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PROPOSTAS FONOAUDIOLÓGICAS
AO PACIENTE RONCADOR
Londrina - Pr
2000
1
Resumo :
Abstract :
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Dedico este trabalho a todos àqueles que com sim-
ples gestos contribuíram para que ele se tornasse
realidade.
Agradecimentos :
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Sumário :
1. A Introdução--------------------------------------------------------------------------- 5
2. Discussão teórica-------------------------------------------------------------------- 7
2.1- Definição------------------------------------------------------------------------- 9
2.2- Incidência------------------------------------------------------------------------ 11
2.3- Etiologia-------------------------------------------------------------------------- 11
2.4- Conseqüências----------------------------------------------------------------- 14
2.5- Diagnóstico---------------------------------------------------------------------- 15
2.6- Tratamento---------------------------------------------------------------------- 18
2.6.1- Tratamento caseiro--------------------------------------------------- 18
2.6.2- Tratamento farmacológico------------------------------------------ 20
2.6.3- Terapia mecânica----------------------------------------------------- 20
2.6.4- Tratamentos alternativos------------------------------------------- 21
2.6.5- Tratamento cirúrgico------------------------------------------------- 21
3. Enfoque fonoaudiológico---------------------------------------------------------- 26
4. Considerações finais---------------------------------------------------------------- 29
5. Referências bibliográficas--------------------------------------------------------. 31
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1 ) Introdução :
populares que têm sido cada vez mais estudados e entendidos pelos profissionais da
respiração por exemplo ) , mas um estado da vida com inúmeras funções . Embora
sabe - se cada vez mais sobre sua arquitetura . “ Durante uma noite inteira há repe-
tição cíclica de estágios REM , rapid eyes moviment , e NREM , non rapid eyes mo-
esta seqüência de estágios do sono formando os ciclos de sono de uma noite inteira
o que ocorre internamente com a pessoa dormindo . Certamente foi o que permitiu
ocorrer várias vezes por noite ) , alterando assim , a qualidade do sono fazendo com
uma fatalidade intratável , além disso , como algo banal e inocente . A verdadeira
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pelos músculos da asa do nariz e propaga-se pela faringe , laringe e parede toráxica
, gerando o ronco .
por cento , e as mulheres menos , 15 por cento. Após os 35 anos , a prevalência au-
menta com a idade até a faixa de 60 anos para depois decrescer nos homens ou
fumo e a obesidade intensificam o roncar . Nenhum dos autores afirmam sobre pro-
porém estudos recentes que comprovam que o roncar no sono aumenta em torno de
na .
ção do tônus das partes moles da orofaringe está entre uma das causas do ronco ,
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roncador com ou sem apnéia do sono , assim como discutir se há a efetividade do
bliográfica .
2 ) Discussão teórica :
que servir como uma quebra das rotinas do dia a dia , o sono é um período de res-
tauração física que nos protege do desgaste natural das horas acordadas .
ente estivesse na sua casa . É importante o ambiente ser agradável , com cama ,
enfermeiros ) .
exame invasivo , podendo ser realizado várias noites seguidas , caso haja necessi-
exame , o paciente não precisa passar por preparo prévio , devendo porém , evitar
ingestão de café , chá ; refrigerantes com cola e guaraná , por serem estimulantes .
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Devem também suspender bebidas alcoólicas . Medicamentos indutores do sono são
retirados anteriormente .
grama (EEG) mostra fases compatíveis com sedação como de fases de ativação do
sistema cortical . A fase do sono denominada REM , seria a que ocorre a fase de
ção da atividade REM , que se associa ao sonhar . Essa fase é mais profunda e de
assim , pacientes com apnéia pioram nessa fase . A oclusão das vias aéreas pode
com o palato mole e a faringe , isso faz pressão negativa levando à um colapso pro-
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contribuindo para a queda da língua . Acredita-se que o relaxamento da língua du-
co cíclico e intenso ) , enquanto indivíduos que não possuem essa síndrome apre-
sentam ronco suave e contínuo . “Todo indivíduo apnéico apresenta ronco , mas
nem todo indivíduo que ronca é portador da S. A S” .O s autores citados ainda com-
pletam que o ronco pode aparecer em qualquer idade e é nocivo à saúde . Não é
apenas um simples ruído , mas um distúrbio sério para o organismo , devido à dimi-
deve ser tomada após uma meticulosa investigação , não só teórica , como também
prática , como por exemplo em um completo exame clínico . Mas o que é o ronco ? É
diferentes tratamentos até hoje utilizados , para que o profissional opte pela melhor
conduta no tratamento .
