da Teoria da Geométrica câmara escura”;
· Compreender fenômenos decorrentes Relatividade; · Fenômenos ópticos · Lendo e discutindo textos sobre “Sol e energia no
da interação entre a radiação e a · Conhecer os vários tipos de terceiro milênio”;
· Espelhos planos e
matéria em suas manifestações, em fenômenos para determinar · Reconhecendo, através de mídias ou de
esféricos
4º. BIMESTRE
processos naturais ou tecnológicos, a sua origem. analogias, a velocidade da luz no vácuo;
ou em suas implicações biológicas, · Tipos de lentes · Ilustrando os fenômenos relacionados a espelhos
sociais, tecnológicas ou ambientais. e lentes, utilizando o banco óptico, ou utilizando
materiais alternativos.
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
45
46 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
3ª Série
Objetivos específicos:
· Reconhecer, qualitativamente, as equações de Maxwel como os pilares teóricos do
eletromagnetismo;
· Apreender os conceitos básicos e estruturantes do conhecimento da eletrostática e da
eletrodinâmica;
· Adquirir uma visão do microcosmo que favoreça a compreensão do comportamento
dos elétrons livres nos metais;
· Aplicar, corretamente, o método de investigação científica nas atividades experimentais;
· Obter a aprendizagem de conceitos, de atitudes e de métodos coerentes da natureza
da ciência física;
· Identificar o regime de validez para as leis físicas e para os modelos teóricos envolvidos.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: ELETRICIDADE E MAGNETISMO – UMA ÚNICA CIÊNCIA
1 º. BIMESTRE
da carga elétrica, quantização da
potencial e força elétrica; carga elétrica Maxwell, por meio de textos ou vídeos;
· Entender de forma · Processos de eletrização: · Apresentando métodos para a resolução de problemas
Contato, atrito e indução, série
correta o conceito de (método de George Polya);
triboelétrica
potência elétrica e · As Equações de Maxwell: · Simulando, virtualmente, experiências relacionadas à
rendimento; Comentários históricos e Lei de Coulomb e do campo elétrico;
· Correlacionar o conceito abordagem teórica qualitativa · Problematizando as atividades experimentais
· A Lei Coulomb e o Campo
de campo magnético e de relacionadas à Lei de Coulomb ou campo elétrico.
Elétrico
corrente elétrica. · Cargas pontuais extensas; linhas
de força e a interação entre
cargas
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
47
48
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
2 º. BIMESTRE
elétricos. mento
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
· Apropriar-se de conheci- · Utilizar leis físicas e/ou químicas para Eletrodinâmica: as maravilhas do · Utilizando as propriedades de associação
mentos da eletrodinâmica interpretar processos naturais ou tec- movimento dos elétrons II de capacitores em série e/ou em paralelo;
para, em situações-pro- nológicos inseridos no contexto da ele- · Capacitância: capacitores; circui- · Demonstrando o funcionamento do
blema, interpretar, avaliar trodinâmica; tos em série; Circuitos em parale- multímetro;
ou planejar intervenções · Dimensionar circuitos ou dispositivos lo; Circuitos mistos · Montando uma associação mista de
científico-tecnológicas. elétricos de uso cotidiano; · Geradores Elétricos: Circuitos em geradores/receptores elétricos;
· Relacionar informações para compre- série; Circuitos em paralelo; Cir- · Ilustrando, por meio do uso de circuitos
ender manuais de instalação ou de cuitos mistos elétricos, o conceito de curto-circuito;
utilização de aparelhos, sistemas tec- · Receptores Elétricos: Circuitos em · Caracterizando, por meio da interpretação
3º. BIMESTRE
nológicos de uso comum; série; Circuitos em paralelo; Circui- dos valores nominais, os aparelhos
· Selecionar testes de controle, parâme- tos mistos elétricos e suas fontes;
tros ou critérios para a comparação de · Interpretando as contas de energia elétrica
materiais e produtos, tendo em vista a consumidas, assim como a leitura nos
defesa do consumidor, a saúde do tra- relógios de luz.
balhador ou a qualidade de vida.
