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ATIVIDADES

FORMATIVAS
EDUCAÇÃO INFANTIL
SME/DIPED-DRE BT

MODULO II
Educação para as
Relações Étnicos Raciais

Princípios e Concepções do Currículo da Cidade


Princípios e Concepções do Currículo da Cidade

2023
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO BUTANTÃ

Prefeitura da Cidade de São Paulo


Ricardo Nunes
Prefeito

Secretaria Municipal de Educação


Fernando Padula
Secretário Municipal de Educação

Bruno Lopes Correia


Secretário Adjunto

Malde Vilas Boas


Secretária Executiva de Educação

Omar Cassim Neto


Chefia de Gabinete
COORDENADORIA PEDAGÓGICA - COPED COORDENADORIA DOS CENTROS EDUCACIONAIS
Simone Aparecida Machado - Coordenadora UNIFICADOS - COCEU
Roseli Marcelli Santos de Carvalho - Coordenadora
Divisão de Educação Infantil - DIEI
Tassio José da Silva - Diretor Divisão de Cultura - DIAC
Júnior Suci - Diretor
Divisão de Ensino Fundamental e Médio – DIEFEM
Tatiane Aparecida Dian Hermanek - Diretora Divisão de Esporte, Corpo e Movimento - DIESP
Uelinton de Seixas - Diretor
Divisão de Educação de Jovens e Adultos – DIEJA
Adriana Fernandes da Silva - Diretora Divisão de Gestão Democrática e
Programas Intersecretariais - DIGP
Rogério Gonçalves da Silva – Diretor
Divisão de Educação Especial – DIEE
Claudia D'Alevedo Reis- Diretora
Universidade nos Centros Educacionais Unificados -
UniCEU
Núcleo Técnico de Avaliação – NTA
Tanija Mara Ribeiro de Souza Maria
Claudio Maroja - Diretor
Núcleo Técnico de Articulação de Ações - NTAA
Núcleo Técnico de Currículo – NTC Jussara Brito de Souza
Aparecido Sutero da Silva Junior - Diretor

Núcleo Técnico de Formação – NTF


Adriana Carvalho da Silva – Diretora

Núcleo de Acompanhamento - NAC


Maria Cristina Rodrigues - Diretora

Supervisão de Observação de Infância – SOI


Márcia Andréa Bonifácio da Costa Oliveira - Diretora
Diretoria Regional de Educação Butantã

Diretora Regional de Educação


Rosana Rodrigues da Silva

Supervisão Técnica
Divisão dos Centros Educacionais Divisão de Administração e
Fernanda Aparecida Custodio Unificados - DICEU Finanças - DIAF
Ramos
Washington José Oliveira Da Karla Juliane de Carvalho
Supervisora Técnica
Fonseca Diretora de Divisão
Diretor de Divisão

Divisão Pedagógica – DIPED


Silvana Bastos Pereira Mendes
Diretora de Divisão

Carla Matiê De Jesus Egi


Assessora e Coordenadora

Andréa Bueno Alves


Apoio Administrativo

Centro de Formação e Acompanhamento à Núcleo de Apoio e Acompanhamento para


Inclusão – CEFAI Aprendizagem - NAAPA
Daniel Damião da Silva Andréa Luiz Correa
Coordenador de Núcleo Coordenador de Núcleo
Adriana Tatiana Aguiar M. Roselen – PAAI Edilma Maria da Silva – Psicóloga
Ana Lucia Flaminio – PAAI Gabriela Pastrello Bono – Psicopedagoga
Danielle Garcia Santana - PAAI Jéssica Aparecida Ribeiro Soares – Psicóloga
Giovanna Baldini Beraldo – PAAI Suze Artem Diniz – Apoio
Juliana Souza De Miranda - PAAI Vilma Nardes Silva Rodrigues – Psicopedagoga
Soraya Donini Freitas Gonçalves – PAAI Lucimara Campos Leite Custódio –
Marta Cristina Rodrigues – PAAI Psicopedagoga
Thais Silva De Oliveira Rodrigues – PAAI
Juliana Navarro De Assis Pereira - PAAI Núcleo do Ensino Fundamental e EJA
Inácio Eudes Barros Carneiro – ATE Fabiana Bezerra Nogueira
Natalha Siqueira Bacoli – PsicólogaSPDM Kátia Aparecida de Castro Souza
Maria de Fátima Gonçalves Macrino – Simone Silvério Prado
Assistente Social SPDM Tathiane Graziela Hamada Cipullo
Caroline Fernandes Lima – Fonoaudióloga Nilo Gonçalves Barbedo
SPDM Marianne Vicente da Silva
Beatriz Lima Laranjeira – Jovem Aprendiz Rita de Cassia Almeida Braga
SPDM Ana Marília Dumont Ferreira