2.1) Definição :
algo quase que comum entre eles , o que diferencia uns dos outros são característi-
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nasais e orofaringe ; consequentemente ocorre a vibração da úvula e do véu palatino
comprida aumenta a vibração destas estruturas . O mesmo autor ainda afirma que o
aérea sujeito à colapso onde não há suporte rígido , ou seja , da epiglote até a coa-
mais freqüentes do homem . Segundo os autores a forma mais grave de ronco , co-
interrompido por episódios de silêncio total , onde o roncador descreve esforços res-
acorda e volta a respirar . Este episódio pode ser acompanhado por chutes ou movi-
ronco obstrui , por completo a via aérea em episódios com duração de 10 ou mais
segundos podendo ocorrer até 30 destes episódios por noite . A síndrome da apnéia
do sono é definida por Fontes (1992) , como ausência de fluxo respiratório durante
tico ( ver anexo 1 ) . Sua importância clínica ocorre quando sua freqüência é maior
o ronco pode ser definido como um som desagradável produzido pelas estruturas da
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cavidade oral e orofaríngea determinando alguma alteração no indivíduo , este ainda
2.2) Incidência :
características do ronco .
muito incidente em obesos , dos quais um terço tem apnéia significativa e ronco se-
vero . É muito mais freqüente em homens do que em mulheres . Oliveira , Souza &
mais de 60 anos e 25% das crianças apresentam ronco ; destes ; 10% apresentam
apnéia do sono . O homem ronca mais do que a mulher , o obeso ronca mais que o
também podem apresentar o ronco , ainda assim a idade e o peso da pessoa podem
2.3) Etiologia :
em que todos os autores concordam entre si , ao afirmarem que a hipotonia das es-
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truturas da via aérea superior é a característica mais importante na patogenia da S.A
S. e do ronco .
tência da via aérea em sua parte sujeita ao colapso ; aquele segmento entre a lari n-
não pode fluir pelas vias aéreas . Isto pode ocorrer quando as estruturas no caminho
que o espaço para a passagem do ar seja pequena . Com isso a língua pode vibrar e
produzir o ruído quando o ar passar por este órgão . A obstrução nasal também está
listada pelo autor como uma das possíveis causas do ronco . Esta pode ser ocasio-
nada devido a uma alergia , frio excessivo ou uma sinusite . As alergias podem cau-
sar hipertrofia das adenóides que por sua vez pode causar o ronco por obstruir a
possível causa é a obesidade , que para o autor pode causar o ronco . Para ele o
roncar pode ser um sinal de um problema mais sério , a apnéia do sono . Durante um
episódio de apnéia o indivíduo pode ficar sem respirar por até 30 segundos , poden-
do ocorrer várias vezes durante a noite . Estes episódios sem respirar causam uma
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De acordo com Hungria (1995) o ronco e a apnéia obstruti-
obstrução nasal acentuada acarreta grande esforço no ato de respirar pelas fossas
palatinas , que chegam a ponto de se tocarem na linha mediana , fator etiológico en-
retrognatismo , etc .
res afirmam que esta é a causa mais comum de roncos iniciados em idade adulta .