FÍSICA
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
49
50
DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
PROPOSTA CURRICULAR
· Analisar as possibilidades · Dimensionar circuitos ou Magnetismo: dois polos · Interpretando o funcionamento de uma bússola;
de geração, de uso ou de dispositivos elétricos de uso inseparáveis · Experimentando, em laboratório, as leis do
transformação de energia cotidiano; · A força magnética e o eletromagnetismo, com o uso de imãs naturais e
em ambientes específicos, · Associar os conhecimentos campo magnético artificiais;
considerando implicações da Lei de Lenz, da Indução de · Lei de Lenz · Investigando, por meio do uso do movimento de ímãs
éticas, ambientais, sociais Faraday e as relações entre · A Indução de Faraday e o e pequenas lâmpadas, a Lei da Indução de Faraday;
e/ou econômicas; as forças existentes no campo campo eletromagnético · Compreendendo, por meio de atividades
• Compreender a inter- eletromagnético; experimentais, o funcionamento de usinas
relação dos fenômenos · Compreender a utilização hidroelétricas;
magnéticos com os de aparelhos, ou sistemas · Observando, experimentalmente, as linhas de campo
4º. BIMESTRE
fenômenos elétricos na vida tecnológicos de uso comum. magnético, por meio do uso de limalhas de ferro sob
cotidiana; uma folha de papel e ímãs;
CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
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52 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 53
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
54 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 55
nos gases, difusão nos gases, expansão livre, Problema Instigador 25: É possível que o
livre percurso médio, Lei Boyle-Mariotte). rendimento de uma máquina seja 100%?
Sugestão experimental 26: Graduação de
EIXO TEMÁTICO 3 – Compreendendo os um termômetro de mercúrio. Esta atividade
Fenômenos Térmicos pode ser bem-sucedida, após o experimento
dos três baldes de Looke (Sugestão experi-
CALORIMETRIA mental 24).
Problema Instigador 21: Quais são as for- Sugestão experimental 27: Determinação
mas de calor? do equivalente em água do calorímetro.
Sugestões na abordagem 14: Estados fí- Sugestão experimental 28: Calor específi-
sicos da matéria (sólido, líquido, gasoso, plas- co de um material em um calorímetro.
ma, condensado de Bose-Einstein e o “con- Sugestão experimental 29: Dilatação de
densado fermiônico”). uma Barra metálica com alfinete, canudo, ve-
Sugestões de leitura 19: Lei do resfriamen- las e termômetro.
to de Newton. Sugestão experimental 30: Anel de Gravesande.
Sugestões de leitura 20: A diferença entre Sugestão experimental 31: Lâmina bime-
vapor e gás. tálica.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
56 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 57
Sugestões de leitura 23: Contexto históri- Trace uma figura. Adote uma notação ade-
co do magnetismo: Da magnetita aos super- quada.
condutores. Separe as diversas partes da condicionan-
Sugestões de leitura 24: imã natural e ar- te. É possível anotá-las?
tificial.
Sugestão experimental 45: Visualizar as ESTAbELECIMENTO DE UM PLANO
linhas de campo magnético com limalha de
ferro e imãs. Segundo.
Sugestão experimental 46: A experiência Encontre a conexão entre os dados e a
de Orested – verificação do surgimento de incógnita.
campos magnéticos nas redondezas da cor- É possível que seja obrigado a conside-
rente elétrica em fios de cobre. rar problemas auxiliares se não puder en-
Sugestão experimental 47: Elaborar um contrar uma conexão imediata.
imã com agulha, isopor e água. É preciso chegar, afinal, a um plano
para a resolução.
Algumas das sugestões a seguir se enqua-
dram na técnica de resolução de problemas e Já o viu antes? Ou já viu o mesmo proble-
na atividade experimental demonstrativa para ma apresentado sob uma forma ligeiramente
o ensino da Física, por isso, serão enfatizados diferente?
alguns detalhes necessários para o esclareci- Conhece um problema do mesmo tipo ou
mento destas técnicas, tendo como referên- sobre o mesmo assunto? Conhece um proble-
cia o “método de resolução de problemas de ma que lhe poderia ser útil?