Núcleo da Educação Infantil Núcleo de Programas de Estágio


Andréa Barreto De Moraes Araujo Carla Matiê De Jesus Egi – Coordenadora
Janaína Pereira Da Silva Frigato Setorial de estágio
Fabiana Franca Barbosa Maria Angelica Limas Segovia- Apoio
administrativo

Estagiária(o)
Helenross Barbosa de Paula
Pedro Uan Silva Ratos
DIPED-DRE/BT
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Somos o Núcleo de Educação para as Relações Étnico-raciais da Diretoria


Regional de Ensino do Butantã (NEER/ DRE-BT) e gostaríamos de compartilhar com
você leitor/a, algumas indicações de ações a serem construídas por nós ao longo
deste ano de 2023.
O ano de 2023 é muito simbólico em relação à discussão sobre as relações
étnicoraciais da população negra, isto porque marca os vinte anos da Lei 10.639,

Primeiras Palavras
promulgada em 9 de janeiro de 2003, que altera a LDB 9.394/96. Essa legislação
institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana
nas unidades educacionais de todo Brasil e reconhece a importância da luta
antirracista dos movimentos sociais no país, no combate ao preconceito, ao racismo
e à discriminação na agenda nacional, e constitui-se como um instrumento legal de
reparação das desigualdades raciais, histórica e socialmente construídas.
Compreendemos raça como uma construção social que classifica, hierarquiza,
diferencia sujeitos/as e cria desigualdades socioespaciais, à medida que estrutura as
distintas experiências de dominação que adquiriu diferentes acepções ao longo da
história da humanidade e variam no tempo e no espaço. Em seu livro "Racismo
Estrutural" , Silvio Almeida (2019) escreve:
"Há grande controvérsia sobre a etimologia do termo raça. O que se pode dizer
com mais segurança é que seu significado sempre esteve de alguma forma ligado ao
ato de estabelecer classificações, primeiro, entre plantas e animais e, mais tarde,
entre seres humanos. A noção de raça como referência a distintas categorias de
seres humanos é um fenômeno da modernidade que remonta aos meados do século
XVI (p. 24)" .
Nesse sentido, é possível afirmar que este termo não é fixo e está relacionado
ao contexto histórico em que é utilizado, carregado, portanto, de conflitos, relação de
poder e dominação de modo que, “a história da raça ou das raças é a história da
constituição política e econômica das sociedades contemporâneas” (ALMEIDA, 2019,
pp. 24-25).Bons estudos!
O racismo surge dessa hierarquização das raças e sobrecai de maneira negativa
nos grupos de pessoas consideradas não-brancas e constitui-se como “uma prática
sistemática de preconceito e discriminação direcionada às pessoas pertencentes a um
determinado grupo ou etnia, baseados na ideia de superioridade de uma raça em
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detrimento de outras” (SÃO PAULO. Currículo da Cidade: Educação Antirracista:


Povos Afro-brasileiros, 2022, p. 31).
Tendo isso em vista e sabendo que mais de 50% da população brasileira se
autodeclara negra (preta e parda segundo as classificações do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), é possível compreender a realidade das nossas unidades
educacionais, que atende uma maioria de bebês, crianças, adolescentes e adultos
negros. Isso significa dizer que, para além da legislação que prevê a obrigatoriedade
no ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, tratar sobre essa temática é
também contar e dar visibilidade a nossa história e a história de nossos/as
estudantes. É, sobretudo, implementar uma política pública e o direito à educação
dessa população.
"O cotidiano das UEs é marcado pela diversidade de bebês, crianças,
adolescentes, jovens, adultos(as), familiares, professores(as), gestores(as) e demais
funcionários(as). Compreender os conceitos de raça e racismo, refletir acerca da
mediação necessária diante de possíveis tensões raciais são práticas indispensáveis
às vivências antirracistas (SÃO PAULO. Currículo da Cidade: Educação Antirracista:
Povos Afro-brasileiros, 2022, p. 24)" .
Embora já tenha se passado duas décadas de existências dessa lei e apesar da
riqueza de muitas experiências desenvolvidas nos últimos anos, a maioria delas se
restringe a ações isoladas de profissionais comprometidos com os princípios da
Equidade étnico-racial, Educação Integral e Inclusiva que envolve suas experiências.
Isso provoca o desenvolvimento de projetos descontínuos com pouca articulação com
as orientações curriculares, formação docente e produção de materiais e livros
didáticos.
O racismo existe e está posto em nosso cotidiano, portanto é de total
responsabilidade de todos e todas combatê-lo. Se não é a educação que
(trans)forma o sujeito e proporciona esse debate crítico e social, qual outro
espaço proporcionará tal discussão?
Desse modo, é necessário refletirmos sobre os avanços que obtivemos em
relação a implementação da Lei 10.639/03 ao longo desses vinte anos e os desafios
que ainda estão postos no cotidiano das nossas unidades educacionais. E
reforçarmos o nosso compromisso com a construção de uma educação que combata
o racismo em todas as suas instâncias.
Apresentamos algumas ações que serão desenvolvidas pelo Núcleo de
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Educação para as Relações Étnico-Raciais-NEER/DRE Butantã ao longo de 2023:


 Concurso com a temática dos "Vinte anos da Lei 10.639/03";
 Cursos Optativos sobre Povos Migrantes, Povos Indígenas e Povos
Afrobrasileiros;
 Ciclos de conversa sobre Educação Antirracista;
 Grupo de Estudo e Trabalho Educação Antirracista e Equidade de
Gênero;
 Cine- debate da temático Étnico-racial;
 Itinerâncias formativas nas unidades educacionais do território.
O percurso do núcleo não está fechado, sabemos que o nosso planejamento
deve dialogar com as demandas das unidades e, se necessário (e quantas vezes for
necessário), devemos replanejar nossas práticas e mediações. Essas são algumas
proposições iniciais, mas convidamos todos e todas a construir, aprender,
compartilhar e traçar novos caminhos juntos e juntas!
Que neste ano possamos olhar, cuidadosamente, para nós e refletir sobre
nossas ações cotidianas, os espaços educacionais de nossa unidade e/ou os que
frequentamos, nossas falas, hábitos, dentre outros, para que, enquanto sujeitos
sociais, tenhamos condição de construirmos uma Educação para as Relações
ÉtnicoRaciais significativa e de qualidade para nossos bebês, crianças, jovens e
adultos.

EQUIPE NEER
DIPED – DRE/BT
2023
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NEER - EDUCAÇÃO INFANTIL


A educação para as relações étnico-raciais da SME é parte
integrante das Políticas Públicas de Currículo e de Formação Continuada, por
meio do seu Núcleo de Educação Étnico-Racial. Esse núcleo é constituído de
três áreas de trabalho: a) História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; b)
História e Cultura Indígena e Educação Escolar Indígena; e c) Educação para
Imigrantes e Educação Escolar para Populações em Situação de Itinerância.
Essas três áreas objetivam o desenvolvimento e a aplicação contínua e
permanente das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08 e da Lei Municipal
nº 16.478/16.

As leis federais n° 10.639/2003 e nº 11.645/2008 estabeleceram novos


parâmetros para nossa educação, ao tornar obrigatório o estudo da história da
África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a

cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da


sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política. No âmbito municipal a Lei n° 16.478/2016 que instituiu a
Política Municipal para a População Imigrante, prever ações de acolhimento e
de garantia de direitos dos povos migrantes na cidade de São Paulo.
O objetivo geral dessas leis se constitui na promoção, valorização e no
reconhecimento da diversidade étnico-racial na educação brasileira a partir do
enfrentamento estratégico de culturas e práticas discriminatórias e racistas
institucionalizadas presentes no cotidiano das escolas e nos sistemas de ensino
que excluem e penalizam bebês, crianças, jovens e adultos negros, indígenas e
migrantes e comprometem a garantia do direito à educação de qualidade de
todas e todos.
Comprometer-se com a educação antirracista em suas práticas
pedagógicas e atitudinais é essencial para a promoção dos valores
educacionais e humanos, que respeitem os diversos sujeitos que compõem a
escola, em suas trajetórias e ancestralidades.
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Com o intuito de oferecer subsídios teóricos e convidar a aprofundar a reflexão


sobre as nossas ações, a Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São
Paulo lançou o Currículo da Cidade - Orientações Pedagógicas Povos
Indígenas (2019) e Currículo da Cidade - Orientações Pedagógicas
Povos Migrantes (2021).