Na fase profunda do sono , a língua cai para trás obstruindo a via aérea e fazendo
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bui para hipotonia muscular , ronco e apnéia . O tônus muscular inadequado nem
posterior , ( ver anexo 2 ). O segundo fator , são as massas que ocupam espaço e
chocam-se contra a via aérea podendo contribuir assim para o ronco . Tecido farín-
geo volumoso está presente em indivíduos obesos : uma língua posicionada posteri-
nariz para a faringe . O último fator é quanto à restrição ao fluxo aéreo no nariz que
cria pressão negativa aumentada durante a inspiração . Com isso ocorre a aproxima-
ção dos tecidos flácidos na parte da via aérea sujeita ao colapso , os quais irão vibrar
não se pode dizer que exista prevenção . Trata-se de alterações anatômicas que po-
dem ser de origem congênita ou desenvolvidos por fatores como alergias , sinusite
2.4) Consequências :
afirma que o indivíduo que ronca perturba o próprio sono repousante e fica predis-
posto a crises de apnéia noturna ; essas pessoas tornam-se sonolentas durante o dia
, cefaléia matinal e mau humor . Ou seja , a apnéia do sono impede o sono profundo
fica estes episódios , pois as paredes laterais da faringe se deslocam para a linha
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mediana e a língua cai para trás ; interceptando a corrente aérea sendo agravado
pela ingestão do álcool e/ou drogas que aumenta a potência do ronco . Para
Fairbanks & Fairbanks (1995) o ronco é ao mesmo tempo um problema social e mé-
dico . Roncadores graves tem maior probabilidade de serem hipertensos do que não
profundos . Muitas pessoas tem diminuição do sono REM porque nesse período , a
obstrução é severa levando diminuição de oxigênio o que faz despertar para sonos
mais leves , afirma Zucconi (1994) . Ele completa que o ronco é a parte de um es-
rial . Padilla (1984) refere que os roncadores habituais têm maior incidência de cardi-
2.5) Diagnóstico :
do ou pelo paciente ou pela família . Os pacientes apresentam uma história com ron-
físico deve incluir a avaliação de toda cavidade oral , faríngea , nasal , laríngea e re-
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gião cervical . Deve ser pesquisado um desvio de septo assim como exame na hi-
cada caso.
lizado para avaliar a relação anatômica das estruturas , principalmente para progra-
cefálicos em uma radiografia de perfil absoluto com o paciente sentado com cabeça
valores obtidos :
mm
• PAS ( espaço da via aérea posterior ) : normal 11” +/- 2 mm , apnéia : +/- 5 mm
aumentada
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existe a videoendoscopia que permite a visualização direta das VAS onde pode
• Hipersonolência ;
• Obesidade ;
• Hiperatividade ;
• Mudanças de personalidade ;
• Hipertensão ;
tados para um preciso exame de avaliação no roncador , todos porém com o mesmo
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2.6) Tratamento :
No entanto sua grande maioria não apresentam resultados satisfatórios por muito
tempo .
evidente , sua eliminação faz com que haja redução do mesmo . Para o autor , as
auxílio médico com queixa de ronco ou apnéia conseguem cura somente com o tra-
tamento caseiro . Hungria (1995) concorda sugerindo que na primeira consulta o pa-
( considerando este como tratamento caseiro para adultos roncadores leves ou oca-
sionais ) :
• “ Adotar estilo de vida atlético e exercícios diários para desenvolver bom tônus
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• Evitar refeições pesadas nas 3h antes de dormir ;
• Dormir em decúbito lateral ; costurar bolso às costas do pijama para colocar bola
cabeceira ) ;
ronca necessita de exame minucioso das vias aéreas superiores para averiguar se
complementa afirmando que qualquer procedimento que alivie a obstrução , seja oral
ou nasal , não só resolve a apnéia e o ronco , como também melhora todo o as-
(1995) concordam que perda de peso nos pacientes apnéicos obesos é altamente
melhoram quando emagrecem , pois o obeso tem tecido adiposo depositado nas V.
A.S. , porém esta não deve ser utilizada como monoterapia . Tem-se observado me-
com o uso de qualquer droga que cause efeito sedativo ou relaxante muscular . Há
relatos de casos apnéicos fatais ou quase fatais em indivíduos que fizeram uso des-
sumo ocorre um efeito rebote que pode ser prejudicial durante o sono . Dormir com
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vários travesseiros não é benéfico , pois pode causar flexão excessiva do pescoço
agravando os roncos .
Fairbanks & Fairbanks (1995) afirmam que o paciente hipoteireóideo pode vir a apre-
sentar melhora com o uso de hormônios tireóideos , porém excluídos este casos ,
investigado como tratamento para apnéia , porém foram abandonados devido à sua
ineficácia e aos seus efeitos colaterais , desta forma este não é realizado de rotina .