George Polya”, e uma proposta metodológica Considere a incógnita! E procure pensar
para uma abordagem de demonstração inves- num problema do mesmo tipo, que tenha a
tigativa para o ensino da Física (BRAGA, 2010). mesma incógnita ou outra semelhante.
Eis um problema do mesmo tipo e já re-
MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE solvido anteriormente. É possível utilizá-lo?
PRObLEMAS DE GEORGE POLyA É possível utilizar o seu resultado? É possível
utilizar o seu método? Deve-se introduzir al-
COMPREENSÃO DO PRObLEMA gum elemento auxiliar para tornar possível a
sua utilização?
Primeiro. é possível reformular o problema? é possí-
é preciso compreender o problema vel reformulá-lo ainda de outra maneira? vol-
te às definições.
Qual é a incógnita? Quais são os dados? Se não puder resolver o problema propos-
Qual é a condicionante? to, procure antes resolver algum problema do
É possível satisfazer à condicionante? A mesmo tipo. É possível imaginar um problema
condicionante é suficiente para determinar a parecido mais acessível? um problema mais
incógnita? Ou é insuficiente? Ou redundante? genérico? Um problema mais específico? Um
Ou contraditória? problema análogo? é possível resolver uma
parte do problema? mantenha apenas uma
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
58 CiÊnCiAS dA nATurEzA E SuAS TECnOlOGiAS
parte da condicionante, deixe a outra de lado. • Demonstrar as leis físicas, identificando a re-
Até que ponto fica determinada a incógnita? lação de proporcionalidade entre as grande-
Como ela pode variar? É possível obter, dos zas físicas através da elaboração de gráficos;
dados, alguma coisa útil? É possível pensar em • Elaborar e interpretar gráficos das funções
outros dados apropriados para determinar a matemáticas relacionadas a princípios e leis
incógnita? É possível variar a incógnita ou os físicas, identificando as propriedades envolvi-
dados, ou todos eles, se necessário, de tal ma- das;
neira que fiquem mais próximos entre si? • Deduzir fórmulas matemáticas;
Utilizou todos os dados? Utilizou toda a • Identificar a relação de proporcionalidade
condicionante? levou em conta todas as no- entre as grandezas;
ções essenciais implicadas no problema? • Fazer uma análise dimensional das grande-
zas físicas envolvidas, e com isso, deduzir
ExECUÇÃO DO PLANO fórmulas;
• Interpretar resultados e analisar a lógica fí-
Terceiro. sica;
Execute o seu plano. • Converter unidades de medida, utilizando
tabelas de transposição entre múltiplos e
Ao executar o seu plano de resolução, ve- submúltiplos, fator de conversão, regra de
rifique cada passo. É possível verificar clara- três, substituição de prefixos;
mente que o passo está correto? É possível • representar e operar com notação cien-
demonstrar que ele está correto? tífica;
• Resolver problemas de estimativa.
RETROSPECTIVA
ALGUMAS ORIENTAÇõES PARA TRAbA-
Quarto. LhAR DEMONSTRAÇõES ExPERIMENTAIS IN-
Examine a solução obtida. VESTIGATIVAS (DEIs) NA FÍSICA
É possível verificar o resultado? É possível Braga (2010) propõe uma estratégia meto-
verificar o argumento? dológica para se trabalhar demonstrações ex-
é possível chegar ao resultado por um perimentais através de ciclos de investigação,
caminho diferente? é possível perceber isto porém, é possível uma adaptação para outras
num relance? modalidades de atividades experimentais.
