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C. I. SCOFIELD
I
O PENTATEUCO
Gênesis
Êxodo
1730 A.C.
Levítico
1444 A.C.
Números
1444 A.C.
Este livro deriva seu nome do fato que suas páginas narram o censo de
Israel. Historicamente, Números continua a narrativa iniciada desde o ponto
onde Êxodo a deixou, e é o livro das peregrinações que o povo redimido teve
que realizar pelo deserto, devido seu fracasso de não haver entrado em Canaã
ao chegar em Cades.
Como um tipo, Números é o livro do serviço e conduta do povo de
Deus, e completa assim, com os livros precedentes, uma formosa ordem de
caráter espiritual: Gênesis, o livro da criação e da queda; Êxodo, o livro da
redenção; Levítico, o livro da adoração e comunhão; e Números, o livro
daquilo que deve vir em continuação: serviço e conduta.
É importante notar que nada foi deixado à própria vontade de cada
indivíduo. Cada servo foi enumerado, lhe foi indicado seu lugar na família e
determinado um serviço específico. O paralelo no Novo Testamento dessa
ordem se encontra em 1 Coríntios 12.
A segunda lição de caráter tipológico é que Israel falhou
completamente sob a prova das circunstâncias no deserto.
Números se divide em cinco partes principais: I. A ordem das tribos,
1:1-10:10. II. Do Sinai a Cades, 10:11-12:16. III. Israel em Cades, 13:1-
19:22. IV. As peregrinações no deserto, 20:1-33:49. V. Instruções finais,
33:50-36:13.
5
Deuteronômio
1405 A.C.
OS LIVROS HISTÓRICOS
Josué
1405 A.C.
Juízes
1375 A.C.
Rute
1130 A.C.
Essa linda história deve ser lida ao lado da primeira metade do livro dos
Juízes, já que aqui, nas páginas de Rute, se oferece um quadro da vida
israelita daqueles tempos.
Do ponto de vista dos tipos bíblicos, pode-se deduzir que o livro de
Rute é uma representação da igreja (Rute) como sendo a esposa gentil (não
judia) de Cristo, o belemita, que é capaz de redimir. Essa história também
apresenta uma ilustração do que é a experiência cristã normal: I. A decisão de
Rute, capítulo 1. II. O serviço de Rute, capítulo 2. III. O descanso de Rute,
capítulo 3. IV. A recompensa de Rute, capítulo 4.
Esdras
536 A.C.
Neemias
445 A.C.
Ester
479 A.C.
OS LIVROS POÉTICOS
1
Jó
1900 A.C.
Salmos
1000 A.C.
A descrição mais simples dos cinco livros dos Salmos é a que diz que
eles constituíam o livro divinamente inspirado de orações e louvores de
Israel. Os Salmos revelam a verdade, não de uma forma abstrata, mas em
termos da experiência humana. A verdade que assim é revelada é entretecida
nas emoções, desejos e sofrimentos do povo de Deus por meio das
circunstâncias através das quais eles têm que passar. Ao mesmo tempo, essas
circunstâncias são de tal natureza que elas constituem uma antecipação das
condições similares que tanto o Cristo na sua encarnação como o
remanescente do povo judeu na tribulação (Isaías 10:21) experimentarão; de
modo que os Salmos profetizam os sofrimentos, a fé e a vitória do Messias,
assim como seu povo Israel. Os Salmos 22 e 60 são um exemplo de tal
profecia. O Salmo 22 – considerado como o lugar santíssimo da Bíblia –
revela tudo o que ocupava a mente de Cristo quando ele clamou de forma
angustiante: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? ” O Salmo 60
é uma antecipação daquilo que estará no coração de Israel quando se voltar
para o Senhor (Deuteronômio 30:1,2). Outros Salmos profetizam de maneira
direta “os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias que os
seguiriam” (1 Pedro 1:11; Lucas 24:25-27, 44). Um exemplo notável é o
Salmo 2 em sua apresentação do Ungido do Senhor, primeiro como o Cristo
rejeitado e crucificado (versículos 1-3; Atos 4:24-28), e depois como o rei
exaltado em Sião.