O Currículo da Cidade - Orientações Pedagógicas Povos Indígenas


tem o intuito de desconstruir conceitos, imagens preconcebidas e
empobrecedoras da rica experiência de vida que os povos originários
desenvolveram ao longo de sua trajetória histórica que os relegou a um passado
remoto negando-lhes contemporaneidade, mantendo-os nos rodapés da história
brasileira.

“A relação que desenvolvemos pessoalmente com os povos indígenas é bastante


sintomática de nossa identificação e de nossa identidade nacional. Algumas vezes,
inclusive, falamos de nosso orgulho por ter uma avó bugre “que foi pega a laço”. Por
outro lado, há também um aspecto negativo que prevalece no nosso repertório
demonstrando o “outro lado” de nossa relação com estes grupos ancestrais. Trata-se
especialmente do tipo de pensamento que desenvolvemos sobre o índio e que vem
sendo repetido à exaustão desde muito tempo e que revela que não sabemos
mesmo quem ele é e quais suas especificidades culturais. Por isso ficamos na
superfície, talvez com medo de mergulhar para dentro de nós mesmos e
descobrirmos que temos sido injustos com os primeiros habitantes do Brasil e,
consequentemente, com a nossa origem primeira e da qual participamos queiramos
ou não, desejemos ou não. Ela faz parte de cada brasileiro que habita esta terra
mesmo que não partilhe diretamente de uma ascendência indígena, pois não se
trata de sangue, mas de pertencimento. Pensássemos assim de verdade a história
dos povos tradicionais não teria sido tão difícil por aqui. E falamos isso não apenas
por causa das guerras de extermínio contra eles, mas especialmente por causa da
forma negativa com a qual os tratamos.” (p.10)
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“Há muitos equívocos ainda. Há fatos a respeito dos indígenas que


nunca foram ensinadas de uma forma honesta. Muito recentemente é
que nós estamos conquistando espaço para podermos contar a história a
partir de nossa ótica e sob uma visão de mundo particular. Não se pode
pensar que a nossa história segue o mesmo percurso da história
ocidental. E isso é um outro nó que é preciso ser desatado. O ocidente
compreende o tempo como sequência de fatos e acontecimentos.
Dizemos que é uma visão linear desencadeada por fatores que geram
um rompimento na trajetória do ser humano. É por isso que aprendemos
a história através de uma linha de tempo dividida em blocos de
acontecimentos a que chamamos idade [antiga, média, moderna,
contemporânea]. Essa divisão nos ajuda a ter uma visão geral, mas
também nos coloca fora da grande teia da história. Já a visão indígena é
integrados por um conjunto de fatores que unem o tempo. Ou seja,
trazem muito mais envolvente, pois acredita que os fatos e
acontecimentos são

presente e passado num único movimento. Não há presente sem


passado. Não há passado se não houver presente. Em outras palavras,
o presente é a atualização do passado. O passado é o sentido do
presente. Esta é, simplificando, o modo ancestral – porque não está
presente apenas nos indígenas brasileiros – de ver os acontecimentos
que regem a vida da gente. Portanto, ao ouvir outra versão da história
estarão fazendo um exercício para sair da armadilha mental que o
ocidente nos aprisionou. É preciso ir além dos fatos e dos
acontecimentos. Precisamos nos abrir para a possibilidade de outras
narrativas que nos permitirão romper com a linearidade histórica e nos
libertará da visão da história única.” (p. 16-17)
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O Currículo da Cidade - Orientações Pedagógicas Povos Migrantes


dialoga com uma demanda urgente no contexto contemporâneo e está em
consonância com a Política Municipal para a População Imigrante, a Lei Municipal
nº 16.478/2016, que assevera a garantia de direitos no Município de São Paulo.
Nos últimos anos a população mundial passou a vivenciar uma maior intensidade
em seus deslocamentos no espaço. As trajetórias tornaram-se mais complexas em
termos de composição, distância e, sobretudo, no que se refere às suas causas e
consequências. A ideia tradicional de um migrante que opta por um projeto
migratório definido foi sendo gradualmente substituída pela figura de um agente
cujas intenções e possibilidades de deslocamento estão inseridas num contexto
amplo, o qual interfere diretamente na sua capacidade decisória. Somados a isso,
novos eventos de ordens política (conflitos) e ambiental (desastres) criaram
desafios sem precedentes para se entender como os indivíduos se deslocam,
porque o fazem como devem ser vistos e quais os tratamentos jurídico,
econômico e humanitário que a eles se aplicam.

Para aprofundar o assunto!