Sabe-se que como a apnéia do sono é um problema anatômico faz sentido que
(pressão aérea contínua positiva ) . Todos os autores citados afirmam que pratica-
mente todos os pacientes com apnéia podem se beneficiar com este tratamento ,
exceto é claro aqueles cujas vias aéreas nasais estejam obstruídas . Hungria (1995)
cita estudo feito por Sullivam (1984) , que propôs tratar certos casos de SAS pelo
CPAP por via via nasal . Trata-se de um compressor de ar sob controle de aparelha-
gem especial , que adaptado na entrada das fossas nasais serve para manter aber-
tas as vias aéreas . Para Zucconi (1994) , é o mais importante tratamento não cirúr-
gico . A pressão positiva das vias aéreas faz com que o palato entre em contato com
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Fontes (1995) . O CPAP substitui quase por completo a traqueostomia como trata-
mento de paciente com apnéia grave que apresentam alto risco cirúrgico ou que
prazo ( 2 a 4 anos ) , tem sido relatado como variando entre 50 a 80% . A aceitação
cos e retentores de língua . Os aparelhos são feitos sob medida e estabilizam a posi-
o volume da faringe . Estes estão se tornando populares , porém ainda são poucos
apresentar melhora e estes aparelhos podem ser oferecidos como terapia comple-
mentar . São usados principalmente nos casos de apnéia com queixa de ronco e
inconvenientes .
apnéia do sono ou do ronco , assim , uma cirurgia nasal pode ser indicada e será
mais efetiva se for realizada em conjunto com outras cirurgias ou para tratar a apnéia
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Fairbanks & Fairbanks (1995) , numerosos estudos tem documentado o papel da
cirurgia nasal deve ser realizada em um segundo tempo após o edema do palato
que existem técnicas cirúrgicas que permitem a redução do excesso de gordura en-
(UVP) é uma cirurgia conhecida pelos médicos ocidentais há apenas uma década .
Tem como objetivo a ampliação da luz da faringe através da remoção dos tecidos
cirurgia visa aumentar a tensão do véu palatino flácido e alargar o espaço da cavida-
las pós- operatórias , que podem ser transitórias ou irreversíveis , tais como : reflu-
xo de alimento pelo nariz até 6 meses após o ato cirúrgico , rinolalia aberta e até alte-
rações da fala , que podem ser permanentes . Esta cirurgia geralmente reduz ou
anula o ronco , mas nem sempre faz desaparecer a apnéia . Em caso de obesidade
a cirurgia não surte efeito , a não ser após a perda de peso . Em alguns casos a sim-
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Para Fairbanks & Fairbanks(1995) A UPFP é altamente
efetiva ( 80 a 90% de curas ) naqueles pacientes jovens com roncos simples ou ap-
néia leve e com características anatômicas que podem ser corrigidas por este proce-
gua volumosa , queixo retraído , obstrução nasal e obesidade , a UPFP é bem me-
nos sucedida como terapia única . À medida que a doença da apnéia do sono progri-
um procedimento mais agressivo usado para pacientes com apnéia do sono grave e
da base da língua . De acordo com Fontes (1992) , Rilley e cols (1983) estudando
opção cirúrgica para o ronco . O laser CO2 é aplicado seqüencialmente para alargar
amígdalas palatinas .
sido raramente usado , obtém redução dos índices de apnéia porém são necessários
melhores estudos .
(1992) , sobre uvuloplastia à laser para roncos e apnéia obstrutivo do sono no qual
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os autores avaliaram 170 pacientes . O tratamento com laser foi recomendado em
pacientes com ronco severo . Alguns tinham apnéia obstrutiva , porém se recusavam
era apenas de ronco sem patologia obstrutiva constatada no exame físico . Após o
ção . Respostas subjetivas de melhora dos roncos foram obtidas dos cônjuges . Es-
tes relataram alteração no volume dos roncos . Dentre os 170 pacientes avaliados ,
105 ( 62%) a queixa era apenas de ronco e 65 ( 38% ) queixa de apnéia do sono
queixa de ronco em 55 pacientes (60%) houve uma redução de 70% ou mais no vo-
tes com apnéia , o tratamento de ronco foi bem sucedido em 47 (75%) , em 15 paci-
entes (28%) relataram completa resolução e apenas 03 (6%) não houve melhora .
tratamento com laser é feito em várias etapas , o que faz com que muitos pacientes
deste estudo os autores obtiveram como resultado da uvuloplastia com laser , 60%
de redução completa ou quase completa dos roncos , com melhora parcial em 29%
Zucconi (1994) cita também estudo feito por Levin & Becker
(1994) sobre a UPFP para ronco a longo prazo . Neste estudo os autores seleciona-
ram pacientes com ronco severo excluindo os pacientes com sintomas de apnéia .
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A fonte sonora do ronco tem sido associada à vibração do
• Obstrução nasal pode requerer esforço inspiratório excessivo que pode gerar
des ( quando presentes ) . O palato mole , incluindo a úvula , eram excisadas . A mu-
após a cirurgia , onde incluía dados relatados pelo paciente e pelo cônjuge em rela-
ção ao ronco .