É possível utilizar o resultado, ou o méto- Nicot (2001:26) apresenta alguns requisitos
do, em algum outro problema? fundamentais para se trabalhar com demons-
trações: 1) Os educandos devem estar prepa-
COMENTÁRIOS SObRE UMA AbORDA- rados para acompanhar o experimento; 2) A
GEM, COM ÊNFASE NA DESCRIÇÃO MATE- demonstração deve ser simples, de acordo
MÁTICA com as possibilidades; se necessário utilizar
• Demonstrar as leis físicas por meio da ar- instrumentos conhecidos pelos educandos;
gumentação fenomenológica, induzindo os 3) O experimento deve ser visto por todos os
fatos à descrição matemática do fenômeno; educandos; 4) O ritmo da demonstração deve
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 59
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
60 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
• Contextualizar, historicamente e epistemo- Uma lata tem volume de 1.200 cm3 e massa
logicamente, os corpos de conhecimentos de 130 g. Quantas gramas de balas de chum-
mais estruturados, seja por textos ou atra- bo ela poderia carregar, sem que afundasse na
vés de vídeos (ver os temas sugeridos para água? A densidade do chumbo é 11,4 g/cm3
leitura);
• Apresentar métodos para a resolução de SOLUÇÃO
problemas (sugestão: método de George Ninguém resolve um problema sem antes
Polya); entendê-lo, por isso, deve-se ler e interpretá-
• Expor os assuntos de forma dialogada e pro- lo. Assim, deve-se preparar o educando para
blematizada; concentrar-se e reunir todos os esforços na
• Usar experiências virtuais como demonstra- sua compreensão.
ção no ensino e como experimentação para
o aprendizado; “Uma lata...” (informa a quantidade e o
• Elaborar experimentos que sejam simples e tipo de objeto, compreendendo isto, tentar
com materiais alternativos, mas que sejam desenhar)
potencialmente significativos quanto aos
conceitos, métodos e atitudes;
• Abordar, conceitualmente, um problema;
• Apresentar os conceitos, explorando as con-
cepções dos educandos;
• Apresentar críticas quanto às leis físicas, co- 1 (uma lata)
mentando seus regimes de validez.
1.o CASO: aplicando o método de “...tem volume de 1200 cm3...” (espaço ocu-
george polya pado, observe que a unidade não está no SIU);
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 61
A borda da lata quase no mesmo nível da água Fundamentação teórica científica: Princí-
pio de Arquimedes: “Todo corpo total ou par-
Identificando o referencial teórico en- cialmente submerso recebe uma força para
volvido: Quando se afirma que não afunda, cima de intensidade igual ao peso do fluido
supunha-se que ele se encontra em repouso, deslocado, denominado empuxo”.
logo, deve-se recordar a 1ª Lei de Newton, ou Convencer, com argumentação, que o vo-
seja, se existem forças atuando, supostamen- lume deslocado do fluido é igual ao volume
te elas estão em equilíbrio. do corpo submerso (Vd = Vlata).
Não fornecer respostas imediatas aos E = Pf =mf∙g = df∙g∙Vd = 1000 (kg/m3)∙9,8 (m/
educandos: Instigar os educandos de tal for- s )∙1.200 cm3 (Observar que as unidades de
2
ma que, através da argumentação, eles pos- volume são incompatíveis, ou seja, deve-se
sam chegar à conclusão de que a lata com converter para o SIU).
chumbo não afunda devido à existência de
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
62 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 Caro professor, como é do seu conheci-
000 000 000 000 000 000 000
mento, alguns homens destacaram-se como
000 000 000 000 001 200, 000
figuras maiores na humanidade. Dentre eles,
000, 001 200 000 assinalamos Arquimedes, filósofo matemáti-
co, físico e autor do “princípio do empuxo”.
1200 cm3 = 0,0012 m3 = 1,2∙10-3 m3 Aqui, o que sugerimos, conforme o enun-
kg hg dag g dg Cg MG ciado acima, é que apresente ou que demons-
0 0 0 0 0 0 0 tre, na prática para os seus educandos, como
0 1 3 0, 0 0 0 ele é em seus fundamentos. Além disso, é
0, 1 3 0 0 0 0
possível discutir sobre os instrumentos utili-
zados em tubulações relacionados ao empuxo
130 g = 0,13 kg e ao escoamento de fluidos.
E = Pch + Pc
df∙g∙Vd = mch∙g + mc∙g sugestão DE LEITURA: Arquimedes e a
df∙Vd = mch + mc Descoberta do Empuxo
mch = df∙Vd - mc = 1000 (kg/m3)∙ 1,2∙10-3 (m3) Site: http://www.brasilescola.com/fisica/
– 0,13 (kg) = 1,07 kg = 1070 g arquimedes-descoberta-empuxo.htm
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 63
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
64 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
utilizou para identificar os estados físicos dos 3. Como você acha que as moléculas se
materiais. comportam em cada caso?