Os grandes temas dos Salmos são: Cristo, Jeová, a lei, a criação, o
futuro de Israel, e as emoções que o coração regenerado experimenta no
sofrimento, na alegria e na perplexidade. As promessas dos Salmos são em
primeiro lugar de caráter judaico e apropriadas para um povo que está
debaixo da lei, mas espiritualmente também são verdadeiras para a
experiência cristã, no sentido que elas revelam a mente de Deus e as emoções
de seu coração para com aqueles que se acham perplexos, aflitos,
desanimados ou abatidos.
Os Salmos imprecatórios são a voz do povo oprimido de Israel
clamando por justiça. Esse clamor é muito apropriado e correto no caso de
Israel, e está baseado nas claras promessas feitas a Abraão (Gênesis 15:18);
mas não é um clamor adequado para a igreja, que é um povo celestial que
está identificado com o Cristo rejeitado e crucificado (Lucas 9:52-55).
Os Salmos se dividem em cinco livros, cada um dos quais termina com
uma doxologia: I. Salmos 1-41. II. Salmos 42-72. III. Salmos 73-89. IV.
Salmos 90-106. V. Salmos 107-150.
Provérbios
970 A.C.
Esta coleção de ditos sentenciosos é uma expressão da sabedoria divina
aplicada às condições terrenas do povo de Deus. O fato que os Provérbios são
atribuídos a Salomão (1:1) implica apenas que ele reuniu e ordenou esse
grupo de ditos que, como fruto da sabedoria do Espírito, já circulavam entre o
povo talvez por muitos séculos (Eclesiastes 12:9). Os capítulos 25-29 eram
bem conhecidos nos dias de Ezequias (25:1). Os capítulos 30 e 31 são obra de
Agur e Lemuel.
O livro de Provérbios se divide em seis partes principais: I. Os filhos,
1-7. II. O louvor da sabedoria, 8-9. III. A loucura do pecado, 10-19. IV.
Admoestação e instrução, 20-29. V. As palavras de Agur, 30. VI. As palavras
do rei Lemuel, 31.
Eclesiastes
940 A.C.
Cantares
960 A.C.
Não há outro lugar nas Escrituras onde a mente que não é espiritual
percorra um terreno tão misterioso e incompreensível como nesse livro,
enquanto que através dos séculos as almas mais piedosas nele têm encontrado
uma fonte de genuíno e precioso deleite.
Que o amor do esposo celestial corresponda a todas as analogias da
relação matrimonial parece incorreto apenas àquelas mentes que são tão
ascéticas que também consideram impuro o próprio anelo matrimonial.
A interpretação do livro de Cantares tem um aspecto duplo:
primeiramente, é a expressão do amor matrimonial em sua pureza original, tal
como Deus o estabeleceu na criação, e a vindicação desse amor tanto
contrariamente ao ascetismo como à luxúria, que são as duas maneiras em
que a santidade do matrimônio é profanada. A interpretação secundária e
mais ampla é aquela que descobre aqui a Cristo, o Filho de Deus, com sua
esposa celestial, a igreja (2 Coríntios 11:1-4).
De acordo com essa última interpretação, o livro tem seis divisões: I. A
esposa é apresentada em quieta comunhão com o esposo, 1:1-2:7. II.
Separação e reunião, 2:8-3:5. III. O gozo da comunhão, 3:6-5:1. IV.
Separação de interesses: a esposa satisfeita, enquanto o esposo trabalha para
outros, 5:2-5. V. A esposa busca ao amado e testifica dele, 5:6-6:3. VI.
Comunhão ininterrupta, 6:4-8:14.
IV
OS LIVROS PROFÉTICOS
Isaías
739 A.C.
Jeremias
627-575 A.C.