⇒ Graus de ronco :
• I - Sem roncos ;
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• V - sem melhora .
graus I e II foi de 87% ( 60 de 69 pacientes ) , mas decaia após 13 meses para 46%
cientes com sucesso inicial , 28% ( 17 dos 69 pacientes ) tiveram retorno dos ron-
cos como os níveis anteriores ; os demais tiveram retorno parcial sendo classificados
dentro dos grupos III e IV . Análises posteriores revelaram que 28% ( 12 de 44 paci-
entes ) com abolição completa inicial dos roncos tiveram retorno dos sintomas à ní-
veis pré – operatórios . Apenas 3 pacientes tiveram piora do ronco com a cirurgia .
fatores causais , exceto o tônus muscular faríngeo diminuído cujo controle é à nível
após a cirurgia ; estudos a longo prazo podem demonstrar reversão para uma faringe
UPFP reduz os roncos inicialmente em cerca de 90% dos pacientes ; roncos objeti-
vos recorreram em cerca de 50% dos pacientes meses após o sucesso inicial ; os
3) Enfoque fonoaudiológico :
pode estar surgindo . De maneira mais amena do qual a princípio qualquer indivíduo
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Oliveira , Souza & Campiotto (1998) citam que o setor de
nhados pelo setor de otorrinolaringologia com queixa de ronco (sem alterações obs-
encontra a maior alteração nos pacientes avaliados . Foram realizados nas terapias
ronco severo sendo necessário a realização de uma UPFP conforme indicação dos
qual referiu ter sono tranqüilo , dormindo de 6 a 8 horas por noite , com aumento do
ronco em decúbito dorsal . Não fazia uso de medicamentos , sem restrições alimen-
tares . Não costumava dormir após o jantar , não sentia dificuldade respiratória , ne-
rizado com nota : 10 ( dez ) . Após a realização de 6 terapias , a nota do ronco caiu
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dade com maior mobilidade ; bochechas com tônus normais ; o palato mole apre-
fica para pacientes com queixa de ronco , embora estudos com maiores populações
se façam necessárias , porém ficou evidente , que houve melhora de 60% em rela-
abilita deficiências musculares da face , não há por que duvidar das terapias no caso
citado , mesmo sendo estas realizadas em tão pouco tempo ( apenas 5 ) , mostrou-
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4) Considerações finais :
apesar de todos acreditarem que a hipotonia dos tecidos moles seja a causa mais
desconhecidas .
paciente até opções um tanto quanto drásticas . O que pude perceber é que todos os
tipos de tratamento , seja ele único ou paralelo a outro tratamento , não são o sufi-
assim por um período curto ,ou até mesmo de difícil adaptação do paciente como no
caso do CPAP . É claro que todos os tratamentos citados apresentam resultado ini-
de tecidos flácidos e/ou gordura não resolvem o problema muscular da área referida ,
esta poderia ser com certeza uma das explicações pela qual após certo tempo há
, haverá sempre essa deficiência muscular nesta área caso este não seja fortalecido
tura orofaríngea , foi o grande objeto de estudo deste trabalho . A atuação fonoaudi-
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ológica entra como uma nova opção de tratamento àqueles pacientes que se negam
ou não necessitem da intervenção cirúrigica , fazendo com que haja uma diminuição
destas cirurgias que são muito agressivas , podendo deixar sequelas irreversíveis no
paciente , ou mesmo àqueles que não se adaptaram com algum outro tipo de trata-
do e sempre comparando resultados para que seja comprovado a eficácia das tera-
Campiotto ( 1998) , ao afirmarem que a terapia miofuncional pode ser benéfica para
pacientes com queixa de ronco , embora estudos com populações maiores se façam
sente –se mal por saber que incomoda outras pessoas com seu ronco e por Ter que
carregar todo estigma cultural negativo referente ao ronco . Talvez estes fatores difi-
cial da vida . Bem mais importante do que servir de quebra das rotinas do dia a dia ,
o sono é um período de restauração física que nos protege do desgaste natural das
horas acordadas , fazendo com que o ser humano tenha uma vida saudável com
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5 ) Referências bibliográficas :
1975.
31-3 .
Ders , 1994 .
Zucconi , Marco . Habitual snoring with and withaut obstrutive sleep apnea .
31