Critérios para o estado sólido 4. As partículas interagem entre si? De que
forma você acha que isso acontece?
5. O que existe entre as partículas?
6. Como você define espaço vazio?
Critérios para o estado líquido 7. Qual ideia que você tem de temperatura
e calor?
8. Como você pode definir, a nível micros-
cópico, o conceito de temperatura?
Critérios para o estado gasoso
9. Como você pode definir, a nível micros-
cópico, o conceito de pressão?
10. Como você pode definir, a nível micros-
cópico, o conceito de volume?
Indique os estados físicos dos materiais da 11. Como você pode definir a nível micros-
tabela, informando os critérios que você esco- cópico o conceito de calor?
lheu na questão anterior.
6º CASO: aplicação, previamente,
Materiais
Critérios usados para Estado de avaliações diagnósticas
definir o estado físico físico
2ª Série:
Areia Objetivo: Reconhecer o método de inves-
tigação científica em experimentações reais e
virtuais.
Algodão Competência: Entender métodos e pro-
cedimentos próprios das Ciências Naturais e
aplicá-los em diferentes contextos.
Gelatina Habilidade: Relacionar informações apre-
sentadas em diferentes formas de linguagens
e de representações usadas nas ciências físi-
cas, químicas ou biológicas, como texto dis-
Creme dental
cursivo, gráficos, tabelas, relações matemáti-
cas ou linguagem simbólicas.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 65
Natureza da Matéria
Baseado no livro de Lahera & Forteza (2006),
Ciências físicas no ensino fundamental e médio
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DO ENSINO MÉDIO
66 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
MENOS DE 120 cc
Menor
PRODUTO: AREIA + AREIA RASPAS
CASO 4
RASPAS DE CORTIÇA DE CORTIÇA
água:
Igual PRODUTO:
GÁS 1 + GÁS 2
GÁS 1
GÁS 2
CASO 7
Maior
RESPOSTA:
Menor
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FÍSICA 67
3ª Série
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68 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
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FÍSICA 69
PROPOSTA CURRICULAR
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70 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 71
A avaliação, dessa forma, assume impor- quais teorias nos embasamos para chegar a
tância fundamental, a partir dos seus instru- uma avaliação mais próxima da realidade.
mentos e o professor, por sua vez, precisa estar Além do postulado pedagógico referido,
atento aos objetivos propostos para que a ava- é necessário debruçarmo-nos sobre as novas
liação não destoe daquilo que ele pretende. avaliações que se apresentam, quais os seus
Assim sendo, a avaliação não é neutra no fundamentos, qual a sua forma e quais as
contexto educacional, pois está centrada em suas exigências. É nesse contexto que o Enem
um alicerce político educacional que envol- (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em
ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-
Chueiri, 2008): penho do educando ao término da escolarida-
de básica, apresenta-se como uma proposta
A avaliação escolar é um meio e não um de avaliação digna de ser analisada e assimila-
fim em si mesmo; está delimitada por uma da em seus fundamentos.
determinada teoria e por uma determina- O Enem tomou um formato de “avaliação
da prática pedagógica. Ela não ocorre num nacional”. Isso significa dizer que ele tornou-
vazio conceitual, mas está dimensionada se o modelo que vem sendo adotado no país,
por um modelo teórico de sociedade, de de norte a sul. Nesse sentido, a questão é sa-
homem, de educação e, consequentemen- ber o motivo pelo qual ele assumiu o lugar
te, de ensino e de aprendizagem, expresso que ocupa. Para compreendê-lo, um meio in-
na teoria e na prática pedagógica (p. 122). teressante é conhecer a sua “engrenagem” e
pressupostos. Assim, é necessário decompô-
Para contemplar a visão de Caldeira, o pro- lo nas suas partes, saber o que cada uma sig-
fessor necessita estar atento aos processos de nifica, qual a sua relevância e em que o todo
transformação da sociedade, pois estes aca- muda a realidade avaliativa nacional, pois
bam por influenciar também o espaço da esco- ele apresenta-se como algo para além de um
la como um todo. Essa constatação é evidente, mero aferidor de aprendizagens.