Leia o trecho abaixo:

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA


https://drive.google.com/file/d/1b9krVNaKtvrW60mZLPEsLFePBJqB3-
MK/view?usp=share_link
.

As “Orientações Pedagógicas - Educação Antirracista: Povos Afro-


brasileiros”, lançado e publicizado no final do ano de 2022, foi um material
construído a partir da escuta dos formadores e formadoras do Núcleo de Educação
para as Relações Étnico- Raciais (NEER) das Divisões Pedagógicas das 13
Diretorias Regionais de Educação, os quais trouxeram as narrativas de suas
vivência experiências enquanto professores(as) e formadores(as) da RME.

Sua intencionalidade é compor com os documentos anteriormente


publicados, oferecendo subsídios teóricos e possibilitando a reflexão sobre as
práticas educacionais por meio das vivências antirracistas no Município de São
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Paulo. Este material convida a um movimento de desvelar práticas e convoca ao


compromisso com a equidade, a partir de uma educação antirracista, indicando a
existência de múltiplas narrativas e, finalmente, permite-nos refletir acerca do
combate ao racismo, a partir de práticas antirracistas, além de indicar caminhos
possíveis para o debate e a resolução de conflitos.

O documento se inicia com a apresentação de um breve histórico da


construção e implementação da Lei nº 10.639/03, ao longo dos seus 19 anos de
existência, apontando algumas das principais ações realizadas pela SME.

Na Parte 1 - “Desvelando Conceitos para uma Educação Antirracista”,


tratamos de conceitos que muitas vezes podem ser mal interpretados pelos(as)
educadores(as), trazendo prejuízo para o avanço das relações raciais no interior
da escola.

Na Parte 2 - “Das Intenções às Ações: o Cotidiano das Unidades


Educacionais”, convidamos para reflexões acerca de posturas e práticas que
acontecem no cotidiano e que já deveriam ter sido superadas, como abordagem
dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana apenas no mês de
novembro, considerando-a uma temática pontual e não algo que deve ser parte
do fundamento pedagógico e curricular.

Na Parte 3 - “Interseccionalidades na Educação Antirracista”, chamamos a


atenção para algumas das intersecções de opressões que podem ocorrer e que
nem sempre estamos atentos(as) para identificar e intervir: raça e gênero, raça e
deficiência e a especificidade da Educação de Jovens e Adultos.

Na Parte 4 - “Áreas do Conhecimento e Educação Antirracista”, buscamos


destacar em cada área os principais pontos que devem ser considerados para o
fortalecimento das ações voltadas para o cumprimento da Lei n°10.639/03 nas
UEs.

Na Parte 5 - “Seguindo na Trilha para uma Educação Antirracista”,


deixamos nossas considerações finais para este momento em que buscamos, por
meio deste documento, trazer todos(as) os(as) educadores(as) para a trilha da
educação antirracista, caminhando com firmeza e sentindo-se amparados(as) para
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dar passos cada vez mais largos.

Por fim, enfatizamos que conceber estas orientações a partir das vivências
e experiências de educadoras e educadores que atuam nas diversas Unidades
Educacionais, nos segmentos de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação
de Jovens e Adultos e Ensino Médio, possibilitou a construção de um documento
que dialoga com as realidades vivenciadas nos cotidianos das UEs.

Para aprofundar o assunto!


Leia o trecho abaixo:

“Desvelando conceitos para uma Educação Antirracista Currículo da


Cidade”

https://drive.google.com/file/d/1geSwycejWNy863yVWlHtoG5xjpocZXMB/v
iew?usp=share_link

REFERÊNCIAS

.Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da Cidade


Povos Indígenas – Orientações Pedagógicas. São Paulo: SME/COPED, 2019;
.Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da Cidade
Povos Migrantes – Orientações Pedagógicas. São Paulo: SME/COPED, 2021;
.Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da
cidade: educação antirracista : orientações pedagógicas: povos afro-
brasileiros. – São Paulo: SME / COPED, 2022
. Lei Nº 16.478, de 8 de Julho de 2016, que Institui a Política Municipal para a
População Imigrante. Diário Oficial da Cidade de São Paulo, Ano 61, Número 127 - 09 de Julho de
2016.
. Lei Federal 10.639 de 9 de Janeiro de 2003. Brasília, DF, 2003.

. Lei Federal 11.645 de 10 de Março de 2008. Brasília, DF, 2008.

, Lei Nº 13.445/17, de 24 de Maio de 2017. Institui a Lei De Migração. Diário Oficial


daUnião, Seção 1 - 25/05/2017.
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