Lamentações
586 A.C.
Ezequiel
593 A.C.
Daniel
605 A.C.
Daniel, assim como Ezequiel, era um judeu cativo na Babilônia. Ele era
de descendência real (1:3). Em face de sua capacidade pessoal e presença
agradável, os babilônios lhe educaram para o serviço no palácio do rei. Na
atmosfera contaminada duma corte oriental, Daniel viveu uma vida
singularmente piedosa e frutífera. Sua longa vida se estendeu desde os dias de
Nabucodonosor até os dias de Ciro, rei da Pérsia, e foi contemporâneo de
Jeremias, Ezequiel (14:20), Esdras e Zorobabel.
O livro de Daniel é a introdução indispensável da profecia constante no
Novo Testamento, cujos temas são: a apostasia da igreja, a manifestação do
homem do pecado, a grande tribulação, o regresso do Senhor, as
ressurreições e os juízos. Todos esses temas, com exceção do primeiro deles,
também são discutidos na profecia de Daniel.
Todavia, Daniel é de maneira distinta o profeta “dos tempos dos
gentios” (Lucas 21:24). Sua visão engloba todo o período do domínio
mundial dos gentios até o final catastrófico do mesmo e o estabelecimento do
reino messiânico.
O livro de Daniel possui quatro divisões principais: I. Introdução. A
história pessoal de Daniel desde a conquista de Jerusalém até o segundo ano
de Nabucodonosor, 1:1-21. II. As visões de Nabucodonosor e seus resultados,
2:1-4:37. III. A história pessoal de Daniel nos dias de Belsazar e Dario, 5:1-
6:28. IV. As visões de Daniel, 7:1-12:13.
Oséias
750-718 A.C.
Joel
825-815 A.C.
Amós
760-750 A.C.
Obadias
840 A.C.
10
Jonas
785 A.C.
11
Miquéias
735-701 A.C.
12
Naum
635-620 A.C.
13
Habacuque
620-609 A.C.
O ministério de Habacuque provavelmente ocorreu nos últimos anos de
Josias. Do profeta mesmo não sabemos nada. Foi revelado para ele o caráter
do Senhor em termos da mais elevada espiritualidade. Entre os profetas, ele
era o único cuja maior preocupação não era que Israel escapasse do castigo
divino, senão que a santidade do Senhor fosse vindicada. Escrita na véspera
do cativeiro, a profecia de Habacuque é o testemunho que Deus dá de si
mesmo em oposição ao panteísmo e a idolatria.
O livro está dividido em cinco partes principais: I. A perplexidade de
Habacuque devido aos pecados de Israel e o silêncio de Deus, 1:1-4.
Historicamente esse é o tempo em que o Senhor mostrou sua paciência
devido ao arrependimento de Josias (2 Reis 22:18-20). II. A resposta do
Senhor à perplexidade do profeta, 1:5-11. III. Tendo recebido a resposta
divina, o profeta expressa o testemunho do Senhor, 1:12-17; mas estará na
torre de vigia aguardando mais luz, 2:1. IV. O profeta vigilante recebe a
resposta da “visão”, 2:2-20. V. Tudo culmina com o sublime salmo do reino
entoado por Habacuque, 3:1-19.
Como um todo, o livro de Habacuque levanta e responde a pergunta no
tocante a uma possível contradição no caráter de Deus, devido ao fato de ter
permitido o mal. O profeta pensava que a própria santidade de Deus proibia
que Ele continuasse tratando com Israel em razão do pecado que a nação
praticava. A resposta de Deus anuncia uma invasão dos caldeus (1:6), e uma
dispersão mundial (1:5). Porém o Senhor não é apenas ira; Ele “tem prazer na
misericórdia” (Miquéias 7:18), e introduz nas suas respostas as promessas de
1:5; 2:3,4,14,20.
14
Sofonias
630-620 A.C.
15
Ageu
520 A.C.
16
Zacarias
520 A.C.
17
Malaquias
430-420 A.C.