quando percebemos o total descompasso da Esse exame constitui-se em quatro pro-
escola com as atuais tecnologias e que, ao que vas objetivas, contendo cada uma quarenta
tudo indica, não estão sendo usadas na sua de- e cinco questões de múltipla escolha e uma
vida dimensão. Por outro lado, quando o pro- proposta para a redação. As quatro provas
fessor não acompanha as transformações re- objetivas avaliam as seguintes áreas de co-
feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, nhecimento do Ensino Médio e respectivos
de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, Componentes Curriculares: Prova I – lingua-
é o que vem ocorrendo em grande parte das gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação:
escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês
todos nós repensarmos nossa prática, apren- ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova
dizado e aspirações em termos pedagógicos e, II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-
sobretudo, como sujeitos em construção. mática; Prova III – Ciências Humanas e suas
Diante disso, precisamos ter claro o que Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e
significa avaliar no atual contexto, que edu- Sociologia; Prova IV – Ciências da Natureza e
candos queremos, baseados em qual ou em suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.
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72 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
É por meio da avaliação das Áreas de Co- mos, a sua formulação e o modo como um
nhecimento que se tem o nível dos educan- item é transformado em um aval para o pros-
dos brasileiros e que lhes é permitido ingres- seguimento dos estudos. E não só isso deve
sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen- ser levado em consideração, pois alcançar
tido, o Enem não deve ser desprezado; ao um nível de aprovação exige uma formação
contrário, é obrigatório que os professores que inicia desde que uma criança ingressa na
do Ensino Médio conheçam os seus mecanis- Educação Infantil.
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FÍSICA 73
Considerações Finais
Após um trabalho intenso, que mobilizou a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus
especialistas na área, professores e técnicos, elaboradores foram preparados, por meio de
vê-se concluída a Proposta Curricular para seminários, oficinas e de discussões nos gru-
o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um pos que se organizaram, para concretizar os
anseio da comunidade educacional, da qual objetivos definidos.
se espera uma boa receptividade. Inclusive, A Proposta consta de treze Componentes
espera-se que ela exponha com clareza as Curriculares. Todos eles são vistos de forma
ideias, a filosofia que moveu os seus autores. que os professores tenham em suas mãos os
Ela propõe-se a seguir as novas orienta- objetos de conhecimento, assim como uma
ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-
da Educação brasileira, daí que ela tem no seu zando a interdisciplinaridade, a transversalida-
cerne o educando, ao mesmo tempo em que de, contextualizando os conhecimentos e os
visa envolver a comunidade, dotando de sig- referenciais sociais e culturais.
nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers- E, ainda, ela pretendeu dar respostas às
pectiva da Educação brasileira, que evidencia determinações da LDB que requer um ho-
a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu mem-cidadão, capaz de uma vida plena em
que as leis, as propostas em curso para a Edu- sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a
cação brasileira fossem reconsideradas. tentativa, via Proposta Curricular do Ensino
Durante o período da sua elaboração, mui- Médio, de concretizá-la, a Proposta susten-
tas coisas se modificaram, muitos congressos ta-se na aquisição e no desenvolvimento de
e debates foram realizados e todos mostra- Competências e Habilidades.
ram que, nesse momento, nada é seguro, É assim que esta Proposta chega ao Ensino
que, quando se trata de Educação, o campo Médio, como resultado de um grande esforço,
é sempre complexo, inconstante, o que nos da atenção e do respeito ao país, aos profes-
estimula a procurar um caminho que nos per- sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-
mita realizar de forma consequente e segura dos e à comunidade em geral.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
FÍSICA 75
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DO ENSINO MÉDIO
76 CI ÊNCIAS DA NAT UREZA E S UAS TEC NOLOGIAS
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Fazer e Transformar. Edições Loyola, 2001. tos/snef/xviii/sys/.../T0877-1.pdf
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FÍSICA 77
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